Make a Wish escrita por caroline_03


Capítulo 11
Capítulo 11- Insano? HAHA, você não viu nada.




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[Bella]

Vi quando Alice saiu com Jasper de sua casa. Precisei segurar o riso para não dar bandeira de estar espiando da janela ao lado. Ela vestia o vestido azul que eu tinha escolhido para ela um tempo atrás, ele tinha a saia soltinha que ia até o meio de sua coxa, e o busto era solto em um grapeado, com um broxe de strass na alça.

-será que eles se acertam? –perguntou Rosalie usando um binóculo velho de minha mãe.

-espero que sim. –Edward sussurrou ao meu lado.

-mas que porra é essa? –Emmett disse embaixo de todos nós, tentando ver por uma frestinha da janela.

-SHIU! –nós dissemos juntos.

-agora todos podem falar, menos eu? –ele choramingou se abaixando outra vez.

-vamos segui-los? –Rosalie propôs animada.

-se você quer ficar sem couro... –Ela fez careta assentindo para mim.

-tudo bem, mas não podemos ficar aqui a noite toda. –Edward disse se sentando em minha cama e sorrindo para mim.

-não? –disse me deitando em seu colo, que logo começou a fazer carinho em meu cabelo.

-não doidinha. –ele disse rindo e abaixou a cabeça me dando um selinho.

-ARGH! –Emmett e Rosalie disseram juntos.

-se importam de irmos a algum lugar, por favor?! –Rose disse revirando os olhos.

-é, qual é?! Sem esse meladinho todo, eca! –Emmett completou fazendo careta, enquanto Edward respirava fundo ainda me olhando e abaixado perto de mim.

-Emmett, maninho... SOME! –Edward gritou rindo. Emmett bufou.

-vamos Bellinha. –ele choramingou e eu revirei os olhos.

-vamos Edward, não é bom deixar eles sozinhos! –eu e Edward rimos, enquanto os outros dois faziam careta emburrados.

-estão me chamando de irresponsável? –Emmett perguntou bufando.

-sim! –dissemos em conjunto.

-argh!

[Alice]

Estava um silencio constrangedor no carro. Daqueles que agente pode ouvir enquanto a barriga do outro ronca, ou perceber que a pessoa ao seu lado está gripada e está tentando disfarçar, nenhum deles era nosso caso, mas é bom deixar dicas.

-hm, algum lugar de preferência? –ele perguntou se virando para me olhar.

Olhei no relógio e era pontualmente cinco e dez. O que significa que ele havia se atrasado de propósito para vir me buscar. Não o suficiente para me deixar irritada, mas o suficiente para me deixar na expectativa... Sim, eu leio alto-ajuda (e no caso dele me deixou só mais nervosa e com vontade de acerta uma batata na cara dele).

-é cedo, vamos a uma lanchonete ou alguma coisa assim. –disse olhando pela janela, mas percebi que ele assentiu.

-tudo bem. –ele murmurou fazendo a curva.

Ficamos em silêncio por mais algum tempo e quando percebi estávamos estacionando em uma lanchonete conhecida da cidade. Antes que eu pudesse começar a brigar com o cinto de segurança, Jasper já estava ao meu lado, abrindo a porta para mim com um sorriso torto enquanto olhava para o outro lado propositalmente.

-engraçadinho. –murmurei e ele começou a rir.

-já te falaram que você fica bem fofa quando está brava? –ele sussurrou em meu ouvido e eu senti um arrepio correr em minha espinha.

-não, só você é desagradável a ponto de usar o adjetivo “fofa”. –ele parecia confuso, mas não iria explicar se ele não perguntasse... O que aconteceria em 5, 4, 3, 2...

-qual o problema de fofa? –ele perguntou correndo atrás de mim e eu segurei a risada.

-você usa fofa para o seu cachorro, ursinho de pelúcia, sua mãe, sua avó, mas nunca para a menina com que está saindo. –disse tentando não rir.

-você andou lendo alto-ajuda? –congelei o olhando. –é só por que, pensando bem, Rosalie já me disse isso... E, bem, ela lê. –nós rimos.

