You and Your Heart escrita por QueenB


Capítulo 1
Sou prometida


Notas iniciais do capítulo

Primeira fic inteiramente Percabeth! Espero que gostem. Se voces estao pensando que se passa no século 19,20 ou slá, pq Annabeth esta prometida, saibam que a historia se passa aqui, no 21 mesmo! ahhaah.Lembrem de comentarem, bjss



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Acordei no avião ainda sobrevoando a cidade de Los Angeles. Minha mãe estava do meu lado com sua mascara de dormir nos olhos escutando música, ela parecia estar dormindo porque demorou um pouco até se mexer quando a chamei. Ela levantou a venda e me olhou.

– Ainda dá tempo de voltarmos a ser amigas se a gente voltar a Hollywood quando pararmos em Utah. – Disse com um sorrisinho que imaginei estar um pouco amigável.

– Annabeth, nós não vamos voltar pra casa, e você não vai deixar de ser minha filha só porque deixou de ser minha amiga. Você vai superar.

– Mãe! Eu tinha uma vida lá! – Reclamei tirando os fones de ouvido dela.

– Volte a dormir Annie, ainda são dez horas, vamos parar em Utah as seis e se tudo der certo chegaremos á Nova Iorque as três da tarde. – Dito isso minha mãe abaixou as vendas com o bordado escrito Atena Chase como se me dissesse “essa é a minha parede invisível”.

Bufei e tentei voltar a dormir.

– Acorda filha! – Ouço a voz da minha mãe me sacudindo. – Chegamos em Utah.

Abri meus olhos e deparei-me com uma cara redonda gigante com olhos cinza me encarando brava.

Suspirei fundo e levantei do meu assento. Despedi-me da janela que foi a melhor coisa que me aconteceu desde que pisei naquele avião.

Peguei minha bolsa e esperei minha mãe ver que horas o voo saia. Resolvi sentar no sofá ali perto. Depois de trinta minutos ouvindo minha mãe falar no celular, a aeromoça do avião para Nova Iorque avisou pelos alto-falantes.

Senhores e senhoras passageiros, comunicamos que o voo para Nova Iorque sai em quinze minutos. Seus pertences já foram encaminhados para dentro do avião.

Suspirei fundo tomando um café e a pergunta de sempre venho a minha cabeça. Por que minha mãe quer ir á Nova Iorque comigo? Eu sei que é para negócios, mas ela nunca me arrasta com ela, muito menos para morar lá.

Olho dentro dos seus olhos e aquela sensação de que ela esta escondendo alguma coisa de mim ainda esta lá.

Levantamo-nos e dirigimos para dentro do avião.

Cheguei em Nova Iorque as três horas e respirei o ar puro poluído da cidade.

– Lar doce lar. – Ironizei.

– Sim, nosso lar. Agora vamos, vou te apresentar nossa casa e depois vamos passar na sua escola.

– Não vejo a hora. – Ironizei de novo.

– Annabeth Chase, se você não parar com as ironias e não voltar com os bons modos te largo sozinha no pior bairro do Brooklyn.

Resolvi ficar quieta e apenas acenei com a cabeça. Minha mãe sempre cumpre o que fala. Como aquela vez que eu tinha apenas cinco anos e arranquei a cabeça da boneca da minha prima, minha mãe disse que se eu não pedisse desculpas, ela me trancaria dentro do meu quarto o resto da semana. Não pedi desculpas, ela cumpriu. Não fiquei louca graças a minha imaginação e algumas bonecas de porcelana e pano.

Pegamos um taxi até Manhattan e chegamos em SoHo. Minha mãe me arrastou até o quarto de um hotel chamado Mondrian.

Uma suíte gigante, lindo. O sofá branco cheio de almofadas na sala. As paredes brancas e as cadeiras azuis claras davam um toque de vida no lugar. As janelas, ah que vista.

Fui correndo abrir uma porta que com certeza era meu quarto e quase chorei. A cama branca com dois pequenos sofás do lado e uma janela com uma estante de livros perto com certeza seria meu lugar preferido daquele lugar. Estava prestes a me jogar nos braços da minha mãe quando me lembrei;

Eu tinha chegado da escola e jogado minha mochila no balcão da enorme cozinha lá de casa. Abri a geladeira na esperança de encontrar o lanche da tarde e minha mãe chegou atrás de mim com várias malas e me disse:

– Annie, vamos viajar amanha de manha. Arrume suas coisas.

