O Caso do Slender Man escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 13
Enfrentando o monstro


Notas iniciais do capítulo

Minha maldade não tem fim... Entendam por que...



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Antes

O som de passos se aproximando e causando leves tremores no chão da caverna fez com que Henry, Rachel, Isabel e Emily se entreolhassem assustados e levantassem rapidamente.

As crianças olharam para a estreita abertura em uma das paredes e sentiram a vibração de novos passos se aproximando.

Não demorou muito para que uma névoa começasse a entrar por aquela abertura... Rapidamente.

Agora

Mais apavorada do que os outros, Emily olhou para Henry e, embora soubesse muito bem o que aquilo significava, ela questionou aflita:

— O que está acontecendo?!

O menino a olhou de volta e pôde perceber todo o medo que Emily sentia. No fundo, Henry também estava com muito medo, só não podia demonstrar porque tinha que ser racional para conseguir vencer aquele monstro e tirar todos eles dali.

Foi ao pensar desta forma que Henry lembrou-se da Colt. Os quatro tinham sido pegos de surpresa e levantaram tão rápido do chão que acabaram esquecendo de pegar a única arma que talvez pudesse destruir o Slender Man.

Então Henry olhou na direção da prima, que estava mais perto do local onde ele se lembrava que a Colt tinha ficado, e como se tivesse lido os pensamentos dele, Rachel assentiu com um meneio de cabeça e deu alguns passos a frente.

Tal atitude fez Henry imaginar que no futuro, caso eles realmente conseguissem sair daquela situação, Rachel seria uma excelente parceira para caçar com ele. Os dois tinham uma certa cumplicidade, sabiam exatamente o que o outro queria dizer sem que este precisasse pronunciar uma palavra sequer. E isso era algo que poderia ajudá-los muito durante uma caçada.

No entanto, diante daquela experiência envolvendo o Slender Man, Henry começou a se questionar se realmente conseguiria se tornar caçador quando crescesse.

Todo aquele estresse, a tensão e a sensação de que a qualquer momento, ele seria pego por aquele monstro ou veria alguma das meninas sendo levada sabe-se lá para onde, sem que ele pudesse evitar, o fez questionar se o seu avô não estava certo quando o aconselhou a manter a mente aberta e pensar em outras possibilidades para o futuro.

Até então Henry sentia um certo fascínio quando seus pais iam caçar. Mas agora ele percebia que havia muitos riscos envolvidos naquela profissão. Além de terem abdicado de muitas coisas, seus pais se arriscavam muito toda vez que tinham que despachar um monstro como aquele.

Henry sentiu um nó na garganta ao imaginar que toda vez que eles faziam isso, havia uma chance de tudo dar errado e de seus pais não voltarem para casa. De não voltarem para ele. Havia uma chance do tio Sam e da tia Claire não voltarem para Rachel também.

Mas apesar de todos os riscos, alguém tinha que caçar criaturas como o Slender Man. Alguém tinha que fazer aquele trabalho, alguém tinha que salvar pessoas como Emily. Aliás, salvar vidas parecia ser uma ótima recompensa no final de tudo.

E se os seus pais, seus tios, o seu avô e a tia Mia podiam fazer aquilo, ele também podia aprender. Henry sentia que devia isso a todos eles e a si mesmo, afinal não parecia justo ter uma vida normal sabendo da existência do sobrenatural. Henry não podia fechar os olhos para aquilo. Não podia ignorar o que a sua família fazia e não podia ignorar que outras pessoas, além de Emily, precisavam ser salvas todos os dias. Não podia, não queria e não iria ignorar.

Tomado pela adrenalina daquele momento, Henry decidiu que, se saísse vivo daquela dimensão misteriosa, então mais do que nunca, ele iria insistir com os seus pais para que eles lhe ensinassem tudo, absolutamente tudo, sobre o family business. Aquilo era o certo a se fazer e, no fundo, era o que Henry queria fazer da sua vida. Vencer o medo que sentia em nome do bem maior, seguir os passos dos seus pais, continuar o legado dos Homens das Letras, caçar coisas e salvar pessoas. Perpetuar o negócio da família.

Henry não podia imaginar, mas Rachel começava a pensar do mesmo jeito que ele. Se tornar modelo, de repente, pareceu completamente fora de cogitação para ela. Mais do que isso, pareceu totalmente egoísta, surreal e fútil.

