Secret. escrita por Elena Teresa Marie Bezerra


Capítulo 1
Conhecendo.




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POV Isabella Swan.

12 de agosto de 2013.

Acabei de dar comida para os filhotes da minha cadela, que faleceu enquanto paria os seus cinco filhotes, e subi para a casa. Minha vó estava me esperando na porta dos fundos, estranhei, ela sempre estava fazendo o jantar a essa hora.

Sempre morei com a minha avó, desde neném, meus pais morreram quando eu era muito pequena, mais precisamente quando estavam me levando para casa depois de nascer, eu sobrevivi com alguns arranhões e escoriações.

Sai dos meus pensamentos e dei um beijo na testa enrugada de minha avó, parando em frente á ela, que sorria animada, dava leves pulinhos e cruzava os dedos.

- Menina – falou sorrindo – Sabe aquele concurso de que o príncipe vai escolher uma fazendo para passar as férias? – assenti. Minha vó tinha encucado com isso, o Príncipe Edward aqui da Inglaterra abriu um concurso, onde ele escolheria uma fazenda para passar suas férias do exercito que durariam exatas cinco meses.

- E ai? – perguntei docemente.

- Eu me inscrevi e dai... – sorriu animadamente – ele escolheu aqui – dei gritinhos.

A não!

14 de agosto de 2013.

Agora aqui estou me arrumando detalhadamente para receber o garoto. Eu não tenho nada contra a realeza, mas nada a favor também. Terminei de colocar a roupa, e dei uma olhada rápida no cabelo e maquiagem, vendo que estavam perfeitos. Vendo que meu corpo se ajustou no vestido, estava tudo bem. Meu corpo não era perfeito, mas eu gostava, tinha cintura finíssima, seios do médio para grandes, coxas grossas, e bumbum empinado. Meus seios estavam juntos no colo, me deixando levemente sexy, não queria parecer oferecida, ou que estava me arrumando para Edward.

Eu estava loira agora, com as pontas loiras, mas precisamente, eu havia pintando, apenas para mudar, e os cabelos loiros combinaram com os meus olhos azuis, puxados de minha mãe.

Desci as escadas correndo, já que receberíamos o tal Príncipe Edward num ponto mais afastado da cidade, para evitar a imprensa. Mesmo nossa cidade sendo mediana, havia alguns fotógrafos por ali. Minha avó já estava no banco do carro, enquanto nosso motorista, Larry, estava no banco do motorista.

- Você está linda meu anjo, parece com sua mãe – vovó falou, fiquei surpresa pois nunca falávamos de meu pai ou de minha mãe.

- Muito obrigada, vovó – agradeci.

Ficamos a maior parte do tempo em silêncio, até Larry parar em uma estrada parcialmente deserta, exceto pelos dois carros com um brasão que não me era estranho, parados no acostamento. Assim que o Volvo preto de minha avó estacionou no acostamento, dois caras vestidos de forma estranha, saíram do carro e abriram a porta de trás do primeiro carro, revelando um homem loiro, alto, o pai de Edward, Príncipe de Gales, Carlisle. Não fiquei nervosa como imaginei, achei que ficaria morta de medo do príncipe. Minha avó desceu do carro com a ajuda de Larry, e eu desci logo depois, engolindo em seco quando vi nosso novo hospede. Ele usava um terno, que o deixava profundamente sexy e gostoso, ele era bem malhado, carinha de bebê e muito educado, como ouvir dizer.

- Senhora – Carlisle falou, beijando levemente a mão de minha avó. – Isabel – errou meu nome, opa.

- Isabella – corrigi com sorriso tímido no rosto.

- Isabella, é um prazer conhece-las. – deu um beijo em minha mão.

- É um prazer te conhecer, também – falei, já que minha vó engatou em uma conversa com um dos caras de roupa estranha.

- Esse é meu filho, Isabella – Carlisle falou, gesticulando para Edward.

- Senhorita – Edward falou, beijando minha mão, como o pai, bonitinhos!

- Alteza – falei timidamente, não sabia como falar com ele.

- Edward, pode chamar de Edward – falou, pondo-se ao meu lado. Senti alguns arrepios quando a pele de sua mão encostou-se a minha coxa, enquanto ele colocava às mãos nos bolsos – Desculpe. – sussurrou.

- Não foi nada – falei, aos sussurros também.

- Então, crianças, já acertei tudo com seu pai, suas malas já estão no porta-malas, vamos! – vovó apareceu, já entrando no carro, Edward trocou um abraço rápido com o pai e estendeu a mão para mim, meio confusa peguei, entendendo que ele queria me ajudar a entrar no carro, murmurei um muito obrigado e ele entrou no carro também, fechando a porta em seguida.

A perna de Edward encostando-se à minha estava me deixando nervosa e eu não podia ir para lado, Um: seria falta de educação e Dois: aquilo me causava arrepios leves e gostosos na pele. Quando chegamos a casa, Larry levou as malas de Edward para o quarto de hospedes e nos deixou andar pelo pátio por um tempo. Vovó mostrou tudo a ele, e Edward – muito receptivo – parecia encantado com a simplicidade do local, e ele mantinha um sorriso enorme no rosto.

