Uma luz forte invade meus sonhos, eu abro os olhos e vejo um guarda me encarando com a porta do aberta.

– Ah, alteza, como você veio para aqui? - o guarda perguntou

Vamos May pense, o que você pode dizer?

– Eu... Eu tava jogando bola, ela caiu aqui dentro e quando eu vim busca-la aporta se fechou e eu fiquei presa. - Explico.

– A quanto tempo você está aqui? - Respiro aliviada, ninguém desconfiou

– Desde ontem a tarde. Se você o interrogatório já acabou, me de licença que vou falar com a minha mãe. - Digo em quanto saio do abrigo.

Subo as escadas tão rápido que tropeço na barra do meu vestido. Bato na porta do quarto da minha mãe e uma criada vem atender. Nem falo nada com a criada, simplesmente entro. Minha mãe está sentada na cama junto com Kriss, ela (minha mãe) parece acabada, cansada e parece que chorou recentemente. As duas se viram para mim, minha mãe levanta e vem me abraçar.

– Querida! Onde você estava? Fiquei tão preocupada - Ela me abraça cada vez mais forte.

– Eu sem querer fiquei presa em um abrigo - Explico. Ela fez menção de fazer outra pergunta mas eu continuei - Estava brincando de bola, ai ela caiu lá dentro, quando eu fui pegar a porta fechou e eu fiquei presa.

– Mas você nunca jogou bola - Ela estranha

– Por isso eu deixei ela cair lá dentro

– Mas você está bem? - Ela pergunta

– Estou ótima, sem nem um arranhão

– Então senhoritas se me dão licença tenho que resolver uns assuntos - Ela diz me deixando sozinha com Kriss

– Me conta, como ela estava? - Pergunto preocupada e ao mesmo tempo curiosa.

– Ela estava quase em estado catatônico, também, perder o marido e os dois filhos em um dia.

– Como assim perder o marido e o filho? O que aconteceu com meu pai e meu irmão? - Pergunto, agora é a minha vez de entrar em panico.

– Os parentes da Elise lá na Nova Asia disseram que o rei e Maxon não chegaram - Lagrimas brotam em meus olhos - O pior é que a Rainha Amberly falou com eles no telefone e eles disseram que tinham chegado bem.

Sinto as lágrimas descendo pela minha bochecha. Kriss tenta me acalmar.

– Licença, acho que vou para o meu quarto - Me despeço de Kriss.

No meu quarto, começo a pensar no que pode ter acontecido, eles podem estar mortos, podiam não ser eles no telefone, mas por outro lado, os parentes da Elise podem estar mentindo para nos deixar vulnerareis. Esses pensamentos me deixam com dor de cabeça, então resolvo começar uma pintura para esfriar a cabeça.

***

Na quarta feira durante o jantar, um pouco antes da sobremesa, Silvia entrou no salão andando o mais rápido que conseguia, fez uma rápida reverencia e se aproximou de minha mãe para falar-lhe algo em seu ouvido. Minha mãe respirou fundo e correu com Silvia para fora da sala de jantar.

Espero que não sejam más noticias e se eles estiverem feridos, perdidos ou até mesmo mortos. Vejo as Selecionadas me olhando e tento parecer calma, seguro o choro.

Minha mãe volta, observo bem seu rosto, está radiante. Com certeza é coisa boa.

– Boas noticias senhoritas. O rei e o príncipe voltam para casa está noite - Ela anuncia.

Natalie bate palmas animada.

— Como os dois tiveram dias muito intensos, decidimos abrir mão de grandes comemorações. Dependendo do horário em que deixarem a Nova Ásia, talvez nem os vejamos antes da hora de dormir.

— Obrigada, Silvia — Agradeceu minha mãe - Desculpem-me, senhoritas, mas tenho trabalho a fazer. Por favor, aproveitem as sobremesas e tenham uma noite maravilhosa.

Ela se virou e saiu tão depressa que seus pés mal tocavam o chão, quase nunca vejo ela tão animada.

Saio assim que as sobremesas chegam, quem precisa de doces em uma hora como essa?