Por mais que seus pais fizessem de tudo para que Rachel pudesse fazer suas próprias escolhas sobre o futuro, agora a menina percebia que ela nunca teve uma escolha de verdade. Porque não era justo deixar pessoas como Emily nas mãos de criaturas como o Slender Man. Se ela tinha o privilégio de ter uma família de caçadores que podia lhe ensinar a ser uma grande caçadora também, por que dar as costas para aquilo que podia ser a sua verdadeira vocação?

Surpreendentemente, Rachel não estava triste por nada disso. Muito pelo contrário. Se tornando uma caçadora, ela poderia fazer muito mais pelo mundo do que se insistisse naquela ideia infantil de virar uma modelo de sucesso.

Além disso, pensar que ela salvaria pessoas no futuro e combateria o mal, fazia com que Rachel se sentisse mais segura diante do que estava acontecendo naquele momento. Lhe dava incentivo, esperança. Para ajudar outras pessoas, primeiro ela tinha que ajudar a si mesma, o primo, Emily e Isabel a saírem daquele lugar. E para isso, ela precisava encontrar a Colt.

No entanto, por mais que olhasse e examinasse cada centímetro do chão, procurando pela arma, a névoa produzida pelo Slender Man começava a atrapalhar muito a sua visão.

E o medo de que a qualquer momento, ele surgisse no meio daquela névoa densa e agarrasse o seu pé com um daqueles braços assustadores intensificava o medo que ela sentia.

Ao dar mais alguns passos para a frente, Rachel tropeçou em algo e caiu. Por um momento, Henry, Isabel e Emily não enxergaram mais a menina e ficaram agoniados. Chamaram por ela até que Rachel levantou trazendo a Colt consigo.

Os sorrisos de alívio nos rostos dos três se desmancharam no mesmo instante em que uma sombra negra se ergueu atrás de Rachel. Aos poucos, a sombra ganhou forma, um corpo esguio, braços compridos e uma cabeça sem rosto.

— Rachel, cuidado! — gritou Henry aflito.

Lentamente a garotinha virou-se para trás e o seu grito de terror ecoou por toda a caverna ao mesmo tempo em que ela soltava a Colt no chão.

Isabel teve que tampar os ouvidos com as mãos porque sentiu-se completamente desorientada com o grito de Rachel. Aliás, alguma coisa estava acontecendo com todos os seus sentidos.

A presença do Slender Man começava a afetá-la de uma forma diferente e mais intensa. Isabel não podia imaginar, mas o seu lado anjo não estava suportando a presença daquele monstro, que não só era imune a anjos como também podia repelí-los, caso se sentisse ameaçado.

Na floresta, Isabel não tinha sentido aquele mal estar porque estava no seu mundo e o Slender Man havia a capturado facilmente, sem que ela ficasse muito tempo exposta aos seus poderes.

Mas ali, na dimensão do Slender Man, diante do monstro e mais exposta aos seus poderes, estes fatores juntos causavam certos efeitos em seu corpo nephilim, a deixando fraca e atordoada. E esses efeitos se intensificavam a cada instante porque cada vez mais o Slender Man expandia os seus poderes.

A única coisa que mantinha Isabel a salvo naquele lugar era o seu lado humano. No entanto, era impossível prever até quando ela resistiria.

Sentindo-se tonta e com a visão turva, Isabel caiu de joelhos no chão, o que chamou a atenção do Slender Man. No mesmo instante, ele parou de encarar Rachel, que ainda gritava apavorada, e virou-se rapidamente na direção de Isabel. Começou a se aproximar dela esticando mais os braços e as pernas.

— Não... — murmurou Henry.

— O que ele está fazendo? — questionou Emily confusa. — Isso não faz sentido. Ele deveria me levar primeiro.

— Ele percebeu que a Isabel é diferente. — deduziu o menino. — A energia vital dela deve ser mais forte do que a nossa.

Ao ver que o Slender Man se aproximava mais e mais de Isabel, Henry voltou-se para Emily e pediu aos sussurros:

— Ajude a Rachel a encontrar a Colt.

Emily assentiu rapidamente e correu até a prima do menino. Rachel finalmente tinha parado de gritar, mas lágrimas de desespero escorriam pelo seu rosto. Emily se aproximou, segurou em seus ombros tentando acalmá-la, e sussurrou o mais baixo que pôde:

— Me ajude a procurar.

Rachel controlou a vontade de chorar e buscou forças dentro de si para acatar aquele pedido. Logo ela e Emily começaram a vasculhar o chão, em busca da Colt. A névoa as atrapalhando cada vez mais.

Enquanto isso, o Slender Man curvou-se no chão, sobre Isabel e seus dedos compridos e magros percorreram o rosto da garotinha, já quase inconsciente.

