Naïve escrita por Charlie


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, galerinha.
Eu postando capítulo novo é quase tão inacreditável quanto a Dianna voltar pro Glee. Souberam? Pois é, quase morri também.
Capítulo novo, e curto só alertar que ainda estou aqui e ainda estou escrevendo para vocês, ok? Mas de extrema significância.
Quinntana é endgame, isso serve pra você, Ryan !
Até breve, Xo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/532758/chapter/3

Quinn's POV
– Ainda estamos bem, não é mesmo?
Ouvia sua voz por trás de uma carreta de emoções. Emoções apesar desse jeito Santana de ser.
Na borda da mesa, cobria as pernas com a quase jeans preta e o tronco com o mesmo abrigo meu. Conversou num vazio de dois corpos amigos desconhecidos.
– Continua a me perguntar isso – Do outro lado, meus dedos bobos tentaram reatar o cinto marrom na linha da cintura do vestido de outono-verão.
Segurou as palavras por indescritíveis segundos, o que me fez insegura. Insegura, a saber, que do outro lado da mesa, um alguém se engasgava nas próprias palavras.
– Porque falo sério – Sua garganta parecia apertada enquanto a voz acanhada.
Nossas traseiras conversavam ao lutarmos em nos revestir.
Em um piscar descuidado, os sons de seus passos vieram de encontro a mim, em minha direção.
– Eu só sinto falta do como é o sentimento de ter uma melhor amiga, Q. – A vi encostar seu quadril na madeira , ao meu lado, e afastar uma mecha negra do cabelo agora não mais preso num rabo de cavalo quando subi meus olhos aos seus. – Britt e eu sempre estaremos na vida uma da outra, mas agora há de ser diferente. – As esferas negras pareceram presas em um momento de auto vergonha ao caírem para onde meus dedos ainda estavam. – Não só por conta de nosso rompimento, mas porque nós somos pessoas extremamente diferentes, com lugares extremamente diferentes para ir e pessoas para ver. – Vi seus gestos ansiosos. Elevou uma das pernas a mesa quando virou seu tronco em direção a mim. Os olhos brincaram com os dedos que pairavam sobre a coxa. – Ela provavelmente terminará em uma turnê pós-turnê com o artista mais atraente da época e eu estarei aqui. Tenho certeza que ela me visitará de tempo a tempo e eu irei a um show ou derivado para vê-la dançar, mas nunca seremos como fomos um dia – Segurou as palavras por uma segunda vez, meu peito apertou. – Acredito que ela meu primeiro amor. Ela sempre será especial para mim por causa disso, sabe?
– Não, não na verdade. – Assim como ela, evitei seus olhos ou um contato mais profundo. – Quero dizer, entendo o que você diz, mas nunca tive essa relação interpessoal tão intensa antes. – Elevou a visão como sinônimo de que estava tudo bem se eu revolvesse prosseguir. – Acredito que nunca estive apaixonada por ninguém. – Não tive ninguém, não gostava de ninguém, não ligava para ninguém, não falava com ninguém. – Eu só nunca senti isso antes. E agora num universo alternativo eu dormi com minha melhor amiga no casamento fracassado do meu ex-professor enquanto ela tentava superar o rompimento com sua ex-namorada. – Meus ombros foram rígidos.
Hey, não é a respeito disso. – Seus olhos agora me viam, mas os meus não a viam. – Sabe que não, certo?
– Está tudo bem, San. – Em uma trégua irracional, deixei que meus olhar sentisse o seu. – Nós duas estamos trabalhando na superação de coisas passageiras.
– Q, não é a respeito disso – O acidente em minha voz transpareceu demais, fazendo com que ela impulsionasse seu corpo ainda mais próximo do meu. – Reconheço que é complicado reerguer nossa história ou qualquer coisa, mas meu final feliz não tem nada a ver com coisas passageiras ou com Brittany, prometo. – As palavras tão precisas da água para o vinho. Minhas bochechas queimavam ao sentir sua respiração quente vir de encontro a elas.
– Tudo bem – Foi tudo que meus lábios deixaram escapar.
– Você acredita em mim?
– Sim, acredito em você – Apensar de não.
– Está mentindo – Apesar dela sempre saber tudo que se passa a seu redor.
– Não importa. Foi só uma noite, certo? – Eu disse para mim.
– Foi o que você me disse querer. – Não esperou por um respirar, suspiro, nem mesmo que minha atenção chegasse aos movimentos escapatórios de novo.
– É isso que você quer?
A expressão entregue em sua face me mostrou que os ouvidos não ouviam esse tipo de pergunta com muita frequência. Que o ser incerto de olhos negros e lábios rosados não era digno de voz ou opinião. Que era tão frio quanto as noites de inverno e tão denso como um cubo de gelo.
– Isso é estupidez, Q. – A barreira já se fazia presente. - Eu odeio essa coisa passiva agressiva.
– Tudo bem. – A compreensão em meu tom pegou ambas em surpresa.
Meus dedos se perderam nos fios loiros em desordem sobre minha cabeça que reclamavam a presença de angústia por todo o corpo. Meus músculos tremiam dentro do tecido da pele pálida.
Em um redemoinho de pensamentos, quase me esqueci do além de mim.
– Se vê em um relacionamento comigo? – O olhar foi ao chão, num acanhado nunca visto antes, num sereno sufocador. Tempos depois, com a ausência de respostas, o voltou a mim.
– É uma pergunta bem difícil de responder.
– Por quê? – Demorou a processar.
– Simplesmente é, San.
– Q, converse comigo. – Exigiu em reclamação.
– Não sei, Santana. – Dei de ombros por realmente não ter conhecimento. - Nunca pensei em vocês desse jeito antes de noite passada. – Ela interpretava o olhar esboçado em meus olhos como piedade ou dó. - Sentia sua falta em minha vida antes de noite passada e agora eu não sei se o que estou sentindo é porque eu realmente ausência de sua presença pesou em mim ou se é por causa do que aconteceu. – Aparentou que cuspi as palavras de uma só vez em seu rosto próximo ao meu. – Isso, aqui, agora, mudamos tudo entre nós.
– Q, não posso perder você. – Se uma vez seus olhos eu não visse, a diria ter desmoronado.
– Então, vamos parar de falar sobre isso. – Emendei a um exalar de respiração.
– Não há porque isso vire um tabu entre nós. Quero que possamos conversar a respeito disso e que estejamos bem.
– Quantas vezes vou ter que te dizer que está bem? Estou bem. – Sem questionamentos, meus tom se elevou e corpo se enrijeceu .
– Acho que entendo.
Meus dedos encontraram os seus em contato com a borda da madeira envernizada.
– Confia em mim? – Senti medo de não conseguir proferir as palavras que dançavam a minha mente despreocupada, mas que eram repreendidas por uma língua egoísta. – Então se deixe acreditar que ficaremos bem.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naïve" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.