Primeiro Contato escrita por Julius Brenig


Capítulo 1
Capitulo único.


Notas iniciais do capítulo

Como eu disse, primeira One Sci-fi. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/534207/chapter/1

Desde quando os povos do nosso planeta começaram a olhar para as estrelas, eles se perguntavam: “Será que existe vida em outros planetas?”. Mas eles nunca estiveram preparados para saber disso, e muito menos, para ter um primeiro contato com tais seres. Muitos não acreditaram nos boatos que foram espalhados. Outros até fizeram chacotas. Porém, no momento em que os aliens vieram, todo o mundo simplesmente parou.

Tudo começou quando um de nossos satélites captou um objeto não identificado rondando nosso sistema solar, bem próximo daqui. Os cientistas trabalharam por anos para poder decifrar o que era. No início foi difícil obter uma imagem clara do objeto em questão, mas com seis meses de pesquisa para identificá-lo, conseguiram tirar uma foto dele com o telescópio mais avançado que tínhamos na época, o telescópio NK30P. Com o telescópio NK3OP também conseguimos monitorar o objeto.

Nada adiantou todo o esforço dos cientistas, pois nunca tinham visto nenhuma máquina parecida como aquela no planeta, contudo, pelo que eles julgaram, parecia ser um satélite. Mas bem diferente dos que nós utilizávamos. Eu sei de tudo isso por que sou um dos cientistas. Faço essa gravação como registro histórico desse fato.

Se passaram mais alguns meses. E durante esse período, nós ficávamos monitorando o satélite, que cada vez mais era atraído para o orbita do nosso planeta. Em um certo dia, percebemos que o satélite se aproximava mais rápido que o normal. Neste dia, era eu quem estava fazendo o monitoramento do objeto. Calculei que levaria três dias para o impacto. Pelos meus cálculos, ele cairia no em algum lugar ao norte do hemisfério sul. Não consegui saber o local exato de sua queda, pois ele não seguia em linha reta, ocasionalmente o satélite se inclinava para esquerda ou direita, o que mudava consideravelmente seu trajeto.

Essa imprecisão de dados fez com que tivéssemos que esperar a queda para ir atrás do objeto. Foram três longos dias de espera. Quando o satélite penetrou em nossa atmosfera, ficou irreconhecível por causa do fogo que o atrito causou, e logo em seguida, a grande bola de fogo já estava dentro do nosso planeta.

O satélite caiu no mar, isso dificultou muito as buscas. Meia hora após a queda dele, as autoridades já tinham mandado centenas de operários para iniciar as buscas. Buscamos intensamente pela tecnologia desconhecida. As autoridades queriam sigilo, mas aposto que qualquer cidadão notaria cinquenta barcos brancos em meio a água. A nossa sorte é que o lugar era uma região quase deserta, não havia ninguém próximo dali.

A região em que estávamos era cheio de arvores, uma floresta pra ser mais exato. E ela era cortada pelo mar em que o satélite caiu. A cada mergulhador que saia da água para encher seu tanque de ar, outro submergia na água, já que queríamos achar logo o satélite. Foram aproximadamente cinco horas de busca, até que o encontraram. Contudo, surgiu um novo imprevisto, como retira-lo dali? Demorou três horas para o guindaste chegar. Conseguimos tirar o satélite com facilidade com a ajuda do guindaste, já que muitos de suas partes se perderam antes do impacto. Dele restava apenas uma espécie de antena com quatro metros de comprimento.

Levamos para o laboratório e descobrimos que os metais usados naquela construção, simplesmente não existiam em nosso planeta. Ficamos estudando ele por anos a fio, e não conseguimos nada além de uns relevos estranhos que formavam símbolos, que não posso descrever muito bem, pois tive pouco acesso direto ao objeto.

Nós já achávamos que aquilo não iria dar mais em nada. Muitos cientistas desistiram de estuda-lo. Até que algo novo aconteceu. Mais uma vez nossos satélites captavam algo. Dessa vez não um satélite, e sim uma nave. Eles vieram buscar o que era seu por direito.

Todas as mídias soltaram a notícia. A Maior parte da população não acreditou, a minoria acreditou. E dentro dessa minoria, existia uma minoria de ansiosos para que isso acontecesse. E eu, bem, era um dos ansiosos. A ideia de conhecer vida fora do nosso planeta me fazia perceber quão insignificantes nós éramos no meio deste imenso universo. Imagina só, eu faço amizade com os aliens e vou passar às férias no planeta deles? Seria incrível! Mas primeiro, eu teria que saber se eles eram hostis ou não.

Faltava poucas horas para a nave chegar. Fiquei imaginando a quanto tempo eles estavam viajando. Dias? Semanas? Era difícil dizer. Não fazíamos ideia de qual planeta poderiam estar vindo. Quando a nave se aproximou da nossa orbita, conseguimos calcular quase o lugar exato do seu pouso. Após muito insistir e para eu ser um dos cientistas a fazer contato, acabaram aceitando, já que eu era um dos poucos que ainda restavam no estudo do satélite. Frotas e frotas de carros do exército, fizeram a minha escolta e a de mais dois cientistas, um foi forçado e outro almejando a fama por ser um dos que tiveram o contato.

Por sorte, o local não ficava muito longe de onde nós estávamos. Do mesmo modo em que eu estava contente, algo começou a me incomodar. E se nosso primeiro contato fosse falho por causa da língua dos Aliens? E se eles emanassem alguma radiação perigosa a nós? Se eles estivessem vindo para uma guerra? O que me restava eram apenas pensamentos positivos e a vontade de conhece-los.

Para mim a viagem parecia interminável. Mas acabamos chegando ao local a tempo de ver a nave deles pousar, claro que tomamos distância para que fizessem um pouso seguro para todos. A nave tinha uma forma alongada com uma ponta comprida e meio arredondada. Algo parecido com janelas ao redor dela. A porta se abre. Os aliens começam a descer. Um por um, quatro deles pisam em nosso solo. Eu tomei coragem e comecei a aproximar-me a passos lentos. Os outros cientistas vieram logo atrás de mim. Todos nós levantamos as mãos em sinal de paz. Os aliens pareceram entender a mensagem, pois não reagiram a nossa presença.

Eles possuíam uma cabeça arredondada e grande, sua face era transparente e refletia a luz. Seu corpo era branco com umas partes pretas e um pouco enrugado, que dava a impressão de ser fofo. Eles se entreolharam, apontando e fazendo gestos com a mão. Então ouvi algo vindo de um deles, talvez fosse sua voz. Ela tinha uma sonoridade abafada e com chiados, até um pouco desesperada pelo que percebi. Ele reproduziu sons que eu não consegui entender, mas posso imita-los muito bem, o que ele disse foi:

– Central, aqui é o comandante Richard! A busca pelo Satélite ômega-zeta resultou numa descoberta incrível! Descobrimos vida em Marte! Repito, descobrimos vida em Marte!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Reviews são bem vindos!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Primeiro Contato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.