Naïve escrita por Charlie


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Saudações.
Dessa vez, a demora absurda valeu a pena. Não pelo capítulo ou coisa do tipo, mas porque estou dando entrada a uma nova fanfic, yay! A nova, diferente dessa, não acontece num universo tão alternativo e abrange mais personagens da série em si. Porém, o surgimento dessa nova fic não quer dizer que eu pararei de escrever Naive, não. Só prosseguirei com as duas com enredo bastante diferente, se for dizer.
Convido todos vocês, meu fiéis e companheiros leitores, a experimentarem o primeiro capítulo que será postado ainda nesta noite.
Obrigada pelo apoio, sempre. Espero que gostem de ambos capítulos.
Até breve!



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Santana's POV

Realisticamente, eu arrenegava a maneira tão avassaladora de sua beleza. A maneira inestimável que meu coração gordo entupia a via de minha garganta, descolando todos os nódulos, tamborilando lá preso. A maneira que eu praticamente podia sentir o gosto das borboletas levantarem-se na boca de meu estômago. Às vezes, com o mais baixo nível de estimativa, você se depara com aquelas pessoas excepcionalmente bonitas a caminho de uma cafeteria ou até mesmo da escola, que parecem causar a descrença em seus próprios sentidos e rende-lo paralisado, simplesmente. Quinn Fabray era uma dessas pessoas. Eu a arrenegava por seu comportamento na maioria das vezes mesquinho. Pelo seu jeito ainda de menina mimada e atitudes vazias, precárias. Arrenegava-a pela teimosia e ainda por suas feições descomunais.
Uma vez, pensei que Quinn fosse menos bipolar. A maneira como ela balança de uma emoção para outra sem desperdiçar segundos quando me tem por perto, mas talvez eu, também, não seja a mais estável emocionalmente. E encalhando nesse dizer, me sinto estranha por não tê-la por perto. Na realidade, me sinto culpada. Mas, e a respeito da foto? Quando primeiro recebi a fotografia direto das mãos de Quinn ganhei junto um mais tarde chulo juramento que ela sempre estaria presente em minha vida. Sempre.
– Entre, mas deixe a porta aberta - Quinn, murcho.
O meu presente era surreal, como se eu estivesse sendo engolida pelos devaneios de um não real. Meus músculos congelaram, a boca secou. Não tive certeza, mas acredito que fiquei por nos próximos dez minutos ali parada, o corpo imune a qualquer sentir.
– Sim? – Sua voz era calma, fria, só aumentando o gelo da situação.
– Eu... – Engulo. Estava engolindo meu medo, também meu orgulho. – Eu sinto muito a respeito do outro dia – Ela reage alinhando os papéis que foram em desordem sobre a mesa, aparentando mínimo interesse no que eu tenhi a dizer. Todavia, o gesto me aliviou. Verdadeiramente esperava que ela só consentisse e me mandasse de volta ao caminho do meu loft, de onde eu não deveria ter saído.– Exagerei, eu só...- De repente as palavras pareceram brincar comigo. Eu não as encontrava, não conseguia fazer com que elas deixassem meus lábios trêmulos. As frases escorregaram de mim no instante que pisei nessa sala. – Sinto muito.
– Sinto muito também, eu não devia ter olhado – Sua voz era não presente, frágil, mas seus olhos entregaram sua meia compreensão.
– Não, eu não devia ter lhe chamado de vadia – Firmei a voz para não impedir que ela me deixasse também. Interliguei os dedos das mãos na frente do corpo a porta.
– Eu sou uma, não? Você sabe disso – O ambiente era de um calmo perturbador, fazendo de sua voz nada além de um sussurro.
– Você pode ser um pouco irritante e controladora às vezes, porém não uma vadia. Bem, eu não possuo o direito de lhe chamar do mesmo. Apenas você possui– Agora eu estava nervosa demais para proferir palavras não idiotas – E se eu lhe chamar assim, só tenho o direito de dizer minha vadia – Seu olhar foi ao meu, certificando-se do absurdo recente dito, arqueou uma das sobrancelhas. Depois suspirou, eu traguei. Congelei no momento em que meus pensamentos corriam em desordem e eu não encontrava um motivo lúcido por estar lá, àquela hora. Minhas bochechas queimavam vermelhas, meu coração palpitava covarde.
– Okay, estamos quites, tudo bem? – Quando eu já torcia os saltos para o caminho da saída, ela me trouxe.- Vai mesmo ficar de pé, parada, estranhamente na porta ou o que?
– O que tenho a ganhar se optar por “ ou o que”? – Era um passo para frente, cinco para trás.
