Contando Estrelas 2 escrita por Letícia Matias


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Último Capítulo.
Se você chegou até aqui, saiba que você é uma pessoa maravilhosa e eu te amo!



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Eu não sabia qual era o meu estado, mas quando as portas do elevador se abriram, todos os olhos se dirigiram a mim.

Passei pela recepção soluçando e saí do hotel. Estendi a mão para chamar um táxi e logo, um parou na minha frente.

– Mary! – ouvi Johnny chamar.

Entrei no táxi.

– 5th Avenue, por favor. – disse rouca.

O taxista começou a dirigir.

Olhei a figura de Johnny que ficava para trás. Com certeza ele viria trás de mim. Ele estava pegando um táxi.

Merda!

Meus soluços ficaram mais intensos e eu lutava para abafá-los com a mão. O taxista estendeu-me um lenço branco e eu peguei de bom grado.

– O-obrigada. – eu disse e usei-o para secar as lágrimas.

Não demorou muito como na hora da ida. Chegamos rapidamente em frente ao prédio.

– Obrigada. – paguei o taxista e ele assentiu.

– Fique bem, srta.

Assenti controlando o choro e saí do táxi.

Entrei no prédio correndo e passei correndo por Adam.

– Mary! – ele chamou, mas não virei-me.

Entrei no elevador e apertei o botão para o penúltimo andar.

Parecia uma eternidade. Parecia que não ia chegar nunca...

As portas se abriram e eu fui em direção à porta. Minhas mãos estavam tremendo então a tarefa de abrir a porta foi difícil, porém, eu consegui.

Não me certifiquei de fechá-la. Apenas fui para o quarto e peguei a mala vermelha que estava vazia e coloquei-a em cima da cama.

Abri o guarda-roupa e comecei a tirar todas as roupas que eu via pela frente.

As lágrimas deixavam minha visão embaçada e meu nariz congestionado.

– Mary. – ouvi a voz de Johnny na porta.

Parei com uma blusa na mão e virei-me para olhá-lo.

Sua expressão era de angústia.

– Por favor, Mary. Me escute. – ele disse vindo até mim.

– Não toque em mim! – gritei. – Não toque em mim! Não se atreva!

Ele deu um passo para trás perplexo com a minha gritaria.

– Como você pôde fazer isso comigo, Johnny¿ Como¿ Estava muito claro! Eu e sou muito burra para não perceber... Você a defendeu, vocês estavam íntimos demais no jantar... E eu... Ingênua, achei que você era diferente. Achei. – solucei diversas vezes. – Mas você não é. Você é igual a todos os outros.

– Mary, eu não te traí, eu não fiz nada, eu juro para você Mary. Ela me beijou, bem na hora que você entrou. Eu juro para você. Por favor, Mary, me escute, me perdoe. – ele disse ajoelhando-se a minha frente.

– Não seja ridículo. – eu disse dando um passo para trás. – Perdão¿ Você acha que merece perdão¿ Sabe o que me dói em tudo isso¿

Ele ficou em silêncio olhando para mim.

– É que todos me avisaram que não daria certo, todos me avisaram... E eu... Idiota, apaixonada... – ri novamente e depois as lágrimas tornaram a cair.

Ele levantou-se e colocou as mãos em meu rosto, secando as lágrimas.

Empurrei-o.

– Não me toque. – eu disse. – Acabou.

Olhei para ele e sustentei seu olhar.

– Não, Mary, por favor. Não faça isso comigo! Eu juro para você, eu não fiz nada. Ela me beijou Mary... Eu te amo! Eu te amo, por favor acredita em mim. – ele disse vindo em minha direção.

Passei por ele e fui para o outro lado do quarto.

– Não. Acabou. Nós acabamos aqui. – eu disse secando as lágrimas e fungando. – Eu não sou idiota, não mais. Nós terminamos. Eu vou embora daqui, você pode ficar com o seu apartamento...

– Não, esse apartamento é seu, Mary eu...

– Eu não o quero! – gritei. – Você fique com seu apartamento, eu vou embora e vou pedir para que Joseph e Matt venham buscar minhas roupas e minhas coisas.

Virei-me e fui em direção à sala. Olhei para a janela. O céu estava cinzento e de repente, aquela vista que eu tanto amava, me deu repulsa.

Fui em direção à porta.

Johnny segurou meu braço.

– Mary, por favor, não faça isso, não me deixe.

Respirei fundo e olhei para ele.

– Você me magoou, e eu achei que nunca faria isso. Chega. Acabou. Não me procure não me ligue... Me esqueça!

Soltei meu braço de sua mão e saí pela porta indo em direção ao elevador.

Ele ficou parado na porta do apartamento me olhando.

Entrei no elevador e sustentei seu olhar. Fiquei firme e fria, mas quando as portas se fecharam, foi o suficiente para eu começar a chorar novamente.


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Notas finais do capítulo

Nos vemos no 3º livro!



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