Pov. Esme

Examinei a Nina colocando um pouco de remédio em uma colher dando em sua boca, ela fez uma carinha feia por conta do sabor mais tomou tudo.

–Olha pequena é apenas uma inflamação mas mesmo assim não pode deixar de tomar cuidado okay?- Pedi e ela assentiu.- Nada de ingerir coisas geladas, gritar.. okay?

–Poxa Esm logo hoje não vou poder tomar nada gelado?- Perguntou emburrada cruzando os braços e fazendo um bico lindo.

–Não meu amor não pode.- Disse me agachando na sua frente rindo.

–Você é mal. Ta fazendo isso só por que é seu aniversário!- Disse aumentando o bico.

–Hey! Quem disse que é meu aniversário?- Perguntei pondo as mão na cintura e ela levou as duas mãos a boca como se tivesse falado algo proibido.- Nina!- Pedi e ela negou com a cabeça.

–Não posso contar!- Disse tirando as mãos da boca e colocando rapidamente depois de falar.

–Nininha por favor!- Pedi com biquinho assim como ela faz quando quer muito algo.

–Hey isso é trapaça com a menina dona Esme.- Falou o Carlisle entrando no quarto sorrindo.

–Ta vendo mamãe até o papai..- Falou e depois fez uma cara muito assustada e escondeu o rosto nos travesseiros.- Desculpe senhor Carlisle. Desculpa Es.- Falou com a voz abafada.

–Tudo bem.. hey pequena não precisa se esconder!- Ele disse sorrindo a pegando no colo. Me levantei para olha-la.

–Nina, não precisa ficar assim.- Pedi chegando perto deles acariciando seus cabelos ela estava com o rostinho escondido pelas pequeninas mãos vermelha como um tomate.

–Eu falei sem pensar.- Disse com a voz chorosa.- Desculpa.- Falou e deitou a cabeça no ombro do Carl.

–Pequena esta tudo bem.- Ele falou acariciando o seu rostinho. Era a primeira vez desde o acidente que via esse lado paternal do Carlisle.

–É que.. vocês não são meus pais eu não devia ter chamado assim é que saiu.- Falou chorando.- Vocês ficaram com raiva?

–Não meu amor é claro que não.- Disse passando minhas mãos por suas costas na tentativa de lhe consolar.

–E o senhor?- Pediu a o Carlisle ainda sem levantar o rosto.

–Olha pra mim Nina.- Pediu carinhosamente e ela aos poucos o olhou.- Eu me senti honrado pequena.- Falou a colocando sentada na cama e se ajoelhando em sua frente. Fiz o mesmo.- Não é sempre que uma menina linda como você me chama de pai.- Disse e me olhou segurando minha mão em um gesto inesperado.- Nós queríamos muito que você fosse nossa filha. Então não se envergonhe okay? Sei que não sou tão seu amigo como a Esme é, mas sempre que quiser pode contar comigo. Combinado?- Pediu e sorrimos esse sim era o Carlisle que havia conhecido e amado com todo o meu coração.

–Combinado.- Disse sorrindo feliz.- Eu amo vocês. – Falou e desceu da cama nos abraçando oque fez eu e o Carl ficarmos muito próximos e mais uma vez ele fez um gesto inesperado me abraçando. Por que essas atitudes repentinas? Com toda certeza era teatro por estar na frente da Nina. Pensar nessa possibilidade só me fez pior do que já estava a tempos. Um nó enorme se formou em minha garganta um que dessa vez não seria capaz de controlar.

–Bom eu vou tomar um banho logo depois te levo ao orfanato okay?- Disse me controlando. Levantei rapidamente indo em direção ao banheiro me trancando no mesmo. Tirei minhas roupas e liguei o chuveiro antes de desabar em um choro descontrolado.

Porque só na frente de todos ele é assim? Porque não dá sinais de que me quer ao seu lado ou fora de uma vez da sua vida? Por que ele tem que me deixar tão confusa? Por que uma hora ele é bruto, insensível mas depois é tão doce, amoroso assim como o Carlisle que conheci a anos aquele que me ensinou o verdadeiro valor do amor.

Deixei as lágrimas caírem junto com a água fria no chuveiro. Me controlei e sai do banho me embrulhando na toalha e saindo em direção ao closet sem olhar para os lados não queria que ninguém visse meus olhos inchados.