Why Cliché? escrita por Jess Gomes


Capítulo 3
Capitulo II


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente, tudo bem? Então, sei que no último capitulo falei que ia postar no domingo, mas como vou ter prova segunda vou ficar o domingo todo estudando e não sei se vai dar tempo, então postei hoje de uma vez. Sei que esse capitulo ficou bem curtinho, mas o proximo vai ser gigaaaaaaante, então se preparem hahahaha beijos e mais uma vez obrigada por lerem! E ah, não se esqueçam de comentar >



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Eram 8h: 00mn quando eu acordei de manhã. Lisa ainda estava babando e roncando do meu lado, e eu desejei ser como ela. Depois de minha mãe ter entrado em depressão, eu tinha de acordar cedo nos fins de semana para cuidar dela. Acabei pegando o hábito.

Fui até o banheiro, me dando uma olhada rápida pelo espelho. Meu cabelo estava milagrosamente agradável, talvez um pouco desarrumado. Penteei-o, e o joguei pra tás, o fazendo cair como uma cascata negra pelas minhas costas. Lavei o meu rosto, e me toquei de que enquanto arrumava a bolsa ontem, havia esquecido a escova de dente. Eu podia usar a rosa Pink purpurinada de Lisa, mas era anti-higiênico e ela falaria em meu ouvido pelo resto da eternidade. Procurei uma escova reserva nas gavetas da bancada, mas não havia nada. Lembrando-me do banheiro principal, sai do quarto, indo em direção à última porta do corredor. Entrei com tudo, só então ouvindo o som do chuveiro elétrico. Vendo o reflexo de Peter debaixo d’água por um instante graças ao Box de vidro transparente, eu dei um grito. Puxei a porta de volta.

– Eu sinto muito! – Gritei pra que Peter me ouvisse lá de dentro. – Eu realmente sinto muito.

– Está tudo bem! – Gritou de volta. – Eu vou colocar a toalha e então você pode entrar. – Esperei. – Pronto. – Avisou e eu empurrei a porta de madeira, com a mão tapando os olhos. – O que você está procurando?

– Uma escova de dente reseva. – Respondi. Minha voz abafada pela minha mão. – Eu esqueci a minha.

– Você pode usar a minha. – Zombou e num intuito, eu tirei a mão do rosto para dar-lhe um olhar zangado. Meu coração deu um salto. O tronco musculoso de Peter estava à vista, a pele dourada deliciosamente molhada pela água. Seus cabelos louros encharcados estavam puxados para trás, deixando a mostra seu rosto másculo. Por meio segundo, eu o quis. O quis da forma mais simples e literal da palavra. O quis de uma forma que nunca havia querido mais ninguém. Então, a realidade me abateu. Sangue correu pro meu rosto e eu mordi os lábios pra evitar esses tipos de pensamentos, desviando o olhar.

– Aonde tem uma escova? – Perguntei com minha voz falhando. Ele deu um sorriso, indicando a segunda gaveta da bancada marrom.

– Procura ali. – Assenti, fazendo o que ele mandou. Logo encontrei uma escova de dente azul escuro. Peguei-a, levantando a mão pra ele.

– Obrigada. – Disse, com um sorriso rápido.

– Não há de quê, gatinha. – Respondeu, ligando o chuveiro. Mesmo sem olhar pra trás, eu sabia que ele havia tirado a toalha. Aproveitando a deixa, corri pra fora dali, meu coração ainda a mil por hora.

Voltei pro quarto, e encarei minha melhor amiga que ainda dormia. Eu morria de vontade de contar pra ela o que tinha acontecido hoje de madrugada e agora no banheiro. E nós iríamos achar juntas o motivo pra Peter me apelidar como “gatinha”. Mas... Era tão bizarro. Peter e Lisa eram irmãos.

Tentando não continuar comendo meu cérebro com o assunto, fui até minha mochila, procurar uma roupa. Infelizmente, o “gatinho” havia me visto apenas de camisola de seda cor de rosa. A coisa mais decente que encontrei foi uma calça skinny escura e uma blusa verde água decotada. Calcei a mesma sapatilha bailarina que tinha usado no tinha anterior e fiz uma trança embutida no meu cabelo. Dando-me por satisfeita, desci para a cozinha, apenas pra encontrar Peter sentado no banquinho comendo cereal, ainda de roupão.

