1 de setembro de 2017

– Ah que preguiça... - Falei ainda bocejando.
Eu estava ainda na minha cama, porém, estava sentando. Apesar de ter acordado do nada por causa do sonho estranho, eu ainda estava com sono. Não queria ter levado ainda, mas aquele sonho... aquele sonho foi mesmo bizarro. Ainda não consegui deixar de ter calafrios. Porém, agora acho que devo parar de pensar nesse sonho e voltar a dorm...
De repente algo voou na direção do meu rosto, e então vejo alguém parado na porta do meu quarto. Minha irmã, Megan.
– Vamos irmão, levante-se, se arrume e vá tomar seu café! AGORA!
– Me deixa em pa...
E novamente, algo me acertou.
– Vamos logo, Will! Ou vamos nos atrasar e não pegaremos o trem!
– Tá! Tá! Já entendi. - Falei, me levantando novamente.
Porém, minha irmã apenas fechou a cara pra mim e saiu batendo os pés.
– Irmão, preguiçoso! - Disse ela ao sair.
– Ah... é hoje mesmo...

Dez minutos depois, eu estava sentando e tomando meu café, e ao meu lado estavam meu tio e minha irmã. Meu tio, Frank Adams, um homem de 38 anos, tinha uma barba rala, e cabelos castanhos desengonçados. Usava óculos, parecia um professor. Porém, um professor vagabundo, pois ele gostava de usar suas roupas bastante esfarrapadas e até um pouco rasgadas. Mas apesar da aparência desleixada, era um cara responsável e zeloso. Já a minha irmã, Mega que no momento estava bastante arrumada, seu cabelo preto estava preso em um longo rabo de cabelo. Ela é uma garota chata e muito briguenta, apesar se ter apenas 13 anos, está sempre querendo mandar em mim, o seu irmão mais velho (Como se tivesse esse direito). Já eu, tenho 15 anos, e como o meu tio, eu também gosto de deixar meu cabelo escuro bastante bagunçado ( Não gosto de pentes, eles me irritam). Para me descrever é fácil, sou um cara preguiçoso, não gosto de fazer muito esforço ( Tudo é geralmente muito cansativo para mim).
Bem, hoje eu e minha irmã iremos ingressar em mais um ano em Hogwarts, uma das mais famosas escolas de magia e bruxaria do mundo. Minha irmã vai começar seu terceiro ano, e eu o quinto. Só de pensar que esse ano teremos os N.O.M's ( Níveis Ordinários da Magia), uma espécie de exames de aptidão que faremos no final do ano, para sabermos qual matéria nós nos encaixamos melhor. Esses exames são como um preparatório para as profissões que exerceremos no futuro. Resumindo, esses exames serão uma chateação, já que não gosto de estudar.
– E melhor nos apressarmos, teremos que chegar na estação e pegar o trem na plataforma 9 34. - Disse o meu tio.
– Sim! - Concordou Megan.
– Sim... - Falei, meio sem vontade.
Não estranhe, o expresso que leva os alunos a Hogwarts sai na plataforma 9 34, se bem que é meio estranho. Na minha primeira vez em Hogwarts eu fiquei confuso também sobre isso. Falando nisso, para começo de conversa, é bem estranho um garoto que recebe um carta aos 11 anos dizendo que ele é bruxo e esta matriculado em uma escola de magia bruxaria. Eu olhei para o meu tio achando que era algum tipo de brincadeira, e ele me olhou orgulhoso e me explicou dizendo que ele e meu pai haviam recebido essa carta quando tinham minha idade. Apesar dos dois serem trouxas (Não no sentido idiota), mas sim queles que não possuem poderes mágicos, não sendo basicamente, bruxos.