Henry se aproximou a passos largos, com medo de que aquele monstro machucasse a sua amiga. Sem saber o que fazer, porque ainda não tinha a Colt em mãos, Henry lembrou-se de algo que seu pai lhe disse quando ele contou o pesadelo que teve com o Slender Man.

Dean disse algo sobre chutar o traseiro do magricela por ele. Então, sem pensar direito e com muita raiva daquela criatura maligna, Henry se aproximou mais, parou diante dele e, antes de chutá-lo o mais forte que conseguiu, esbravejou tomado pela tensão e adrenalina daquele momento:

— Meu pai mandou lembranças, son of a bitch!

O chute não pareceu causar qualquer efeito no Slender Man. A não ser deixá-lo enfurecido. Rapidamente, ele afastou-se de Isabel e aproximou-se de Henry de uma forma ameaçadora, com o rosto a poucos centímetros do rosto do menino.

Apesar do monstro não ter uma boca, Henry podia jurar que ouviu um grito amedontrador ecoar dentro dele.

Então o menino engoliu em seco e balbuciou:

— Oops.

Enquanto o Slender Man erguia Henry com um dos seus braços, o fazendo se debater numa tentativa de se soltar, Rachel finalmente encontrou a Colt no meio daquela névoa cada vez mais densa que cobria o chão e levantou-se junto com Emily. As duas se assustaram quando Henry foi arremessado contra a parede atrás delas e caiu desacordado no chão.

— Henry! — gritou Emily correndo até ele.

Enquanto ela se abaixava perto dele e tentava acordá-lo, Rachel fez um esforço enorme para espantar o medo que sentia. E enchendo-se de coragem, ela encarou o monstro com determinação e empunhou a arma na direção dele. Lembrou de todas as orientações de Emily, que naquele momento gritava:

— Atira! Rápido!

No entanto, quando Rachel ia puxar o gatilho, o Slender Man inclinou um pouco a cabeça, intrigado com a audácia das suas vítimas, e esticou um dos seus braços rapidamente na direção de Rachel. A segurou facilmente e a ergueu do chão. A menina ainda tentou atirar nele, mas não teve tempo, pois antes disso, o monstro também a jogou contra uma das paredes. Com isso, ela soltou a Colt que deslizou pelo chão e parou perto de Emily e Henry.

Emily entrou em pânico ao perceber que Rachel não se mexia. Nem Isabel. Nem Henry. Ela estava sozinha. Ela tinha que acabar com aquele monstro de uma vez por todas ou ele acabaria com ela. Com todos eles, aliás.

Sentindo a tensão e o medo dominando cada músculo do seu corpo, Emily inclinou-se na direção da Colt. No entanto, antes que seus dedos alcançassem a arma, o Slender Man produziu mais névoa, o que fez a menina tossir e ficar desorientada. Quando percebeu, a criatura já estava se aproximando dela. Seus braços e pernas enormes esgueirando-se por cada centímetro daquela caverna de uma forma assustadora e bizarra.

Emily voltou a procurar a arma, conseguiu pegá-la, mas ela simplesmente escorregou da sua mão, quando o Slender Man a segurou com força em um dos pés e a puxou até ele, decidido a se alimentar da energia vital daquela menina primeiro, conforme tinha planejado desde o começo. Depois ele voltaria para cuidar da nephilim e dos outros.

Emily gritou e se debateu. Olhou para Henry desacordado no chão e lágrimas de desespero escorreram por seus olhos. Tentou rastejar até ele, mas a criatura a puxou mais uma vez.

— Henry! — gritou ela em desespero. — Henry! Socorro!

Desorientado, o menino ouviu alguém lhe chamando ao longe e abriu os olhos devagar. Os fechou em seguida, sentindo uma forte dor de cabeça e uma sensação de enjoo revirar o seu estômago. Tudo parecia girar em volta dele e a sensação de que voltaria a desmaiar a qualquer momento era muito forte.

— Henry! — chamou Emily mais uma vez enquanto o Slender Man a arrastava pelo pé até o centro da caverna. — Henry! Socorro! Henry! Me ajude! — gritou ela aos prantos enquanto o monstro a arrastava mais um pouco, em direção à parede que possuía a abertura.

Emily lembrava-se muito bem daquela abertura. Era por ela que o Slender Man surgia, desaparecia, levava as crianças. De alguma forma, ele distorcia a realidade, fazendo aquela abertura aumentar e depois voltar ao tamanho normal. Aquela caverna era uma espécie de dispensa, onde ele mantinha as vítimas até levá-las para o outro lado, de onde elas nunca mais voltavam.