-tudo bem, confesso... Mas só os escritos de mulheres para mulheres, afinal homens não entendem nada da sensibilidade feminina. –ele revirou os olhos sorrindo.

-aposto que eu te conheço. –ele disse puxando uma cadeira para eu sentar.

 -ah, é? –ergui uma sobrancelha duvidando.

-você gosta de Coco Chanel. E não é apenas pelo fato de ela ter fundado a Chanel e sim por sua história... E sei também que você tem uma admiração pelas roupas da Paris Hilton, mas isso é um caso a parte. –ele deu de ombros enquanto minha boca caia.

-ela não era uma prostituta... –eu sussurrei, tentando defender o ícone da moda.

-não, ela foi dançarina, mas para a época já era um tanto polemico. –ele deu de ombros sorrindo se sentindo esperto.

-como... Eu vou matar a Rosalie. –ele riu revirando os olhos.

-é difícil para você acreditar que eu presto atenção em você? –ele perguntou divertido pegando um cardápio da garçonete.

-SIM! –respondi rápido, enquanto ele me olhava com o canto dos olhos.

-o que mais quer que eu diga sobre você? –ele se apoiou sobre a mesa e ergueu uma sobrancelha.

-tudo, minha altura, meu peso, a data do meu nascimento, meu signo e até meu ascendente. –ele arregalou os olhos.

-bem, vamos lá. Você tem 1,55m, pesa 45 kg, nasceu em 21 de setembro de 1991, é do signo de virgem e seu ascendente, desculpa, mas vou ficar devendo. –deu de ombros enquanto minha sobrancelha se erguia.

-como-sabe? –ele deu de ombros.

-agora, o que você sabe sobre mim? –ele perguntou semicerrando os olhos.

-você é irmão de Rosalie, é... Irmão de Rosalie, e... É irmão de Rosalie. –sorri e ela riu.

-viu? Quem está em vantagem agora? –ele piscou enquanto uma lambisgóia se aproximava de nós.

-JASPER, VOCÊ POR AQUI! –a fresta oferecida gritou vindo para cima do garoto.

-CASSANDRA! –CASSANDRA?!

-GATINHO, QUANDO TEMPO... Não te via desde... Aquele incidente na sua escola há alguns dias atrás. –ela riu enquanto o garoto sorria. Olhei bem para a tribufu e então a reconheci. Ela era a garota que Jasper abraçada e que eu torturei. Hihi

-ah, é verdade. –ele concordou olhando diretamente para ela. ALÔÔ, SÓ EU QUE PERCEBI QUE ESTOU SOBRANDO AQUI? Tossi um pouco e ele me olhou. –essa é Alice, minha amiga.

-ah, mas que gracinha. –ela me olhou dos pés a cabeça com um sorriso de desprezo. ORAS, ESSA FILHOTE DE HOMEM DAS CAVERNAS VAI VER SÓ UMA COISA. –e então...

Enquanto eles ainda conversavam a garçonete veio com meu suco de clorofila e o refrigerante de Jasper. Dei uma boa olhada na roupa da Cricri da selva e pensei que seu vestidinho estilo carnaval estava na hora de ter uma pequena customização.

Olhei bem para o meu suco e travei uma luta interna: “Minha saúde ou a roupa da menina?” ela colocou uma mão no ombro de Jasper. “Dane-se na saúde, é ele que ta pagando tudo mesmo” e então me suco escorregou acidentalmente da minha mão e voou diretamente para o decote da menina. Confesso que não foi exatamente essa minha intenção, mas foi o suficiente.

-ops, escorregou. –pisquei cruzando as pernas e apoiando as mãos no joelho.

-VOCÊ É LOUCA? –a garota berrou pegando um guardanapo e tentando se limpar.

-não, mas verde fica bem em você. –disse pegando o refrigerante de Jasper e tomando um gole. Ele me olhava com os olhos arregalados. AH, QUAL É? SAI COMIGO E FICA DANDO MOLE PARA A OUTRA?

-ORAS EU VOU ARRANCAR ESSES CABELOS ESPETADOS DA SUA CABEÇA. –Ela ameaçou e então um sapato voou em sua cabeça.

-ah, desculpa, ele fica grandinho para mim. –ri e peguei minha sandália.

