The New Hogwarts II - In The Shadow of Parents escrita por Black


Capítulo 33
Os Gryffindor


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem voltou e não está preparada para as ameaças de morte de vocês por ter demorado!
Sinto muito mesmo, pessoas, mas eu não pude postar no final de semana passado. Eleição e essas coisas e, por mais que eu não vote, isso me preocupa bastante, o que afetou um pouco minha capacidade de escrever capítulos decentes. #Dilma13!
Espero que gostem do capítulo e boa leitura!



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Já fazia alguns dias desde a última e desastrosa aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Estaria tudo normal se não fosse pela súbita distância e nervosismo constante de Elena, a qual todos perceberam, em especial Helena e Elizabeth, que em pouco tempo já haviam se acostumado com o jeito mais descontraído e risonho da mãe, por mais que o comportamento que ela assumira nos últimos dias lembrasse, de alguma forma, o modo como ela seria no futuro caso não fizessem alguma coisa.

Era sábado e, como não teria aula, Helena se afastou de Elizabeth enquanto a mais nova conversava com Christian sobre algo que em momento algum ela prestou atenção e seguiu até o Lago Negro, onde encontrou quem procurava.

Em uma rara ocasião, Elena estava sozinha. Elsa deveria estar fazendo algo muito importante, pois detestava ficar sem a companhia da irmã por um período de tempo longo, e vice-versa. Aproveitando isso, Helena seguiu para onde estava a morena mais velha, que se encontrava sentada à sombra de uma árvore próxima à beira do lago.

– Oi. – A mais nova cumprimentou ao se aproximar e se sentar ao lado da outra, que, até então, parecia não ter percebido sua presença ali.

– Ah, oi. – Elena forçou um sorriso assim que finalmente notou que a outra estava ali, mas Helena a conhecia bem o suficiente para saber que nem de longe era verdadeiro.

A mais nova não disse nada por algum tempo e Elena voltou a olhar o Lago Negro com os olhos azuis tempestuosos, conflitantes. Parecia estar bastante desanimada em relação a algo e tentando decidir o que faria a seguir.

– O que houve? – Helena finalmente quebrou o silêncio incômodo instalado ali, chamando a atenção da mãe para si mais uma vez. – Desde aquela aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, a que você fez o feitiço Infernus, você anda estranha. – Explicou ao perceber que a mais velha não havia entendido sua pergunta de início. – O que aconteceu? – Questionou mais uma vez.

– Nada importante. – Foi o que a Gryffindor respondeu, mas não olhou para a Gryffindor Ravenclaw ao fazê-lo, denunciando que estava mentindo.

– É mentira. – A mais nova disse com firmeza, surpreendendo a outra, que então tornou a olhar para ela. – Sei quando você mente. – Falou.

– Não estou mentindo. – Elena tentou convencê-la e forçou outro sorriso que tampouco soara mais verdadeiro que o anterior.

– Guardar suas dores só para você mesma pode até te privar de algo que você julgue ruim, mas, diferentemente do que você espera, isso não a fará feliz. – Helena respondeu com um dar de ombros, decidindo-se a não forçar demais sua mãe, porque aquilo poderia acabar sendo prejudicial na relação das duas.

– Não espero que faça. – Elena retrucou tranquilamente, olhando mais uma vez em direção ao Lago Negro. – Só acho que falar sobre isso com alguém torna tudo mais real, e, honestamente, não é a mais agradável das perspectivas. – Concluiu.

– Mas pode ajudar. – Helena disse assim que a outra terminou de falar. – E, se precisar, eu estou aqui para ouvir. – Assegurou com um sorriso torto.

Elena desviou o olhar do Lago e olhou para a garota ao seu lado, que segurou sua mão e apertou num gesto de consolo. A Gryffindor conhecia bem aquele sorriso da mais nova, era o seu sorriso. Sorriu também, do mesmo jeito que Helena fazia e, decidindo-se por ora ignorar sua consciência que lhe dizia que havia algo errado naquela situação, encostou a cabeça na árvore e se permitiu ficar olhando o céu azul com a outra morena ao seu lado, com sua filha ao seu lado.

Conversando com Christian, Elizabeth não percebera que Helena saíra dali e só notou a ausência da mesma quando seu primo decidiu incluí-la na conversa e ela não estava lá. Por fim, a Gryffindor Ravenclaw saiu dali com a desculpa de procura-la e, andando apressadamente pelos corredores com medo que sua irmã houvesse se metido em alguma enrascada, esbarrou com Elsa, que estava a caminho dos Campos de Hogwarts.