Emily ficou ainda mais desesperada ao se dar conta de que ela teria aquele mesmo destino. Iria desaparecer como as outras crianças levadas pelo Slender Man ao longo dos anos.

— Henry! — gritou mais uma vez enquanto seus dedos arranhavam o chão da caverna à medida que ela era arrastada.

Henry moveu as pálpebras ainda zonzo, mas seus olhos abriram-se mais quando ele reconheceu o vulto do Slender Man erguendo Emily do chão e a envolvendo com seus braços.

O monstro começou a se mover para mais perto da abertura na parede e Henry sentou-se atônito. Emily continuava chorando e chamando por ele.

Embora ainda não estivesse enxergando com nitidez, o menino olhou para o chão perto dele procurando pela Colt e sentindo um desespero crescer dentro de si.

Ele não podia deixar que o Slender Man machucasse Emily. Não podia deixar que ele a levasse. Ele havia prometido que iria protegê-la. Ele faria de tudo para cumprir aquela promessa. Iria até o fim para cumprir aquela promessa.

Quando Henry encontrou a arma, ele a segurou com firmeza e a empunhou na direção do vulto do Slender Man. Estreitou o olhar tentando enxergar melhor. Tinha medo de errar o disparo e acertar Emily.

Instantes depois, quando o Slender Man já começava a manipular aquela abertura na parede, a expandindo, a visão de Henry finalmente tornou-se mais nítida e, sem pestanejar, ele chamou:

— Ei, magrelo!

O Slender Man olhou na direção do menino no exato instante em que ele puxou o gatilho. O som do disparo ecoou pela caverna e a bala percorreu o ar rapidamente, seguindo em direção a cabeça do monstro. Logo, o atingiu certeiramente bem no meio do seu rosto inexpressivo.

Um longo e aterrador silêncio dominou o ambiente. Parecia que a realidade em volta e o tempo haviam parado. Apenas os soluços de Emily eram ouvidos entre um intervalo e outro. O Slender Man permanecia imóvel, como uma estátua bizarra.

Henry e Emily começavam a se questionar se a Colt era mesmo capaz de matar aquele monstro. Ficaram ainda mais desesperados ao pensarem nisso. Aquilo seria o fim. O fim de todos eles.

De repente, os braços da criatura começaram a perder a força e Emily gritou ao sentir que estava caindo. O Slender Man era extremamente alto e a menina estava a no mínimo dois metros do chão. Ela caiu quando o monstro finalmente não teve mais forças para segurá-la.

A queda fez Emily bater a cabeça em uma das pedras que havia ali e então ela sentiu um líquido quente escorrer de sua testa. Sentiu-se tonta, mas não chegou a desmaiar. Ao invés disso, reuniu todas as suas forças e começou a se arrastar para trás, rapidamente, com medo de que o Slender Man a pegasse de novo. Mas ele permaneceu lá. Parado. Imóvel. Estático.

Henry correu até a menina, abaixou-se perto dela, olhou rapidamente para o ferimento na cabeça dela, mas felizmente não parecia ser nada grave.

Henry a abraçou e a puxou mais para trás, para mais longe do Slender Man. E então os dois ficaram observando atônitos um líquido preto saindo do ferimento provocado pela bala no rosto do monstro.

— Se sangra você pode matar... — balbuciou Henry enquanto mais sangue naquela coloração escura jorrava pelo rosto da criatura.

Henry abraçou Emily com mais força e ela escondeu a cabeça em seu peito enquanto via o Slender Man definhando aos poucos e desaparecendo lentamente, assim como a névoa que ele tantas vezes controlou. Ele estava desaparecendo. Mais do que isso. O Slender Man estava morrendo.

Por fim, ele desapareceu totalmente e as roupas pretas que ele usava caíram no chão, sem um corpo para preenchê-las. O resquício de névoa que havia na caverna se extinguiu por completo.

Quanto tempo se passou depois disso, nem Emily nem Henry saberiam precisar. Não havia sido muito, mas depois de tudo que eles passaram, pareceu uma eternidade.

Em dado momento, o menino finalmente se afastou um pouco da garotinha e perguntou:

— Você está bem?

Emily assentiu com um meneio de cabeça e em seguida agradeceu profundamente aliviada:

— Obrigada.

— Não me agradeça, eu ainda tenho que tirar a gente daqui. Por falar nisso... — disse Henry e enquanto se levantava, chamou: — Rachel! Isabel!