– Só pode ser perseguição. – Murmurei pra mim mesma, indo até a geladeira. Peguei um iogurte light de morango.

– Essa é minha casa, gatinha. Vamos nos encontrar muitas vezes. – Ouvi sua voz atrás de mim.

– Você pode parar de me chamar de gatinha? – Sentei-me do outro lado da bancada, de frente pra ele. – Eu não sou um animal.

– As outras garotas levam isso como um elogio. – Arqueei a sobrancelha, tomando uma colherada de iogurte.

– Eu não sou como as outras garotas. – Retruquei e ele riu.

– Não é mesmo, gatinha. – Rolei os olhos. - Sabia que você fica ainda mais linda irritadinha? – Levantou-se, e eu o encarei.

– Pare. – Exigi. Peter me deu um olhar falsamente confuso.

– Com o quê?

– Com isso! – Expliquei exasperada e ele se aproximou de mim, seu rosto a menos de 20 centímetros do meu.

– O que você chama de “isso”, Sara? – Perguntou-me.

– Ficar dando encima de mim. – Respondi, com a voz tão desafiadora quanto a sua. Depois de um instante, ele riu sem humor.

– Eu não estou dando encima de você, gatinha. – Pausa. – Estou te conquistando. – O olhei por um momento, caindo num ataque de riso logo em seguida.

– Bem, não está dando certo. – Menti, não querendo deixar claro que meu coração acelerava a cada palavra que saia de sua boca.

– Tem certeza? – Arqueou a sobrancelha e a verdade me abateu. Não era uma piada. Ele estava falando sério.

– Por quê? – Perguntei. Ele travou o maxilar, olhando ao redor.

– É uma história um pouco grande. Podemos dar uma volta? – Lembrei-me de Lisa.

– E se sua irmã acordar?

– Deixe um bilhete inventando alguma coisa. Não vamos demorar.

Terminando de tomar meu iogurte, fui pro segundo andar, pegando uma folha do bloco de notas de Lisa.

Lee me ligou. Fui dar uma olhada em mamãe.

Voltarei logo.

Xoxo Sara

Peter estava me esperando do lado de fora, agora dentro de uma jaqueta preta e uma calça caqui da mesma cor. Seu cabelo louro estava levemente puxado num topete. Eu dei um sorriso.

– Eu não faço ideia do porque aceitei dar uma volta com você. – Admiti quando começamos a andar, lado a lado.

– Ok, você já pode assumir que não resiste ao meu charme. – Zombou e eu dei uma risadinha.

– E você já pode começar a explicar o que disse lá dentro. – Apontei pra mansão que estava ficando distante. Peter olhou pro chão por alguns segundos antes de começar a falar.

– Você se lembra de como era antes de um ano atrás? – Perguntou-me e eu assenti levemente.

– Feliz. – Respondi num sussurro.

– Você era feliz. – Concordou. – Você tinha um sorriso gigantesco, Sara. E a sua risada... Quando você ria, todo mundo que estava a sua volta sentia vontade de rir também. Você iluminava o ambiente, e isso era o que eu mais admirava em você. – Lágrimas encheram meus olhos.

– Por que está me contando isso?

– Porque depois do acidente, você mudou. Eu nunca mais te vi rindo ou sorrindo daquele jeito. Você andava de cabeça baixa e eu mal era capaz de ver seu rosto. – Parou pra buscar fôlego. – Eu queria te consolar, Sara. Eu queria abraçar você, acariciar o seu cabelo e dizer que ia ficar tudo bem. Mais do que isso, eu queria que a dor que você estava sentindo, passasse pra mim. Eu não aguentava te ver daquele jeito. O seu sofrimento doía em mim. – Parou, me virando pra ele. Eu queria olhar para o chão, mas sua mão segurou meu queixo, me obrigando a encarar seus olhos. Peter suspirou. – Nesse momento eu percebi que estava perdidamente apaixonado por você.


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Notas finais do capítulo

O próximo capitulo sai semana que vem! Beijinhos *--*