-AI! –ela disse passando a mão na cabeça. –francamente Jasper, você não vai fazer nada?

-o que quer que eu faça? –o abobado perguntou saindo de seu transe.

-aaah! –a menina bufou e saiu desfilando seu lindo vestido pela lanchonete.

Jasper se sentou em minha frente e continuou me encarando com os olhos arregalados enquanto eu bebia seu refrigerante. Eu estava em duvida... Ele estava em estado de choque, pensando em palavras para começar a gritar ou estava apenas esperando que eu abrisse um escândalo e começasse a bater nele?

-que foi? –perguntei dando de ombros, enquanto ele sacudia a cabeça.

-você é tão pequena. –ele disse e eu franzi a testa, repensando sobre a parte de jogar minha sandália nele.

[Bella]

-algum sinal de Alice e Jasper? –Emmett perguntou sentado no banco de trás, tentando chamar a atenção de Rosalie.

-hm, não. –falei olhando os carros.

-ótimo. –Edward disse estacionando.

-não acham que seria melhor nós irmos atrás dele? É sério, ele pode precisar de ajuda. –Emmett disse dando de ombros.

-não, Alice sabe se comportar de vez em quando. –eu só esperava para que Alice não estivesse dando nenhum piti, mas sabia que isso era quase impossível.

Saímos do carro e fomos para o Pub que havia aberto recentemente na cidade. Edward pegou minha mão e eu levei um susto, não estava acostumada com essa nossa aproximação, quanto mais quando ele fazia essas coisas de surpresa. Rosalie olhou em volta atrás de uma mesa e Emmett trocou o peso do corpo para o outro pé, desconfortável.

-lá. –ela apontou para uma mesa no canto, perto da janela para a minha alegria.

Andamos até lá e começamos a conversar normalmente, até que Tânia e resto do bando, como diria Alice, entraram nos lançando um olhar mortal. De uma coisa eu tinha certeza, Tânia podia não gostar mais de mim, poderia morrer de ciúmes do primo ou qualquer outra coisa, mas ultimamente ela parecia não ligar muito para nós, e o motivo, eu desconfiava, era um menino novo que se juntava ao grupo. Joseph, acho que era esse seu nome. Ele era alto e com a pele morena, os olhos verdes reluziam conforme ele mudava de lugar e a luz do ambiente batia neles. Ele era bonito, mas arriscando um olhar rápido na direção de Edward e eu perdi a linha de raciocínio.

-aquela não é a menina nova? –Emmett sussurrou para Edward apontando.

-acho que sim. –Edward disse dando de ombros.

Parada na porta olhando em volta, estava uma menina de cabelos loiros, maquiagem escura muito bem feita. Usava uma regata preta colada no corpo com escritas “morte as Barbies da cidade” e calça jeans escura com rasgos por toda a perna. Usava uma bota sem saltos por fora do jeans, cheias de coisas penduradas. A menina era o pesadelo de Alice, com toda a certeza. A franja pendia por cima de seus olhos e só então percebia que usava uma luva preta que ia até metade dos dedos. O lábio vermelho chamava a atenção.

-ela é a tal Jessica? –Rosalie quis saber com a boca aberta.

-bem, foi ela que inventou a coisa da bomba. –Emmett sussurrou tirando os olhos da menina.

-ela me da medo. –Rosalie sussurrou passando as mãos sobre os braços.

-ela só um pouco... Diferente. –disse pedindo uma coca para a garçonete.

-qualquer um que pode inventar uma desculpa sobre bombas no colégio só para que percamos aula, é muito legal. –Emmett falou rindo.

Logo o assunto morreu, mas eu assisti enquanto ela ia se sentar sozinha em uma mesa afastada de todas e ficava lá, largada na cadeira, quieta, olhando para fora pela janela. Quando uma garçonete ou outra ia até lá, ela sorria fraco e sacudia a cabeça e voltava para seus pensamentos.

Tânia e os olhos olhavam para ela com uma cara estranha, quase como se a menina fosse uma piada para eles. Vi quando tiraram no par ou impar para ver quem iria até ela. Mike perdeu e se levantou lentamente, usando sua camisa branca com finíssimas listras azuis escuras, calça jeans azul marinho um pouco desgastado embaixo e um tênis preto. Perto da menina, ele parecia estar pronto para conversar com o presidente.

