Ao fim de mais um dia, Gray e Juvia continuavam seu percurso para a próxima cidade, onde iriam fazer sua primeira parada naquele dia, Juvia estava quieta em seu canto, e hora ou outra olhava para o mago de gelo a sua frente, que acabara dormindo com o silencio no trem, sorte a deles é que naquele dia quase ninguém tinha embarcado no vagão onde estavam.

Alguns minutos depois, o trem para na pequena cidade das flores, Juvia ficou encantada com as variedades de flores em vários pontos da estação, Gray acordou um pouco assustado por conta da parada brusca do trem, ele se espreguiça.

–O que? Já chegamos?-pergunta ele olhando perdido para os lados, Juvia sorri.

–Não...É apenas uma pequena parada, parece que o condutor do trem precisa entregar alguns documentos a alguém..Juvia não ouviu quem..Mas sabe que logo sairemos daqui-disse ela sorrindo levemente corada ao moreno, que suspira.

–Entendi....Bem, acho que vou comprar algo para poder comer...Vai querer alguma coisa?-pergunta ele se levantando, Juvia nega.

–Não, obrigada...Juvia vai ficar bem aqui-disse ela sorrindo e olhando para a janela, Gray suspira.

–Você não comeu nada desde que saímos, deveria comer alguma coisa...Não quero que nada estrague nossa missão-disse ele com uma careta, Juvia sorri fraco.

–Não se preocupe..Juvia vai ficar bem-disse por fim, o mago olha mais uma vez para a azulada antes de dar de ombros e sair trem a fora, ele coloca as mãos nos bolsos da calça e olha para os lados.

–Certo! Por onde começaremos?-murmura ele com um sorriso nos lábios, olhando as várias lojas de comida do lado da estação, sua boca se enche de água ao passar por uma loja de doces e outra loja de variedades de carnes-Que paraíso para um morto de fome!!-exclama ele entrando em uma lanchonete qualquer e comprando um bolo inteiro, um refrigerante...Mas antes de sair ele olha para a vitrine e encontra um pedaço de Cheesecake de morango com uma flor de Chantilly lhe chamando a atenção, ele pensa o observando por alguns minutos e volta para dentro da loja para comprar o mesmo, junto com uma caixinha de soco natural.

O mago sorri pequeno e volta o mais rápido para o trem, se sentando de frente para Juvia e deixando seu bolo em cima de uma mesinha na frente dos dois, Juvia ficou surpresa quando o mesmo lhe estendeu o Cheesecake e o suco.

–Come...Não quero ninguém fraca ao meu lado...-disse sem olha-la nos olhos, Juvia cora e timidamente pega o pedaço de bolo e o suco, começando a comer, estremecendo ao sentir o delicioso gosto doce do bolo.

–Humm, que delicia!-exclama com os olhos brilhando, Gray ri pelo nariz, voltando a comer seu bolo.

[..]

Lucy olhava para o rosado ainda em cima do barco que balançava junto com a água, o mesmo continuava lhe observando ao longe, ela se aproxima mais da janela e ele cora de leve.

–Foi mal Luce...Eu não consegui trazer a árvore outra vez...Parece que o prefeito colocou seguranças anti magos ao redor da árvore...E bem, não consegui nem chegar perto-disse Natsu coçando a nuca sem jeito, Lucy sorri de leve-Mas..O real motivo de eu ter pedido para que me viesse aqui...Era que eu queria lhe dizer...Que foi desde aquela vez...Que eu olhei para você com outros olhos...Foi desde aquela vez que eu comecei a gostar de você de uma forma diferente...Eu não sabia o que era aquilo, achava que estava ficando doente..Mesmo eu nunca ter ficado doente...Mas eu achava que era bobeira minha-ele suspira pesado e olha para a loira-Mas após eu finalmente reconhecer que estava apaixonado por você...Eu fiquei com medo de você não sentir a mesma coisa por mim..Por isso demorei muito para poder finalmente lhe dizer a verdade, ou lhe pedir em namoro....Acho que todos já sabiam o que eu realmente sentia por você...Menos você-ele disse e ri coçando novamente a nuca, mas logo ele abaixa os olhos para a água a sua frente-Mas...Mesmo assim, quando você disse sim...Eu fiquei muito feliz...De verdade Lucy, eu fiquei tão feliz que achei que estivesse sonhando ainda...E tive medo de acordar no meu quarto e perceber que você estava longe de mim....Desculpe Lucy, mas sem querer eu acabei escutando sua conversa com o Loki, e...depois de pensar muito...Eu cheguei a conclusão...De que você está certa-disse ele fazendo Lucy sofregar, jamais iria esperar aquilo de Natsu, ele estava...desistindo?

