Lost Lover escrita por luud-chan


Capítulo 1
✿ Amante perdido


Notas iniciais do capítulo

Eu não tenho muito o que dizer, apenas que, a história foi totalmente inspirada na fanart e BOM, saiu isso. AUHAUHAUAH. Eu ando escrevendo oneshots pra caramba, quando eu menos espero, escrevi outra. ÇOCORR.

Enfim, aqui está uma do meu OTP maravilhoso, essa coisa linda. *-*

Pequenininha, mas foi gostosa de escrever.

Boa leitura e me avisem caso encontrem qualquer erro. Dei uma olhada por cima apenas. :)



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Lost Lover

A festa anual na casa dos Clive era popular. Um dos motivos para isso, era que eles não poupavam dinheiro e compravam as melhores bebidas, comidas, contratavam os melhores empregados e tocavam as melhores músicas e faziam as melhores decorações. Todos os anos, as pessoas da alta sociedade ficavam excitadas, esperando por um convite, já que apenas os melhores dos melhores eram convidados. O intuito era arrecadar dinheiro para instituições de caridade. Seria lindo, se esse fosse o único lado da moeda.

A grande verdade é que aquela festa não passava de uma mera distração para que Gildarts Clive pudesse fazer seu negócio sujo com outros chefões do crime. Laxus ficava se perguntando o que as pessoas daquela festa diriam se soubessem que na verdade o anfitrião era um traficante de armas. Otários.

Como o ótimo agente que era, Laxus não teve dificuldades para ingressar naquela festa, fingindo ser um convidado rico e disposto a fazer caridade. Durante quase um mês ele tinha ficado ao redor, apenas observando os moradores daquela casa, suas rotinas e comportamentos. Ele seria capaz de pegar o arquivo que colocaria Gildarts — e tantos outros criminosos — na cadeia.

Era pra ser uma missão fácil. Sério. Ele só precisava pegar um arquivo, qual é! Porém, claro que isso não aconteceu. Aquela mulher estragou tudo, como sempre. Com aquele rostinho angelical, Mirajane Strauss poderia fazer o que quisesse; só precisava sorrir e todos iriam acreditar que era um anjo de verdade.

Se eles soubessem quem era aquela mulher de verdade, ficariam surpresos.

Ele soube no momento em que a viu entre os convidados, que tudo estaria arruinado. Seu árduo trabalho de meses iria pelos ares. Mas ele precisava ficar calmo, desde que conseguisse controlar a situação, sua missão seria um sucesso. Foi com isso em mente, que ele deixou a taça de champanhe que bebia em uma bandeja e andou até ela, tranquilamente. Os olhos azuis se voltaram para ele, maliciosos e pouco surpresos quando finalmente notou a presença dele ali.

“Eu não estou surpresa de vê-lo aqui,” Mirajane disse com um sorriso e bebeu um gole de champanhe.

Ele ergueu uma sobrancelha.

“Decepcionada?” perguntou com sarcasmo e ela deu uma risadinha.

“De forma alguma. Você sempre pega os trabalhos óbvios,” sussurrou, sapeca.

Laxus teve que conter a vontade de revirar os olhos. Tinha certeza que, assim como ele, ela também estava atrás daquele arquivo. Eles podiam trabalhar para companhias diferentes, mas tinham o mesmo objetivo; só que dessa vez, ele precisava ganhar dela. Olhou para a pista de dança e percebeu que a nova música — um blues suave — tinha atraído vários casais.

“Você quer dançar?” Estendeu a mão na direção dela e esperou.

Nesse momento, ele aproveitou para — discretamente — observá-la melhor. Laxus sempre achou que vermelho combinava com a pele dela, mas aquele vestido, especialmente ele, deixava-a ainda mais bonita do que era. Era longo, com apenas uma fenda na perna direita que oferecia uma bela visão de sua perna torneada, e também tinha mangas, que iam até a ponta dos dedos. A costa nua era parcialmente escondida pelas madeixas do cabelo branco e longo — com apenas a franja presa com uma fitinha em cima da cabeça.

Mirajane encarou-o, desconfiada. Mas ela acabou aceitando; colocou a mão em cima da dele e deixou-se levar para o centro da pista de dança. Quando a mão grande e calejada — pelo constante uso de armas e pelos exercícios —, pairou sobre suas costas, a agente pensou que nada havia mudado. O toque dele continuava o mesmo, assim como a maneira que seu corpo reagia àquilo.

Ela notou que ele tinha ganhado mais músculos — e provavelmente mais cicatrizes —, mesmo por cima do terno negro, era possível percebê-los. E sua expressão era mais severa do que o de costume. Isso fez com que um sorriso triste tomasse seus lábios e suspirou.

“Você melhorou,” Mirajane finalmente disse, quebrando o silêncio entre eles. “Em observar as pessoas de maneira discreta,” terminou com uma provocação.