– Desculpe. – Elizabeth se apressou em se desculpar, nervosa, afinal, depois do que acontecera com Jamie, decidira tomar cuidado extra nas coisas que fazia.

– Não, tudo bem. – Elsa sorriu, achando engraçado o nervosismo da garota à sua frente. – Eu estava procurando a Elena, você a viu? – Questionou.

– Ela está sentada perto do Lago Negro. – Elizabeth respondeu, afinal havia visto sua mãe ali, mas não se aproximara para falar com ela. – Eu te levo. – Sugeriu e Elsa assentiu.

Logo, as duas recomeçaram o caminho que Elsa fazia até os Campos de Hogwarts e, ao se aproximar o suficiente de onde a mais nova vira a mãe anteriormente, perceberam que ela não estava sozinha. Helena estava com ela.

Aproveitando que ainda estavam longe o suficiente para não serem notadas pelas duas morenas, Elsa decidiu-se por não interromper as outras duas e começou a conversar com Elizabeth:

– Elas se parecem. – Disse, o que assustou verdadeiramente a Gryffindor Ravenclaw, que não sabia exatamente a que a tia se referia. – Quero dizer, a personalidade delas é bem parecida. – Especificou, o que tranquilizou um pouco Elizabeth, que temera que a tia houvesse percebido algo de errado.

– Acho que sim, talvez por isso se deem tão bem. – A mais nova concordou ainda nervosa, observando Helena e Elena de longe.

– Talvez. – Elsa assentiu. – Mas e vocês? – Questionou, o que deixou a outra confusa. – Você e Helena se dão bem? – Explicou a pergunta.

– Ah, acho que sim. – Elizabeth respondeu sem graça por não ter entendido de primeira. – Quero dizer, ela sempre está ao meu lado quando eu preciso e acho que cuida de mim mais do que eu preciso, mas não sei exatamente o que eu significo para ela. – Acabou desabafando mais do que pretendia.

– Eu entendo, também me sinto assim. – Elsa falou, atraindo a atenção da mais nova para si. – Elena é minha irmã mais velha e parece fazer de tudo para que eu e Anna sejamos felizes, mas às vezes eu me perguntou o porquê. – Suspirou. – Sou apenas a irmãzinha idiota e dependente dela. – Confessou. – Não entendo o porquê de ela se importar tanto.

– Porque ela te ama. – Elizabeth declarou, o que provocou em Elsa bastante surpresa. – Confie em mim, eu sei. – Sorriu torto. – Vocês podem ser irmãs, mas isso é puro acaso, mas se são amigas, isso é opção. – Falou. – E ela é sua melhor amiga, não é?

– Sim. – Elsa concordou com um sorriso pequeno, mas que desapareceu com um pensamento que invadira sua mente. – Mas eu realmente queria fazer por ela um terço do que ela faz por mim, principalmente agora. – Desabafou.

– Eu não sei o que está acontecendo, até porque vocês duas adoram segredos, mas eu acho que você menospreza demais suas próprias ações. – Elizabeth retrucou, fazendo a outra olhá-la com confusão. – Ninguém pode tomar as dores de uma pessoa para si e acho que ficar ao lado dela, como você faz, é exatamente o que ela precisa e é isso que ela sempre faz com você. – Explicou. – Você pode até achar que não é como ela, mas vocês duas se parecem mais do que você imagina. – Concluiu com um sorriso torto.

– Olha só quem está se saindo uma excelente conselheira. – Elsa deu um soco leve de brincadeira no braço de Elizabeth, que riu. – Mas eu espero que você tenha razão.

– Eu, em geral, tenho. – A mais nova falou convencida, o que fez a loira rir. – Sou a irmã mais nova da Hels e ela já me ensinou bastante coisa. – Revirou os olhos.

– Nós duas somos as irmãs mais novas. – Elsa a corrigiu. – Elena também já me deu várias lições.

– Irmãs mais velhas são complicadas, mas parece que sempre sabem o que dizer. – Elizabeth deu de ombros.

– Acho que sim. – Elsa concordou e as duas riram.

Talvez aquele não fosse o momento de família ideal, seja para Helena e Elena ou Elizabeth e Elsa, mas era o melhor que se lembravam de terem em vários anos, seja no passado ou no futuro.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Ficou bom?
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