“Hinata, eu gostaria pode poder, lhe dizer”.

Que sinto sua falta.

Não é muita coisa, certo?

Mais  é por que não posso mais agüentar.”

Olhou para o teto de seu  quarto, naquele lugar imundo, fétido, ele tentava fazer a primeira coisa que  achava certo na vida. Mandar uma carta para a Hyuuga. As pessoas dizem que nunca é tarde demais, porém Sasuke tinha consciência de que ela poderia nem ler, nem mesmo saber da existência dele.

Mais ele gostaria de que ela soubesse.

Para que tudo aquilo não fosse uma grande estupidez.

Levantou e lembrou de que havia deixado aquela carta em cima de uma mesa de madeira ruim, mais que era o máximo que ele teria para escrever. Sasuke nunca havia sido romântico, mas ele mudou por ela, mudaria por ela. Pensava naquela mulher todos os dias, pelo amor de Deus, aquilo era tortura! E ele chorava á noite, quando sabia que não poderia tê-la. E ele sabia que nunca poderiam ficar juntos, por que ela merecia um futuro melhor, com coisas melhores. Mais a saudade abafava tanto, que aquele quarto parecia perder o ar.

E ele perdia a sanidade.

E perdia sua cor.

Parou muitas vezes para pensar em tudo que já lhe aconteceu. No amor que não poderia dar á Sakura,que tanto lhe cuidou. Aquilo não parecia justo, mas ele não teve escapatória. Enganá-la, dizendo que a ama, aquilo seria desonesto. E ele poderia ser tudo, menos desonesto com que realmente se importa. De inferno em inferno, ele vê a Hyuuga com seus olhos brancos. E ele quis que ela a deixasse em paz.

Sofrer por ela já não era o bastante?

Andou pelo quarto. Tomou uma decisão e ele não queria mais esperar. Iria vê-la sim, nem que fosse de longe, deixaria seus sentimentos no papel, só para ela ler, só para ela saber o quanto é importante para ele. Ele esperava algo a mais, mas sabia de como deveria tratar a Hyuuga. “Com o amor e carinho que tive”. Saiu do quarto, abrindo a porta devagar, olhou para os lados. Aquela madrugada parecia serena demais. Tudo silêncio. E aquilo apenas importava por hora. Pelo corredor, saiu caminhando devagar, observando tudo ao redor. Não notou nenhum Chakra  conhecido. Pensou que poderia achar Karin, mas nem ela parecia disposta para ele hoje. Achou stranho por que ela sempre o seguia. Ele ainda tinha seu ódio, claro, mas não para ferir quem amava, apenas quem realmente merecia. Deixou que o sereno batesse em sua face e pediu para que aquele vento  fosse o beijo de Hinata, agradável e especial. Estava em uma  missão com o time Taka e perto de Konoha. Apenas algumas horas e ele chegariam onde queria.  Começou a caminhar, sentindo que as pernas o puxavam para trás.

Pelo fato de ser Hinata.

Aquilo já era assustador.

Sabia que não poderia demorar demais. Haviam conseguido um quarto para ficarem e cumprirem a missão, mas tinha que voltar antes do amanhecer, pelo menos. Correu, mesmo sabendo que aquela decisão que tomara poderia ser o fim.

Ele e Hinata...

Ele só  se atrevia a pensar por que...

Não tinha mais como não pensar.

Ele quis afastar tudo aquilo, esquecer de tudo, mas ele não pode. Ele e Hinata mal se viam, mas ele ficou atraído por ela.

Primeiro.

Era uma fracassada.

E como todo Uchiha.

Menospreza aqueles que o são, dando-lhe atenção á sua maneira, fria e distante.

Segundo.

Ela era uma menina.

E como ele não soube como lidar com isso.

Preferiu atender a vontade de vê-la.

Terceiro.

O mundo muda.

E como era um Uchiha.

Ele teve noticias de sua querida “fracassada”

Era fato que ele não a acompanhou no crescimento, até por que nem podia, era impossível. Mais ele não pode deixar de amá-la, com o tempo. Ele sabia que havia se tornado uma bela mulher. Era forte. Ele lembrava da antiga. Sentia saudade.

E também sentia uma coisa que nunca vai se desprender de qualquer Uchiha.

Orgulho.

Quando finalmente viu Konoha, foi sorrateiro. Sabia como chegar ao clã Hyuuga. Bloqueou seu Chakra e ele sabia que nada o tiraria dali, não antes de ver Hinata. Depois disso poderia partir e seguir com a sua miserável vida. Ele tinha a carta inacabada. Ele não sabia mais o que escrever. Deixou aquilo mesmo. Era o máximo que ele poderia escrever. Ele não era bom com sentimentos.

