"Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
Onde seus moradores são justos e leais
Pacientes, sinceros, sem medo da dor."

– Lufa-Lufa! Por aqui, por favor! – Disse um dos monitores, Elliott olhou em volta e ficou triste por nenhuma das pessoas que tinha conhecido ir para a mesma casa que ele.

– Você parece triste por ter vindo para a casa amarela – Comentou uma garota do terceiro ano, ela era alta, tinha cabelo preto e olhos castanhos.

– Não é isso, é que nenhuns dos amigos que eu fiz no trem vieram para cá – Contou Elli dando um suspiro triste.

– Ah, entendo, mas não se preocupe, vai achar amigos na Lufa-Lufa também.

– Assim eu espero...

– A propósito, me chamo Rebeca Rochester, mas as pessoas me conhecem como Becky e você? – Se apresentou ela.

– Sou Elliott Long Cooke, mas acho que o pessoal vai me chamar mesmo é de Biscoito. – Disse Elli

Beck começou a rir.

– Como assim Biscoito? – Perguntou no meio da risada

– Meu sobrenome Cooke lembra um Cookie, então o Mike Mey, da Grifinória, disse que ia me chamar de Biscoito, e deu nisso. – Comentou Elliott com um sorriso tímido

– Muito bem então Biscoito, Está vendo aquele garoto de cabelo preto meio desengonçado? – Ela perguntou apontando para o menino que andava um pouco mais a frente deles.

Elliott fez que sim com a cabeça

– Então, ele é meu irmão, Logan Rochester, ele é do primeiro ano também, acho que vocês podem ser amigos. – Disse ela

– Pera ai, Rochester? Esse não é o sobrenome daquele professor que trouxe a gente nos barquinhos? – Perguntou Elli só agora reparando no sobrenome.

– Sim, ele é meu tio – Beck deu de ombros e foi em direção aos amigos.

Elliott foi em direção a Logan, ele era muito parecido com a irmã, exceto pelo fato que ele estava com uma expressão de nervosismo no rosto.

– Oi, Sou Elliott Long Cooke – Elli se apresentou – Pode me chamar de...

– Biscoito! – Interrompeu Logan dando um sorriso tímido – Eu ouvi o Mikael Mey te chamando assim.

– Ah, claro, você é Logan Rochester não é? – Perguntou Elliott embora soubesse a resposta

– Sim, sou eu mesmo!

– Seus pais são bruxos?

– Minha mãe é trouxa, mas meu pai é bruxo, foi da Lufa- Lufa também, ele vai ficar muito orgulhoso de mim – Falou estufando o peito – E os seus?

– Sou nascido trouxa, até um tempo atrás eu nem cogitava a ideia de magia existir, e agora estou aqui! Isso é tão legal! –Exclamou Elliott

– Dizem que a maioria dos nascidos trouxas vem para a Lufa- Lufa. – Comentou Logan – Acho que ninguém aqui tem preconceito.

– Tomara.

Nesse momento o monitor parou os lufanos do primeiro ano. Eles estavam em um corredor, lá tinha uma parede cheia de barris. O monitor olhou para os alunos e explicou:

– Muito bem alunos do primeiro ano, prestem atenção porque eu só vou mostrar uma vez, pra entrar na sala comunal dos texugos vocês precisam bater no barril certo "no ritmo de Hufflepuff", caso vocês batam no barril errado ou no ritmo errado, bem... Digamos que vão ficar encharcados de vinagre.

– E como é “o ritmo de Hufflepuff”? – Perguntou uma garota

– Assim... – Disse o monitor indo em direção a um barril, Elliott prestou bem atenção para não se confundir depois, o monitor fez um ritmo rápido e animado no barril e logo se abriu uma sala.

A sala comunal d Lufa-Lufa era um lugar muito aconchegante e convidativo. Havia várias faixas amarelas penduradas, poltronas largas, e pequenos túneis que levavam aos dormitórios, cujas portas eram perfeitamente redondas, como a tampa de um barril.

– Uau! – Exclamou Logan

– O dormitório das meninas é por ali e o dos meninos é do outro lado – Indicou o monitor divertido com a reação dos alunos

Elliott e Logan se dirigiram para o dormitório masculino.

– Isso é muito demais! – Gritou Logan se jogando em sua cama

Elliott olhou em volta, era o lugar mais aconchegante que já tinha pisado, ele se dirigiu para a sua cama e se sentou.

– Estou muito ansioso para aprender magia! O mundo Bruxo é tão legal!

– Pois é, mas é injustiça não podermos fazer magia fora da escola até os 17 anos – Suspirou Logan

Elli sorriu e ficou observando tudo em sua volta. Logo um garoto alto de pele pálida, cabelo preto e olhos verdes entrou na sala com uma pose superior.

– Oi! Sou Logan Rochester! – Disse Logan animado

O garoto olhou para ele de cima a baixo e disse:

– Sou Daniel Chace Parker – Disse simplesmente

– Você é puro-sangue? – Perguntou Logan reparando na pose arrogante do colega.

Daniel pareceu pensar um pouco e mentiu:

– Sou. Minha linhagem é toda bruxa – Ele nunca ia admitir que era mestiço e que a mãe era nascida trouxa, sentia vergonha disso.

– Ah, Sou mestiço – Comentou Logan fazendo Daniel torcer o nariz.

– Eu sou nascido trouxa – Disse Elliott.

Daniel olhou com uma expressão de nojo para ele, Logan percebeu isso e perguntou afiado:

– Algo contra Parker?

– Claro que não – Respondeu Daniel com um sorriso falso e com a voz pingando ironia.

Logan abriu a boca pra responder, mas foi interrompido por dois garotos idênticos entrando, eles eram loiros de olhos negros.

– Oi! Eu sou o John!

– E eu sou o Josh!

– Somos gêmeos...

– Não que não tenham percebido!

Falaram com uma dinâmica incrível que até parecia combinada. Daniel deu mais um sorriso falso para Elliott e Logan e foi para a sua cama, ele não acreditava que teria que conviver com um sangue- ruim. Dan não tinha gostado do Rochester, mas os gêmeos pareciam gente boa, até tinham sangue puro. Ele iria falar com os dois no outro dia, afinal tinha que descansar para começar a aprender magia e um dia se tornar um bruxo poderoso.

E assim os cinco texugos foram dormir.