Ron & Hermione - Years Of Love escrita por Conta Movida


Capítulo 3
Capítulo III - Bebés e Póneis Rosa


Notas iniciais do capítulo

Lamento se o título do capítulo tenha causado trauma a alguém.
Boa leitura ^^



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Capítulo III - Bebés e Póneis Rosa

Ainda mal refeita do choque, levantei-me com Harry e Ron e observámo-los. Iam subir a rua. Discretamente seguimos na mesma direção. As ruas pareciam estar mais cheias do que nunca, para nosso azar. Seguímo-los durante um bom tempo. Agora o receio de não os encontrar tinha desaparecido. Mas outra maldita dúvida surgiu. E se não conseguisse anular o feitiço? Tentei acalmar-me e concentrar-me. Já eram quatro da tarde quando eles chegaram a uma casa numa rua deserta. Era agora. Olhei para Ron e Harry e fiz sinal de que ia avançar. Andei mais depressa, deixando-os para trás em direção aos meus pais. Tirei rapidamente a varinha do bolso e lancei-lhes um feitiço não verbal. Era a primeira vez que o fazia, por isso temia que não resultasse. Parei, olhando em frente para eles. Pararam quando meu pai estavas prestes a abrir o portão da casa. Ouvi-os falar. Aproximei-me a medo e ouvi-os.
– Não faço ideia. - murmurou meu pai.
– Como assim? Então o que estamos fazendo com essa criança num carrinho, entrando para uma casa de que nem nos lembramos num sítio que nem sabemos onde é? - perguntou minha mãe nervosa.
Permaneceram em silêncio. Não tive coragem de interromper. Olhava que nem uma idiota, atrás deles.
– Onde está a nossa filha? - perguntou finalmente meu pai.
– Isso também não sei.
– Aqui. - finalmente ganhei coragem de me meter na conversa. Como que por impulso abracei-os dois, chorando. Eles olhavam confusos um para o outro, até notaram a presença de Harry e Ron.
– Hermione, que sítio é esse?
Mas eu não parei de chorar.
– Expliquem-lhes, eu não... Eu não consigo. - disse me virando para Harry e Ron entre soluços. Dava para ver que eles estavam atrapalhados mas conseguiram explicar-lhes tudo, desde a viagem que tínhamos planeado para procurar Horcruxes ao que estava precisamente a acontecer.
– Eu sabia que vocês não me deixariam ir, por isso... Eu precisava mesmo de ir. - expliquei já mais calma, mas ao mesmo tempo receando a reação deles.
– Hermione. - disse minha mãe num tom compreensivo. - O que interessa é que tudo correu bem... - Fez um gesto para meu pai não a contrariar - Bem apesar de agora termos dois filhos...
– Pois, mas o que vamos fazer com essa casa? - meu pai apontou para a casa sem tirar a mão do portão que estava prestes a abrir.
– Vendemos, claro. Mas ficamos por aqui alguns dias. Depois voltamos. De AVIÃO, Hermione. E vamos todos, incluindo vocês... hmm...
– Ron e Harry.
– Isso. Então vamos entrar, amanhã colocamos um anúncio para vender a casa.
Entrámos em casa. Não era muito grande mas também não era pequena. Tinha dois andares, em baixo a sala, a cozinha e uma casa de banho e em cima os quartos, com mais uma casa de banho.
– Onde é que nós dormimos? - perguntei.
– Não trouxeram nada? - perguntou meu pai.
– Sim, mas deixámos no hotel. - respondeu Harry.
– Acho que ainda temos tempo de ir buscar as coisas. - interrompeu Ron, olhando o relógio. - Não precisamos de ir todos.
– Eu ofereço-me. - disse Harry. Sem dar tempo para alguém responder, Desapareceu.
Meus pais olhavam espantados para o sítio onde ele tinha Desaparecido.
– Ele já volta. - esclareci.
Eles desviaram o olhar para o bebé.
– Bem... então e ele? Não o podemos abandonar, claro que vamos ter de ficar com ele. - disse meu pai mexendo no bigode como quem pensa em algo complicado. - Como é que ele se chama mesmo?
– Segundo o que ouvimos no restaurante, Davis. - respondi eu.
– Davis Granger... Soa estranho. - comentou meu pai. - Vocês têm sacos cama, certo?
Ron fez que sim com a cabeça.
– Ele vai trazê-los? - perguntou referindo-se a Harry.
Ron fez que sim com a cabeça de novo.
Ele mexeu de novo no bigode e murmurou alguma coisa que não deu para entender e afastou-se em direção ao andar de cima.