–Mas eu não vou desistir da gente Lucy...Só quero que você e eu possamos entender primeiro nossos sentimentos um pelo outro...Eu já sei sim o que eu sinto por você, e isso nunca jamais ira mudar...Só não quero que pense que você me atrase Lucy, pelo contrário...Você me ajuda a seguir sempre adiante, eu sei que está preocupada com a minha procura pelo Igneel...Mas esqueça isso, Igneel não é mais importante do que eu, do que você...É por isso que eu queria lhe mostrar como eu amo você e quando eu percebi isso, que te amava-disse ele e olha para trás, onde seus amigos se encontravam, eles confirmam com a cabeça e começam a concentrar suas magias todas juntas bem alto, quase da altura da árvore de cerejeira, Natsu sorri e levanta o braço direito, enquanto sua magia subia junto com os dos demais, se espalhando devagar até formar uma espécie de nuvem de magia, com várias cores se misturando por todos os lados como se lutassem dentro da nuvem por espaço.

Os olhos da maga estelar brilham ao apreciar a junção perfeita das cores de cada magia unida, como uma só, ela leva sua mão até a boca pasma com o brilho, era incrível, muito mais incrível que a própria árvore, Natsu salta do barco parando em cima do meio fio fitando Lucy, que sorrindo corre para a porta do quarto, descendo as escadas correndo, encontrando a sindica olhando para a mesma nuvem com os olhos brilhando enquanto os mesmo estavam cheios de lágrimas, ela sorri e passa pela velha ficando de frente para Natsu que desce do meio fio olhando para ela.

–Não precisa dizer nada Lucy...Apenas me diga se ainda tenho chance de recomeçar novamente, de estar ao seu lado mesmo se só formos amigos...E se ainda tenho chances de lhe proteger e lhe conquistar...Não vou desistir de você, nunca...-diz ele sorrindo para a maga que tinha os olhos cheios de lágrimas.

–Sim...Ainda estou magoada, mas eu ainda amo você Natsu...E sei e espero que não desista...-disse ela enquanto uma lágrima desce por seu rosto, Natsu suspira secando com o polegar a lágrima e puxando Lucy para um abraço quente, enterrando seu rosto no pescoço da maga, que retribui o abraço derramando mais duas lágrimas.

–Eu prometo Lucy...Um dia, eu ainda irei lhe chamar de minha esposa-disse ele baixo no ouvido da maga que sente seu coração se aquecer com as palavras, ela cora ainda o abraçando.

–Sim...Vou esperar até lá, Natsu...

[...]

O dia mal havia começado e os dois magos de água e gelo descem do trem olhando para a cidade simples e bem rustica, não havia nada além de casas altas e pessoas magras e sujas por todos os lados, Juvia se encolhe atrás de Gray que olhava tudo com o cenho franzido.

–Que horror..Porque todas essas pessoas estão assim?-pergunta ela olhando uma mãe com uma criança no colo, apenas em pele e osso, Gray olha para o lado esquerdo e suspira.

–Acho que é por conta do deserto, muitas vezes, em alguns desertos, à muitas tempestades de areia, isso acaba matando gados e destruindo casas e os alimentos cultivados nas cidades-disse ele olhando para Juvia, que triste confirma.

–Juvia já ouviu sobre isso também...Mas nunca Juvia havia visto isso assim-disse ela, o moreno começa a andar sendo seguido pela maga que olha para todas aquelas pessoas sem quase nada de força para se levantar, por conta da pouca água e pouca comida, ela suspira com o coração partido.

–Acho que é aqui...-murmura Gray ao seu lado, ela olha para cima, avistando uma casa alta, com uma escada de lado grudada na parede, uma porta vermelha de ferro e apenas uma janelinha pequena também vermelha, os dois se entreolham e sobem as escadas, Juvia da algumas batidas na porta.

–Quem é?!-uma voz grossa e abafada chega aos ouvidos dos dois magos por de trás da porta.

–Somos da Fairy Tail! O senhor pediu nossa ajuda-exclama Gray para quem quer que estivesse do outro lado da porta, logo eles escutam trancas sendo abertas, e um velho pequenino com uma bengala de madeira simples abre a porta com uma cara de poucos amigos.

–Entrem logo!-exclama ele fazendo os dois magos se sobressaltarem e entrarem rápido dentro da casa enorme para um homem daquela miniatura-E não toquem em nada!!

Ele grita ao ver Gray quase encostando em uma bola de cristal, o moreno logo puxa sua mão com o grito do velho.

–Fico feliz por terem aceitado me ajudar...Nesses tempos onde o deserto fica cada vez mais quente, quase nenhum mago asseitaria fazer essa missão-diz o senhor atrás de uma mesa, a casa era alta, mas parecia bem pequena, havia várias estantes e mesas com centenas de livros de poções, vidros com líquidos e ervas, máquinas para fazer misturas, baús e muitas outras coisas escondidas por milhares de pilhas de papeis e pergaminhos espalhados por todos os lados.

–Nós que agradecemos por ter pedido nossa ajuda...Mas o senhor poderia explicar mais o que exatamente teremos que fazer?-pergunta Gray ao lado de Juvia.

–Juvia também quer saber mais sobre essa pedra que teremos de levar-fala ela olhando para o velho anão que suspira.

