Pretérito Imperfeito escrita por july_hta66, JulieAlbano, Haverica


Capítulo 14
Capítulo XIV - Santa Klaus Is Coming To Town


Notas iniciais do capítulo

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Giuliana se jogou no sofá da casa Salvatore e se permitiu relaxar como uma dama de 1864 não faria, estava exausta. Passou a tarde toda fora com Stefan e a noite com Damon no Mystic Grill, não estava habituada com tantas aventuras seguidas. Ela então fez uma pergunta para o primo que estava se servindo de bebida alcoólica no outro lado da sala.

– Por que você se espantou tanto por eu ter conseguido cantar?

– Eu já disse, as cordas vocais continuam sendo de Juliana, e ela canta como uma gralha. É estranho ver você cantando bem, usando a mesma voz... – Damon se explicou.

– E eu já disse, que o problema todo é o ouvido! A pessoa tem que saber adequar o tom de sua voz à melodia... Aposto que se ela treinasse conseguiria cantar assim como eu... Mas mudando de assunto, eu adoraria muito mesmo fazer outro dueto com você, por que você não cede ao meu pedido? Vai me dizer que não se divertiu da outra vez que nós cantamos? – Giuliana interrogava-o.

– Eu até me diverti, mas não é uma coisa feita para mim! – Damon tentava se justificar.

– Cantar?... Por que não? É uma coisa tão bonita... – Giuliana se estirava no sofá ainda buscando uma desculpa plausível.

– Pode ser... Só que eu sou o cara mau! Caras maus não cantam... Isso iria acabar com a minha reputação, sem falar que o Stefan ia encher meu saco pelo menos nos próximos cinquenta anos!

– Se ele fizesse isso seria por inveja! Você tem uma bela voz, e ele, bem, fica melhor tocando instrumentos... E nem ouse usar a desculpa do George de novo, pois ele era o maior dos invejosos! Ele nem tocando era bom. – Ela disse sentando-se.

– Okay, chega de tentar me persuadir! Aceite o fato de que a única vez que cantamos juntos foi e será apenas no Natal de 63! – Damon tentava encerrar com as insistências da prima.

– Tudo bem, estraga prazeres. Com essa eu vou me retirar já que minha presença o irrita tanto... – Giuliana atuava.

Damon revirou os olhos.

– Sem dramas, por favor! – Disse ele.

– Está bem. Chato! – Ela disse se levantando realmente para sair.

– Ei... – Ele chamou a atenção dela que estava saindo. – Eu me diverti mesmo naquele Natal...

Giuliana sorriu satisfeita e foi para seus aposentos.

24 de dezembro de 1863, Mystic Falls.

{...} Damon pulou o murinho do jardim e se agachou para se proteger. Enquanto estava ali teve tempo para juntar a neve que estava sob seus pés e com movimentos ovais fez algumas bolas de tamanho mediano.

Segurando uma delas com uma de suas mãos, ergueu sua cabeça inocentemente para espionar. Quando ele olhou, em uma fração de segundos, um monte branco atingiu, em cheio, sua face. Enquanto tirava a neve do rosto ele pode escutar uma risada gostosa a alguns metros dele.

Os dois estavam no jardim da Fazenda Salvatore, não havia nenhuma flor ou grama visível, a neve cobria tudo, era inverno e véspera de Natal. O branco do gelo dava ao cenário um toque onírico. Embora estivesse um clima gelado, eles estavam entretidos em suas brincadeiras que qualquer sensação térmica era simplesmente ignorada.

Damon agora com a face limpa, observou irritado Giuliana caindo em gargalhadas, zombando descaradamente dele. No mesmo instante ele lançou a bola de neve que estava em sua mão na cabeça da prima.

Ela consequentemente parou de rir e irritada por ter sido atingida falou:

– Agora chega.

– Ah! Pois bem. Agora que finalmente foi atingida queres parar? – Damon disse pulando de volta o muro.

Em seguida ele agachou e começou a apalpar um pouco de neve nos seus pés.

– O que vais fazer? – Giuliana perguntou temerosa.

– Esperes bem paradinha e verás! – Damon começava a tornar oval a neve em suas mãos.