POV Ron

Hermione foi para cima ajudar os pais com o bebé, me deixando plantado olhando para o ar. Finalmente o Harry voltou, carregado com a mala de Hermione e alguns sacos cama.
– Se soubesse tinha posto tudo na mala. - resmugou ele. - A Mione?
– Está lá em cima com os pais ajudando com o...
– Seu cunhado?
– Cunhado? - perguntei confuso - Ahh... Harry, ele não é meu cunhado.
– AINDA.
Se bem que podia ser... Mas não. Quando é que a Mione alguma vez ia olhar para o Ronald Cenoura Weasley? Nunca. Era mais fácil ela se apaixonar pelo Malfoy.
– Mione! - chamou Harry.
Ela desceu, o que não pareceu ser mau pois Davis tinha resolvido começar a fazer outra birra.
– Onde pomos os sacos cama? - perguntou ele.
– Sei lá. Mãe! Ela deve saber.
– Hermione? - ouvi uma voz vinda do andar de cima.
– Onde ficam os sacos cama?
Ouvi passos no andar de cima, que rapidamente desceram as escadas.
– Podem ficar ali perto dos sofás.
Ouvimos Davis chorar de novo e o Sr. Granger chamar. Ela suspirou e subiu de novo. Passámos a tarde toda conversando e assistindo TV. Passavam alguns filmes e eu resmungava cada vez que usavam soluções não mágicas os chamando de idiotas.
– É melhor mandar uma carta aos meus pais para dizer que já está tudo bem. - disse a determinada altura.
– Mas não temos nenhuma coruja... Você não trouxe a sua, pois não Ron? - perguntou Harry.
– Não... - pensei um pouco - As moedas, vocês têm?
Eles olharam confusos para mim.
– As moedas com que trocávamos mensagens com a AD.
– Ah! Boa ideia. Eu tenho aqui a minha, algures... - Hermione procurou na mala. - Aqui. O George e a Ginny ainda devem ter as deles, certo?
– Mande para os dois.
– Acho que deixei a minha n'A Toca... - lamentou-se Harry.

Está tudo bem, voltamos em breve. - H.G.