Olhei pra ela a fim de discutir, contudo estava cansada demais por causa do treino de Cheerleaders. Subi para o meu quarto e fui arrumar minhas coisas. Meus livros, cadernos, pertences nada estava ali. Abri meu closet e arrumei as malas não sabendo a quantia de roupa coloquei tudo.

Desci as escadas e perguntei pra minha mãe:

– Mãe, pra onde vamos? Minhas coisas sumiram!

– Calma Annie, vamos pra Nova Iorque passar algum tempo lá. Seus pertences foram antes de nós.

– O que? – gritei alto demais. – Mãe! Por quanto tempo?

– Não sei. Bastante. Pode avisar suas amigas que amanha vamos partir.

Antes que eu pudesse protestar minha mãe se dirigiu para seu quarto. Fiquei muito brava com ela e desde aquela nossa pequena discussão, não falei uma palavra amorosa á ela.

Ela tinha simplesmente tirado minha vida em Hollywood onde eu tinha amigos, conhecidos, uma escola que amava e família. Uma vida! Eu era líder de torcida, tinha as melhores notas, me acostumei desde pequena apreciar os trabalhos de arquiteturas da minha mãe para ela fazer isso comigo.

Não percebi que estava bufando na sala há duas horas. Minha mãe me chamou:

– Se arrume e coloque um vestido elegante. Vamos para um jantar na casa do meu chefe.

– Não quero.

– Annabeth! Não iremos ter outra discussão. Você tem até as sete para estar pronta. Vou ao saguão conversar com o dono do hotel.

Minha mãe saiu em disparada para porta como sempre fugindo de uma briga minha e dela. Respirei fundo segurando as lágrimas. Luke. Quando eu iria ver aquele garoto de novo? Estávamos ficando há três semanas antes de eu ser sequestrada até aqui. Acho que eu seria pedida em namoro ainda hoje.

Entrei no meu quarto e desfiz minha mala. Meu vestido branco tomara-que-caia rodado estava dobrado lá dentro, o que eu achei estranho, já que jurava não ter trazido ele.

Não estou com muito animo para procurar por roupas. Não sabia se era um jantar casual ou não. Resolvi ir com o vestido. Tomei um banho rápido e o vesti. Calcei minha sapatilha branca de lacinho e deixei meus cabelos loiros caírem em um coque despojado. Coloquei meu pequeno colar de prata com uma coruja: O símbolo da minha mãe. O único objeto que meu pai me dera antes de morrer. Enxuguei as lágrimas e passei uma maquiagem básica. Peguei minha bolsa de mão olhando a hora no celular, faltavam dez minutos para a sete.

Desci o elevador trancando a minha nova casa e encontrei minha mãe em seu vestido azul que realçava seus olhos cinza, me esperando.

– Já estamos atrasadas, vamos. – Ela disse.

Pensei que teríamos que pegar um taxi que durariam horas até o lugar. Mas não.

O jantar era no jardim dos fundos. Música clássica tocava, cadeiras e mesas ajeitadas como se parecesse um casamento se encontravam espalhadas pela grama. Garçons andando em seus elegantes ternos ofereciam drinques e belisques em todas as mesas.

– Atena! – Um cara de olhos verdes-mar por volta dos trinta e cincos cumprimentou minha mãe. – Que saudades de você! E vejo que trouxe sua filha consigo como prometeu. - Minha mãe prometeu me trazer? – Sou Poseidon, prazer. – O homem disse com um sorriso bondoso.

– Prazer Sr. Poseidon. – Ele pegou minha mão e a beijou.

– Pra você só Poseidon. Agora venham meninas sentar conosco.

Ele nos dirigiu até uma mesa no centro com nove pessoas. Uma menina de cabelo repicado meio punk tentava agarrar o celular da mão de um menino loiro de olhos azuis. Uma linda menina com tranças e vestidinho rosa bebe, estava rindo com a cena.

– Pessoal! Esses são Atena Chase e sua filha Annabeth Chase. – Um cara de barba branca e olhos azuis que pareciam trovejar se levantou nos apresentando.

