Pretérito Imperfeito escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 25
Capítulo XXV - I'd Be So Good To You


Notas iniciais do capítulo

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Bem, as férias de verão haviam acabado, e na segunda-feira todos os colégios do país iam voltar a ter suas aulas. Ou seja, Fernanda e Laiana teriam que voltar para a Califórnia.

Elena, Bonnie, Caroline e Juliana foram levar as duas até o aeroporto de Richmond, já que Mystic Falls não possui um; a trupe se dividiu em dois comboios, um no carro de Bonnie e outro no carro de Caroline.

No saguão principal só havia chororôs e abraços, e mais chororôs e mais abraços. Ter Juliana como amiga em comum foi só o ponta-pé inicial que fez as meninas de Mystic Falls e as meninas da Califórnia se tornar grandes amigas, apesar de todas terem personalidades tão distintas.

O Príncipe Bartholomeu já estava impaciente em ver as meninas que não queriam se desgrudar.

– Obrigada! – Disse Bonnie abraçando Laiana.

– Pelo quê? – A morena ria ainda nos braços da bruxa.

– Sei que de alguma forma, foi você que fez eu e o Jeremy ficarmos tão bem... – Bonnie sussurrou só para a morena californiana, soltando-a.

Laiana colocou o dedo indicador em sua boca e fez sinal de silêncio.

– Shhh!... – Ela disse depois as duas riram.

Caroline e Fernanda ficaram frente a frente e se encaravam com cara de paisagem. A Forbes falou primeiro.

– Você até que é legal... – Disse a loira.

– É... Você não é tão ruim assim... – Disse Fernanda.

Caroline ofereceu a mão. A Salazar encarou a mão da outra menina que estava estendida no ar e ficou parada por um instante pensando, passado alguns segundos a segurou de leve só para não deixá-la no vácuo.

Depois do aperto de mão as loiras continuaram se encarando com desconfiança. Mas aconteceu algo inusitado, as duas riram uma para a outra ao mesmo tempo e se abraçaram fortemente.

– Foi divertido brigar com você... – Constatou a Forbes apertando a outra.

– Foi mesmo... – Nanda a apertou de volta.

– Me adiciona no Facebook pra gente brigar mais. – Disse Caroline soltanto-a.

– Com certeza. – Disse a princesa.

Quando as duas já estavam separadas, puderam ver que Bonnie, Elena, Laiana, Juliana e até Bartholomeu as encaravam boquiabertos.

– O que foi? – Perguntaram as duas loiras bravas ao mesmo tempo.

– Nada... – Todos responderam suspirando ainda em choque, até que a voz eletrônica da recepcionista avisou:

“Passageiros do vôo 8-7-4, com destino a Los Angeles, Califórnia. Por favor, dirijam-se ao Saguão 17”

– Vamos, Barth! Vamos, Lai! – Disse Fernanda começando a arrastar uma de suas malas.

– Esperem! – Berrou Juliana.

A garota baixinha correu até as duas amigas e as abraçou coletivamente.

– Não vamos perder contato, okay? – Disse Juliana.

– Não mesmo... – Disse Laiana.

– Não é fácil se livrar de mim, queridinha... – Disse Nanda e as três riram.

[...]

Laiana tinha entrado na fila do check-in antes de Fernanda e seu amado, então foi atendida primeiro e resolveu se sentar um pouco para esperá-los sair da fila que não estava nada pequena.

A morena começou a pensar o quanto essa viagem para essa cidade chamada Mystic Falls havia mudado sua vida.

Primeiro: Vampiros, lobisomens, bruxas, doppelgangers e sabe lá o que mais existem. E Fernanda sua amiga há 3 anos era uma vampira, Laiana deveria ter notado que ela não envelhecia, uma adolescente muda muito em três anos. Ainda tem Juliana, sangue de vampiro nas veias desde que nasceu e tem alergia a uma erva chamada verbena que magicamente enfraquece e causa dor nos vampiros.

Segundo: Os garotos de Mystic Falls. Laiana teve seu primeiro e único beijo com 16 anos, ela nunca foi namoradeira, mas os meninos da cidade eram irresistíveis, o primeiro que ela conheceu oficialmente havia sido Chad, mas ele era tão tímido, que tinha até medo de se aproximar dela, então apareceu Jeremy passando na frente do coitado.

O irmão de Elena envolvia tanto Laiana, os dois poderiam ficar conversando por horas, ou jogando vídeos-game, era puro entrosamento. Porém não existia muita paixão entre eles, e o garoto ainda tinha um caso mal resolvido com Bonnie. Depois veio Damon, Laiana não se apaixonou tecnicamente por ele, mas ele é lindo e atraente, e poderoso, a menina não conseguia deixar de se sentir culpada pela atração que sentia, aí aconteceu a primeira vez com ele, e tudo mudou.