- Bella, querida, mostre os filhotes para ele – minha avó falou, quando chegamos perto da ex-casa da minha cadela, Minna. Minha avó entrou em casa, nos deixando a sós, caminhei até a casinha que agora tinha as cinco letras escritas ali, Q. de Queen, L. de Lady, D. Duque, outro D. de Dom e um P. de Prince.

- Oque significa? – a voz de Edward soou.

- Q de Queen, L de Lady, D de Duque, D de Dom e P de Prince – murmurei, me abaixando para pegar Queen que estava na porta, ela me deu uma lambida quando eu a levantei para cima. Edward mordeu os lábios, me fazendo ficar totalmente molhada, então se abaixou esticou as mãos para dentro da casa e de lá tirou Prince.

- Qual é esse? – perguntei, fazendo um carinho entre os olhos do cãozinho.

- Prince – respondi.

- Posso ficar com esse? – pediu, colocando o cão contra o ombro.

- Claro, se quiser – dei os ombros.

Edward recomeçou a andar com Prince no colo, os outros filhotes começaram a chorar atraindo a atenção de Edward e ganhando uma gargalhado bonita do mesmo, Edward pegou mais dois filhotes no colo, Dom e Lady e eu peguei Duque com a outra mão.

- Quantos anos você tem? – perguntou enquanto andávamos – novamente – pelo jardim.

- Dezenove, e você? – perguntei, não lembrando que idade que ele tinha.

- Vinte. – falou – Vai fazer faculdade?

- Sim, já passei, na sua cidade na verdade, vou pra lá, uns dois meses depois que você for para casa. – expliquei.

- Que curso? – falou, parecendo interessado.

- Pedagogia – respondi orgulhosa.

- É uma escolha linda. – elogiou.

- E você, não vai fazer faculdade? – perguntei, ele soltou uma risadinha fofa.

- Eu já faço. Curso de direito – falou – Segundo semestre – continuou – Então decidi passar as férias em um lugar diferente. – assenti.

- Deve ser chato, tanta agitação – falei.

- É. – concordou – É horrível.

Continuamos a caminhar por ali, com um silencio agradável de companhia, quando percebi que o sol já estava caindo, deixei os filhotes adormecidos na casinha, assim como Edward e entramos na casa. Mostrei o quarto para Edward e onde ele devia tomar banho e afins, e fui para o meu, tomei um banho longo, aproveitando para passar meus cremes, como era de costume, passei meu perfume mais leve. Segui para o closet e peguei uma roupa bem simples. Acabei me esquecendo de que tínhamos uma visita e desci colocando os shorts, quando coloquei o pé por dentro da bermuda, no final da escada, Edward estava no sofá, me olhando, terminei de colocar a bermuda, e podia apostar que estava corada. Minha blusa, que mais parecia um sutiã, mostrava toda a minha barriga – agradeci a deus por estar magra – e minha bermuda não tinha nada de descente.

Ainda meio envergonhada me sentei ao lado de Edward no sofá, ele ficou meio tenso, e decidi que eu tinha que trocar de roupa, subi correndo com a desculpa que tinha que escovar os cabelos, e troquei a roupa rapidamente, voltando para sala pude ouvir o suspiro aliviado de Edward. Estávamos falando sobre coisas aleatórias quando vovó chamou para o jantar, Edward elogiou cada garfada da comida e eu apenas ria, porque estávamos comendo arroz, feijão e carne suína.

Depois do jantar Edward ajudou a vovó com as louças, e fomos assistir a um filme, minha avó – cansada – subiu para o seu quarto, durante o file – Titanic – chorei até no começo de filme, tão lindinho. Edward tentou me consolar às vezes, fazendo carinhos em meus cabelos ou dizendo, tudo bem, é um filme, mas eu continuava chorando.

- E sobre os seus pais? – perguntou, enquanto olhávamos o céu da varanda, depois do filme.

- Mortos – respondi simplesmente, não querendo dar continuação ao assunto. Mesmo que eu já tivesse Edward como um amigo não queria falar sobre isso com ele, ainda.

- Sinto muito – sussurrou, olhando para mim com aqueles olhos verdes intensos – Eu sei como é. – abaixou à cabeça, eu se lembrava de quando sua mãe, a Princesa Selene, morreu.

- Eu sinto muito pela sua mãe também. – falei, ele apenas assentiu. – Sente falta dela? – perguntei.

- Muito, mesmo que a Esme tenha feito um ótimo trabalho, ela não é minha mãe – murmurou.

- Digo o mesmo sobre a vovó, sinto falta de ter uma mãe ás vezes – concordei. Ficamos em silencio, cada um com suas lembranças. – Vamos subir?

- Vamos – concordei, já entrando em casa. Edward me deu um beijo na testa, e suspirei com a atitude bonita e fofa, protetor. Devolvi seu beijo, com abraço, e vendo que ele não estava muito bem, falei – Fica bem Edward. – ele assentiu, repetindo o beijo na testa, subi a sua frente, já que tinha certo medo de apagar a luz.

Entrei no meu quarto, tirando a roupa e me jogando na cama, apaguei a luz, e logo em seguida liguei o abajur. Logo peguei no sono pensando no meu novo hospede e em como eu já gostava dele.


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