– É permitido se sentar, se quiser – Ela ainda requeria distanciamento, era perceptível. Contudo, eu não a contrario. Uma não severa distancia entre nós, hipoteticamente, talvez seja benéfico para ambas. Assim eu venho a ignorar a voz de segundo plano em minha cabeça dizendo que eu sou a covarde do jogo. Como um vulcão adormecido, na analogia.
Assim dito, usei os passos até uma do par de cadeiras almofadadas de frente a sua mesa, alinhadas uma ao lado da outra. Era estranho. Ela não me perdia de vista, seus olhos fizeram questão de acompanhar cada estender dos músculos meus quando sentei a sua frente. Suspirei, a visão presa no campo de seus olhos e o cenário de livros atrás de sua cabeça. Ela ansiava meu dizer, olhando fixo a mim à meia luz das iluminarias que fazia de seus olhos os mais obscuros. Do outro lado, eu encarava de volta. De boca aberta como um peixe dourado por não saber o que dizer.
– Hm, como está o trabalho? – Como eu podia ver, tremenda idiota eu era. Notei que ela me estudava, mas era recíproco, eu a estudava também. De perto, sua fisionomia era bem mais desgastada do que a de dias atrás.
– Cansativo. Tenho um novo caso – Ela suspira, procurando uma posição mais confortante na cadeira não diferente da minha. – Algumas pessoas não sabem o que “ Não significa que não” realmente significa. Quando uma garota diz não, você há de parar. Você não a segue por ai, se embebeda para depois a atacar.– A voz era calma, serena, parecia até outra pessoa. A devoção ao que ela fazia se mostrava presente em cada quebra de palavras que ela direcionava a mim aquela hora. Direto, justo e inteligência manipulada. O empreguinho de café no lugar só era porque ela possuía um novo caso, era a água que seu corpo recebia, só isso a mantendo ativa quando o quase indomável sono das noites substituídas por arquivos clamava a luta, também geradoras dos semicírculos escuros embaixo dos olhos e o comportamento irritadiço. O café, os doces e o direito eram suas válvulas de escape dos problemas de um mundo egoísta situado afora do limite de seu escritório precário de luz solar.
– Não é saudável, sabe – A peguei fora de guarda, alcançável. – O excesso de café, dias sem dormir. – Hesitei no falar, optei por pausas para digerir sua reação diante de meu dizer – Está trancada aqui há três dias, não vai a sua casa há quatro. Nem a minha – Não tive certeza se queria mesmo dizer, mas quando vi já tinha dito.
– Quem me dedurou, Santana? Allyson? – Se ali existia um descontrole, sua voz seria a ultima a entregar. O tom era frio e sarcástico, como se o que eu dizia era irrelevante. – Quinze minutos de espera lhe arranjaram um novo peso para sua cama?
– Não seja tão baixa, Quinnie – De repente, nós jogávamos o mesmo jogo. – Me importo com você.
– Se importa comigo? Então vou esclarecer para essa sua tamanha preocupação – Os braços apoiados contra a madeira dura, interligou os dedos das mãos. – Estou a favor da vítima, Santana. Não é permitido que perdemos um caso como esse – Pôs ênfase ao óbvio da explicação - Por isso estamos onde estamos, somos reconhecidos como somos. Nós nunca perdemos. Então não me peça para dar as costas para o caso e ir para casa relaxar, por favor – Esse subgênero de Quinn realmente me apavorada.
Ao julgar o término de um distúrbio causado por mim, sentou a atenção em qualquer coisa que existisse por trás da tela do iMac.
– E seu casamento? – Supliquei no ar, ela imóvel – Ele sim está tudo bem virar as costas.
– Algumas pessoas não sabem o que “ Não significa que não” realmente significa – Os olhos ainda fixos na tela, o torso virado a direita onde o computador estava posicionado. – Mas está tudo bem – O rosto ainda não havia desviado quando o corpo sozinho se ergueu da cadeira. O meu, desobediente, examinou cada próximo movimento seu. Vi-a protagonizar um meio contorno preciso ao redor da mesa para chegar ao assento ao meu lado, sem deixar que meus olhos caíssem em seu corpo ao movimento. Os braços vestiam um cardigan preto de meia extensão por cima de uma blusa branca folgada lisa, não fixando a atenção a qualquer curva ou volume que existisse ali, assim como a cintura. Do início dos ílios, abrangendo a cintura, um cinto trançado de uma marrom forte, a extensão inferior, coberta por uma saia longa da mesma coloração que a primeira peça, cobrindo qualquer membro incluindo os pés. De perto, seu loiro era mais pálido assim como a sua pele. Os lábios com o pigmento rosa extraído pela cafeína. O cheiro de seu corpo era fraco em meio ao aroma de café, eu quase não consegui alcançar o doce fresco de baunilha de sua pele quando sentou, quieta, ao meu lado. Quando meus olhos subiram aos seus novamente, eles eram de um verde escuro, quase ilegíveis. Os lábios sorriam um sorriso disfarçado.
