Julgamentos escrita por Jmeg


Capítulo 3
Boa Sorte




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Enquanto isso, Milo, em sua casa olhava pela janela a chuva caindo. Não queria que em seu ambiente de trabalho houvesse desentendimentos por sua causa. Queria ser amigo de todos, simples assim. Correu os dedos sobre o vidro gelado que do outro lado estava molhado com pingos de chuva. Suspirou e já havia perdido a noção das horas, quando olhou para o relógio, ficou surpreso, já era madrugada e não sentia nenhum tipo de sono. Decidiu que não ia se importar mais com aquilo, era besteira. Milo não gostava de gente que ficava recusando sua amizade, e Camus estava agindo assim. Não tinha nada contra o francês, mas não gastaria mais nenhum momento tentando virar amigo dele. Penteou os cabelos cacheados dourados, deitou em sua cama e caiu em um sono profundo.

Camus acordou com o som da chuva caindo. Parecia que naquele fim de semana o tempo não seria dos melhores, mas Camus gostava de dias frios e nublados, como aquele. Quando percebeu que estava chovendo, logo se alegrou. Vagarosamente começou a levantar-se, bocejou e foi escovar os dentes. Olhou sua reflexão no espelho e pensou que estava horrível, mas nada que não resolvesse. Camus era vaidoso, e o que mais gostava em si mesmo era seu cabelo. Passava horas penteando e cuidando dos longos fios vermelhos.

Depois de escovar os dentes e pentear os cabelos, vestiu roupas normais e fez um café. Ficou amargo mas tomou de qualquer jeito. Não tinha o que fazer durante aquele dia, então teve a idéia de chamar Shura para vir até sua casa. Pegou o telefone e discou os números.

- Shura?

- Oi Camus.

- Hmm, você vai fazer alguma coisa hoje?

- Acho que não. Por que?

- Ahh, sei lá. Achei que você poderia vir aqui, ou eu ia até aí.

- Pode ser. Eu vou até aí, preciso andar um pouco.

- Mas tá chovendo.

- Não tem importância... Bom, a gente se vê, certo?

- Certo.

Desligou e foi já abrindo a porta para não ter que ficar procurando as chaves por um longo tempo quando o amigo chegasse. Ligou a televisão, passou por todos os canais, mas não tinha nada passando que prestasse, desligou e continuou a esperar Shura. Este demorou ainda um pouco para chegar, mas Camus era muito paciente para sua sorte. Quando chegou, Camus lhe ofereceu uma bebida mas ele recusou, ainda estava cedo demais para beber, iria deixar para mais tarde.

- Argh Shura, eu não agüento mais.

- O que?

- Parece que todos daquela maldita empresa estão conspirando contra mim! Toda hora eu tenho que ouvir coisas do tipo "Ai Camus, porque você e o Milo não se entendem?" - suspirou.

- Aposto que foi o Shaka, não foi?

- Ele também. Mas o Dite começou, praticamente. Quando eu tive que ajudar o "pobre mortal" com aqueles projetos atrasados, o Dite já achou que tudo estava bem.

Shura deu uma risadinha quando ouviu o termo "pobre mortal".

-O Dite até quis se juntar a nós no começo, mas eu acho que ele não consegue.

- Verdade, mas depois disso, ele me mandou um e-mail me dizendo que eu e o Milo seríamos grandes amigos... Isso é demais pra mim...

- Concordo que isso é um saco, aturar essas coisas todo o dia deve ser muito cansativo.

- Heh. Você ainda não viu nada...

- E nem quero! - os dois riram.

- Bom. Mas aí, ontem, quando eu já estava quase voltando pra casa, o Shaka veio me dizer que o imbecil queria que eu fosse amigo dele e que era pra eu tentar fazer um esforço pra gostar dele. Você acha que isso dá certo? Me deu vontade de responder com alguma coisa bem maldosa, mas o Shaka não merece.

- É. Eu estava pensando... Você não pode se mostrar agressivo para os outros, porque eles podem começar a te menosprezar e ficar no pé do novato. E aí sim sua vida ia virar um inferno.

- Verdade. Vou tomar cuidado.

E os dois conversaram por mais um bom tempo, saíram para almoçar e depois Shura teve que ir quando estava entardecendo. Milo por sua vez, foi até a praia, mesmo chovendo. Ficou lá uns tempos até que encontrou uns velhos amigos. Milo quando era mais jovem, poderia ser considerado o que era um belo pedaço de mal caminho, andava com a pior turma da cidade, eram eles dois jovens chamados Kanon e Carlo, que tinha o vulgar apelido de Máscara da Morte, ninguém sabia ao certo porque. Mas Carlo não tinha muitas palavras, Kanon era realmente o "líder" do grupinho. Os dois estavam vestidos quase iguais. Jaqueta de couro com vários patches e outros detalhes, calças de couro também, cabelos que chamavam a atenção de todos.