A sua pequena o fez decidir.

Como tudo muda.

Ele poderia ter o seu recomeço.

As noticias dela vinham a sua memória. Ela estava forte, crescida, cobiçada por Konoha inteira.

Ciúmes ele não tinha.

Hinata não era propriedade dele.

Ainda.

Assim  que viu o clã, percebeu que muita coisa não havia mudado. Ele ainda continuava o mesmo, imponente e...

Hinata era diferença nesse lugar.

Caminhando sempre no escuto, bloqueando seu Chakra o máximo possível, entrou no clã de Hinata. Saltou algumas árvores. Procurou  o quarto dela... E ele estava cometendo mais uma loucura, mas não importava...

Era por ela.

Pensou o quanto havia caminhado, e viu que não o suficiente para fazê-lo recuar. Ele queria o riso de Hinata, alguma coisa para que sempre se lembrasse dela, como se ele já não o fizesse todos os dias de sua vida.

Viu a visão do paraíso.

Ele se perguntou por que sempre fora tão mesquinho.

Não tardou para achar a janela da Hyuuga. Apoiou-se no parapeito e viu a menina Hyuuga descoberta. Usava uma camisa preta, muito fina. Estava fazendo mesmo muito calor em Konoha.

Ele tinha palavras para tudo.

Mais não perto daquilo.

Devagar, entrou no quarto. Notou que tudo era ao estilo de Hinata. Nada muito suntuoso. Delicado e simples. Cores que pareciam ser entre lilás e roxo...

O que mais ele não sabia sobre Hinata?

Então se arrependeu por não querer ficar. Por não aproveitar mais do tempo que possuía. Por achar que ela nunca seria ninguém.

Ele aprendeu a provocar os outros.

Mais não aprendeu que as pessoas podem ultrapassar seu potencial.

Notou que no canto do quarto, havia uma cadeira. Iria se contentar em apenas observá-la dormir. Sentou-se e reparou que havia algumas roupas de Hinata atrás. Nada organizada, ele quis poder dizer. Mais ele não sabia fazer gracinhas.

Sentiu o cheiro de Hinata.

Era um vestido branco, decotado na frente e também nas costas, que agora ele tinha em mãos. Ela se remexia. O cabelo dela havia crescido bastante. Continuavam simplesmente azulados.

Observação pobre.

Mais valiosa.

Ela chutou a coberta, apesar de não a usá-la. Virou o rosto para o lado do Uchiha. Ele viu que ela estava sonhando.

Ele teve uma vontade de correr até ela. Fazer seu corpo parar de receber estímulos por vê-la tão indefesa. Fazer seu coração parar de subir e descer e sua cabeça fazê-lo enlouquecer por estar ali e  não poder fazer nada.

-         Sasuke... Não!

Ele assustou-se. Ela acabou de chamá-lo. Agora ele reparou, tinha lágrimas no rosto da Hyuuga.

-         Não sabia que sonhava comigo...

Ela não apaixonada pelo Naruto?

Sasuke sabia disso, Hinata não conseguia esconder. Mais, ele se esqueceu, que não mandava naquela mulher. E ela nunca precisou dele.

-         Volta...

Ele estava ali, mas agora seu mundo despencou.

Ele a estava matando por dentro.

Ela pareceu se aclamar, aos poucos abriu os olhos, parou de apertar as mãos, como se os dedos pudessem entrar nas próprias mãos. Ele parou de sentir que poderia começar a chorar.

Ela o encarou.

E achou que ainda era um sonho.

Ele não agüentou vê-la chorar. Ela estava estupefata, mas ele queria que ela fosse feliz. Nem que fosse com ele. Mais vê-la acordada não estava em seus planos.

Ela aos poucos foi erguendo o corpo. Coçou os olhos. Pensou no que fazer. Seu cabelo foi para os lados, caindo sobre a face. Ela queria alguma coisa para provar que não estava sonhando. Foi até o Uchiha. Não ligou para  a sua roupa. Não ligou que ele poderia matá-la, não ligou para mais nada. Parada agora á frente do Uchiha, não sabia se falava que o amava ou para ele sair.

Vamos ao inicio.

Pos  o pé em um dos lados da cadeira.

Esperou alguma reação.

Nenhuma.

Depois abaixou-se um pouco.

Fitou os olhos do Uchiha.

E ela pegou fogo.

A reação.

Ela sentiu o Uchiha por a mão em sua perna, alisá-la, sem perder os brancos da Hyuuga, que pareciam fora daquele mundo.

Estava no mundo deles agora.

Ele subia cada vez mais,

Ela não poderia agüentar aquilo.

Levou a mão para junto da dele.

Elas trilharam toda a perna da Hyuuga.