Laxus girou com ela e segurou-a mais forte contra si. Ela apertou os dedos no ombro dele e pisou no pé dele de propósito.

“Desculpe,” sussurrou.

“Você parece bem,” ele também disse depois de um tempo. A tensão entre eles era palpável e claramente notável. Melhor do que eu esperava, completou mentalmente.

“Você também.”

Tê-lo assim tão próximo de si, fazia com que ela se lembrasse do antigamente. De quando eles ainda estavam juntos e felizes. De quando o trabalho não era um impedimento para o relacionamento deles e que as coisas davam certo. Mas agora, eles não passavam de amantes perdidos.

“Você está bem?” Mira perguntou com o tom de voz suave, o que o pegou totalmente de guarda baixa, então ele apenas assentiu brevemente. “Bom saber.”

Mais dois longos minutos de silêncio.

Ele não podia dizer que sentia a falta dela, do seu cheiro, dos seus lábios e da sua risada; era tarde demais para tudo isso. Deveria ter dito tudo e feito tudo que podia para fazê-la ficar, dois anos antes. Não adiantaria nada falar alguma coisa.

Quando eles giraram outra vez, Mira olhou para o relógio que ficava no alto da parede; estava chegando a hora, só mais um minuto.

A música acabou e ela levantou os olhos azuis para ele e encontrou os olhos escuros, atentos a si. Ele estava tentando enrolá-la, ela sabia disso, porém, ela era muito melhor nesse jogo que ele.

Mirajane enrolou os dedos no cabelo loiro e perfeitamente penteado e puxou-o de encontro a sua boca. Ele segurou o rosto dela com uma mão.

“Você não deveria fazer isso,” Laxus alertou.

“Não devo?”

“É.” O sorriso de canto que brotou nos lábios dele, fizeram com que ela ignorasse seus conselhos e o beijasse.

Tão doce e tão quente quanto ele se lembrava; tão cálido e apaixonado como tinha ficado na memória dela. Um dos braços se estreitaram em volta da cintura fina, enquanto a outra mão acariciava o ombro nu. Ela se afastou, só um pouquinho e começou em um sussurro:

“Diga-me, agente Dreyar,” Os lábios ainda roçaram nos dele por uns segundos, arrancando um sorriso travesso.” Quando você vai perceber que não pode ganhar de mim?” Sorriu.

“Diga-me, agente Strauss,” ele começou no mesmo tom que o dela “por que você continua me subestimando?”

As luzes se apagaram e no mesmo instante, ela sentiu o contato gelado de algo em seu pulso e depois um tímido barulho “clic”. Ah, desgraçado. Tinha colocado uma algema nela!

“O que você pretende com isso?” ela sibilou, irritada.

“Eu imaginei que você daria um jeito de cortar a luz... Lisanna, certo?” Começou a puxá-la no meio da escuridão, ignorando todo o alvoroço dos convidados pela falta de luz. “Você também faz coisas óbvias, Mirajane.” Continuou o caminho pelo corredor vazio, tinha memorizado bem a planta da casa. “E eu também tenho meus métodos.”

“Bixlow,” Mira completou. Já deveria saber disso. Ele realmente tinha ficado melhor naquilo.

Ele entrou em um banheiro e fechou a porta.

“A luz vai voltar em um instante, não se preocupe, sei que vai dar um jeito de sair daqui.” E prendeu a outra algema em um buraco da pia de porcelana. E atirou as chaves em algum lugar dali de dentro. “A chave está... Em algum lugar.”

Ela não pôde ver o sorriso dele no escuro, mas sentiu os lábios dele pressionarem nos seus brevemente.

“Sentirei sua falta.”

“Filho da mãe!”

“Sim!”

Laxus saiu do banheiro e fechou a porta, guardando a chave no bolso em seguida. Fez o caminho até a sala em que o arquivo estava, com a mente clareada e um tantinho satisfeito.

Para amantes perdidos, até que eles se davam bem.

Omake I

“Por um momento,” Bixlow começou “eu realmente achei que você iria perder para ela.”

Laxus estalou a língua, mantendo o olhar na estrada, enquanto dirigia. Devia saber que Bixlow iria ficar ouvindo tudo.

“Quem diria que sua fraqueza é uma mulher, hum?” Bix voltou a falar em um tom zombeteiro.

“Do que você está falando?” Laxus resmungou. “Que eu saiba, você é quem sempre deixa Lisanna fazer as coisas na sua frente, só para poder provocá-la depois.”

O silêncio caiu entre eles e Bixlow agradeceu por estar escuro o suficiente para que Laxus não pudesse ver suas bochechas vermelhas.


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Notas finais do capítulo

Com um hint de Bixanna, porque eu posso e porque eu gosto. AUHAUAHUAHA xDD

Espero que tenham gostado e agradeço por terem lido até o fim! :D

Comentem e façam uma autora feliz /carente/.

Beijo!