Ela enviou para George e Ginny.
– Feito.
Passámos alguns dias naquela casa. Todos os dias a mesma coisa. Acordar, pequeno almoço, birra do Davis, almoço, birra do Davis, lanche, birra do Davis, jantar, birra do Davis, dormir (e ao mesmo tempo birra do Davis). Ele é uma peste...
Tinha chegado o dia de voltar. Venderam a casa e fomos para um hotel. Eu sei que os Granger vieram morar para aqui, mas é preciso tantas malas com tanta coisa?! Deixei cair uma mala cheia de roupa em cima do pé do pai da Mione e algo me diz que não vamos ser os melhores amigos depois disto. Parece que ele tem uma implicância comigo. Chegámos ao... Avião. Acho que vi um uma vez, mas nunca andei nele. E se aquela coisa cai?
– Nunca andei de avião... - comentei baixo com Harry.
– Nunca? - perguntou espantado o Sr. Granger. - Bem...
Ele me olhou como se eu fosse algo que um cachorro tivesse deixado no passeio. Entrámos e me ia sentir ao lado da Mione quando ele me chamou.
– Você não prefere ficar aqui? - apontou para um banco atrás de todos. - Tem menos probabilidades de enjoar...
– Eu... - nem terminei a frase e acabei por ir para lá e Harry acabou por ficar no meu lugar.
Ele me odeia, é oficial. Que mal eu fiz? Só quase lhe parti o pé, nada que um feitiço não resolvesse... Também não tenho culpa de nunca ter andado nessa coisa.
*
– Nunca. Mais. - disse mal saí do avião.
– Que exagero, não é assim tão mau... - disse Harry.
Olhei em volta procurando Hermione e cruzei o olhar com o Sr. Granger. Olhava-me da mesma maneira de quando disse que nunca tinha andado de avião.
Não tive muito tempo de me preocupar com aquilo, pois vinham na minha direção duas garotas que me perguntaram qual era meu número. Olhei para Harry como que a pedir ajuda mas ele olhava interessado pelo vidro do aeroporto sabe se lá porquê.
– Ele não tem celular. - Hermione chegou e olhou fixamente as duas garotas.
Elas encolheram os ombros e foram-se embora.
– O que raio é um celular? - perguntei.
Ela abanou a cabeça e me tentou explicar.
– É um aparelho que as pessoas usam para comunicar...
– Tipo carta? - perguntei.
– Não...
– Então tipo o quê?
– Mostrava-te o meu, mas está na mala. Pergunte ao Harry, talvez ele saiba explicar.
*
30 de julho
Chegámos À' Toca e arrumámos as coisas.
– Você não fica, Hermione? - perguntei, ao ver que ela não deixava nada.
– Não, vou passar algum tempo com meus pais. Mas não quer dizer que não venha para aqui fazer número às vezes...
– Ainda bem... - deixei escapar.
O que é isso Ron? Ainda bem?!
Ela me olhou com um ar confuso.
– Quer dizer... No sentido de ajudar seus pais com a pestinha... - forcei um sorriso.
– Ah... Vou indo então. Até depois. - ela Desapareceu provavelmente para casa.
Aí fui invadido por um vazio que já tinha sentido várias vezes antes. De novo não... Era como se já não tivesse ninguém. Parecia que tinha ficado sem uma parte de mim. Por quanto tempo ela iria estar em casa com os pais? A verdade é que me habituei a tê-la por aqui. Mas logo me alegrei.
Amanhã é o aniversário do Harry... De certeza que ela virá. Espero...
De repente abriram a porta do meu quarto.
– Então? Como vai? - George tentava conter o riso, sabe-se lá porquê. Atrás dele vinha Lee.
– Com os pés. - respondi.
– Tenho de arranjar outra vítima para essa piadinha...
Ele parecia mais animado. Pelo menos estava recuperando. Eu ainda estava péssimo.
– Viemos dar-lhe as boas vindas, Ronzinho. - disse Lee com um sorriso trocista.
– E no melhor. - acrescentou George.
Antes de puder perguntar ''O quê?'', explodiram foguetes coloridos no quarto. A determinada altura, dois foguetes rosa cruzaram-se e desenharam no ar um pónei e uma frase.
Bem vindo de volta, Ronzinho.
Eles pareciam duas hienas rindo. Parecia que iam ter um ataque cardíaco, o que já agora não era má ideia, se aquela frase desaparecesse. A certa altura transformou-se num quadro que automaticamente se pendurou numa parte da parede que não estava ocupada por posters. O pónei corria em volta da frase largando brilhos também rosa.
Naquela altura eles já estavam agarrados à barriga de tanto rir. Furioso avancei em direção a eles e fechei-lhes a porta na cara. Os foguetes pelo menos tinham parado. Tentei tirar o quadro da parede, mas ele não saia.
Eles. Não. Perdem. Pela. Demora.
O que aconteceria se alguém entrasse no meu quarto e visse aquele quadro? Usava um saco na cabeça para a vida toda! Nem queria que Harry visse. Nem o meu melhor amigo podia ver aquilo. Ainda bem que ele ainda estava a desfazer as malas no quarto dele.


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