Prevendo o próximo ato de Damon, Ela começou a correr pelo jardim e ele iniciou sua perseguição, em vários momentos mirava seu alvo, mas ela se esgueirava. Quando finalmente teve seu alvo em mira perfeita, lançou a bola de neve, mas do nada surgiu um Stefan na frente, sendo atingido em cheio bem na orelha esquerda. Giuliana e Damon pararam de correr, observavam Stefan se limpando, com cara de culpados.

Stefan que estava sério se limpando, olhou na direção que veio a bola que o atingiu e viu um Damon paralisado, rapidamente ele agachou emendou uma bola malfeita e lançou-a atingindo o irmão.

Os três começaram a rir como crianças e a guerra de bolas de neve tinha sido oficialmente iniciada.

Stefan foi atingido nas costas por uma bola de Giuliana, esta fugia, mas foi atingida por uma, na barriga, de Damon.

Giuliana revidou e o atingiu novamente na cabeça, em seguida recebeu uma bolada de Stefan, e por aí se seguiu a brincadeira. Até que numa correria para fugir das boladas, a Salvatore escorregou na neve úmida e caiu sentada.

De primeira, os três riram, mas rapidamente os dois irmãos foram em seu socorro apoiando-a e ajudando-a a se erguer novamente.

– Agora chega... Vou terminar toda enferma, vocês são muito violentos! – Ela disse retirando a neve de seu vestido francês azul-celeste com barra de rendas vermelhas.

– É que às vezes esqueço que você é uma dama. – Damon se justificou.

– Vou aceitar isso como um elogio... Eu acho. – Giuliana cerrou os olhos na direção dele.

– Tens que nos perdoar, estamos acostumados a jogar com outros rapazes. – Stefan defendeu a si e ao irmão.

– Impossível não perdoar vocês dois. – Ela sorriu ternamente.

– E agora, o que iremos fazer? – Indagou Damon.

– Vamos terminar o boneco de neve! – Giuliana exclamou apontando para as duas bolas imensas que estavam postas verticalmente num canto do jardim.

Os dois concordaram e cada um dos três se ocupou em uma tarefa.

Stefan começou a acrescentar mais neve numa terceira bola mediana que estava um pouco longe das outras duas, Damon foi até uma árvore próxima e tentava arrancar dois galhos, enquanto Giuliana varria o chão em busca de pedrinhas enegrecidas no meio de toda a neve.

Quando terminou com a bola, auxiliado por Giuliana, Stefan colocou a terceira bola delicadamente sobre as outras duas maiores, era a cabeça. Damon colocou os galhos em pólos laterais distintos na bola do meio, eram os braços. Giuliana, por sua vez, colocou três pedrinhas em fila vertical na bola do meio e duas pedras arredondadas em fila horizontal na bola do topo, eram os botões e os olhos.

Damon pegou um graveto pequeno, porem grossinho e enfiou pouco abaixo dos olhos, era o nariz. Depois ele e Giuliana se afastaram um pouco do boneco para contemplar a obra. Estava alto, maior que o próprio Stefan.

– Como está? – Perguntou Stefan colocando um pouco mais de neve no topo da ultima bola que estava se desfazendo.

– Sem emoções... Entediante como você, irmãozinho. Coloque um sorriso nesse boneco! – Resmungou Damon.

Stefan revirou os olhos e obedeceu sem reclamar, pegou uma pedra fina que estava no chão e junto com os dedos começou a traçar uma boca.

– Agora está bom! – Administrava Damon. – Não é bem um sorriso, mas está com uma careta ranzinza... De longe até lembra nosso pai, está perfeito!

– Não sei... – Giuliana opinava. – Para mim ainda falta algo... Hum... Já sei!

Giuliana agachou e rasgou toda a barra de renda vermelha de seu vestido, depois separou o envoltório redondo da costura dando duas pontas ao tecido.

Foi até o boneco e vestiu o “pescoço” dele com o improvisado cachecol.

– Pronto. Agora está perfeito! – Terminou ela.

– Não precisavas estragar seu vestido. – Disse Stefan. – Poderíamos pegar algum dos vários cachecóis que temos...

