The Keepers of The Universe escrita por Letícia


Capítulo 7
Capítulo 7 - Crowley


Notas iniciais do capítulo

Espero que vocês não tenham me abandonado
Semana de prova é puxada, gente...
Então, espero que gostem do capítulo. Deixem um comentário!



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– ... E um café, por favor – John concluía seu pedido ao garçom.

Acabara de ver o futuro da nação humana. Um mundo apocalíptico. Pessoas morriam, pessoas retornavam à vida. De todas as coisas que tinha visto naquele dia, essa era a que mais o perturbava, mesmo sabendo que não viveria o bastante para ver acontecer.

Se bem que existia o Doutor. Poderia de algum modo, viver para ver isso, graças a um homem maluco e uma caixa telefônica azul. Observava Shila e Millah conversando, como se o que tivessem visto fosse uma coisa normal. Sherlock observava sua comida como se fosse um enigma a ser desvendado, provavelmente em um lugar longe de onde estavam no momento. Costumava fazer aquilo.

Dean tentava explicar a Castiel o que estava acontecendo, sem sucesso. Sam, Justin e o Doutor conversavam sobre algo que John não estava interessado. Foi o jornal que chamou sua atenção. Parecia simples, apenas mais uma jornalista entrevistando qualquer atriz, mas era possível ver, no canto da televisão, uma pequena mancha negra, quase hipnotizante.

Os olhos de John se arregalaram. Olhou para os outros, continuavam a conversar.

– Gente... Pessoal – Não deram nenhuma atenção. – Pessoal... Hey! – Gritou, finalmente. Os outros na mesa olharam para onde John apontava. Os sorrisos, sumindo aos poucos.

– O que... – Dean se levantou, inclinando a cabeça com as sobrancelhas franzidas.

– Sherlock! – O Doutor gritou, puxando o homem pelo seu sobretudo. Atrás dele, a mesma mancha negra pairava no ar, como se fizesse parte do ambiente.

As pessoas se levantaram das cadeiras, correndo para a porta de saída. O Doutor apontou sua chave de fenda sônica para o buraco.

– Droga... – Reclamou – O que é isso?

As pessoas ainda se empurravam nas portas de saída, próximas o suficiente para sentir medo daquele vazio. Foi quando, inesperadamente, uma mulher foi puxada pela mancha negra. Ela gritava, agarrava-se a todos os lugares que via, mas a força daquilo era maior. Era como se sentisse uma dor agonizante, ninguém no ambiente se voluntariou para ajudar a mulher. Nem mesmo o Doutor. Estava apenas muito surpreso para agir. O silêncio reinou no restaurante.

– Corram! – Castiel gritou, trazendo, assim, o tumulto.

Pessoas correndo pela saída de incêndio, a saída da frente. Alguns chegaram a quebrar janelas, enquanto o vazio fazia sua próxima vítima. Dessa vez, era apenas uma criança. Tinha os cabelos ruivos, olhos verdes, e usava uma roupa do Batman. Era uma criança.

Shila correu contra seu próprio grupo para tentar alcançar o menino, empurrando cadeiras e mesas no seu caminho. Dean a seguiu, pôs seus braços contra a cintura da garota. Shila tentou lutar, mas o garoto já estava perto demais do buraco.

– É inútil! – Millah gritou, agarrando os ombros da menina. – Você vai morrer junto com ele!

– Alguém devia te doar um coração! – Shila gritou de volta, ainda se debatendo.

– Eu só estou tentando nos proteger! Você sabe que é inútil! Sinto muito.

Shila finalmente se acalmou. Dean colocou a garota no chão, que saiu correndo em seguida, para longe do restaurante, saltando uma janela quebrada, assim como os outros. A vista do lado de fora era ainda mais estranha, o céu estava coberto de nuvens negras, sem nenhuma estrela a vista, as pessoas na rua apontando e cochichando, alguns paravam seus carros para contemplar a cena.

– O que... Por que... Mas... – John cerrava os olhos para o que via. Havia, simplesmente, alguns pedaços de rochas flutuando – Ah, esqueça.

– Doutor...? – Dean olhou para os lados, até avistar o Senhor do Tempo correndo direto para a Tardis – Ele tem que parar de fazer isso.

– Ei! – Millah chamou – Doutor! O que você está fazendo?

– Tentando descobrir o que está acontecendo! – Ele gritou de volta, pegando a chave da nave – Não pode ser, a gravidade está estável, então isso não é uma falha.

– Bem, talvez sejam naves espaciais – Sam encolheu os ombros. O Doutor o olhou como se ele estivesse falado uma grande besteira – Não me julgue, a sua espaçonave é uma cabine telefônica. Elas podem apenas serem velhas demais.