O que aconteceu em seguida fez com que nossas bocas caíssem e depois explodíssemos em gargalhadas. Enquanto Mike tentava provocar a menina, ela se levantou e passou os braços por sua cintura. Mike recuou por um segundo e então, um segundo depois, ele estava deitado no chão de barriga para baixo gritando, enquanto Jessica pintava seu cabelo de verde com um spray tirado de sai lá onde.

-de novo Jessica? –ouvi a moça do caixa indo até ela, tirando ela de cima do menino.

-um Mané total, mãe. –Jessica disse revirando os olhos.

-isso foi... –Emmett gargalhou. –muito legal.

Edward me abraçou enquanto víamos uma zeladora correr até onde tinha acontecido a reunião para limpar a tinta do spray antes que secasse no chão. A menina se levantou e pegou uma coca no refrigerador atrás do caixa e a abriu tranquilamente, enquanto Mike chorava sentado em sua mesa.

-isso me fez lembrar uma coisa... –Rose disse franzindo a testa. –como será que está Alice e Jasper?

[Alice]

-SEU ESTÚPIDO! –berrei me afastando dele enquanto ele ainda bufava atrás de mim.

-mas o que foi que eu fiz? –ele gritou de volta.

-VOCÊ SABE MUITO BEM! –berrei descontrolada e indo para casa a pé.

-ALICE, ESPERE AÍ. –ele berrou e então sua voz pareceu desaparecer.

Cruzei os braços sobre o peito e marchei em direção a minha casa, bufando e tentando esquecer aquele dia pavoroso ao lado de uma criatura tão pavorosa. Eu pareço a noiva psicopata do Chuck? Que tipo de elogio é esse?

Enquanto eu começava a sentir minhas sandálias incomodar, um carro preto parou ao meu lado, andando tão devagar que fazia outros motoristas buzinarem para ele sair da frente. Revirei os olhos e virei a cara.

-vamos Alice, entra no carro. –ele disse com o vidro abaixado.

-QUE NINGUÉM ME OUSA DIZER ISSO JASPER, MAS NEM FUDENDO! –gritei andando mais rápido.

-tudo bem. –ele falou indo em minha velocidade ao meu lado.

-o que diabos está fazendo? Já disse que não vou entrar. –avisei o fuzilando com os olhos.

-eu disse que iria te deixar na porta de casa, e é o que vou fazer, você querendo ou não. –ele piscou para mim tirando as mãos do volante e apenas com o pé no acelerador.

-como você é irritante. –bufei sacudindo cabeça.

-pode reclamar o quando quiser. –ele ligou o rádio do carro em uma música do Guns.

Eu não teria me irritado tanto, até era agradável a música, mas quando as buzinas dos carros que vinham atrás de Jasper começaram a soar mais alto eu comecei a gritar para que ele fosse embora, o que ele não fez, é claro.

-não adianta. Eu vou ficar aqui. –ele falou sorrindo, vendo os carros com o retrovisor. –tomara que não tenha nenhuma viatura da policia ou ambulância lá atrás. –ele deu de ombros e eu bufei.

-oras... –quando ia falar mais alguma coisa ele pulou do carro e veio até mim, me puxando pelo braço e me empurrando para dentro do carro, que eu cai de cara para seu banco.

-com licença. –ele disse tirando minha cara do banco e se sentando nele, trancando as portas do carro para que eu não fugisse, eu pensei. ELE PENSA QUE EU SOU ESTÚPIDA?

-ME DEIXE SAIR DAQUI! –berrei descontrolada.

-estamos chegando, apenas mais duas quadras. –ele disse virando uma esquina.

-aqui não é minha casa! –eu falei olhando em volta.

-não você prometeu que iria ao cinema comigo, está lembrada? –ele sorriu enquanto eu podia ver fumaças sair das minhas orelhas e nariz.

-você é um tremendo de um...

-eu sei, eu sei. –ele disse calmo estacionando.

(...)