– Ah! Sei disso, entretanto queria dar algo meu ao nosso novo “amiguinho”... – Giuliana disse ainda contemplando o boneco.

– “Amiguinho”? - Damon satirizou.

– Sim! Amiguinho. – Giuliana repetiu quase como se estivesse sendo ofendida. – Ele vai nos fazer companhia até o inverno chegar a seu fim, olhará pela casa e dará boas vindas ao Santa Claus!

– Vai dizer-me que ainda acredita em Papai Noel e renas voadoras que puxam trenós?! – Damon zombou.

– Não, claro que não, Damon! Mas é bom manter as tradições para o Espírito Natalino não se perder ao longo dos anos em que envelhecemos... – Giuliana se explicou.

– Concordo plenamente! O Natal é uma data comemorativa muito especial não só pelos presentes que são a parte menos importante, mas sim pela família e amigos reunidos num só lugar, celebrando o nascimento do menino Jesus... – Stefan se pronunciava.

Damon revirava os olhos para Stefan se mostrando para Giuliana.

– Esse é o espírito, Stef! – Ela disse sorridente e orgulhosa do primo.

Foi nesse instante que Carmela surgiu na porta da casa e berrou por sua patroa que era na verdade mais como uma filha.

– Senhorita! Giuliana! Deves entrar, além de correr o risco de ficar constipada nesse frio, tens logo que começar a se aprontar para as festas natalinas! – Bronqueou a ama da porta.

Giuliana começou a resmungar apenas para os primos.

– Urgh! Detesto ter que preparar-me por todo um dia para festejos que ocorrerão apenas durante a noite... Nesses momentos eu adoraria ser um rapaz como vocês dois! – Ela esbravejada.

Damon riu.

– Não fale isso perto de nosso pai. – Ele disse.

– Por quê? – Ela questionou curiosa.

Stefan respondeu também rindo.

– Porque ele quis fazer uma festa majestosa só por você...

– Por mim? Por quê? – Ela continuava perguntando.

– Stefan que sugeriu, meu pai o apoiou porque ele acredita que deve ter sido deprimente passar seus últimos natais num internato longe da família... A verdade é que nós quase nunca comemoramos essa data. – Respondeu Damon.

– Gentil da parte dos dois, mas por que vocês “quase nunca” comemoram? – Ela indagava ainda insatisfeita.

– Porque era a data favorita da mamãe, segundo o papai. – Stefan respondeu melancolicamente.

– Ah. – Giuliana suspirou um pouco sem graça. – É melhor eu obedecer a Carmela, até a noite, meninos.

Giuliana fez uma reverência, seguida dos primos, e voltou para Mansão.

[...]

A casa estava magnífica. Completamente enfeitada, praticamente em cada cômodo havia uma árvore de Natal imponente cheia de presentes em seus pés.

A festa estava cheia da nata social de Mystic Falls. Giuseppe convidou todos eles, mas não contava que todos viriam em peso. Afinal não era todo ano que os Salvatore ofereciam uma ceia digna da nobreza, então muitas das famílias desistiram de suas próprias ceias para comparecer a esta.

Os Lockwood, Os Wilson, Os Forbes, Os Johnson, Os Smith, e praticamente todas as famílias fundadoras e não fundadoras como Os Donovan, Os Swan, Os Dilan entre outras, compareceram fielmente.

Era quase 22h, e Giuliana estava numa imensa varanda no segundo andar da casa. Ela tomava um ar e distraía-se olhando o jardim iluminado.

Damon aproximou-se e ficou diante dela, na porta. A garota estava de costas para ele, por um momento teve remorso em despertá-la de seu mundo, mas tinha que fazê-lo. Ah! Ela estava linda, com um vestido novo bem rodado cheio de babados e lacinhos, a cor da vestimenta era toda em champanhe. Só sua gargantilha era de rubis vermelho sangue, um dos presentes de aniversário que o próprio Damon dera a ela.

– Giuliana... – Ele falou em sussurro com medo de chamá-la.

Ela virou-se parcialmente e Damon pode vê-la melhor, era uma cena linda, quase uma Rainha do Gelo envolvida na paisagem branca da neve na varanda e no lado de fora da casa.

