– Lay! Nanda! – Exclamou Juliana.

– Surpresa! – Gritaram elas.

– Eu pensei que vocês só viessem semana que vem! – Disse Juliana abraçando as amigas coletivamente.

– Queríamos te surpreender! – Disse Laiana.

– Estamos atrapalhando? – Perguntou Fernanda fitando os cabelos de Juliana bagunçados.

– Não! Claro que não! – Afirmou Juliana.

– E por que você está nesse estado? – Perguntou Fernanda.

– Nanda! – Repreendeu Laiana. – Deixe de ser indiscreta! Você esta sozinha em casa?

– Não... Meu namorado está lá em cima... – Respondeu Juliana inocentemente.

– Hummmm Safadeenha! – Disse Fernanda.

Juliana ruborizou.

– Não estávamos fazendo nada de mais... – Disse ela.

– Sei... – Disse Nanda rindo.

– E nós não temos nada a ver com isso! – Disse Laiana olhando para Nanda bronqueando-a.

– Okay... Onde será nosso quarto? – Perguntou Fernanda adentrando a casa.

– Aqui no andar de baixo... Sigam-me! – Disse Juliana.

– E o seu namorado não vai descer? – Perguntou Laiana inocentemente seguindo Juliana.

– Não sei, acho que não... Ele está meio cansado. – Respondeu a Salvatore.

– Hummm... Safadeenha! – Disse Fernanda novamente.

– Err... Não é nada disso que... – Dizia Juliana quando foi interrompida por Laiana.

– Não precisa se explicar, não é da nossa conta... Nanda! – Disse ela.

– Não precisa se explicar agora, mas quando a Madre Teresa de Calcutá aqui pegar no sono... – Disse Fernanda segurando as duas amigas pelos braços se referindo a Laiana. -... Eu vou querer detalhes! – Sussurrou ela no ouvido de Juliana.

– Não existem... detalhes! – Disse Juliana.

– E eu nasci ontem... – Brincou Nanda.

– Fernanda Salazar! Não é porque você não é mais inocente, que todo mundo é obrigado a ser! – Bronqueou Laiana.

– “Laiana Johnson!” – Frisou Fernanda. - Com ‘inocente’ você quer dizer ‘virgem’? Desculpe, esqueci completamente que vocês duas não sabem o que é viver... – Disse ela entrando no quarto. As meninas reviraram os olhos.

– Eu estou faminta... Tem algo para comer aqui? – Perguntou Fernanda se jogando na cama lateralmente.

– Meu Deus! Esqueci completamente... – Disse Juliana, só vivem vampiros nesta casa, porque ela iria ao mercado antes. – Vamos fazer compras?

– Claro, estou doida para conhecer a cidade! – Disse Laiana.

– Não, não! Vão vocês duas, eu estou cansada, vou ficar por aqui! – Disse Fernanda esparramada na cama.

– Tudo bem... Vamos Lay? – Disse Juliana.

– Só se for agora! – Disse Laiana.

...

As meninas se direcionaram a garagem da casa, Juliana pegou o carro de Damon esperando que ele não se importasse.

Ela arrancou com o carro e foram para o supermercado.

– Sabe, Lay... Eu senti muita falta de vocês. – Disse Juliana colocando um pacote de cereais de chocolate no carrinho. – Aqui eu também tenho amigas, mas não é a mesma coisa de vocês duas, não me sinto tão à vontade para falar de tudo com elas...

– Eu entendo... Também sentimos sua falta... Mas fale o que te atormenta, agora você pode se abrir... – Disse Laiana pegando um pacote de biscoitos.

Juliana queria muito falar sobre, vampiros e lobisomens, bruxas e tudo mais. Mas não tinha coragem, não tinha coragem de encher a vida das amigas com todas essas preocupações que são muito surreais.

– Minha vida está de pernas pro ar... – Disse ela.

– Desembucha mulher! – Disse Laiana.

– Primeiro, meu pai está na cidade... – Disse Juliana.

– O que? Sério? – Perguntou Laiana surpresa.

– Super sério, mas não para por aí não: minha doença reapareceu, conheci a ex do meu namorado e tem um assassino a solta na cidade... – Disse Juliana.

– Uau! Sua vida está muito agitada... – Disse Laiana.

– E a mais chocante de todas: eu estou completamente apaixonada por alguém! – Disse Juliana.

– MEU DEUS! O que aconteceu com a senhorita “amor é perda de tempo, nunca irei me apaixonar”? – Perguntou Laiana rindo.

– Conheceu um cara sexy de olhos azuis e muito gato... – Respondeu ela.

– Nossa! Ele é tão bom assim? – Perguntou Laiana impressionada.

– Espere e verás... – Disse Juliana sorrindo maliciosamente.

– Mas vem cá... O James também tinha olhos azuis... – Retrucou Laiana.

– Ele nem chega ao dedinho mindinho do Damon... E por falar no James, como ele anda? – Perguntou Juliana.