- E aí, certinho, faz tempo, hein? - Kanon deu um tapinha nas costas de Milo.

- Certinho? - sorriu - Não mudei nada!

- Será? Agora você trabalha pro Julian Solo.. Que nojo! Aquele filhinho de papai do inferno.. - riu Carlo. Os dois tinham aversão a qualquer coisa que tivesse o nome de Julian Solo.

- Mas eu ganho bem pra isso. Pelo menos ele serve pra alguma coisa. - riram outra vez. Kanon acendeu um cigarro, e lançou um olhar de curiosidade para Milo.

- E como são as pessoas do seu trabalho?

- Bem.. - imediatamente lembrou de Camus. - Tem uns que são divertidos, legais, mas outros, nem me fale.

- Por que loirinho? Já andou aprontando por lá?

- Eu não fiz nada para o cara e ele já me odeia!

- Hah. É a vida, meu caro! Vai ter que se acostumar! Aliás, quer dar uma volta com a gente? Vamos fazer alguma coisa legal.

- Bem, eu acho que eu vou voltar pra casa. já está anoitecendo, e vocês sabem que eu não gosto de ficar fora de casa quando está tarde...

- Conta outra, loirinho! - deu um leve empurrão em Milo. - Mas, já que você quer, a gente te deixa. Boa noite loirinho!

E os dois saíram andando e rindo alto, atraindo olhares curiosos das outras pessoas que passavam na rua.

xxx

O domingo passou rapidamente, e logo segunda-feira já tinha começado. Camus estava decidido, se o loiro quisesse ser seu "amigo", ele podia. Não ia fazer mais nada para impedi-lo. Milo, como sempre, pedia para Camus revisar qualquer tipo de texto que tinha que entregar ao diretor, e Camus até tentava puxar assunto com Milo. Milo estava achando isso muito estranho. Por que agora ele resolver ser amigável? Tinha alguma coisa acontecendo com Camus, certamente não estava em seu estado normal, mas o que Milo não sabia é que ele estava normal, sim.

E assim foi. Viraram bons amigos, e faziam tudo juntos, saíam juntos, almoçavam juntos, iam na casa do outro, e todos aprovaram aquela grande amizade, até Shura, que não ia com a cara de Milo, passou a andar junto deles. Novamente todos daquela sala se reuniram outra vez, tudo ia muito bem. Mas como certamente as coisas boas não duram para sempre, chegou uma forte tempestade na vida de cada um. Milo tinha um defeito, era muito crítico e se alguma coisa o incomodava, ele dizia na hora, não importa o que e para quem. Já estava incomodado com o jeito rude de Camus, e pensou que não iria falar nada a ele, para ver se mudava, mas um certo dia, Milo não agüentou.

O final do ano estava se aproximando, e todos obviamente já estavam cansados de trabalhar todos os dias. Camus principalmente, a sua paciência parecia estar se esgotando cada vez mais. Faltava um mês para que eles tirassem merecidas férias. Camus chegou no trabalho, aparentemente irritado.

- Booooooooooom diiiiiiiiiiaaaaaaaaaaaaa Camuuuuuuuuuus! - disse Milo saltitante.

- Bom, só se for pra você.

Milo instantaneamente já começou a se doer por o que Camus disse. Este sentou em sua mesa e começou a escrever coisas em um papel. Milo ficou chateado o resto do dia, e ainda mais quando Camus saiu para almoçar só com Shura e Afrodite. De novo estariam planejando coisas?

Quando voltaram do almoço, Milo lançou um olhar de desaprovação para Camus, que nem se importou em responder. Voltaram a trabalhar, mas agora com uma certa tensão no ar.

No final do expediente, Camus rapidamente pegou suas coisas e já foi para casa, Milo só o olhava, e pensou em uma coisa que talvez poderia mudar o jeito de ser do ruivo. Estava decidido, ia até a casa dele e ia lhe ensinar coisas que talvez ele nunca iria se esquecer.

Esperou um pouco em sua casa, vestiu roupas menos sérias e foi até o apartamento de Camus. Bateu na porta, uma, duas, três, quatro vezes até que Camus a abriu e parecia muito surpreso com sua visitinha. Milo entrou sem dizer nada.

- Milo? Que faz aqui?

- Por que você me odeia tanto? Por que não gosta de mim? - Isso para Camus era como se um balde de água gelada havia caído sobre ele.

"Quem disse que eu te odeio, não somos amigos por acaso?" Na verdade, Camus nunca disse isso, só ficou em seus pensamentos.