Desde a baixo.

Até em cima.

Ela sentia que tinha algo molhado ali.

Era a sua calcinha.

Sasuke nunca chegava até ela.

Ficava no quase lá.

Beliscando.

Provocando.

E ela não gostou.

Sasuke não conseguia acreditar naquilo. Levou a mão que estava livre até o queixo da Hyuuga. Aquela pele era pêssego. Como era bom.

-         Vá me frente...

Ele a beijou.

Abriu um pouco a boca.

Ela levou a outra mão até o cabelo dele.

Atrapalhou.

Puxou.

As línguas têm que se acostumar.

Não tardou.

Elas sabiam que estavam no lugar certo.

Eles não precisam de ar.

Eles queriam permanecer.

Naquela loucura que fazia o fogo se espalhar para eles.

Assim que conseguiu refrear o calor.

Separaram-se.

Olharam-se.

E se perguntaram.

-         Por que nunca fizemos isso antes?

Ela se afastou. Eles haviam  perguntando ao mesmo tempo. Ele sorriu malicioso.

Ela se sentiu a melhor mulher de todas.

Hinata levantou os braços devagar. Com os dedos o chamava. Ela o amava há muito. Mais ele não sabia, infelizmente ele não sabia. Naruto era apenas passado. Por mais que tivesse feito muitas coisas por ele, nada iria atraí-la tanto quanto o silêncio de Sasuke, a dor que ela queriam suprir.

De certa forma, eles eram iguais.

Ela sabia de tudo que ele já havia feito.

Pelo menos imaginava.

Mais mesmo assim ele gostava.

Por que o mundo se transformou  em Sasuke.

A partir do momento que a saudade sufoco a criança.

Criança que ela havia sido.

E por Sasuke, apenas por um sentimento por ele,

Transformou-se em mulher.

Ele se aproximou. Agradeceu por ela não olhar para baixo. Por ela não ver o quanto era entregue a ela. O quanto estava excitado. O quanto caia de quatro por ela.

-         Eu te amo Sasuke, não suma de novo.

Ela cansou de ter sonhos ruins.

Ele nunca voltava.

Tinha um  buraco em seu corpo.

Ele não tinha coração.

Morria.

-         Não te garanto nada, até por que, eu não posso...

Era a verdade.

Por mais dura que ela fosse.

Mais ela não se importou.

-         Eu espero por você...

E ele não queria ouvir nada diferente.

Rodeou a cintura da Hyuuga. Trouxe ela para mais perto.

Deixou que tudo pasasse como um filme.

Onde a estrela de Hinata nunca se apagaria.

Colou as testas e ele viu um brilho...

Os olhos dela brilhavam.

Ele  era feliz por completo.

E ele se perguntou...

Como ficaria mais tempo longe dela?

Tomaram-se os lábios, de forma libidinosa e quente. Ele sabia que não amaria outra mulher enquanto vivesse. Por que era Hinata.

O motivo de ele ainda estar vivo.

Era Hinata.

Enquanto riam e mexiam em mãos em frenesi, como se um dos dois poderiam sumir como o ar que se respira, andavam para trás, até que caíram na cama com tudo. O corpo de Sasuke fez pressão sobre o da Hyuuga. Ela podia sentir que tudo naquele quarto era o que importava.

Ter Sasuke ali.

Já bastava.

Ela se remexia, como se fugisse. Ela gostava de ser manhosa. Sasuke a puxava de volta, possessiva.

Ele agora sim a pertencia.

Ninguém mais a tocaria.

Ele era o homem de Hinata.

E ninguém ficaria no seu lugar.

Sasuke sentia as curvas pela camisola fina. Com Hinata por baixo. Ele via a protuberância de Hinata.

Ele não a teria apenas em noites mal dormidas.

Não hoje.

Deixava que a mão entrasse e saísse a todo o momento. Fazendo com que aquela roupa caísse por completo. Percebeu que Hinata fazia um movimento, como se quisesse ficar por cima. Ela estava tirando sua blusa, arranhando.

E ele deixaria.

Antes de sair de cima de Hinata, deixou que ela mordesse seu pescoço, soltasse uma risadinha histérica, mordesse os lábios e olhasse para a cabeceira da cama.

Ele se encostou  lá.

Hinata adorou aquilo.

Ele já estava arranhado, praticamente sem a blusa e amando aquela mulher que vinha feito um gato para cima dele.

Hinata foi engatinhando até onde Sasuke estava.

Apoiou as duas mãos nas pernas dele quando pode.

E nada mais era perfeito.

E tudo teve significado.

-         Você é meu mundo, Hinata.

E ela sorriu.

Ela não ouviu, eu te amo.

Mais ele também era tudo para ela.