Entramos na sala de cinema e Jasper já parecia ter esquecido completamente o ocorrido. Eu estava tão nervosa que nem tinha visto o nome do filme, então se estivesse passando um filme de carnificina eu descobriria apenas agora.

-Ali. –ele apontou para dois lugares vazios bem no meio da sala.

Fomos até lá e eu sentei de braços cruzados olhando fixamente para o Trailer de algum filme que passava. UAL, AQUELE É O TAYLOR LAUTNER SEM CAMISA?! PIREI!

-pipoca? –ele ofereceu olhando para a tela enquanto eu ainda deixava uma baba escorrer pelo canto da boca.

Primeiro pensei em recusar, mas sentindo aquele cheiro tão bom e tão próximo a você é praticamente um pecado recusar... Principalmente quando temos que agüentar mais algum tempo ao lado de COMPANHIAS DESAGRADÁVEIS. Queria que ele lesse meu pensamento naquele momento.

-obrigada. –falei pegando um dos pacotinhos.

Vi quando um sorriso nasceu em seu rosto, mas procurei não olhar muito. Sabia que ele podia ver que eu estava observando pela lateral dos olhos. O filme começou e, por incrível que pareça, Jasper parecia ser o primeiro menino que gostava de comédia romântica...

-Ohn! –fiz bico quando o mocinho se declarou para a mocinha.

-sabia que ia gostar, quando assisti sabia que era a sua cara. –o fuzilei com os olhos.

-você já assistiu? –sussurrei meio gritado.

-claro que sim. Achou mesmo que eu te traria para um filme sem antes ter certeza do filme? –ele perguntou colocando um bocado de pipoca na boca e piscando um olho.

-qual o problema? –quis saber erguendo uma sobrancelha.

-eu só queria ter certeza. –ele me olhou fundo nos olhos, com a luz da tela em seu rosto.

Virei o rosto rapidamente com a testa franzida. O dia inteiro ele tinha sido legal, apesar de ter me chamado de Nazaré (é, exatamente aquela da novela brasileira... Senhora do destino). Ouvi sua risadinha, mas não me voltei para ele, estava impressionada com todos os seus atos o dia inteiro e o enquanto eu havia sido egoísta e infantil com ele.

-jujubas? –ele ofereceu. Dei uma olhada no pacotinho tentando achar de uma certa cor em especial.

-ué, cadê as verdes? –perguntei sacudindo o pacotinho.

-você gosta? Desculpa, eu comi todas. –ele disse com os olhos arregalados.

-não tem problema, eu como as rosas. –ele riu.

-tem gosto de metal. –ele disse pegando uma branca.

-Bella fala que tem gosto de detergente, mas como nunca provei detergente... –Jasper riu alto e as pessoas em nossa volta fizeram um “SHIU” altíssimo.

-QUE PESSOAS MAIS CHATAS! –disse colocando as mãos na cintura. Todos olharam em nossa direção.

-acho que não foi uma boa idéia. –Ele falou olhando para todos. Uma pipoca voou em minha cabeça.

-EI! –joguei um montante no menino.

-GUERRA DE PIPOCA! –o abestalhado berrou jogando pipoca para todos os lados. O QUE FOI QUE EU FIZ, MEU DEUS?!

[Jasper]

-GUERRA DE PIPOCA. –o menino gritou jogando pipoca para o alto.

Engoli em seco e olhei para Alice, que parecia estar paralisada ao meu lado. Ótimo, na hora de achar confusão ela não ficava paralisada, agora que era uma boa hora para começar a correr...

Pipocas voavam para todos os lados e eu tentava desviar com os braços, enquanto Alice ia murchando na cadeira até se reduzir a uma bolinha de carne humana. Olhei em volta e até um casal de velhinhos se estapiavam por um pacotinho com uma menininha que deveria ter cinco anos.

-DEVOLVE! –eles berravam enquanto a menina balançava os rabinhos do rosto.

-NÃO! –ela gritou determinada.

-Alice, é melhor agente ir antes que o lanterninha apareça. –sussurrei e só então ela se virou para mim. –vem.