Ela se magoou, Ele se magoou, Juliana foi magoada... E quando Laiana menos esperava Chad surgiu em sua vida novamente. Ele é tão doce, tão fofo! Ele a consolou, a aconselhou, mesmo com toda a sua timidez. Foi um grande apoio quando ela precisou, ela não conseguia negar, por ele ela tinha se apaixonado, talvez o sentimento fosse até maior do que esse.

Mas agora estava tudo perdido, ela iria embora da cidade e ele iria morar não sei onde. Laiana ficou um tempo pensando em Chad e relembrando de sua vida amorosa pouco turbulenta antes de sair de sua cidade.

Ela tinha uma paixão platônica por Jason Mount, um menino que sentava na frente dela em algumas aulas. Era uma coisa tão inocente, um sentimento ingênuo e superficial, bem diferente dos 50 Tons de Intensidade que Mystic Falls trouxe a ela.

Laiana suspirava pelos últimos dias que teve com o inocente Chad, quando uma voz a pegou de surpresa.

– Lai... – Disse o rapaz em pé acompanhado de uma mala.

– Chad! – A garota exclamou pulando da cadeira ao vê-lo. – O que você faz aqui?

– Bem, eu vou viajar também... – Ele riu apontando para a mala que puxava.

– Para onde? – Laiana indagou nervosa.

– Meus pais disseram que eu podia escolher o destino da família... Não tinha nenhum motivo para escolher outro lugar para morar, a não ser ao seu lado... – O garoto corou, não acreditava no que acabara de falar.

– O que você quer dizer com isso? – Laiana estava em choque.

– Que eu vou morar na Califórnia também, e que... Eu, eu gosto de você! – Chad soltou a última frase ficando mais vermelho ainda.

– Chad... – Laiana suspirou num misto de felicidade e surpresa. – Eu também gosto de você...

– Por favor, você pode fechar seus olhos? – Ele perguntou com medo da reação da menina.

– O quê? – Perguntou Laiana agora confusa.

– Fechar seus olhos! – Chad disse fugindo do olhar da menina.

– Está bem! – Laiana curiosa fechou as pálpebras.

Chad largou suas malas, segurou os ombros da garota e também fechou seus olhos. Numa paciência repleta de cuidado, o garoto pousou seus lábios gentilmente nos de Laiana, ela foi pega de surpresa no início, mas retribuiu ao menino tão carinhoso e cavalheiro.

Ele a soltou e os dois foram abrindo os olhos vagarosamente.

– Você... Gostou? – O menino tímido perguntou enquanto sua cara estava pior que um pimentão vermelho.

– Claro que gostei... – Laiana sorriu para ele.

– Eu nunca tinha feito isso antes... – Chad sibilou.

O que surpreendeu mais ainda a garota. Ela queria apertá-lo de tão fofo que era a criatura, mas ela não fez nada, apenas continuou sorrindo.

– Quer conhecer o resto da minha família? – O rapaz perguntou ainda um pouco retraído, estendendo a mão para Laiana.

– Com certeza. – A garota pegou a mão dele, seu Príncipe do Cavalo Branco.

[...]

James Dimitrius Forbes estava jogado numa cama de uma espécie de hotel de beira de estrada.

Em uma cômoda, um aparelho televisivo indicava apenas dois canais nítidos, havia um sofá acabado num canto, próximo a outra cama. Uma mini-geladeira com água, algumas bebidas alcoólicas.

James se levantou e pegou uma garrafa de vodka. Banhado de tédio jogou-se novamente em sua cama que era a próxima da porta do banheiro.

Bebeu alguns goles da água ardente russa e sentou-se no instante seguinte que seu colega de quarto chegou da rua.

Era ele, o bruxo, Kevin Mikaelson.

– Já saiu para matar alguém? – Perguntou ele, era dia.

– Claro que não! Você confiscou meu anel de lápis-lazúli... – Resmungou o vampiro de olhos azuis.

– Eu fiz porque você mereceu... – Disse Kevin sentando-se na mesa de madeira no meio do quarto e começando a analisar alguns papéis antigos que ele trouxe consigo.

– Eu estou ansioso... Não vejo à hora de tomar Giuliana só para mim! – James olhou para o nada com seu olhar doentio.

– Tenha paciência... Ela não vai mais fugir. – Disse Kevin ainda sem tirar seus olhos dos pergaminhos.

– É tudo o que você fala! Tenha paciência, tenha paciência... Desse jeito eu vou enlouquecer! – Exclamou James ficando em pé e começando a andar de um lado para o outro do quarto ainda segurando sua garrafa de vodka.