A expressão do Doutor mudou aos poucos, levando em consideração que o que o Winchester havia dito fazia certo sentido.

– Naves talvez bem velhas... talvez disfarçadas, também – O Doutor voltou seu olhar para o céu.

– Acho que se esqueceram de que estão no céu, não na terra... – Dean comentou.

– Dean...? – Cass chamava.

– Cale-se, Castiel. O Doutor está pensando. Ele costuma ficar irritado quando todos falam ao mesmo tempo.

– Dean. Dean!

– O que? – Dean finamente virou para encarar o amigo, vendo outro alguém um tanto quanto desagradável

– Olá, Dean – O sorriso sarcástico de Crowley aparecia em seu rosto.

– Fala sério... – Dean virava seu irmão para encarar o demônio.

– E... Alce.

– Por favor, diga que isso é apenas um pesadelo – Sam respirou fundo.

– Por que? – Justin perguntou.

– Confie em mim, você não vai querer descobrir. – Dean puxou Castiel e Sam, empurrando Crowley com eles.

– O que ele está fazendo? – John perguntou para Sherlock.

– John. Terras flutuantes. Nuvens negras. Eu não estou muito interessado em um homem atarracado com uma barba por fazer e terno preto – Sherlock levantou as sobrancelhas. John bufou.

– O que você diz sobre isso? – O Doutor perguntou. Também não dera tanta atenção ao homem que apareceu de repente.

– Talvez eu conseguisse entender, se você me explicasse mais do seu mundo – Sherlock respondeu.

– O prazer será meu. – O Senhor do Tempo disse.

Tantos pensamentos passavam por sua mente. Nunca vira nada parecido, essas coisas mais que sobrenaturais acontecendo em todos os lugares, sua Tardis o levando constantemente a lugares aleatórios, sem que ele quisesse. Talvez as velhas lendas estivessem corretas, talvez os Keepers estivessem finalmente acordando. Ou talvez eu esteja sendo incrivelmente estúpido, pensou.

Mas sua Tardis estava realmente o levando para lugares sem que ele a dirigisse.

– Eu estou apenas avisando – Dizia Dean, apontando o dedo indicador na cara de Crowley, irritado – Faça alguma besteira, qualquer besteira, e eu volto aqui nessa maldita máquina do tempo e arranco sua cabeça. Com os meus dentes.

– É um prazer vê-lo novamente também, Esquilo. – Crowley sorriu novamente – Mas creio que a besteira já está feita.

– Droga, Crowley, o que você fez dessa vez? – Perguntou Sam.

– Eu apenas trouxe visita – Ele disse, sorrindo mais ainda, olhando para cima, para as terras flutuantes, logo depois. – Talvez visitas indesejáveis, mas o que mais o rei do inferno iria querer, não é mesmo?

– Por favor, me diga que você não tem a ver com tudo isso – Castiel interrogou o demônio.

– Claro que tenho.

– Crowley, você não sabe do que essas coisas são capazes – Sam se aproximou do homem.

– Vocês falam como se algum dia já tivessem visto isso, e, acreditem, eu sei que não viram. É incrível, não? Vida fora do planeta. – Ele ergueu os braços – Como eu poderia resistir?

E assim, desapareceu na escuridão da noite.

– Quem era ele? – Shila perguntou.

– O rei do inferno. – Castiel respondeu, indiferente. Dean olhou para ele com as sobrancelhas erguidas.

– O rei do... O que? – Shila abriu a boca como se fosse falar algo, mas apenas respirou fundo, revirando os olhos e dando a volta para onde o Doutor e Sherlock conversavam.

– Não são perigosos, ainda – Sherlock afirmou.

– Ainda? – O Doutor franziu as sobrancelhas.

– Claro. Estamos falando da Terra, seres de outro lugar do universo aliados ao rei do inferno. Aposto que não vieram aqui para um chá – Dean comentou.

– Rei do inferno? Espera, também existem demônios? Oh, Deus... – John revirou os olhos.

– Se existem anjos, existem demônios – Castiel confirmou o óbvio. – Se esses seres de outros planetas estão aliados a Crowley, não sei do que são capazes de fazer.

– Espere, aquele cara era um demônio? – Os olhos do Doutor brilharam – Uau, eu nunca conheci um antes! Tem como chamá-lo aqui?

– Ele não é um demônio, ele é o rei do inferno! – Irritado, Dean respondia o Doutor com arrogância.

– E eu sou o último Senhor do Tempo, viajante do universo, o maior medo de muitos, o pesadelo de outros. E mal posso esperar para conhecer esse “Rei do Inferno” – O homem da gravata borboleta sorriu, correndo para a Tardis.


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