Nos abaixamos no chão e fomos engatinhando até a saída mais próxima, o que não era muito perto, mas já era alguma coisa. Tropecei em latas de refrigerantes, em meus joelhos tinha chicletes grudados e Alice reclamava da gordura de pipoca no rosto e no cabelo. Estávamos quase chegando quando as luzes se acenderam.

-QUEM COMEÇOU ISSO AQUI? –um homem parecendo um armário berrou.

-A CULPA É DELES. –todos berraram apontando em nossa direção.

-MAS QUE DROGA, NÃO DA PARA FINGIREM QUE NÃO ESTAMOS AQUI? –gritei sem pensar e percebi que chamei mais ainda a atenção.

-Jasper? –Alice sussurrou também olhando em volta.

-o que?

-eu vou distraí-los, quando eu disser, corre. –assenti, mesmo sem saber o que a louca iria fazer.

Ela se levantou e bateu as mãos no vestido azul, tirando um montante de pipoca das dobrinhas. Depois ajeitou o cabelo e colocou a tiara no lugar certo, e tudo isso com todos a assistindo. E, de repente, ela olhou em volta e sorriu, seu sorriso com covinhas e encantador.

-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! O TAYLOR LAUTNER SEM CAMIIIIIIISA! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! –ela berrou apontando para a saída do lado oposto, e todas as meninas começaram a gritar tentando sair pela outra saída e levando junto todos com elas. –Corre.

Corremos para a saída em nossas costas e quando conseguimos chegar aos fundos do cinema sentamos rindo. Sentei em um murinho e olhei em volta, certo de que ninguém iria atrás de nós ali. Alice estava ficando sem ar.

-você viu a cara delas? –ela disse com outro ataque de riso.

-vi. –e rimos mais ainda. –acho melhor agente ir antes que somos lixados.

-é... –fomos andando parecendo dois bêbados, ainda tendo crises de risos.

[Alice]

Estávamos na porta da minha casa. Dei uma olhada para a minha porta e vi que apenas a luz da televisão estava ligada, sinal de que meu pai tentou ficar me esperando, mas acabou dormindo no sofá.

-bem, está entregue. Um pouco depois do previsto. –ele olhou no relógio, que marcava onze e meia.

-é, mas acho que nove era um pouco cedo de mais de qualquer jeito. –falei dando de ombros.

-não quero que nada atrapalhe seu sono de beleza, como se você precisasse disso, de qualquer forma. –me parecia uma coisa que ele dizia para todas as meninas, mas me pareceu doce ao mesmo tempo.

E por um segundo eu pensei: eu sei que ele é galinha e que ele canta todas as meninas do colégio, sei que ele usa todas as cantadas comigo e com outras e sei também que ele é insano, mas quem disse que eu não sabia disso desde o começo? Sorri e olhei para as minhas mãos.

-bem, então boa noite. –disse sorrindo.

-boa noite. –abri a porta do carro e saí, dei três passos e ouvi o som do vidro se abrir. –Alice? –ele chamou parecendo um pouco relutante.

-sim? –voltei até o carro e me curvei para dentro.

-esqueci uma coisa. –ele se apoiou para frente e tocou meus lábios com os seus.

Por um segundo fiquei sem reação, com os olhos arregalados e a respiração trancada. Foi tudo tão rápido que quando percebi ele já estava sentado novamente atrás do volante com as bochechas coradas e me olhando com a mesma expressão surpresa que eu o olhava.

-hm, desculpa. –ele mordeu o lábio inferior.

-Jasper? –ele, que já tinha virado para o outro lado, voltou a me olhar.

-hm... Desculpa. –ele falou apertando mais o volante.

-deixa de ser idiota e volta já aqui.

Ele me olhou surpreso por um segundo, mas depois, como se tentasse fazer isso antes que eu pudesse cair na realidade, se aproximou novamente de mim e me beijou outra vez. Não demorou muito para que eu estivesse dentro do carro outra vez agarrada ao seu pescoço.

Era uma sensação diferente. Sabia que ia acordar querendo arrancar minha pele com a unha, mas quem se importa? Pela primeira vez fiz alguma coisa sem pensar (e vocês realmente acreditaram, não é?)

