Desligado! escrita por LarissaSevero


Capítulo 9
Entramos em uma fria.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, desculpe a demora para postar mais um capítulo, mas eu estava sem tempo, e com um bloqueio criativo shaushau, tenham todos uma boa leitura ;*



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Acordei com uma dor horrível no pescoço, Alícia dormia tranquila no banco de trás da van, que me deu pena de acordar ela.

–Alícia, acorda bela adormecida!

Ela se levantou tão rápido, que acabamos por bater as cabeças.

–Que droga Daniel.

Mas eu nem liguei para o que ela falou, e fui beliscar alguma coisa na mochila, porque meu estômago já falava por si, bom o estoque de comida estava acabando, então teríamos que chegar logo na cidade de minha mãe.

Estava quase me enchendo de tanto comer chocolate, pois era o que eu tinha de comida naquele momento, quando Alícia me ofereceu um sanduíche:

–Obrigado por ontem à noite, é difícil para mim compartilhar essa história com as pessoas, obrigado mesmo.

Nem pensei duas vezes e peguei o sanduíche.

–Não foi nada, aliás eu acho que a gente deve partir logo.

Terminamos o nosso “grandioso” café, e Alícia pegou no volante, concordamos que não era preciso eu dirigir novamente, só se fosse algo urgente. Seguimos pela estradinha de chão até chegar na rodovia, o fluxo na rodovia não estava tão alto naquela hora da manhã, sintonizei uma rádio que tocava músicas bem antigas e Alícia pareceu gostar.

–E então o que você vai dizer para a sua mãe?

A pergunta me fez refletir, eu não via minha mãe fazia muito tempo, ela simplesmente decidiu ir embora quando eu tinha sete anos de idade, nem meu pai sabia o motivo, eu definitivamente não sabia o que ia falar com ela.

–Eu ainda não sei direito, mas quero saber de toda a história, porque o maluco da clínica quer ver ela morta, essas coisas sabe.

Alícia apenas acenou com a cabeça em concordância, e continuou dirigindo, minha tentativa de dormir foi inútil, primeiro porque a van não parava de dar solavancos, e segundo Alícia era uma péssima cantora. Eu quase estava pedindo para ela parar o carro, quando avistei a cidade, a gente tinha chegado no nosso destino.

Pedi para Alícia parar em uma lanchonete, e gastei uns poucos trocados que tinha em batata frita e coca cola, e para minha infelicidade tive que dividir meu lanche com ela, e ela era uma amante de batata frita. Tirei a maleta do maluco da mochila, e procurei o endereço onde minha mãe morava, a casa dela ficava cerca de vinte minutos de onde estávamos.

Por um minuto achei que o maluco tinha me dado o endereço errado, paramos em frente a uma mansão, aquelas com sistema de segurança, piscina, um jardim extenso, quadras de tênis e vôlei, entre outras coisas, estava pensando alto quando alguém chamou minha atenção:

–Bom dia, o que o senhor e a senhorita querem com a minha patroa?

O segurança parecia o meu enfermeiro da clínica, ele valia por duas pessoas mais ou menos.

–Bom dia, eu sou Daniel Franzen, filho da sua patroa, pode ligar para ela se quiser, e te garanto que ela vai confirmar.

Na verdade eu não sabia se ela ia confirmar, então fiquei nervoso quando ele ligou para ela, minutos depois ele permitiu a minha entrada na casa, mas acabou barrando Alícia.

–Ela está comigo.

O segurança soltou Alícia, e quando vi já estava para bater na porta, quando uma insegurança tomou conta de mim.

–Calma Daniel, vai ficar tudo bem, eu te garanto.

Apertamos a campainha ao mesmo tempo, a porta foi se abrindo devagar, mas para a minha surpresa não era minha mãe que estava lá, e sim sua suposta empregada.

–Entrem, a senhora Mara Franzen, aguarda vocês no escritório dela.

A mansão era muito mais luxuosa por dentro, e eu me perguntava, o que será que ele fez para ter tanto dinheiro? a empregada nos levou até o escritório, e sim lá estava ela, minha mãe sentada lendo um livro, enquanto fumava, ela levantou os olhos devagar, seu olhar era de espanto, surpresa, não sabia dizer ao certo.

–Da..da...Daniel, é você mesmo?

E antes que eu pudesse responder alguma coisa ela já vinha me abraçando.

–Sim sou eu, acho que não tem porque de todo esse sentimentalismo não é? você não deve estar com tanta saudade assim, se gostasse de verdade de mim, nunca teria nos abandonado.

Ela me largou rapidamente, até Alícia ficou um pouco surpresa com a minha fala, ela parecia saber porque eu estava ali, então pediu para que Alícia se retirasse, e que queria conversar comigo sozinho, Alícia não queria sair dali, mas acabou cedendo.

–Vou ser bem direto, estou aqui porque um homem me deu um "serviço", e nesse "serviço" eu teria que matar uma mulher, e no caso essa mulher é a senhora, agora me diz porque esse homem quer te matar?

Ela começou a perambular pelo escritório, e acendeu mais um cigarro, no rosto ela carregava as marcas do tempo, parecia triste muito triste, mesmo com aquela grande mansão, algo parecia perturbá-la.

–É uma longa história meu filho, para o seu bem acho que você não merece saber, aliás como vai o Danilo e seu pai?

Ela mudou de assunto rápido, naquele momento eu não sabia se dizia ou não a verdade para ela, mais cedo ou mais tarde ela teria que saber.

–Eles não estão nada bem, uns dias atrás alguém entrou no quarto do meu irmão e matou ele a sangue frio, eu fiquei desesperado não sabia o que fazer, e para piorar o meu pai colocou a culpa em mim desse crime, depois me internou em uma clínica, acabei fugindo com a ajuda desse homem que quer você morta, depois fui traído pelos meus amigos, me meti em uma briga de bar, e agora estou aqui com a ajuda da enfermeira que eu prendi no meu próprio quarto da clínica.

Minha mãe começou a ficar pálida, parecia estar tendo um ataque de pânico, eu não sabia quem chamar, foi então que a empregada entrou correndo no escritório com um calmante, minha mãe engoliu o calmante e antes de subir para o quarto descansar me alertou:

–Isso é tudo muito ruim para mim, eu quero conversar com você Daniel, mas para isso você precisa entender os meus motivos, passe essa noite aqui, mas já vou avisando, mesmo que você não quiser ficar aqui, você não vai sair daqui entendeu?

Minha própria mãe me ameaçando? quando vi já era carregado para um quarto por um dos seguranças de minha mãe, para meu alívio Alícia estava no quarto também, mas logo depois ouvimos o quarto ser trancado, sim éramos prisioneiros da minha mãe.


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Notas finais do capítulo

o que acharam? comentem meus amores, não sejam fantasminhas *-*



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