–É justo...Irei lhes dizer o que achamos que é..-começa ele e tosse um pouco limpando a garganta-A alguns anos atrás, pesquisadores acharam essa pedra em uma escavação aqui perto...Mas os que tentavam encostar na pedra ou desapareciam do nada, ou simplesmente evaporavam como pó...Alguns ainda disseram que foram literalmente torrados por terem tocado na pedra...Então eu a recolhi com cuidado e a guardei, foi quando um mago cientista que é um amigo meu, disse estar curioso para estudar mais sobre essa pedra...Mas ele mora do outro lado do deserto, foi por isso que chegamos a vocês e ao pedido de ajuda-disse ele com os olhos fechados, Juvia e Gray se entreolham.

–Mas vocês não sabem dizer o que acham ser essa pedra?-pergunta Gray intrigado, ele nega.

–Não, sabemos que ela pode ter vindo do ponto mágico do céu, chamado de Anima..-diz ele olhando o moreno que congela ao ouvir o nome.

–A-Anima?! Tem certeza?!-exclama ele, Juvia o olha também espantada.

–Será a mesma Anima daquela vez Gray-sama?-pergunta ela se lembrando quando Lisanna e os outros magos contaram sobre terem ido para outro mundo por causa da Anima.

–Sim...Sabemos e temos plena certeza de que ela veio de algum lugar de dentro da Anima...Achamos que ela deve ter se deslocado quando a Anima ficou fora de controle...Mas não podemos afirmar até finalmente termos estudados mais a fundo na pedra-disse o velho, Gray confirma.

–E onde ela está?-pergunta ele, o velho aponta para uma estante velha de madeira, onde em cima havia várias caixas e baús.

–Está naquele Baú vermelho pequeno ali-disse ele, Gray vai até a mesma pegando o baú e o colocando em cima da mesa onde o velho estava, Juvia se aproximou quando o mago de gelo abriu o baú.

–Uau...É linda!-exclama ela com os olhos brilhando, a pedra era triangular azul como Topázio, Gray maneia a cabeça concordando com Juvia.

–E onde teremos que levar, e para quem?-pergunta o mago moreno olhando para o velho a sua frente.

–Como já disse para um velho amigo meu, Zefe...Ele irá trabalhar na pedra e descobrir mais sobre ela e o que mais ela pode fazer...-diz ele e caminha para o outro lado da mesa, abrindo uma gaveta e pegando um papel-Aqui...Vocês vão encontrar nessa cidade...Não poderão ir de trem, pois o trilho está coberto por areia daqui para frente, mais um motivo para essa cidade estar assim, a comida e a água que viam de lá não podem ser trazidas para cá por conta da grossa areia nos trilhos dos trens...De qualquer forma, vocês terão de atravessar o deserto apé se quiserem realmente realizar essa missão..-fala ele olhando os magos que se entreolham.

–Bem...Já que estamos aqui, teremos de continuar...Afinal prometemos que iriamos fazer essa missão não é?-comenta Gray sorrindo para Juvia que cora mas retribui o sorriso.

–Juvia acha o mesmo...-murmura e pega o papel da mão do velho-Iremos fazer a missão senho..

–Pode me chamar de Zefirô..-murmura o velho, Gray faz uma careta.

–Mas o que a com essa gente? Todos os nomes são parecidos...-murmura ele e Juvia o cutuca ao ver a careta do velho.

–D-Desculpe...Vamos Gray-sama?-pergunta Juvia com uma gota na cabeça, Gray força uma tosse enquanto fechava o baú vermelho com detalhes e escritas douradas, ele pega em uma alça dourada enquanto Juvia pegava na outra.

–Certo..Vamos..Mas alguma coisa que precisamos saber, senhor Zefirô?-pergunta Gray, o velho bufa e vai até a porta abrindo para os dois.

–Apenas tomem cuidado para não tocar nessa pedra...E também fiquem de olhos abertos, à vários ladrões de carga pelo deserto, eles provavelmente estarão cientes sobre essa encomenda até Zefe...E tentaram pega-la-disse Zefirô olhando firme para os dois, Gray sorri.

–Há! Isso não será problema...Afinal somos fortes, não é Juvia?-murmura ele levantando a mão e liberando um pouco de gelo de sua mão, Juvia sorri determinada.

–Sim..-dizendo isso os dois se despedem do velho e partem, o mesmo entra para dentro de sua casa novamente e logo uma porta escondida na parede se abre, enquanto que uma jovem moça com um vestido simples e com uma enorme barriga de grávida aparece com um semblante preocupada.

–Vovô...Você acha que eles terão chances de atravessar o deserto sem maiores problemas?-pergunta ela com a mão em seu ventre, o velho suspira.

–Não sei...Mas espero que de tudo certo...Eles são a nossa única esperança para que essa pedra chegue nas mãos daquele homem-murmura o velho com um semblante sério no rosto, mas logo ele cora e se vira para a neta com um sorriso bobo nos lábios-E o que faz aqui? Deveria estar descansando...Você não pode se esforçar de mais...Afinal meu bisneto está aqui dentro, né?-murmura ele com a voz grossa manhosa enquanto se aproximava do ventre da mulher, que ria com o medo do vovô babão.

To Be Continued....