Desligado! escrita por LarissaSevero


Capítulo 5
Meus amigos acham que eu enlouqueci.


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos do meu coração, desculpe a demora para postar, essa semana eu estava sem tempo, mas aqui está mais um capítulo, boa leitura ;*



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Depois do choque de ler aquele bilhete, eu fiquei perambulando por toda praça, até pegar meu celular e ligar para meu amigo Brad.

"-Alô aqui é o Daniel, é você Brad?"

"-Oi aqui é o Brad, que porra é essa Daniel, porque está ligando para mim ás 6:30 da manhã em um sábado?"

"-É que preciso falar com você, mas não pode ser pelo telefone, pode fazer um favor de ligar para a Katherine, também quero falar com ela."

"-Ok, você pode vim aqui em casa, ah! mais uma coisa, você não devia estar em uma clínica?"

"-Bom isso é uma longa história."

Uma hora depois eu consegui chegar no bairro que Brad morava, a casa dele ficava no outro lado da cidade e por isso, eu tive usar um moletom com capuz, para que ninguém pudesse me identificar, já que agora eu era acusado de matar meu irmão, e ser um fugitivo de uma clínica.

O carro dos pais de Brad estava na garagem, isso significava que eles ainda não tinham saído para pescar, todo sábado eles saiam para pescar, eles deviam estar se arrumando ainda, então eu tive que jogar umas pedrinhas na janela do quarto de Brad:

–Cara você quer quebrar a minha janela?

O seu olhar foi de uma pessoa séria, mas depois ele começou a rir.

–Tá cale a boca, e distraia os seus pais para que eu possa entrar.

Ele apenas acenou com a cabeça, minutos depois eu ouvia o barulho do carro saindo da garagem, me escondi perto de um arbusto, para que eles não me vissem. Brad abriu a janela e gritou:

–Agora pode entrar, eles já foram.

A casa de Brad era muito grande, duas vezes maior que a minha, eu me lembrava de sempre brincar de esconde-esconde ali, e me esconder em um armário que ficava no sótão, e Brad nunca me encontrava.

Me sentei no sofá e descansei, quanto tempo fazia que eu não descansava daquele jeito? estava quase dormindo, quando Brad chamou minha atenção.

–Então o que de tão importante você tem para falar?

Contei a ele toda história, desde a morte do meu irmão, a internação forçada na clínica, a fuga da clínica, a invasão na minha própria casa, o serviço que eu teria que fazer para um louco e a vínculo quebrado com o meu pai. Ele olhou para os lados e ficou pensativo e então suspirou:

–Você está ferrado, Daniel.

Quando fui perguntar a opinião dele sobre tudo aquilo, ouvimos batidas na porta, eu todo assustado como sou, peguei minhas coisas e fui me esconder na cozinha. Brad então foi atender a porta.

–Olá Katherine, seja bem vinda.

Era minha velha amiga Katherine, aos poucos e sai da cozinha, quando ela me viu, imediatamente ela saiu correndo em minha direção, primeiro me deu um abraço e depois um tapa:

–Dan, que bom que você está aqui, todos nós estávamos muito preocupados com você, eu quero muito acreditar que você está bem, mas isso só você pode dizer.

Ela parecia muito preocupada de verdade, mas tinha algo diferente no seu olhar, só podia ser impressão minha. Ela se sentou e Brad serviu um suco para nós, porque eu teria que contar toda a mesma história para ela de novo e com certeza seria muito cansativo para mim.

Cada palavra e gesto que eu fazia, Katherine prestava atenção, não sabia o que ela estaria sentindo, mas estava muito assustada com tudo, no final eu perguntei o que ela achava sobre a história, e que opinião ela me daria, ela demorou um pouco para responder, mas acabou falando.

–Olha Dan, isso tudo é muito difícil de se conviver até para você, mas o melhor que você tem a fazer é se entregar, voltar para a clínica, lá vão cuidar de você direitinho, isso tudo é loucura, e o melhor que você tem que fazer é se tratar, eu falo isso como uma amiga que quer o teu bem.

De todas as respostas que ela poderia me dar, essa era a última que eu queria que ela me desse, eu fiquei muito chateado, eu esperava que meus amigos me ajudassem, não que me fizessem me sentir mais mal ainda, foi então que eu esperei uma opinião de Brad.

–Infelizmente eu vou ter que concordar com a Katherine, ela tem razão Daniel, você precisa se tratar, isso tudo é alucinação da sua cabeça.

A minha vontade era de quebrar tudo na casa de Brad, mas isso só seria pretexto para eles dizerem que eu sou louco, eu apenas segurei a minha raiva, e falei tudo o que eles não queriam ouvir:

–Eu não posso acreditar nisso, eu atravessei toda a cidade para buscar ajuda dos meus melhores amigos, e é isso que eu recebo? saibam que eu vou provar que não sou louco, e nesse dia eu não quero ver vocês me pedindo desculpas de joelho, eu to com muita raiva então saiam do meu caminho, ou eu vou ser culpado por um crime que eu vou cometer.

Os dois ficaram com os olhos arregalados, Katherine começou a chorar, e Brad tentou acalmá-la, tudo o que fiz foi pegar minhas coisas e cuspir no tapete da casa de Brad, eu não estava me reconhecendo, eu não era mais o mesmo.

Minha surpresa foi maior, porque quando sai daquela maldita casa, uma van branca estava estacionada na frente da casa, e vários caras de jalecos brancos me esperavam, alguém havia revelado minha localização para a clínica, tudo o que fiz foi: correr.

A última vez que corri daquele jeito foi em uma aula de educação física, o professor me obrigou a correr, e naquela aula eu descobri ter asma e foi quando quase morri. Para a minha sorte dentro da minha mochila tinha uma bombinha, eu estava salvo.

Mas ainda sim, eu estava quase desistindo e ia me entregar, quando um carro parou bem na minha frente e abriu a porta, eu pensei de primeira, alguém veio me salvar, só não imaginava que o meu salvador era a enfermeira que eu tranquei no meu quarto lá na clínica.

–Ok, pode me levar de volta a clínica, eu me rendo.

Ela começou a rir da situação, e aquilo não tinha graça nenhuma:

–Você é bem idiota não é? eu não estou aqui para levar você de volta, é difícil de acreditar mas estou aqui para ajudar você, mas só se quiser.

Bom eu não tinha em quem confiar, meus amigos tinham me traído, meu pai estava uma fera comigo, a única opção naquele momento era a enfermeira que tranquei no quarto.

–Eu aceito sua ajuda.


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Notas finais do capítulo

o que acharam??



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