– Sei lá, desde que vocês terminaram ele desapareceu da escola... Você foi muito cruel, terminar por telefone é traumatizante! – Disse Laiana.

– Eu sei... Foi muita maldade, mas eu não podia fazer nada, não ia pegar uma ponte aérea só para dar o fora num cara... – Disse Juliana.

– Eu nunca entendi por que você namorou com ele... Aquele cara era muito estranho, me dava arrepios... – Comentou Laiana que estava empurrando o carrinho.

– Ele me venerava de uma forma esquisita, fiquei com pena, nunca quis ser aquelas garotas esnobes que se acham, então dei uma chance a ele, mas não deu certo... – Juliana dizia quando avistou uma barraquinha de sobremesas de graça. – Uh! Pudim... – A garota falou abandonando a amiga e indo hipnotizada até a barraquinha.

– Se um cara me perseguisse como ele te perseguia eu chamava a polícia... – Laiana conversava sozinha pensando que a amiga estava atrás dela.

Empurrou o carrinho até o final do corredor, quando se esbarrou com outro carrinho.

– Oh! Me Desculpe... – Disse o cara alto que guiava o carrinho que se esbarrou com o dela.

– Não, me desculpe você, eu estava distraída... – Disse Laiana levantando a vista lentamente e se deparando com ele sorrindo para ela.

– Err... Meu nome é Chad... – Disse ele sem graça se deparando com os olhos daquela linda morena.

– Meu nome é Laiana... – Disse a morena timidamente.

– Você vem sempre aqui? – Ele perguntou inseguro.

– Ao ‘supermercado’? Sim, às vezes... – Laiana riu brevemente.

– Não... Não que eu esteja dizendo que você não venha ao supermercado, todo mundo vem ao supermercado... É que eu sempre venho fazer a feira com a minha mãe aqui... Quer dizer... Eu sempre venho comprar bebidas para as festas que eu dou lá em casa aqui... E nunca te vi antes. – Disse Chad.

– É por que eu não sou daqui, estou visitando uma amiga na cidade... – Disse Laiana.

– Podemos nos encontrar um dia desses, não que isso seria um encontro... Eu poderia te mostrar a cidade... – Disse ele todo atrapalhado.

– Não é por nada não, Chad, mas acho que minha amiga vai querer me mostrar a cidade... – Disse Laiana.

– Não... Tudo bem... – Disse ele.

– LAYY! – Berrou Juliana se aproximando. – Você devia provar isso! – Disse ela comendo uma amostra de pudim. – Ah... Oi Chad! – Cumprimentou Juliana notando-o.

– Oi... – Disse Ele.

– CHAD! – Berrou uma voz de mulher do outro lado do departamento que eles estavam.

– JÁ VOU MÃE! – Chad respondeu a voz. – Tchau meninas, até mais... – Ele disse vermelho como um pimentão saindo.

– Quem é ele? – Perguntou Laiana.

– Ah... Ele é só um amigo do Aaron, um idiota que eu saí uma vez... – Respondeu Juliana. – Vamos! Você precisa provar dessa sobremesa! – Disse ela puxando a amiga.

...

Enquanto isso na mansão Salvatore...

Fernanda estava entediada, não agüentava mais esperar as meninas, então resolveu explorar a casa.

Andou pelo corredor e se deparou com uma porta que dava para uma espécie de porão. Adentrou, a curiosidade era uma coisa muito forte nela, na verdade.

Passou por um freezer e o ignorou, encontrou outra porta que dava para uma espécie de estufa. Ela se aproximou das plantas, mas manteve certa distância.

– Verbena! – Ela falou em voz alta, surpresa.

Saiu rapidamente da estufa, e quando ia saindo da espécie de porão hesitou quando o freezer finalmente lhe chamou a atenção.

Ela o abriu e surpreendeu-se mais ainda quando viu o conteúdo, várias bolsas de sangue. Pegou um dos sacos em sua mão e o cheirou, tornando visíveis as veias ao redor de seus olhos e suas presas.

...

Damon estava no seu quarto esperando Juliana voltar dizendo quem estava tocando a campainha, mas fazia quase meia hora e nada. Ela realmente tinha esquecido o namorado lá em cima.

Resolveu descer para ver o que tinha acontecido.

– Amor? – Disse ele descendo as escadas.

(O quarto de Damon na minha fanfic permanece sendo no 1° andar da casa, já tinha dito isso antes, não tenho culpa se Julie e Kevin escolherem o térreo, eu escolhi primeiro, eles que mudem hasuhsuaushahsua)

Ninguém o respondeu de volta. Ele passou pelo corredor e reparou na porta do porão aberta, resolveu checar o local.

Desceu as escadas do porão e se deparou com uma loirinha em frente ao freezer aberto.

– Fernanda? – Damon perguntou surpreso.

– Damon! – A loira exclamou surpresa vendo-o.