Acordei, com meu celular tocando

—Oóó Deus!! Quem ousa me acordar? – perguntei irritada

—Eu, Leo, Nat, Pedro, Ge e Lucas – assustei ao escutar o nome do Lucas

—Lucas?

—Sim, a gente ta aqui na porta da sua casa – escutei risadas no fundo –  Vamos no paintball e se quiser ir tem 5 minutos pra descer – não falei nada tentando processar a informação

—Poe blusa de manga comprida e calça – ela riu – desce logo

Levantei fiz um rabo e pus blusa de manga comprida e uma calça jeans velha, peguei dinheiro soquei no bolso de trás e desci. Estavam realmente todos lá no carro do Leo, esprimidos. Fui ver direito e vi que não era o Leo que estava dirigindo e sim o Lucas. Bem, devo ter acordado em outro mundo. Carol estava no banco da frente com Nat tentando sentar no banco, o resto tava atrás .

—Beleza, agora quero ver como vou enfiar ai dentro – Disse pondo a mão na cintura

—Ai filha, da um jeito ai né  –gritou Nat sem necessidade

—Ta – disse abrindo a porta de trás. Ge arredou mais pro lado, o que não deu muito certo, Leo e Pedro reclamavam. Com muito custo entrei, não sei como, mas entrei. O bom era que o paintball era pertinho, assim... segundo eles.

Realmente era perto, chegamos em menos de 10 minutos, o proprietário estava do lado de fora provavelmente nos aguardando

—Quem teve essa ideia brilhante de uma hora pra outra - perguntei

—E quem é que tem ideias brilhantes aqui? – perguntou Leo –Minha pessoa é cla.. ai

Disse recebendo um tapa de Ge. Ri

Descemos do carro e recebemos instruções do carinha. A gente tinha 1 hora e 30 minutos pra poder jogar e mais 30 minutos pra quem quiser, tomar uma duchada pra tirar um pouco da tinta, do que tinha um porém... a água era pouca e só tinha duas cabines de ducha . Concordamos e entramos.

O local era espaçoso, com carros velho espalhados e algumas arvores, tinha também barris grandes em todo local. Pegamos a roupa, ela era verde, parecendo aquelas do exército, acompanhado com uma bota preta e meio suja e um óculos gigante de proteção. Eu e as meninas pegamos as roupas e fomos ao banheiro trocar, voltamos e fomos até as armas já com as bolinhas de tinta em um saquinho do lado. Os meninos chegaram e olharam para gente

—Pode falar –disse eu –tamo arrasando nessa roupa

—Não mais que eu – disse Lucas rindo.

Pendurei o saquinho na minha roupa e tentei pegar a arma, o que não deu muito certo.

—Caramba –disse fazendo força –como é que vou conseguir andar com isso?

Escutei risadas

—Anna, Anna – disse Carol vindo em minha direção –se segura desse jeito, entendeu?

Disse ela virando minha arma do outro lado

—Aah sim, obrigada senhorita sabe tudo – ela me olhou e deu de língua

—Vamos formar times – disse Pedro dando um passo a frente e sendo cortado por Nat

—Meninas contra meninos – olhou para gente esperando aprovação, nos sorrimos – Okay então, meninas contra meninos.

Fomos até o gramado com carros velhos, arvores e barris.

—Vou contar de um até dez, pra poder da tempo de correr – disse Pedro á frente

—Um...– começou ele, corri o máximo  que pude e fiquei atrás de um carro – oito, nove, dez –nisso já não sabia onde estava Pedro nem ninguém . Saí de trás do carro pra tentar ver alguém, e adivinha quem eu vi? Lucas e Leo os dois atrás de um barril. Tentei procurar alguma das meninas pra elas irem la comigo e vi Carol olhando pra mim e apontando pra onde os meninos estavam, fomos até lá tentando não fazer barulho, e quando chegamos numa distancia boa atrás deles, não muito longe, mas não muito perto, agachamos e atiramos na bunda deles. Olhei pra Carol como se ela tivesse lido meu pensamento e comecei a rir. Eles se viraram rápido e nos olharam incrédulos. Paramos de rir e notamos um pequeno sorriso nos lábios deles.

—Não –disse eu para os dois

—Não mesmo – repetiu Carol, e eles alargaram o sorriso

Olhei pra Carol e num susto, começamos a correr, olhei pra trás e vi os dois vindo atrás da gente. Ooh Deus nos ajude, Carol estava do meu lado, até que ela disse que não aguentava mais, parei de cansaço

—Desisto - disse olhando pros dois, Carol pôs as mãos no joelho e respirou fundo

—Ajoelhem – disse Leo apontando a arma pra mim

—As duas, agora – disse Lucas apontando a dele pra Carol

— Desde quando se tornou tão perverso Lucas – perguntei pra ele ajoelhando de frente

— A 5 minutos atrás quando ganhei um tiro na bunda – disse ele – Agora virem

—Leo? – pedi e olhei pra ele implorando que não fizessem aquilo. Ele somente sorriu

—Virem – Leo repetiu

—Não to acreditando - disse Carol se virando. Aí algo aconteceu, Natalia saiu gritando atrás de Pedro e atirando pra todos os lados um bolinha me certou, cai no chão.

—Velho, isso dói – outra quase acertou Carol, Lucas e Leo também foram atingido

Peguei minha arma e levantei, Carol já estava correndo atrás de Pedro também

—Obrigada Carol – disse pra mim mesma vendo que Leo e Lucas já estavam se recuperando do tiro, comecei a correr de novo ate que

— Caralho – Dois tiros na bunda, encolhi no chão e virei de barriga pra cima. Leo e Lucas vieram pra perto de mim – Isso não se faz com uma garota, sabia?

—Desculpa, não foi nossa intenção - escutei uma bolinha acertando alguém e depois de novo, Ge e Carol voltaram e acertaram os dois, Leo na perna que caiu no chão do meu lado e Lucas no ombro que caiu sentado. Carol começou a rir histericamente e caiu no chão também. Ela realmente não era normal. Me levantei e olhei pra elas, estavam olhando pros meninos no chão

—Acho que é melhor começarmos a correr de novo – disse Ge

E aí tudo começou novamente, não fui atingida dessa vez, faltavam 4 bolinhas pra mim, avistei Pedro um pouco a frente. Atirei até acertar, uma o acertou na barriga

—Desculpa – gritei, sobrou uma bolinha, parei atrás de uma árvore . Olhei pro campo, não avistei ninguém. Escutei um grito, Carol, reconheci. Estava sozinha, com medo e com frio. OK exagerei, escutei passos e preparei pra atirar. Era Nat