Vinte minutos, nos três estávamos atravessando a parede mágica para adentrar na plataforma 9 34. A plataforma era basicamente uma bagunça, um amontoado número de pessoas, andando pra lá e pra cá, carregando, bagagens, animais. Outras apenas faziam o barulho de sempre, familiares fazendo escândalos na despedida de seus filhos, ou netos. Bem nesse ponto, eu agradeço por ser tão sortudo e ter um tio compreensível, que sabe o quão embaraçoso é esse tipo de situação.
– Bem, eu irei ver meus amigos! Mais tarde nos encontraremos no trem, Maninho! Tchau Tio!
– Ok, Meg.
– Até logo, Megan. - Disse meu tio.
Minha irmã se despediu do meu tio e foi correndo procurar pelos seus amigos, deixando para mim e meu tio a chata e cansativa missão de guardar suas bagagens e sua coruja. Sua coruja era dourada e bastante comportada, porém, no momento ela escondia seu rosto sob sua asa, provavelmente estava dormindo. O nome da coruja era Safira (Só minha irmã para ter uma idéia dessas). Bem, eu também tenho uma coruja, de penas escuras. Seus olhos amarelos era intensos e bonitos (Na minha opinião). Seu nome era Raven. Após, guardarmos as bagagens e alocarmos os animais adequadamente, eu e fui conversar com meu tio. Mas, alguma coisa parece ter acontecido. Ele estava parado, e olhavam para o outro lado da plataforma, assustado e surpreso. Parecia ter visto um fantasma. Seu rosto estava branco.
– O que houve, tio? - Perguntei.
Ele pareceu voltar a realidade.
– Ah, nada demais, é só que...
– Will! Will!
De repente, me viro e me deparo com três pessoas correndo animados em minha direção, os meus amigos da grifinória. Duas garotas e um garoto. O garoto se chamava Gregory Baker, mas nós o chamávamos apenas de "Greg", era o nerd da turma e como tal tinha aquela aparência "clichê", ele usava óculos que pareciam ser muito grandes em seu rosto, era pequeno e franzino. Ele também já estava vestido com o uniforma da escola. Já as duas garotas, uma se chamava Liza Garcia, uma garota bonita, seus cabelos castanhos e bonitos estavam arrumados em uma linda trança. Liz era a garota popular da nossa turma, os garotos costumam falar que ela é a garota número um no quesito beleza. A outra garota se chamava Susan Jones, Su é do tipo que não liga para opinião dos outros. Age e se veste como descolada. Ela também possui uma certa beleza, com seus cabelos pretos soltos e seu olhar intenso.
– Como foi seu verão? - Perguntou Greg.
– Normal. - Respondi.
– Que legal... Eu acho.
– E o de vocês? - Perguntei.
– Bem... o meu foi bem divertido, meu pai e minha mãe me levaram levaram para o Japão, eu pude visitar os famosos templos de lá e também aproveitei e comprei algumas coisinhas bem legais. - Disse Liza. (Esqueci de mencionar que ela era uma otaku, eu acho que é esse nome)
– Ah, que legal. - Eu disse.
– Já eu fiquei em casa lendo os livros desse ano e fazendo algumas pesquisas. - Disse Greg. (Como esperado do nerd da Grifinória)
– E você, Su?
– Nada de mais.
– Hum... interessante...
– Bem, nós viemos aqui te chamar, Will. Temos que ir agora. - Disse Greg.
– Ah, ok. - Virei para o meu tio. - Bem, eu vou indo, até logo Tio.
– Até Will.
Eu estava prestes a entrar no trem, quando meu tio me parou.
– Will, haja o que houver, proteja sua irmã e não faça nada precipitado, ok? - Disse ele, que parecia estar bastante tenso.
– Hum... por que o senhor está me dizendo isso? - Perguntei confuso.
– Apenas prometa que sim.
– Hum... Ok. - Concordei, ainda confuso.
Seus ombros relaxaram.
– Certo, então vá e tenha um bom ano letivo, e estude bastante, hein?
– Vou tentar.
Ele riu. E então eu entrei com meus amigos dentro do expresso e juntos procuramos por uma cabine. Depois de encontrarmos e adentrarmos em uma, nos acomodamos e e nos dirigimos para a janela para um último adeus a nossos parentes.
Alguns minutos depois, estávamos sentados e Liza me perguntou:
– Aconteceu alguma coisa Will?
E então eu me toquei que eu estivera pensativo, e isso já fazia um tempo.
– Hum... nada. É só que...
– O que?
Primeiro o sonho estranho, depois aquele susto do meu tio e seu comportamento estranho na despedida. Eu percebi que...
– Que estou com uma sensação de que alguma coisa terrível pode acontecer esse ano.