- Camus... É muito óbvio. Você não me agüenta e eu não faço idéia por que. Eu não tenho nada contra você, e acho que nós deveríamos nos entender melhor. - Era verdade. Camus muitas vezes perdia sua paciência com Milo. Mas com os outros isso parecia não acontecer, só com Milo. Pois na verdade, Camus era extremamente paciente.

- Não te odeio. Vamos deixar isso assim. - Foi a primeira coisa que Camus disse. Ele já estava cansado disso, caminhou até o sofá, tentado deixar uma distância bem larga entre eles.

Mas Milo não estava satisfeito. Ele sentia que havia de "testar" Camus. Não tinha nem certeza porque ele queria continuar aquela conversa, sabia que Camus nunca iria mudar seu jeito de ser.

- Você está mentindo. Não faz o seu tipo, mas eu tenho certeza que eu não vou me incomodar por isso. Aliás, tem tantas outras coisas boas para se pensar. - A voz de Milo tinha um tom sarcástico, que irritava ainda mais Camus. Milo sentou junto de Camus, e a pequena distância em que os dois estavam fez Camus tremer levemente. Mas ele faria tudo para não mostrar seu lado mais frágil para o loiro.

- Claro. Coisas muito melhores. - Não estava escondendo seu medo muito bem, e Milo sabia disso. Era esse tipo de coisa que encorajava Milo a prosseguir e levar aquela conversa mais à frente.

- Vem cá. Então, se somos amigos, posso te dizer algumas coisas? Amigos não devem ter segredos.

- Diga.

- Eu acho que você não liga muito para o trabalho. - Camus virou os olhos. Milo ia acusá-lo com uma mentira? Camus na verdade se importava muito com o trabalho, deixava de sair com os amigos para trabalhar. - Você não se importa com as pessoas, só vê seu ponto de vista e não o dos outros. - Milo suspirou, e continuou - Você leva tudo muito a sério. Você é pessimista, mal-humorado. Eu acho que você deveria sair mais, se enturmar mais. Converse menos no trabalho... Acho que isso iria ajudar muito os outros.

Camus achou isso um abuso. Quem era Milo para lhe dizer os seus defeitos e o que fazer para melhorar? Teve uma grande vontade de dar um tapa na cara de Milo, ou simplesmente ir para seu quarto chorar. Mas ele sabia que ambas as coisas eram erradas e se fizesse alguma delas, Milo iria se achar o máximo. Então, ele permaneceu sentando, tentando respirar, disfarçando sua raiva, mais uma vez.

- Se isso é o que você teve a dizer, você já pode ir embora. Tenho mais coisas pra fazer. - Disse com frieza, praticamente expulsando Milo.

- Claro, como quiser. - Pegou suas coisas e se dirigiu até a porta. Milo estava satisfeito, tinha conseguido o que queria: abalar Camus. Camus assistiu Milo ir embora, seus pés juntos no chão como se estivessem colados, até que fechou a porta e suspirou fortemente, se sentia culpado. O que tinha feito de tão ruim para Milo? Inconscientemente, se ajoelhou no chão de madeira e seus olhos azuis encheram-se de lágrimas, tinha dificuldade em enxergar, mas isso não o importava nem um pouco. Só pensava em coisas que aconteceram nos últimos dias para tentar se lembrar de alguma coisa muito rui que tinha feito para Milo, mas não conseguiu se lembrar.

Não ia chorar por Milo, não tinha nada a ver com ele, não agora. Camus achava que tinha alguma coisa extremamente errada com ele, mas não sabia certamente o que era. Encheu um copo com a bebida mais forte que ele tinha na sua casa e tomou tudo de uma vez. Isis, a gatinha de Camus se aproximou lentamente dele e sentou ao seu lado, miando.

- Você viu Isis? Viu como as pessoas podem ser tão ingratas e cretinas? - Falava com a bolinha de pêlos, como se ela o entendesse, e ela simplesmente miou outra vez.

- Pois é. - encheu outro copo. - Quer saber, Isis? Que ele se ferre! Eu sou um imbecil mesmo.. Achei todo esse tempo que eu era um bom amigo pra ele, fiz o maior esforço pra tentar ir com a cara dele, e é isso que ele me faz? É um absurdo, um absurdo! - continuou bebendo e falando com o gato. Dormiu ali mesmo, na sala. No outro dia, acordou tarde. Nem tentou ir para o trabalho, não se sentia afim de encarar os outros.

- Mas que dor de cabeça... - Disse logo depois que acordou. Tinha bebido demais a noite passada. Sua casa estava cheia de garrafas jogadas por todo lado. Camus levantou e começou a arrumar seu apartamento. Odiava toda essa desordem. Se arrependeu por não ter ido ao trabalho, mas na verdade estava dividido. Nào queria ver a cara de Milo. Achava que talvez ele não poderia se controlar e acabaria dando uns belos tapas nele.