– Sim, Damon. – Giuliana disse e sorriu para ele inocentemente. Aquele sorriso provocou um imperceptível tremor nas pernas de Damon, mas rapidamente ele recobrou a ciência de sua missão.

– Meu pai... – Ele balbuciou. – Meu pai quer que você, Stefan e eu distraiamos as visitas...

– Ah, sim! O titio havia me relembrado, hoje mais cedo, que cantaríamos... – Giuliana disse retirando seus cotovelos que estavam escorados na sacada da área. Ela olhou para o jardim mais uma vez e teve a estranha sensação de que tinha alguma coisa observando-a por trás do boneco de neve, era uma sombra negra. Giuliana piscou os olhos sem acreditar e quando olhou nitidamente não havia nada.

– Vamos, então? – Perguntou Damon ainda parado embaixo da porta.

Giuliana caminhou até ele e parou pronta para segurar o braço que ele estendia a ela, mas antes que isso acontecesse Damon viu sua prima congelar e ficar branca olhando para algo que estava acima da cabeça dos dois.

Ele ergueu suas vista para ver o que tinha causado tal comportamento na prima e surpreendeu-se, era um Visco Branco pendurado sob os dois. Ele abaixou novamente a vista e Giuliana começou a encará-lo com um olhar assustado como o de uma gazela frente a frente seu predador natural. Damon viu a face da garota que estava sem sangue, quase tão branca quanto o gelo, mudar e ganhar um rosado envergonhado nas bochechas.

Os dois sabiam e entendiam perfeitamente a tradição. Quando um casal, qualquer casal, ficasse por coincidência embaixo do Mistletoe, um beijo deveria ser dado, para evitar a má sorte.

Damon deu um curto sorriso torto, ele não sabia se era de nervosismo ou de prazer pelo que estava prestes a fazer.

Seguiu seu impulso interior. Segurou firmemente os pulsos de Giuliana e pôde notar que ela tremia, e isso não era muito diferente da reação corpórea que ele também estava tendo.

Damon inclinou-se na direção dela, mas sua cabeça fez uma pequena curva, e seus lábios alcançaram docemente uma das avermelhadas bochechas de Giuliana. Seria clichê dizer que houve uma corrente passando por eles, mas depois do amável beijo os corpos dos dois tiveram espasmos como se estivessem acabado de tomar um choque.

Não seria agora e nem por causa de uma tradição natalina que Damon ousaria beijá-la de verdade e pela primeira vez, ele esperaria pelo momento certo, por ela.

– Vamos agora? – Disse ele e Giuliana assentiu segurando o braço dele, ainda um pouco anestesiada.

[...]

Stefan tocou o piano perfeitamente, como ele sempre o fazia, Giuliana e Damon juntos entoaram uma bela canção natalina da época. Os dois brilhavam acompanhados pela melodia criada pelos dedos do Salvatore mais novo. Os convidados contemplavam o momento, mas para Ele e Ela, só existiam os dois.

– Ele além de muito bem apanhado ainda possui talentos... – Annelise Donovan abanava-se com seu leque imaginário.

– Recomponha-se, Annelise... Ele nem sequer chega aos pés da voz angelical dela. – Disse James Forbes.

Giuseppe Salvatore assistia pomposo numa pose convencida e orgulhosa dos três pupilos, Lana Fell apertava contente a mão de seu noivo, a verdade é que ela auxiliou Giuliana em ensaios para que ela estivesse com a voz mais afinada possível, e havia tudo dado certo, pois ela cantava encantadoramente ao lado da voz masculina imponente e bem sonorizada do primo.

Logo que terminaram de cantar uma salva de palmas os seguiu e os mantiveram no centro das atenções por alguns segundos. Enquanto George Lockwood já elaborava mental e maliciosamente as próximas brincadeiras de mau gosto que iriam bombardear Damon nos futuros encontros dos dois.

– Encantadora! Divina! – Ele tentava exaltar Giuliana. Tomou uma das mãos dela e a beijou cordialmente.

Giuliana fez uma reverência e ele se virou para Damon.

