Sempre ao seu lado escrita por Beilschmidt


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

:33333 Hallo História revisada, mas se tiver algum errinho que passou despercebido, eu ajeito depois quando me der vontade de reler aehueaueua Kuss e danke schön.



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Ele voltou.

Vinha nervoso e com as bochechas coradas, em suas mãos pequenas flores que colherá no jardim dos fundos. Avistou “a pequena” Itália ajudando Hungria a colocar as roupas no varal. Assim que terminou foi correndo até ele e sorriu bobamente, este envergonhado apertou as flores, tirou uma margarida e enroscou-a nos cabelos “da menina”. Sorrindo, agradeceu Sacro Império Romano por ter voltado ileso de mais uma rebelião.

Oh, mas mal sabia o pequeno Sacro que Itália era um menino, ainda era muito inocente e apaixonado para perceber a diferença, até a voz dele parecia a de uma menina.

Olhou o ramalhete em suas mãos e depois para Itália, as entregando-lhe. Envergonhado, deu-lhe as costas e começou a correr, certo momento virou para observa-la. Ainda parada e confusa pela ação dele, Itália ainda levantou a mão como se isso bastasse para que ele desse meia volta. Olhou o ramalhete que ganhará e fitou o campo, Sacro desaparecerá.

Aquelas imagens tomavam sua mente de forma nostálgica. Na manhã seguinte, Sacro partirá para uma guerra e nunca mais voltará, ou sequer alguma notícia relacionada a ele, deixando o coração do italiano apertado de preocupação e saudades.

Uma lágrima brotará, mas ele ainda dormia serenamente. Puro.

A margarida que repousava em seus cabelos murchará.

Itália crescerá, mantendo seu sorriso alegremente bobo na maior parte do tempo, será pelo fato de tentar mascarar a dor da perda de Sacro no passado? Não sei. Nem mesmo ele sabe.

Abriu os olhos de repente, como quem sai quase arrancado de um sonho perfeito, e se deparou com o peitoral definido de Alemanha, este o abraçava enquanto dormia tranquilamente. Os cabelos loiros e despenteados formando uma pequena franja que caía pela testa deixando de lado aquele penteado formal de sempre, dando um ar sereno em seu rosto. Ainda sonolento, esfregou os olhos querendo espantar o sono. O quarto era iluminado pela lua, que possivelmente entrava pela sacada que vivia aberta por causa de Itália que gostava de observa-la bem grande, e assim podia ver o rosto do alemão com pouca nitidez.

Ainda lembrando-se das imagens daquele sonho esquisito momentos atrás, Veneziano olhou para Doitsu. Os traços de Sacro se encaixavam perfeitamente na face do loiro.

Mas…

…E se?

Levantou em um pulo e puxou um baú que ficava escondido em baixo da cama, viu Alemanha guardando ele dias atrás, e ficou com aquela curiosidade em saber o que tanto o outro mexia. Puxou o primeiro objeto da pilha, um diário antigo de Prússia com um letreiro em negrito e em letras graúdas“Awesome Prússia”, deixou de lado e pegou uma foto de Doitsu sentado no colo do irmão mais velho e fazendo cara de bravo. Fitou um objeto preto no fundo que reconheceu. Era o chapéu que Sacro usava quando pequeno junto de um brasão do império. Não pode ser! Mas paralisou ao notar o quadro dele, chibitalia, ao lado de uma vassoura velha, era exatamente a mesma vassoura que dera ao garoto antes de partir para a guerra do qual nunca mais retornou.

Levantou os olhos fitando Alemanha novamente. Como nunca perceberá algo tão óbvio? Como nunca notará a semelhança de Sacro e Doitsu?

Por que Ludwig nunca lhe contará que ele era o pequeno e apaixonado Sacro Império Romano? Mas agora era o menos importava, afinal, ele voltará. E sempre o protegeu de tudo e de todos, até mesmo amarrava seus cadarços. Lágrimas desceram umedecendo as bochechas levemente, quase explodindo de emoção.

Ele voltou.

Ele sempre esteve do seu lado.

Um resmungo abafado chamou atenção do italiano, que rapidamente guardou tudo e empurrou o baú de volta a seu lugar. Levantou e viu os olhos azuis semicerrados se acostumando com a claridade da lua, viu Itália de pé lhe fitando e percebeu lágrimas escorrendo pela face alva. Devia ter tido algum pesadelo. Então estendeu os braços para que pudesse recebê-lo com carinho e conforta-lo para enfim dormir.

Itália pulou na cama derrubando-o e desabou no choro, não conseguia mais segurar toda a alegria pela descoberta. Apertava o tecido da fina camisa que o loiro usava e soluçava como um bebê. Achou que tinha algo a mais naquele choro todo, mas não perguntou nada e nem precisava, apenas o apertou mais contra seu peito, com medo de que o menor fugisse.

“Você voltou. Achei que nunca mais ia te ver”.

As palavras ecoaram pelo recinto deixando o alemão confuso a pensar.

“Senti sua falta, Sacro”.

Sacro.

Ele descobrirá.

Alemanha fez cara de espanto, e quando assimilou tudo limpou as lágrimas do italiano e murmurou um“Sempre estarei do seu lado”.

Não se sabe quanto tempo se passou ali, um segundo? Minutos? Horas? Só sabiam que após o abraço Feliciano beijou Ludwig. As lembranças do primeiro beijo com Sacro estavam mais vivas que antes, e agora ele poderia acender o fogo dentro de seu coração novamente.

Entre lágrimas, beijos, carinhos e muita declaração ambos dormiram mais felizes que América quando fora esquecido sozinho dentro de um McDonalds.

No dia seguinte, Gilbert quase teve um mini ataque cardíaco ao ver a cena do irmão abraçado ao italiano. Achou que eles tinham feito algo impróprio durante a noite ou madrugada, resolveu por deixar os pombinhos sozinhos e saiu de casa todo sorridente e com Gilbird piando animado. Horas depois, França e Espanha traziam um desacordado Prússia fazendo Doitsu suspirar e pousar a xícara de café na mesa. Não era a primeira nem última vez que Gil tentará agarrar Hungria e consequentemente levar uma surra de frigideira, como sempre, merecida.

Fim


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Notas finais do capítulo

Cara, essa imagem é perfeita, eu ia terminar a fic no "Mas... e se?" e resolvi continuar aehueauheahueahu. Esta fic é a minha interpretação da fanart, não é plágio, até porque não tem falas, como podem ver clicando no link abaixo, então não reclamem de nada. Link: http://i.imgur.com/lu0m7tv.jpg



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