[HIATUS] Trying not to love you escrita por PC Boêta


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Sim, o capítulo está pequeno.
Sim, deu um bloqueio escroto na minha cabeça.
E, sim, é transição.
Próximo capítulo cheio de novidades, já vou adiantando, hein! hahahha
Prometi que este estaria mil vezes melhor que o anterior e que teria spoiler porém é no próximo que terá spoiler, hahaha, desculpem!
É isso!
Não esqueçam que a regra do capítulo anterior está valendo: com esse vocês tem mais dicas pra acertar o que acontece no próximo. Espero que gostem e comentem, um beijo e um queijo.



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POV HERMIONE

A semana passou em um borrão e, quando menos esperei, já era manhã de quarta-feira. Eu estava terminando de colocar uma echarpe ao redor do pescoço, para proteger-me do frio, quando a campainha tocou. Desci as escadas e abri a porta dando de cara com Gina. Seu corpo esguio estava coberto por uma calça jeans justa, botas de couro e cano longo marrons, uma jaqueta da mesma cor que as botas e um cachecol no pescoço, de oncinha que contrastava furiosamente com seus cabelos soltos, longos e de um vermelho vivo. Ela sorriu pra mim e entrou no hall de minha casa. Balançava a cabeça para os lados para livrar-se dos poucos flocos de neve que se acumulavam em seus cabelos.

“Bom dia, Mione!” ela disse, adiantando-se para me abraçar. Retribuí seu abraço e sorri.

“Bom dia!” olhei-a de cima à baixo, colocando a mão em seu ombro. “Você acha que vai a algum desfile de moda?” perguntei sarcástica. Gina revirou os olhos.

“Deixe de ser boba!” ela me olhou da mesma forma e soltou um suspiro resoluto. “E você... Vai vender essas suas roupas em algum brechó?” retorquiu, ironicamente. Fiz um bico e dei um passo para trás, me virando rapidamente para subir as escadas.

“Engraçadinha...” apontei enquanto ela me acompanhava até meu quarto. “Ansiosa para conhecer as crianças?” perguntei, pegando a bolsa que tinha deixado em cima da cama. Recolhi o que faltava e guardei dentro da bolsa juntamente com minha varinha.

“Ansiosa pra conhecer uma criança.” Gina disse, assinalando a palavra uma. Revirei os olhos e sorri.

“Você vai adorá-la.” Apontei, carinhosamente.

Acordando de meus devaneios, nos encaminhamos para o quintal de minha casa e, depois do incômodo puxão no umbigo, aparatamos no mesmo beco que eu havia escolhido da primeira vez que havia ido ao orfanato. Nos encaminhamos para a entrada e meus pais ainda não haviam chegado. Perguntei à Angelita onde as crianças estavam e ela me informou que a turma de 3 a 7 anos estava na recreação. Me encaminhei para o pátio com Gina nos meus calcanhares e, quando chegamos, imediatamente a vi.

Os cabelos brancos com a claridade que passava pelas janelas.

Olhei para Gina e vi que ela balançava a cabeça para os lados, procurando. Apontei em direção à pequena e um vinco marcou sua testa. Estreitei os olhos e os direcionei para onde havia apontado. A loirinha continuava exatamente onde eu havia a visto. Tinha um olhar de concentração no rosto e a boca apertada em uma linha fina. Algo a estava incomodando. Mas, rapidamente, como um raio, sua expressão assumiu uma máscara fria. Indiferente.

“Mione...” Gina chamou minha atenção e eu a olhei com um olhar questionador. “Ela me lembra alguém.” Disse pausadamente, medindo cada palavra que me dizia.

“Sim.” Franzi a testa e voltei a olhar a expressão tranquila que havia assumido o rosto da pequena. “Mas não consigo distinguir a quem...” acrescentei, pensativa.

“Eu sei.” Gina disse, e eu a olhei esperançosa.

“Quem?” perguntei quando ela permaneceu calada. Vi quando ela virou o rosto, devagar, na direção da pequena, novamente.

“Ora, vai dizer que você não lembra quem usava essa mesma expressão de indiferença quando estava chateado com algo que não podia mudar, mas ficava borbulhando de raiva por baixo dela... Na esperança de se vingar na primeira oportunidade que tivesse?!” ela colocou as mãos na cintura, numa postura digna de Molly Weasley, e me encarou, revirando os olhos. Então a ficha caiu. Ela precisou colocar as coisas dessas maneira pro meu cérebro assimilar a semelhança da situação. A semelhança física e de personalidade. Ele.

“Gina...” balancei a cabeça, descrente. “Eu não... Eu não tinha pensado por esse lado.” Arregalei os olhos.

“É.” Ela revirou os olhos, novamente, e voltou a olhar a pequena. “Ele tem sido uma presença bem frequente e assídua na sua vida ultimamente.” Ela soltou um riso debochado.

