Late In Paris escrita por Gabi P


Capítulo 6
Lembrei que sou fraca para bebida


Notas iniciais do capítulo

Oláaa, gente linda do meu coração! Fiquei tão feliz com os comentários do último capítulo! Sério, ri com todos eles ;D E aqui estou eu, às 12h programando o capítulo para às 17h e meia, porque eu sei que essa hora deve estar todo mundo almoçando e ninguém vai ver :c Enfim, leitores(as) maravilhosos(as), aproveitem esse capítulo lindo cheio de implicância do Jayden e bebidas (não juntos, porque o capítulo não é tão bom assim - quem me dera, hein kkkkk).



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Eu já estava quase pronta, só faltava vestir a roupa. Iria usar uma saia de cintura alta de paetês colada, com uma blusa elegante bege claro. E sem decote algum, afinal, eu já vou estar bêbada e com strippers dançando na minha frente, não preciso parecer mais vadia que isso.

— Cass? — Jay gritou do quarto do lado. — Dá para abrir a porta?

Revirei os olhos. Era a terceira vez que ele me chamava, mesmo sabendo que eu estava extremamente ocupada com maquiagem e cabelo. Pois é, meu amigo é realmente insuportável quando quer.

— Como foi? — perguntei ao destrancar a porta conjugada, e corri para o banheiro antes que ele me visse quase nua. Encostei a porta, para conseguir escuta-lo.

Pude ouvir a maçaneta sendo rodada e ele entrando no meu quarto.

— Ah, foi legal. Teria sido melhor se você tivesse ido.

— Que meigo, mas depois podemos sair para compensar, não é? — perguntei, colocando a blusinha. Esperança é a última que morre. E eu só queria que essa viagem não fosse só pelo casamento, eu precisava conhecer Paris também.

— Se você quiser, eu topo com certeza — respondeu. Eu fiz uma dancinha comemorativa, ainda bem que ele não podia me ver.

Mas me veio um clique. Realidade, Cass!

— Depois do casamento, então. Antes não tem condições — constatei emburrada, era totalmente verdade. Lutei para fechar o zíper da saia, sem sucesso — e aí? Veio no meu quarto para quê?

Saí do banheiro, segurando a saia pelo zíper e me virando de costas para o loiro. Esperando que ele fechasse para mim

— Não, eu só queria... falar... É. — ele parou, virei o pescoço para olha-lo. Encarou minha roupa e me fitou dos pés à cabeça — Nossa, você está linda.

— Obrigada. Pode fechar para mim? — acho que ele não entendeu a brecha, não é?

— Porque você nunca essa saia? — ele levantou o éclair na maior facilidade — Só acho que faltou um decote aí, hein? — ele disse, quando eu me virei de frete, sorrindo maliciosamente.

— Cala a boca, Jayden. Queria falar o quê? — procurei os brincos enormes que eu tinha separado — Estamos atrasados, fala logo.

— Ah, não era nada. Só vim passar para dar um “oi” antes da despedida de solteiro, acho que depois a gente vai estar bêbado demais para isso — ele me lançou mais um daqueles olhares, pensativo. — sério, você devia se vestir assim mais vezes.

— Eu visto, idiota! É você que nunca percebe nas minhas roupas.

— Não é a roupa, é o corpo — ele disse, enquanto ria da minha cara indignada com seu comentário — e não tem como eu não perceber isso, Cassie.

— Pois não percebeu nenhuma das outras vezes — cruzei os braços depois de pendurar os brincos nas orelhas, e fiz uma falsa cara magoada.

— E você por acaso usa para me impressionar?

Ri, revirando os olhos.

— Óbvio que não. E já encheu esse papo todo de que eu "estou afim de você", viu? — falei, fazendo as aspas com os dedos no ar.

— Você está? — ele levantou as sobrancelhas.

Suspirei. Desisto de conversar qualquer coisa com ele.

— Podemos ir? — respirei fundo, depois de colocar os saltos.

— Você não respondeu a pergunta.

— Isso porque você já sabe a resposta!

— Ah, sei? — ele abriu um sorriso muito largo e sarcástico. Tive que me esforçar para não rir da cara patética dele.

— Vamos logo, você vai ser minha carona — anunciei e corri para pegar minha bolsa, celular e chave do quarto.

— Vamos então, estressadinha — ele rolou os olhos e sorriu.

****

— SURPRESA! — todas nós gritamos, quando a noiva mais linda de Paris entrou pela porta de vidro do salão. Sabíamos que não tinha sido surpresa nenhuma, mas isso não vinha ao caso.

Ann correu para me abraçar ao ver a festa linda que tínhamos preparado. Eu não tinha ajudado quase nada, e por isso, as meninas ficaram um pouco chateadas por ela vim me agradecer primeiro. Tive que fingir que não percebia os olhares tortos da Jen e da Vic.

— Cass! Tá tudo tão lindo! — a loira olhava ao redor, maravilhada com tudo o que via.

— Tinha que ser, Ann. Você é muito especial para suas madrinhas aqui — respondi, a abraçando forte.

Ela riu.

— Obrigada, meninas. E agora que eu cheguei... — ela fez uma pose de capa de revista. — Já podemos começar a festa?