Kevin abaixou os pergaminhos para olhar impacientemente para o vampiro.

– James! Eu fiz Katherine implantar a minha poção no livro das feiticeiras Wilson! Eu fiz Katherine obrigar uma delas a fazer esse feitiço! Eu a fiz sair de Mystic Falls apenas quando ela tivesse certeza!... Ela implantou, ela obrigou e ela já saiu! Ou seja, Juliana tomou todas as SEIS doses da poção, então pare de bancar o apressado comigo, okay! – Bronqueou o bruxo.

– Mas isso foi há quase um mês atrás... Enquanto isso você está deixando a minha Giuliana com aqueles irmãos Salvatore malditos! – James protestou ainda andando de um lado para o outro.

– Sr. Forbes, contenha-se! – Kevin alterou sua voz, fazendo o vampiro assustar-se e sentar-se na cadeira suavemente junto a ele. – Bom garoto... – Disse o bruxo. – A sua Giuliana não irá desaparecer... Ela ainda vai estar lá, nos só vamos daqui a alguns dias...

– Mas por quê? – James questionava como uma criança. – Porque eu não posso reclamá-la agora mesmo, ela é minha você prometeu...

– Sim, ela é sua!... Mas já te expliquei, eu preciso de um tempo para encontrar o encanto que vai te deixar mais forte que os irmãos Salvatore. – Kevin levantou os pergaminhos para James indicando que era isso o que ele procurava naqueles pedaços de papel velho.

– Para que eu possa acabar com eles, não é?! – James enxergava o futuro com um brilho no olhar.

– Isso... Isso mesmo! – Kevin lidava como se ele fosse uma pessoa que possuía uma deficiência mental, afinal era isso o que ele era, um vampiro psicopata, obsessivo e doente. – Agora, relembre em voz alta tudo o que nós iremos fazer em Mystic Falls...

– Tudo bem... – James se levantou e começou a enumerar as futuras ações deles enquanto andava pelo quarto. -... Vamos primeiro matar meninas que parecem com ela só para mandar um sinal, depois eu vou me apresentar para um dos irmãos Salvatore e vou falar que Giuliana é minha, aí vamos passar um tempo escondidos, depois vamos sequestrá-la e você vai fingir ser um aliado deles e vai dizer onde é o cativeiro, e aí quando eles forem resgatá-la vou matar todos para a sua vingança! E depois você segue seu caminho e eu e Giuliana seguiremos o nosso, juntos para sempre... – James sentou-se na cama satisfeito por ter memorizado tudo em ordem cronológica.

– Plano perfeito, não é? – Indagou Kevin brincando com as emoções do vampiro louco.

– Sim, perfeito! – Disse James jogando-se contente na cama.

– Olha, você tem se comportado bem... Então pensei em te devolver isso. – Kevin disse levantando o anel de lápis-lazúli e balançando-o no ar.

James o apanhou com sua rapidez vampiresca, já ao lado do bruxo.

– Vá se alimentar, você precisa estar bem forte para os próximos dias... – Disse Kevin apontando para a porta.

O vampiro não pensou duas vezes e atravessou a porta.

O bruxo o viu sair, em seguida entoou uma risada macabra.

– Idiota! – Kevin referia-se a James.

Como bruxo poderosíssimo, ele podia manipular e machucar ou matar qualquer vampiro comum sem muito esforço. Ele podia muito bem ir fazer isso com os Salvatore e todos os que estavam envolvidos com a morte de Klaus, seu pai.

O híbrido havia conseguido quebrar a maldição que mantinha adormecido seu lado lobisomem, mas na hora que ele estava mais exposto, foi apunhalado e morto por Elijah, seu irmão e tio de Kevin. O próprio original havia confessado há alguns meses ao sobrinho tentando livrar a cara dos Salvatore, mas a rixa de Kevin com essa família tinha 163 anos, a idade do bruxo.

As promessas feitas a James não eram todas reais, eles iriam para Mystic Falls e sequestrariam Giuliana, enganariam e matariam os Salvatore, mas em seguida Kevin mataria James.

O bruxo pretendia torturar Giuliana até que ela contasse onde estava escondido o Grimório dos Grimórios. Ele não descansaria enquanto não tivesse o poder daquele livro em suas mãos.


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Notas finais do capítulo

ISSO MESMO QUE VOCÊ FÃ DE HARRY POTTER DEVE ESTAR PENSANDO.. EU INVEJEI A VARINHA DAS VARINHAS E COLOQUEI O NOME DE GRIMÓRIO DOS GRIMÓRIOS, APESAR DE NÃO TER NADA A VER COM AS RELÍQUIAS DA MORTE HUSAUHASHUSA...
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Até o próximo!



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