Os dedos pálidos buscaram uns dos papéis sentados em cima da mesa, arrastou-o até minha frente.
– Os farei saber – Em letras pretas, impressas no topo do maço de papéis juntos lia Registry 20th, seguido por um texto registrado até o final da página. – Assine ao final das três primeiras páginas. – Orientou, arrastando uma caneta de um metal prateado. – Leia antes, as três páginas são suas clausulas – Exigiu frio antes de eu tocar o documento. – As outras cinco são as minhas.
Não exaltei o porquê de suas clausulas serem quase o dobro das minhas, eu só queria ir para casa.
Abaixo ao traço aonde ia a assinatura, verdadeiramente tinha as palavras prometidas pelo casal quando fecham seu matrimônio na igreja, frente a frente. Na saúde ou na doença, coisas desse tipo.
Por todo o caminho de três enormes textos, tentei não transparecer o incomodo em ter os olhos de Quinn sobre mim.
– Sua aliança – Ao concluir das assinaturas, devolveu os papéis ao lugar de origem, os substituindo por uma aliança idêntica a qual eu havia colocado em seus dedos dias atrás.
– Quão romântico – Ironizei, atingindo o material sentado na madeira.
– Pensei em coloca-lo em outros lugares, mas não veio ao caso – Deu de ombros, captei que ela usava minhas próprias palavras contra mim.
Subconscientemente umedeci os lábios quando meus olhos caíram nos seus pálidos, depois subiram aos seus olhos escuros.
– Sinto muito, mesmo – Eu dizia a verdade, clara e limpa. Ela afirmava entender, mas eu sabia que escondia o ódio por trás do dizer.
– Pode ir agora – Desvencilhou frio, baixo.
Impulsionou o corpo para fora da cadeira, dando-me as costas. Contudo, quando ansiou pelo passo para voltar ao assento atrás da mesa a puxei pelo antebraço, pressionando-a contra o móvel num só impulso. Sem hesitações, colei meu corpo em sua traseira, deixando que ela domasse o peso nas palmas das mãos agora presas a madeira.
– Quer foder no escritório como núpcias? – Seu cabelo abafou meu sussurro atrás da orelha esquerda. Estrategicamente, meus dedos deslizaram o cardigan de seus ombros. Puxei o tecido a meu favor para que suas mãos desgrudassem da mesa e possibilitassem a retirada. Sem outras bases, as prendeu novamente quando abri passagem nos fios loiros para que meus lábios encontrassem a pele com temperatura elevada de seu pescoço. – É excitante, não?
– Santana – Avisou, abafado.
– A mesa, as poltronas? Deixo-a escolher, Quinn – Minhas mãos, não docemente, deslizavam pela área frontal de seu corpo até irem de encontro com seus seios cobertos, lá permanecendo por alguns segundos. - Vamos celebrar quão bem você está com tudo – As perdi em sua cintura, pressionando seu quadril mais forte contra minha frente.
– Está me assustando, pare – Hesitou, tentando desvencilhar-se de meu toque.
– Ainda não viu nada – Apliquei mais força em meus dedos, no toque.
– Eu falei pra parar – Seu tom não era o mais calmo, suas tentativas de se soltar de mim também não.
– O que há de errado? Uma mulher não pode morrer de desejo por uma pessoa que é tão boa e sabe como perdoar? – Sussurrei, antes de encostar os lábios em seu pescoço por uma ultima vez. Senti sua respiração tremer, mas não por desejo ou excitação.
– Ei, não estamos bem! – Por raiva. – Isto não está tudo bem – O tom já elevado, usou os cotovelos para me afastar do seu corpo, saindo de minha guarda. Com custo, passou as mãos pelo cabelo expressando a agressividade que o falar acarretava, recompondo as roupas.
– Ótimo. Agora podemos falar sobre isso – Falei, vendo suas sobrancelhas rígidas acima dos olhos cegos.
– Era essa a intenção disso tudo? – Cuspiu
– É! Era essa minha intenção – Igualei meu tom de voz ao que ela usou, cuspido.– Você me escutou chamar a menina perfeita de vadia por vasculhar minhas coisas à procura de alguma evidência que apontasse a ainda existência de algum sentimento mesmo depois de todas as merdas que você fez comigo, para depois simplesmente estar tudo bem com isso? Poupe-me dessa baboseira, Quinn. Você é tão falsa!