Emily levantou-se também e seguiu Henry. Primeiro os dois se aproximaram de Isabel e ficaram aliviados ao perceberem que a nephilim estava acordando. O Slender Man havia morrido e, com isso, todo o mal estar que ele causava na menina acabou.

— Eu estou bem. — assegurou Isabel enquanto Emily a ajudava a se levantar.

Henry respirou aliviado e, em seguida, correu em direção à prima, ainda desacordada. Entrou em pânico e abaixou-se diante dela. Tentou acordá-la, mas Rachel não respondia. Colocou a cabeça da menina em seu colo e, entrando em desespero de novo, insistiu:

— Rachel, acorde! Fale comigo!

Tentando ajudar, Emily aproximou-se e, seguindo alguns procedimentos que tinha aprendido com sua mãe, que era enfermeira, ela checou os sinais vitais de Rachel. Depois disso, ela olhou para Henry e o tranquilizou:

— Ela vai ficar bem. Mas nós temos que sair daqui.

Henry observou tudo em volta e o seu olhar parou na abertura da parede de frente para onde eles estavam. No entanto, a abertura continuava inacessível já que a única criatura capaz de expandí-la havia morrido a alguns instantes.

— E como nós saímos daqui? — ele perguntou quase para si mesmo. Ao ver Isabel se aproximando, ele indagou tentando manter as esperanças: — Você sonhou que nós saíamos daqui, não foi? Como nós fazíamos isso?

Isabel franziu o cenho e respondeu vacilante:

— Eu não sonhei com esta parte. Eu sinto muito... Eu só via que um de nós atirava no Slender Man. Mas eu não via quem, se a arma funcionava nele ou como nós saíamos desta dimensão.

Confusa, Emily começou a questionar:

— Então como...?

Isabel a interrompeu dizendo:

— Eu via uma coisa no final do sonho. Eu até desenhei... Eu vi...

Antes que a nephilim relatasse o tal sonho, um tremor balançou as paredes da caverna e fez o chão vibrar.

Os três se entreolharam sem entender o que estava acontecendo e um novo tremor foi sentido antes que eles dissessem qualquer coisa.

Um novo tremor. Mais forte. Violento. O que fez Emily e Isabel se aproximarem e sentarem-se perto de Henry e Rachel.

Novos tremores foram sentidos por todo o lugar e uma quantidade considerável de terra e alguns fragmentos de rocha começaram a se soltar por toda a parte. O chão começou a rachar em alguns trechos e as crianças se encolheram contra a parede, cada vez mais assustadas e aflitas.

Um barulho ensurdecedor vinha do lado de fora e eles deduziram que não era só a caverna que estava ruindo, mas toda a dimensão que o Slender Man havia criado para si. Tudo estava morrendo assim como o seu criador havia morrido instantes antes.

Atônito, Henry olhou para Isabel e perguntou:

— Por acaso você não sonhou com isso, sonhou?

Isabel balançou a cabeça negativamente, também assustada com tudo aquilo. Começou a se perguntar se a parte final do seu sonho tinha sido apenas um delírio, um sonho sem importância, uma fantasia de sua mente. E se ela tivesse se enganado? E se Isabel não fosse sair daquele lugar? E se nenhum deles fosse? E se aquele era mesmo o fim de todos eles?

Os três começaram a gritar, deram as mãos e se encolheram perto um do outro quando as paredes da caverna ruíram, revelando o desolador mundo fora daquele lugar. Mundo que também caminhava para a mais completa destruição...

Isabel segurou com mais força na mão de Emily, que segurou com mais força na mão de Henry. Os três tentavam segurar Rachel com as outras mãos. Mas não conseguiram. Não por muito tempo já que, de repente, o chão desapareceu embaixo deles e os quatro começaram a cair... Em um enorme vazio. Suas mãos se soltaram.


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Notas finais do capítulo

Aeeeeeeeeeeee!!! Que final mais light e meigo, hein? Gostaram?

Well, sei que hoje não é sábado, mas como já terminei a fic (corrigindo de novo, teremos 18 capítulos), decidi postar um capítulo hoje e outro no sábado. Pretendo postar a fic mais rapidinho, mas só se não for um problema para vocês.

De qualquer forma, todo mundo pode ler e comentar conforme sua disponibilidade, portanto, sem pressão, ok?

Well, well, well, o que acharam do capítulo de hoje? E os corações? kkkkkkkkkkkk

Bem, depois de tanta maldade para cima das mini pessoas, vem aí mais maldade. Ou não. Vai saber. Oi? Aguardem e verão!

Bjs!

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