Late In Paris escrita por Gabi P


Capítulo 12
Como se eu já não tivesse surpresas suficientes...


Notas iniciais do capítulo

Hi, people! Como vocês estão? Quase ninguém respondeu se queria que eu demorasse mais para postar, para a fic durar mais. Então eu não quis decepcionar ninguém, estou postando todo dia mesmo, ta? Hoje eu estava com bastante preguiça de reler e mudar o capítulo, então se tiver alguma coisinha sem nexo vocês já sabem! Eu fui pro cinema assistir Guardiões da Galáxia depois da prova, e é muito legal (é meio meio doido assim, mas é estilo Thor mesmo - só que mais alien kkkkk). Enfim, leiam e comentem! Estou esperando vocês surtando nos reviews, ok? Já vi que vou morrer, ops.



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A recepção já estava animada desde o início. A maioria dos parentes da noiva e do noivo dançavam juntos na pista de dança. Percebi o porquê de eles quererem deixar tanto espaço para dançar, essas famílias eram realmente elétricas. Inclusive as primas da Ann – elas não estavam dançando, mas eu não sabia como elas conseguiram paquerar todos os caras da festa em menos de quinze minutos.

A minha amiga estava tirando foto com seu recém-marido em todos os cantos decorados do salão. Ela continuava com o mesmo sorriso enorme que estava em seu rosto a noite inteira. E o Carter, ah, eu acho que esse foi o dia em que eu o vi mais feliz, desde que o conheço. Pareciam um casal perfeito, e provavelmente eram mesmo.

— Cass? — chamou a Wendy. Sorri para ela, tínhamos ficado um pouco mais próximas nesses dias. Só pelo fato de ela ser uma das madrinhas que não são chatas ou vadias.

— E aí? Se divertindo? — perguntei, elevando um pouco mais o tom de voz, enquanto eu tentava dançar discretamente na pista de dança.

— Ah, claro — fez uma pausa — Você voltou com aquele seu namorado?

Parei. Acho que fiquei um tanto surpresa pela pergunta nada indiscreta.

— Hãn... acho que sim — mas pensei melhor, tínhamos voltado? — não sei, mais ou menos.

— Mas e Jayden? — ela falou, depois de hesitar por alguns segundos. Checava que ninguém ouvia nossa conversa.

— Como? — fiz uma careta, confusa.

— Você não gosta dele?

Gelei. Como é? O que a Ann andou espalhando dessa vez?

— Não, quer dizer, ele é meu amigo... Você sabe.

— Mas na despedida de solteira você disse... — a sua expressão mudou, ficou mais para aflita — Ah, é, você estava bêbada. Desculpe.

— Hum — eu respondi, meio sem-jeito e me aproximando dela para diminuir a voz. Era como se estivéssemos nas épocas do colégio de novo, duas garotas fofocando nessas festinhas — Certo. O que eu disse?

Wendy hesitou de novo. Acho que ela não queria ser aquela garota que conta as bobagens que as pessoas fazem quando estão bêbadas. Mas ela certamente foi a única a ficar sóbria, então era melhor desembuchar.

— Bom, talvez você tenha dito algumas coisas sobre o Jay... — ela deu de ombros, desconfortável. — Mas, sei lá, eu bebi um pouco também.

— O que exatamente você lembra?

— Nada demais, juro. É... Ninguém estava muito sóbria no final da festa.

— Eu sei disso. Eu só quero saber o que eu falei!

— Hm... – ela olhou ao redor, provavelmente procurando seu namorado para tira-la daquela situação. Aquilo já estava enchendo minha paciência. — Olha, se você realmente não sentisse nada por ele, não estaria tão curiosa... só um comentário.

Suspirei.

— Eu não sinto nada por ele. Só me diga, por favor.

— Foi já no final da festa... e eu estava arranjando carona para todas as meninas, aí você disse alguma coisa do tipo “Chama o Jayden para me buscar. Ele é tão lindo! Algum dia vocês vão presenciar nosso casamento” — ela respondeu, totalmente corada.

Mas provavelmente não mais que eu.

— Ah. É... Eu estava bêbada, né? — dei a desculpa do álcool. Velha, eu sei, mas o que mais eu diria?

— Pois é. Mas depois a Vic respondeu “Até parece. Eu já peguei ele várias vezes, e você, com certeza nenhuma”. Aí vocês começaram a brigar.

Pode apostar que eu queria me matar naquele momento. Como você pôde fazer umas coisas dessas, Cassie? Como você pôde ficar bêbada? Droga.

— Ah... Hm, mais alguém sabe disso? — dei um sorriso amarelo, me amaldiçoando por completo.

— Acho que a Mary, ela também estava meio sóbria. Mas eu juro que não conto para ninguém.

— Obrigada, sério — então me virei, precisava falar com a Ann.

Mas a Wendy puxou de leve o meu braço.

— Cass, não se preocupa, acho que a Vic nunca tinha “pegado” o Jay mesmo. Ela só deve ter falado aquilo para te irritar.

Revirei os olhos.