Ficou o dia inteiro em casa, e logo que estava anoitecendo, decidiu sair, ir até a praia, era o lugar mais calmo que ele conseguia pensar no momento. Nem sua própria casa lhe passava uma impressão de calma. Não mais depois do acontecido da noite passada.

Vestiu-se, e logo que pegou suas chaves, alguém bateu na porta. Suspirou, se fosse Milo, não sabia o que faria. Mas, para sua sorte, era Afrodite, com um semblante de extrema preocupação.

- Camus? O que aconteceu?

- Nada, Dite...

- Vamos, não minta. Por que você não foi ao trabalho hoje?

- Dite, deixa isso. Depois eu explico. Venha, entre. - convidou o amigo para entrar e os dois sentaram no sofá. Logo Camus perguntou,

- Dite, você acha que eu ligo para os outros?

- Sim Camus. Muito. Por que essa pergunta? - Afrodite levantou uma sobrancelha.

- É por que... Ele esteve aqui ontem a noite e me disse coisas horríveis.

- Quem? O que ele disse?

- Milo... Disse que eu praticamente não prestava. Disse que eu não me importava com o trabalho, com as pessoas, que eu era sério, não saía de casa.. enfim, disse que eu sou o que você pode chamar de "cubo de gelo"! E ainda teve a ousadia de me acusar de conversar demais na hora do trabalho!

- Camus, isso é muito... nem sei dizer. Acho que é meio injusto da parte dele.

- Sim, Dite! É terrível! Por isso que eu não fui ao trabalho hoje. Não queria ver aquela cara dele.

- Entendo.. Mas Camus, você não pode ficar faltando por causa dele. Daqui um mês, serão nossa férias... Já pensou se você é demitido?

- Nem me fale nisso, Dite.. - suspirou.

xxx

Milo estava sentido como se tivesse cumprido uma grande missão. Tinha conseguido provocar algum tipo de emoção em Camus, o iceberg, a geleira eterna, o cubo de gelo! Mas parte dele se sentia arrependido. Será que ele tinha sido muito duro com Camus?

Estava assistindo televisão, mas não conseguia se concentrar, por que Camus faltou no trabalho? Será que alguma coisa grave tinha acontecido com ele?

Voltou à realidade quando a campainha tocou. Ficou impressionado quando viu que era Afrodite.

- Boa noite, Milo. Precisamos conversar.

- Claro, entre. - deu um espaço para que Afrodite entrasse e o levou até a sala.

- Milo, é sobre o Camus.

- Sim.. O que aconteceu com ele?

- Ele faltou no trabalho por sua culpa.

- Mas o que foi que eu fiz?

- Você disse muitas mentiras a ele, e agora ele se sente culpado! Está tão perdido que nem sabe mais o que quer da vida.

- Não seja exagerado. Eu só dei uma sugestão sincera a ele, amigos não podem ter segredos entre si.

- Claro, Milo! A sinceridade é como uma pedra preciosa. Se jogamos ela em alguém, mesmo sendo uma pedra preciosa, ainda ferirá a pessoa em quem você a jogou.

- Afrodite, entenda que eu queria mudar o jeito dele de ser! Eu não agüento! Ele é muito insensível!

- Milo, entenda... A personalidade não se constrói do dia para a noite. Ele é assim, ponto final! Goste ou não, Milo, as pessoas não vão mudar para satisfazer os seus caprichos!

Milo ficou sem graça logo depois do que Afrodite disse. Agora era hora de ficar ouvindo sermões?

Enquanto isso, Camus ligou para Shura, estava se sentindo sozinho, queria sugestões, e Shura era ótimo para isso.

- Shura... Você não imagina o que aconteceu... - E contou tudo a Shura.

- Nossa, Camus. É impressionante como as pessoas podem ser.

- Sim... Diga-me, O que acha que eu devo fazer?

- Camus, você se importa muito com o que ele pensa sobre você. Se me permite, uma dica. Ignore-o. Ele não merece sua amizade. E também, amizade é outra coisa. Pra que se importar com alguém que só pisa em você? Tente arrumar novos amigos, não se prenda a ele.

- Obrigado, Shura. Precisava disso.

- Claro Camus. Saiba que pode contar comigo quando quiser.

E desligou. Olhou para sua janela, a cidade estava movimentada, os prédios com as luzes acesa, tudo normal. Pensou que ele não tinha nada a perder. Era jovem, muito jovem, e ainda tinha uma vida inteira para arrumar amigos. Pegou seu casaco e saiu, decidido. Ia até algum lugar, qualquer lugar que lhe chamasse a atenção, e iria arrumar novos amigos.

Pois ações falam alto, mas são as palavras que machucam mais.


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Notas finais do capítulo

x

Eu avisei que era muito tosca! Por favor, não me xinguem, ok? Foi a primeira...



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