Odiava essa parte. Teria que fazer algum cumprimento a cada um na mesa. Minha mãe só acenou e segui o exemplo dela. Preparei-me para sentar-me ao lado esquerdo da menina com tranças quando Poseidon sussurrou em meu ouvido:

– Sente ali. Afrodite vai chegar e sentar aqui daqui a pouco. – Ele apontou para um assento vazio ao lado de um menino com olhos verde mar da mesma cor que o dele. E que olhos.

O menino ficou me encarando por alguns segundos até eu me sentar ao seu lado.

– Então é você? – Ele me falou com uma voz um pouco grossa. – É?

– Eu o que? – Perguntei.

– A menina. Minha futura namorada, noiva, esposa prometida e blá blá. – O menino que devia ter por volta dos dezessete anos falou.

– Esposa? Noiva? Namorada? – Falei perguntando. – Do que você tá falando?

– Não te contaram ainda? – A menina punk do lado do direito do menino perguntou.

– Contar o que? – Dirigi um olhar de morte pra minha mãe que apenas deu de ombros. – Não, não fiquei sabendo que ia me casar. Quer dizer, não agora.

– Pois você vai. Com o gato do Percy aqui. – Um menino meio emo de cabelos pretos e terno preto me disse.

– Percy? Nunca tinha ouvido esse nome até agora. – Olhei pro menino do meu lado que deveria ser Percy. Seu cabelo preto bagunçado dava certo charme a ele. O garoto era lindo. Através do seu terno pude ver que ele tinha um porte físico de um jogador de futebol americano. – Que historia é essa que iremos casar? – Perguntei baixo pra ele tentando não chorar de raiva.

– Ok. – Ele suspirou. – Nossos pais e Zeus – ele apontou pro homem de barba branca - nos prometeram como futuros noivos a fim de fecharem um contrato.

– O que? – Dei um grito e todos olharam pra mim. Uma raiva subiu minha cabeça e no mesmo momento me levantei da mesa ignorando meus bons modos e os protestos da minha mãe. – Vou para meu quarto preparar meu vestido de noiva. Como vocês vão querer? Branco rendado ou bordado? Talvez os dois juntos...

– Annabeth Chase! – Minha mãe gritou baixo.

– Só espero que vocês não tenham preparado ele como prepararam meu casamento sem eu saber! – Gritei mais alto quando disse a palavra casamento e sai batendo o pé da mesa.

Ouvi alguns risinhos e duas cadeiras se arrastando.

– Você deixou sua mãe com a cara no chão. E até meu pai soltou uma risada. – A menina punk falou me alcançando.

– Vamos ajudar você escolher o vestido, o jantar estava chato demais. – A menina que parecia uma princesa comentou.

Resolvi não discutir. Subi os elevadores com elas e perguntei seus nomes.

– Thalia Grace. – Disse a menina punk.

– Piper Mclean. – Disse a menina morena.

Sentei no sofá da suíte com a cabeça entre as mãos. Senti cafunes leves pelos meus cabelos.

– Vai tudo melhorar. – Piper sussurrou. – Eles vão deixar essa babaquice de casamento arranjado de lado.

– Tomara. Odiaria ver o Percy casado, ele já não é engraçado, perderia toda a graça que resta! – Thalia falou o que me fez rir. – Ai esta melhor.

– Pelo menos ele é bonitinho. – Admiti chorando.

– Ah não. Mais uma doida. – Thalia falou.

– Há-há. Seu primo é bonito sim Thalia. Mas não mais que o Jason. – Piper suspirou.

– Não começa com o love, não posso vomitar no tapete de Atena. – Thalia pediu.

Dei uma risada tomando a água que Piper me deu. Respirei fundo me acalmando.

– Não sei como ela pode. Ela nem me contou! Eu tinha uma vida, um namorado...

– Você namorava? – Piper perguntou.

– Bem, quase. Eu gosto dele, ele se chama Luke. – Destravei meu celular mostrando a foto de um menino loiro de olhos cor de mel.

– Uau. – Thalia disse assobiando. – Esse eu deixava pular em mim e...

– Fazer qualquer coisa. – Piper disse

– Ei! – Falei dando uns tapinhas nelas. Se elas seriam parte da minha família, era a melhor notícia que eu recebera no dia.


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Notas finais do capítulo

Continuo ou nao? Comentem ♥



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