– Vá se foder! – Usou as duas mãos para me empurrar em sentido contrário ao seu. Cambaleei para trás devido a força usada – Vai se foder, Santana!- E de novo– Quer que eu tenha raiva? Pois então, estou morrendo de raiva. Porque eu te amo, Santana. Eu te amo e eu te odeio tanto! – Ponderou quase gritando. Ambas sabíamos que ela perderia a cabeça.- Estou tentando fazer com que as coisas fiquem mais fáceis. O casamento, a aposta, as brigas. Mas você quer mesmo me ver perder a cabeça com tudo isso – Empurrou-me, esperei por ser uma ultima vez. À luz frágil, eu já via seus olhos vazarem lágrimas mais frágeis ainda. – Estou tentando ser o diabo de amiga que não fui durante anos!
– Ah, mesmo? – Provoquei-a em tentativa de extrair toda a raiva que existia dentro dela – Revirando minhas coisas, assim de jeito?
– Eu não estava revirando, céus! – A vi buscar o cardigan ao chão só para arremessa-lo em meu rosto, a fim de não jogar a xícara de café ou a pilha de papéis. – Estava procurando um maldito espelho, diabos! – Me lembrei de não estar na rua ou na casa de Quinn, ela pareceu não se importar. Os ocupantes de todos os andares do prédio certamente tiveram alcança a nossa conversa – O que se trata isso tudo, Santana? – Quando a testemunhei degradar a voz, vi que ela na realidade se importou também – Por uma única vez em treze anos, deixe-me saber o que você sentiu quando descobriu que vi a maldita foto – Usou alguns passos para se aproximar – Permita-me saber como você se sente, Santana, estou te implorando. Porque estou cansada.
– Não gosto quando você tenta violar meus limites – Meu maxilar foi rígido, minha voz cessou junto com a sua – Essa é nossa regra, certo? Ficar fora dos limites.
– Dormimos juntas por dois anos, se vier ao caso– Jogou óbvio.
– Não me refiro somente a espaços físicos, Quinn.
– Tudo bem, mas estamos casadas agora, Santana. – Fomos de golpes em gritos a conversa baixa e educada – Basta na brincadeira de vinte e uma perguntas. Basta nas charadas – Suplicou.
Sentia sua respiração quente, descompassada, a poucos palmos de distância. As lágrimas cristalinas caíam em desordem, não tímidas. Em hipótese, talvez ela estivesse cansada demais com a pressão que estava vivendo há três dias presa aqui dentro, sem acesso ao mundo afora, com os sentidos cegos e surdos, e simplesmente a espelhou em nossa briga, desabando. Ou talvez eu tenha a machucado, covardemente. Ou, não sei, ambos. O peso era insuportável.
Busquei suas mãos na frente do corpo para quebrar a distância entre nossos corpos desajustados. Permiti que os dedos de uma das mãos permanecessem ligados aos seus, ela pareceu também permitir. Com o polegar da outra, afastei as lágrimas que caíam de um único olho, massageando a pele em baixo de cada uma delicadamente.
– Sinto muito, Quinn – Depois de dá-la uma pausa, falei com calmaria, suspirando.
– Tudo bem, S. – Ela disse estar, sem me convencer.
Ainda existia a raiva constipada dentro dela, eu ainda a escutaria chorar de nervoso ou sem porquês concretos. Existia o ainda, era Quinn ao final das contas.
– Posso lhe pedir uma coisa? – Certifiquei-me de não ser cedo demais para desvios.
Ela consentiu, hesitando.
– Tenho a permissão de lhe beijar? – Sem ser egoísta demais, briguei com a necessidade insaciável de tocar seus lábios aos meus. A pigmentação, talvez fosse ou a textura visível. A beijaria para afastar qualquer raiva que ainda existisse. Eu só compreendia que eles foram feitos para serem beijados, bem e diversas vezes.
Os esmeraldas escurecidos me viram acanhados, quase tímidos.
– Não, não aqui – Despertou do conto de fadas, afastando-se de mim. Os dedos que antes exerciam contato com os meus, agora deslizaram pelas bochechas avermelhadas em busca de afastar as lágrimas que sobraram. Tragou o ar algumas vezes antes de voltar-se a mim novamente, parada parecia acorrentada quesitos passados.
– Pare de pensar – A policiei – Pensar demais faz doer meu cérebro, às vezes – Ela respondeu com um sorriso mais aberto, só assim me fazendo perceber o quão mais bonita ela ficava quando o tinha esboçado nos lábios.