Ele me abraçou pela cintura e deitou minha cabeça em seu ombro, o que eu permiti imediatamente. Aquele não era o Jasper costumeiro, cheio de marra, malicioso e que faria de tudo para ter o que quer. Esse parecia tímido, querido e amoroso de uma forma que eu só tinha visto em filmes e livros.

-promete que não vai me evitar amanha? –ele murmurou afagando meus cabelos.

-hm... –e lá vai minha sentença de morte. –prometo.

-graças. –ele suspirou e me beijou outra vez, enquanto eu dava uma espiadinha no relógio. PUTA MERDA, MEIA NOITE?

-hm, Jasper? Eu tenho que ir. –disse sentindo a estranha sensação de não querer ir.

-hm. –ele fez careta. –tudo bem. –me deu outro beijo e eu saí do carro sorrindo e mordendo o lábio inferior. –Alice? –ele chamou outra vez e eu me virei depressa.

-sim? –ele sorriu.

-boa noite. –e piscou me deixando rindo e entrando em casa.

E agora... CADÊ A GUILHOTINA?

[Bella]

Rosalie ao meu lado assistia a tudo com muita empolgação. Pulava a cada dois segundo vendo Alice e Jasper se beijando dentro do carro. Dei um zoom na câmera para que eu pudesse pegar o rosto dos dois e então tirei fotos. Sabia que Alice ia me matar, mas daria um jeito nela depois.

-AAAAAAH! NEM ACREDITO! –Rose falou pulando com o binóculo nas mãos.

-shiu Rose, ela está entrando. –sussurrei tirando uma foto dela saindo do carro.

-ah, já acabou? Todo esse trabalho para nada? –Ela parecia indignada, mas eu tinha que admitir que estava feliz.

-nada? Esses dias mesmo ele foi parar no hospital por culpa dela. –eu disse a olhando como se fosse uma louca.

-é, pensando bem, já é alguma coisa.

Meu celular vibrou e logo tratei de ver quem era.

De: Fofinho da Bella.

Para: Coca do Edward.

“E aí?! Desenrolaram?

Fofinho da Bella. ”

Ri alto vendo nossos nomes gravados.

De: Coca do Ed.

Para: Fofinho da Bella.

“tudo bem, missão Alice&Jasper cumprida.

Tem alguma mensagem subliminar nessa ‘Coca do Ed’?”

A resposta não demorou mais do que meio minuto para chegar, Rosalie lia por cima do meu ombro, suspirando e murmurando coisas como: “Queria ser a pipoquinha de alguém”.

De: Fofinho da Bella.

Para: Coca do Edward.

“finalmente...

Na verdade sim... Coca vicia, achei apropriado. HAHA, ignora os mitos, coca faz bem a saúde.

Por favor... Ed, não!

Fofinho da Bella. ”

O suspiro saiu comprido e a risada baixa. Coca vicia e eu também?!  Ah, ta bom.

-isso é tão fofo. –Rose murmurou suspirando.

-Emmett...

-NÃO REPITA ESSE NOME!

-tudo bem, tudo bem. Vamos torturar Alice amanha, vai para a sua cama. –disse empurrando ela para o bi-cama.

-tudo bem, tudo bem. –ela suspirou e se ajeitou em baixo do edredom. –mas isso ainda é fofo.

-ROSALIE.

-TÁ BOM, TÁ BOM! Mas que coisa. –ri um pouco e sacudi a cabeça. Quem agüenta amigas como essas?


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Notas finais do capítulo

geeeeeeeente!!! HAHAHA vou fazer pressão psicológica, MUAHAHAHHA asdasaiusdhasiudashidusahdiusahusai
brincadeiriiinha!!!
meeeeninas, espero que vocês tenham gostado do Cap, eu sinceramente gostei dele! HDIUASHDSAIUDAHSIUDASHDSAIUHDUISAHDIUHUSAI
Bem, como ontem foi meu aniversário (lá vai a pressão), que tal vocês me darem de presente UM MONTÃO DE REVIEWS?! ++
Sim, to pedindo presentes! HDIUSAHIAUDHASUIDSAHIDSAHUDIASHDUASHDSAUI
 
beeeeeeeeeeeeeeeeeeeijos meeeeninas e espero mesmo que tenham gostadooo!!!
comentem comentem! ++