– E a você, caro amigo, não era de meu conhecimento serem seus, dotes tão afeminados. – George provocou Damon.

– Queres provar dos dotes afeminados dos meus punhos, lá fora, querido amigo? – Damon respondeu a provocação.

– Acalmem-se rapazes! Não seria de meu gosto ter que cantar em um funeral logo após uma Véspera de Natal... – Intrometeu-se Giuliana.

George Lockwood soltou um olhar vencedor na direção de Damon.

– O que diríamos na lápide? “George Lockwood, morto por alguém abençoado com dotes femininos”?!

Damon devolveu o olhar vencedor para George, acompanhado do seu sorrisinho cínico.

[...]

Estava perto de dar meia noite e a ceia dos Salvatore logo se iniciaria, mas Giuliana resolveu novamente dar uma escapada da festa e voltou para a varanda onde ela estava mais cedo.

Debruçou-se sobre o parapeito e olhou novamente para o boneco de neve sozinho lá embaixo, aquele vulto negro que ela tinha visto mexeu mesmo com os pensamentos dela.

Depois ela olhou distraidamente para a outra direção na varanda e tomou um susto quando percebeu que não estava mais sozinha no local, era um homem, desconhecido, mas com uma aparência familiar.

Cabelos compridos ao queixo, magro, alto, loiro acastanhado e um olhar azul-esverdeado bem divertido encarando-a.

– Perdão, não era minha intenção assustá-la. – O misterioso homem disse liberando sua voz com um sotaque conhecido.

– Não precisa se desculpar. – Giuliana sorriu simpaticamente para ele. – E o senhor me é familiar, nos conhecemos?

Ele projetou um sorriso divertido com a situação.

– Creio que não... Sou Niklaus Mikaelson e a Senhorita? – Ele se apresentou e perguntou.

– Giuliana Salvatore. – Ela fez uma breve reverência. – Tens razão, me lembraria de um nome tão singular como Niklaus, mas mesmo assim sua face continua familiar.

– Niklaus é mesmo um nome exótico, prefiro que me chamem de Klaus... – Ele disse.

Na verdade esse não era o primeiro encontro de Klaus e Giuliana, mas ela não se lembra disso por motivos que vocês já devem ter imaginado.

– Bem, Sr. Klaus Mikaelson, a ceia já deve estar sendo servida, então... – A moça dizia.

– Estas me convidando a entrar? – Ele indagou.

– Para ser sincera não. – Ela respondeu.

– Não? – Klaus perguntou espantado.

– É que a minha ama me criou, e ela sempre me faz jurar que nunca, em hipótese alguma eu devo convidar alguém a entrar em qualquer ambiente... Confesso que nunca a entendi, mas também nunca a desobedeci. – Giuliana se explicou.

– Está tudo bem. – Klaus disse ternamente. Isso mesmo! Ele disse “ternamente”. – Mas diga-me, no que estava pensando pouco antes de ter interrompido-a?

– Na minha mãe... – Giuliana começou a desabafar, ela sentia-se estranhamente à vontade. – Meus primos falaram que o Natal era a data favorita da mãe deles, mas e a minha? Será que ela gostava também? Não sei dizer porque ela morreu no meu parto...

– Não sei responder a essa pergunta, mas com certeza você parece muito com ela. – Klaus disse novamente com seu sotaque carregado.

– Você a conheceu? – Giuliana interrogou com seus olhos brilhantes esperançosos.

– Tecnicamente?... Talvez. – O misterioso Klaus respondeu.

– Giuliana! – Uma voz a chamava. – Todos estão a sua procura para cearmos.

Ela se virou para dentro da casa e percebeu que era James chamando-a de lá. Giuliana se virou novamente para o homem loiro, mas ele não estava mais ali. Confusa ela olhou aos arredores e nenhum sinal dele.

Só conseguiu encontrar os pequenos flocos de neve que começaram a despencar do céu e pousaram em seus cabelos e vestido.

– Já estou indo, James.

“Feliz Natal, Giuliana Salvatore” Sussurrou a sombra escura atrás do boneco de neve.


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Notas finais do capítulo

Natal seu lindo! Você tá chegando *-*
até o próximo!



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