– Isso explica minhas inúmeras dores de cabeça então – O quadril perfeitamente desenhado dentro da saia longa não presa a curvatura dançou seu caminho de volta a cadeira principal, levando meus olhos a eles. – Estou em constantes pensamentos.
Agradeci em silêncio por ela ao menos estar conversando comigo normalmente. Mesmo se, futuramente, requerer uma distância maior entre nós, pelo menos nos falaremos como duas pessoas normais.
Desabou o corpo na cadeira com encosto elevado, permanecendo na mesma posição pela tempo que levei para sentar a sua frente novamente.
– Sabe o que é um bom relaxamento? – Li sua expressão quando arqueou uma sobrancelha, deduzindo as palavras que eu diria a seguir – Massagem, pervertida– Trocamos sorrisos. – Meus dedos são mágicos, sabe – Gabei, confortando-me. Ficaria tudo bem, eu poderia passar um dia inteiro presa aqui com Quinn.
– É? E quantas garotas já experimentaram esses dedos mágicos? – Satirizou, dando ênfase aos dedos.
Ri, nervosa, lembrando-me da época qual eu não era presa a nada e nem a ninguém. Quinn e eu não costumávamos falar muito sobre isso por ela não precisar saber já sabendo.
– Minha mãe e algumas clientes – Seus olhos cresceram brutalmente diante de meu ver. – E por clientes, me refiro às pessoas que iam ao salão de massagens.
– Então você não é uma prostituta? – Bufou, descrente.
– Prostituição é muito ultrapassado – Apliquei de lábios juntos – Além do mais, não gera esse tanto de dinheiro que todos acreditam gerar – Esperei que seu maxilar caísse em descrença para depois sorrir maroto. – Arranjei um emprego de meio período num salão de massagens depois de me mudar com as Olsen Twins. Ganhar mais alguns dólares, manter a renda estável.
– E o embolso de seus pais para a faculdade?
– Eu tinha dezenove, solteira e em New York – Baixei os olhos para meus dedos sobre as coxas quando ela riu.
– Sente falta de lá, não? – Confortou. Em dois anos, esse era o mais longe que havíamos chegado.
– É New York – Dei de ombros, descansando meus olhos nos seus.
– Talvez possamos passar nossa lua de mel lá – Os lábios torceram num sorriso descarado quando voltou a mexer nos papéis a ambas nossas frentes. – Sabe, hipoteticamente – Brincou entre sorrisos.
– Quer dizer então que teremos uma lua de mel? – Não pude disfarçar o sorrir nos meus. Tudo parecia tão insano. As brigas, as conciliações, nosso relacionar bipolar.
– Hipoteticamente – Os olhos sorriram, mesmo sem vida, juntos dos lábios.
Nos perdemos numa pausa enquanto formulava as palavras seguintes e ela me estudava com o olhar.
– A respeito disso, você pode sair da toca nessa noite? Sabe, tomar um banho, comer comida de verdade e coisas do tipo?
– Por que? – Torceu a cabeça para o lado em um jeito estranhamente adorável.
– É solitário – Deixei escapar – Fazer as refeições sozinha é verdadeiramente estranho.
– Pensei que você fosse uma pessoa solitária – Apontou.
– Eu sou, mas acabamos de nos casar. – Ergui-me da cadeira, estendendo a sua frente – Há uma bucha, uma escova de cabelo e um sabonete escrito seu nome lhe esperando em sua casa – Sorri – E, provavelmente seus pais.
– Merda, que dia é hoje? – Os olhos cresceram assustados, surpresos, na menção dos pais.
– Sábado – Ênfase – À noite – Dei passos fracos pelo mesmo caminho a tempos atrás utilizado por ela para chegar até seu assento. Apliquei força nos dedos contra o apoio da cadeira para trazê-la para fora da cobertura da madeira, e quando sucedi, sentei-me em suas pernas. – Sábado de substituir o café pelo vinho- Torci meu torso para atingir sua área frontal, meus lábios tocaram sua clavícula coberta – Os arquivos pelo sexo – Os seus, separaram quando abriram passagem a um suspiro pouco presente. Os dígitos dos dedos de ambas minhas mãos tocaram sua bochechas, fornecendo-a base.
A textura de meus lábios encontrou a textura dos seus num movimento leve inesperado. Não tive certeza se o gemido escapou de mim ou dela. O sabor era intoxicante. Minha língua tocou seu lábio frio superior em busca de consentimento para um prosseguir não distante. Ainda pude sentir o sabor de café preso a sua língua quando primeiro a toquei com carícias lentas. Respirou abafado em meu superior.
De gritos e discussões não longas a conversas de respirações descompassadas. De Lopez a Fabray-Lopez.


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