“Não venha com essa história e essas suas suspeitas sem cabimento, por favor.” Pedi, cansada. E num estalo, lembrei-me da minha aposta. “A propósito, mocinha... Ando querendo falar com você.” Apontei um dedo em sua direção enquanto descansava a outra mão na cintura. Ela me encarou e semicerrou os olhos.

“Sobre o que?” perguntou, cautelosa.

“Sobre você se aproveitar da fraqueza de uma mulher bêbada para convencê-la a fazer algo completamente absurdo!” exclamei, de repente furiosa. “Isso não é coisa que se faça.” Exasperei.

“Ora, Mione... Você aceitou a aposta porque quis. Eu não a obriguei a nada.” Gina defendeu-se.

“Ótimo!” lancei as mãos para o ar. “Ótimo! Eu desisto.” Exclamei, aproximando-me um passo dela. Ela arregalou os olhos e relanceou em volta.

“Mione, tá todo mundo olhando! Para!” advertiu. Então, caí em mim e pisquei, com força, olhando em volta. Todos os rostos estavam virados em nossa direção. Mas um, especificamente, prendeu minha atenção.

A pequena olhava em nossa direção com curiosidade e desapontamento estampado em sua face delicada. Vi, claramente, quando ela se levantou e se encaminhou para um porta à esquerda de onde estava sentada. Olhei para Gina desamparada e perdida... Não consegui entender o que se passava até que percebi que eu estava gritando. Desesperada com a quantidade de informação na minha cabeça.

Malfoy. A loirinha. A aposta. A iminência de ser jurada do Tribruxo.

Eu estava sobrecarregada e só percebi tarde demais... Quando surtei na frente de uma dúzia de crianças.

POV DRACO

Minha semana estava sendo uma porcaria, tenho que admitir. Trabalhar de manhã, almoçar sozinho com meus pensamentos e passar a tarde no orfanato. Chegar em casa à noite, cansado, e ainda ter que ficar imaginando como e o que posso fazer para ganhar aquela porcaria de aposta. Eu só não desisto porque não sou de desistir. Mas essa aposta anda me dando uma dor de cabeça tremenda. Então, hoje, quarta-feira, exatamente as sete horas e quarenta e três minutos da noite... Resolvi fazer uma lista de prós e contras. E tentar anotar planos de ação; afinal, só ficar pensando nisso, a qualquer hora, vai me deixar maluco.

Encabecei a página com “Vantagens e desvantagens da aposta” e a dividi em duas partes. De um lado os prós e do outro os contras. Depois de muito escrever, olhei a folha satisfeito. Pendurei-a no espelho do banheiro, onde eu poderia ver todos os dias, e achei a minha motivação para vencer esta aposta.

E, agora, a brincadeira vai realmente começar.

POV HERMIONE

Depois de me acalmar, Gina voltou comigo para minha casa. Deitou-me, cobriu-me e fez um chá de camomila. Dormi, e profundamente. Até o momento não tinha percebido o quão exausta estava.

Quando acordei, estava escuro. Chamei por Gina e não ouvi nenhum ruído... Talvez ela tivesse ido embora. Levantei-me e fui até o banheiro. Enchi a banheira e me joguei dentro dela, cansada demais para pensar em qualquer outra coisa. Eu tinha surtado, e surtado no sentido próprio da palavra. E isso não poderia mais acontecer.

Eu sempre havia sido controlada. Depois de ser desprezada no primeiro ano em Hogwarts, decidi que não ficaria chorando pelos cantos à troco de nada. Eu aprendi a controlar minhas emoções e vontades, mesmo com muito esforço, e ressaltar o que eu tinha de melhor. Principalmente minha determinação. Eu havia feito a aposta com Gina. Era ridícula, eu sei. Entretanto eu não poderia apenas deixa-la pra lá. Afinal, eu era uma mulher ou uma banana? Por mais bêbada que eu estivesse quando aceitei... Isso não justificaria o fato de eu estar correndo agora, como uma criança amedrontada.

Sim, era isso o que eu tinha: medo. Qualquer um em meu lugar teria. Sempre fui desprezada, humilhada e mal vista por Malfoy de todas as piores maneiras existentes na face da Terra. E, agora, eu tinha sido desafiada à conquistá-lo a ponto de conseguir ficar com ele. O mundo estava mesmo de pernas pro ar. Mas eu não desistiria. Na verdade, eu tentaria antes de desistir.

Com essa decisão incutida em minha cabeça, terminei meu banho, comi algo e voltei pra cama, onde afundei em meu edredom quente e meu travesseiro fofo.


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Notas finais do capítulo

Não esqueçam de me dizer o que acharam!
E se não comentarem: nada de capítulo, que fique claro.
É isso, até o próximo!



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