— Wendy! — lancei um olhar quase de súplica, eu não queria que ela tivesse que me dar alguma satisfação pelo Jayden, porque ele sentiu necessidade de dizer isso? — Eu não me preocupo com isso. Deixa o Jayden pegar quem ele bem entender, eu não ligo. Não ligo mesmo! Nem que ele pegasse a Ann eu iria me importar. Somos só amigos.

— Hãn... — ela murmurou, adotando um terror no rosto ao olhar por cima do meu ombro — Jayden! — ela disse, me encarando com uma expressão que claramente dizia “desculpa”.

Me virei. Já preparada para a discussão que viria.

— Legal, Cass — ele riu, sarcástico. — engraçado que você me considere só amigo e mesmo assim tenha feito o que fez hoje de madrugada.

Acho que a Wendy ficou tão chocada que simplesmente saiu andando.

Cruzei os braços.

Obrigada por anunciar isso para quem quisesse ouvir — repreendi, baixinho.

Ele deu de ombros e revirou os olhos.

— Sabe, eu estava vindo pedir para você não aceitar o pedido de Richard. Para você não ficar longe de mim. Mas quer saber? Faça o que quiser.

— Que pedido? — perguntei, curiosa.

Ele ergueu uma sobrancelha.

– Ah, você não falou com ele ainda? Legal – ele deu aquele risinho cínico novamente – Só lembre: Aceite.

— Como você sabe o que ele vai me falar? E o que isso tem a ver com ficar longe de você?

— Isso você descobre depois — Jay olhou para baixo, para o chão ou para qualquer lugar que não fosse para mim — Porque não fala com ele, hein? Não o convidou para vir?

— Sim, ele deve estar no trânsito, não sei.

— Mande lembranças, eu já vou — disse, já se virando.

— Já vai? Agora? — perguntei, o segurando pelo braço.

Ele encarou minha mão por uns dois segundos, depois focou o olhar em mim.

— É. Por que você se importa?

— Bem, você está na recepção do casamento da Ann, não pode ir embora.

— Não se trata da Ann, Cass – ele disse, ainda sério – se trata de você.

— O que foi? Ainda pelo Richard?

Ele balançou a cabeça.

— Não é só por isso. Foi como você disse. Não sabe que pode magoar as pessoas? Vive reclamando de como todo mundo te magoa, que não percebe que pode fazer isso com os outros também?

— Jay...

— Vou dormir cedo, amanhã de manhã vou dar um passeio. Visitar a Torre Eiffel, você sabe. De tarde eu volto para casa.

— Minha passagem é no mesmo voo que a sua.

— Mas se você vai, isso depende.

— Porque eu não iria? Você acha que eu vou ficar aqui?

Ele deu de ombros.

— Seu acompanhante chegou.

Olhei para trás, por cima do ombro. Richard estava tão elegante no seu smoking. Provavelmente tinha comprado agora mesmo. Ele não iria trazer um traje desses na sua mala, não é?

— Oi — ele falou, sorrindo de lado. Aquilo me fez derreter.

Mas me forcei a voltar o olhar para frente, onde Jay estaria. Sim, estaria. Pude vê-lo deixando o salão de festas. Respirei fundo. Pensei em ir atrás dele, mas de que adiantaria? Mais brigas?

— E aí, Rick?

Ele me abraçou e beijou minha testa.

— Você está realmente linda hoje.

— Obrigada. Você também não está nada mal, hein? — apertei sua mão. Ele encarou minha mão também, assim como Jayden.

— Eu... preciso revelar uma coisa.

Paralisei. Era disso que Jay falava, então?

— Sim?

— Você perguntou o que eu estava fazendo de tarde, não fui totalmente honesto — levantei uma sobrancelha e esperei continuar. — eu estava trabalhando.

Em Paris? Mas...

— Eu tinha te falado isso na noite em que você estava bêbada. Mas você desligou na minha cara, então...

Eu desliguei? Jayden me disse que você desligou.

Ele cruzou os braços, sério.

— Esse cara te disse o que eu tinha falado na ligação?

— Não... — respondi, hesitante. Porque todo mundo parecia ter uma piada interna que só eu não sabia?

— Pois então. Ele que deve ter desligado.

— O que você tinha dito? — perguntei, quase explodindo de curiosidade.

— Fui transferido. Para cá. Vou ganhar o dobro, Cassy.

— Sério? Que ótimo! Mas...

— Calma. Eu ainda preciso de perguntar uma coisa.

Percebi que a Ann estava atrás dele, ouvindo a conversa e me encarando com os olhos arregalados. Respirei fundo. Sem absurdos agora, Anna, por favor.

— O quê? — indaguei, cautelosamente.

— Quer vir morar comigo em Paris, Cass? — ele sorriu de novo, esperando eu assimilar as coisas para respondê-lo.

Vi a boca da Ann formar um grande e perfeito “O”.


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Notas finais do capítulo

AI, NÃO ME MATEM! Genteeee, esse é o capítulo 12! Vocês já perceberam que a fic é estilo comédia romântica que só fica tudo feliz para sempre no finalzinho, né? Faltam só 2 capítulos, poxa :c parte meu coração. Mas mesmo que tenham odiado, como sempre digo: extravasem nos comentários. Mesmo que seja para mandar ameaça de morte, tô aceitando kkkkkk. Beijinhos :3



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