— Sim! — Vic disse animada, pegando uma caixinha que ela havia preparado. — Vamos começar juntando todas as convidadas em uma roda, certo? Eu e a Wendy já montamos toda a nossa programação.

Demorou um tempo para que as mulheres arrastassem suas cadeiras e formassem um circulo completo. Não eram tantas, como eu imaginava, e todas tinham mais ou menos nossa idade. Eu passava os olhos pelo salão e via muitos rostos conhecidos, afinal, não tinha como eu não conhecer todo o círculo de amizades da Ann.

— Certo, vamos fazer um jogo. — anunciou Jen, dessa vez. — A Mary está distribuindo a folha de papel. Cada uma tem que escrever uma aventura ou momento engraçado que passou com nossa querida noiva. Depois, vamos explicar como funciona e podemos começar o jogo — ela terminou, animada demais para meu gosto.

A Vic sorriu maliciosamente, trazendo a tequila para o meio do circulo.

Peguei a folha e o hidrocor que me deram. Me desesperei. Não tinha como escolher só um momento da minha amizade com a Ann, droga. Certo, eu tinha que escolher o mais engraçado e "aventureiro" que tenha marcado nós duas.

Resolvi anotar o dia em que estávamos acampando, fomos buscar a droga da lenha e acabamos perdidas do meio da floresta. Mas acabou tudo bem, apesar de um susto — sim, achamos que tinha urso nos seguindo e começamos a gritar —, o pai da Ann achou a gente encolhida e chorando atrás de uma árvore. Depois de utilizar a folha inteira – e não assinar, como a Vic instruiu —, entreguei o papel. Percebi que fui a ultima.

— Ok. Vamos ler os papeis em voz alta e a Ann tem que descobrir de quem se trata. Vamos marcar com um cronômetro, e o tempo determinará o tanto de doses que o perdedor deve beber. Se ela acertar, a pessoa que escreveu bebe. Se ela errar, ela que tem que beber e ainda paga prenda. Podemos começar?

— Claro! — responderam todas em uníssono.

E eu tinha certeza que iria me ferrar. Logo na primeira frase, ela iria acertar. Eu ia ter que beber algumas doses. Ou muitas.

“Nós estávamos saindo da aula de balé mais cedo, e resolvemos que não queríamos ir para casa naquele momento. Então pegamos o metrô e...” Era da Heather, conforme a Ann disse. As duas eram colegas de dança desde os cinco anos.

“A Ann me convenceu a ir a uma festa com ela — mesmo sabendo que eu odeio isso — porque ninguém mais estava disponível. No meio do evento, nós conversávamos sobre quem tínhamos pego, e descobrimos que o mesmo cara tinha falado que cada uma era a menina mais linda dali, para nós duas separadamente. Nós colocamos uns dez saquinhos de açúcar na bebida dele, depois disso.” Era da Rachel, irmã do Carter. Ela já era amiga da Anna desde a faculdade, e foi quem os apresentou, agora eles estavam casando!

Depois de lerem várias cenas hilárias, a Ann não tinha bebido uma dose sequer. Então eu vi que a Vic pegou minha folha, ai meu Deus.

— Próximo momento — disse a Vic. — "Eu e a Ann estávamos acampando com os pais dela, aí fomos buscar...".

— CASSIE! — gritou Ann, se acabando de rir.

— 2 segundos! — Vic checou o cronômetro algumas vezes — Nossa, essa foi rápida. O máximo do jogo são dez doses, então a Cass vai ter que tomar nove. Beba o quanto aguentar.

A Ann ria feito uma doida porque ela sabia que eu nunca passei de cinco doses, e só tomei cinco um dia na vida, porque eu estava muito mal. Respirei fundo e dei de ombros.

— Tá certo.

— É uma pena que você não fique sóbria para se lembrar dos strippers — disse a Vic, piscando um olho só.

— VICTORIA! — Jen repreendeu.

— TEM STRIPPERS? AMO VOCÊS! — a Ann deu pulinhos em seu banco, gritando animada, e olha que ela nem estava bêbada ainda - Mas deixem isso para depois, quero ver se a Cass aguenta nove! – cantarolou. Com uma amiga dessas, nem preciso de inimigas.

Assim que a Wendy serviu nove copinhos de tequila, sentei na frente da mesinha de centro.

Virei o primeiro de vez. Isso me fez franzir o cenho e fazer uma careta enquanto sentia o liquido amargo descendo pela minha garganta.

Um!

Virei o próximo com mais cuidado, hesitando um pouco mais antes de engolir de vez.

Dois!

No terceiro, eu já estava enxergando meio embaçado. Mas tomei em dois goles.

Três!

Ai, o quarto. Minha cabeça latejava, mas eu ficava cada vez mais... Animada. Onde eu estava?

Quatro! Cinco... Seis... — elas continuavam a contar, todas juntas. O que fazia minha cabeça doer um pouquinho mais.

E eu não me lembro de ouvir mais alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Digam nos reviews, porque eu quero muito saber :3 Desculpem por não botar os strippers, masssssss - spoiler - a história tem 14 capítulos mesmo e 1 capítulo bônus, que vai ser pelo ponto de vista da Wendy (porque a Cassie não vai lembrar de nada, né), depois que nossa historinha acabar :c É isso aí, fofos, até amanhã :D



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