Nova geração, nova turma escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 8
Sophie Sabida


Notas iniciais do capítulo

Cheguei!!! Espero que gostem do capítulo, porque eu amei escrevê-lo!
Cycy Batista, obrigada pela recomendação. Vou pensar no casal que você sujeriu, achei intereçante.


Sem mais delongas, boa leitura ^-^



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Trânsito é uma coisa horrível. Na hora do Rush então! Mas se você acha que em São Paulo ou no Rio de Janeiro é ruim, é porque nunca esteve em Nova York. Aninha sabia bem disso.

Às vezes se arrependia de ter ido para os EUA. Olhou a hora e afundou a cabeça no volante, sem se importar com a busina. Já eram 18:10, mais uma vez não conseguiria buscá-la na escola. Nunca conseguia. Nenhum emprego de advogada valia tanto.

– Será que ela já chegou em casa? - Ana perguntou-se.

Olhou em volta, verificando se tinha algum policial por perto. Ao ver que não, pegou seu celular na bolsa rapidamente. Estava parada no mesmo lugar há meia hora, e pelo visto não se moveria tão cedo, então não haveria problema nenhum.

Sorriu ao liberar a tela e ver o plano de fundo do celular. Era uma foto dela e deu uma menininha, numa praia de Miami uns anos atrás. A garotinha, na época com nove anos, tinha cabelos castanhos bem escuros e curtos, e os olhos eram azuis; no resto, era uma cópia de aninha quando criança. Sua Sophie era tão fofa... Ela não se importava se a menina viera por acaso ou que não tivesse dado certo com o pai biológico, amava sua filha mais que tudo.

Discou os números que sabia de cór e salteado e esperou, até que alguém atendesse.

– Alô? - Aninha suspirou de alívio ao reconhecer a voz. Pelo menos, sua filha estava com ele.

– Oi, Titi.

Vocês devem estar se perguntando "Titi?! O que ele está fazendo em Nova York? E por que é que a Aninha está aliviada por ele estar com a filha dela??". E eu respondo: A história é um pouco longa.

Quando acabou o ensino médio, Aninha recebeu uma bolsa de estudos para uma faculdade nos EUA e agarrou a oportunindade. Titi, ao saber disso, pegou todas as economias que tinha para a faculdade e gastou tudo para comprar um apartamento na cidade que sua ex foi morar.

Demorou três anos para eles se encontrarem na Grande Maçã, e quando isso aconteceu o espanto de Aninha só não foi maior que o de Titi, ao saber que o amor de sua vida esperava uma filha de outro cara! Embora a ruiva tentasse, não conseguiu manter Titi afastado, principalmente quando ele se mudou para o apartamento em frente ao seu.

Tudo se apertou quando Sophie nasceu. Aninha estava começando a trabalhar e, como Titi também estava procurando emprego, o contratou como babá. É claro que os dois criaram um vinculo passando dias juntos, a ela não queria separar sua menina da unica pessoa que tinha além dela. Então, Titi acabou se tornando parte da família, embora ele e Ana em nenhum momento tivessem reatado.

Até hoje, Titi cuida de Sophie como se fosse sua filha, e ela o trata como se fosse seu pai. E Aninha só dava graças aos céus por ter a ajuda dele.

– Oi, Aninha. Ficou presa no trânsito de novo? - Timóteo perguntou brincalhão.

– Fiquei. Pra falar a verdade, ainda estou nele. - Ela suspirou. - Você e a Sophie já estão em casa?

– Já sim. E não esquenta que eu dei uma carona para a coisinha, sei que você não gosta que ela ande sozinha de metrô.

– Obrigada. - Ana agradesceu. Era bem útil Titi ser professor de Ed. Física na escola de Sophie.

– Hey! - Uma voz gritou ao fundo, do outro lado da linha. - Why do you ever speak in Portuguese? I can understand anything!*

– É a Sophie? - Aninha perguntou rindo.

– É ela sim. Espera um minuto. - Pediu Titi. Ela o imaginou se voltando para sua filha. - Because you don't want understand something here. - Ele falou tão bem que parecia até outra pessoa. Para quem conheceu o dentuço no passado, seria impossível imaginá-lo falando inglês com tanta fluência.

Ouviu Sophie bufar. E perguntar:

– And talk with my mom, I can?

– A coisinha quer falar com você. - Titi lhe avisou.

– Passe para ela então. - Pediu, e logo ouviu a voz de sua menininha.

– Hi, mommy.

– Hello, Sweet hart. - Ela não podia evitar o tom meloso.

– When you come home today?

– I'm have on the way. - Ana começou a se explicar, mas não teve tempo. Quando menos esperava, o cemáfuro abriu. - I come in ten minutes, I promice, bye! - E desligou.

Porém, aquela ligação a tinha acalmado. Não, ela não se arrependia de nenhuma decisão que havia tomado, pois elas a trouxeram para sua vida hoje. Com uma família linda.


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