Persecutor escrita por Emi AK
Notas iniciais do capítulo
♦ Olá a todos, me desculpem a demora para postar esse capítulo, os motivos da demora são: bloqueio criativo e semana de provas.
♦ As metas de 150 visualizações, e 10 pessoas acompanhando foram alcançadas! Temos 18 leitores e mais de 450 visualizações! Obrigada a todos vocês!
♦ Um obrigada especial e carinhoso para: KentinCookie, Micka e GeoSS. Vocês me motivaram e me libertaram do bloqueio criativo
● Lis Fontaine ●
Sai imediatamente da sala de aula, aquele garoto me deixava nos nervos. Levantei os olhos e vi Castiel encostado em uma parede me esperando. Fui em sua direção e percebi um pequeno sorriso despontando em seus lábios.
– Alguma novidade?
– Nenhuma…Hm, então estávamos falando sobre?
– Sobre como arruinar a vida escolar do Nathaniel. Acredito que...você tem algo pra me contar, certo?
Meu coração palpitou, me lembrei de Nathaniel me dizer que já estava sofrendo o suficiente e que a vida estava dando o troco. Varri os olhos pelo corredor pensativa. Eu me vingaria ou não de Nathaniel? Ele merecia, mas não era o certo a fazer. No fim eu havia mentido e dito que Castiel já sabia de tudo, sendo que a única coisa que eu tinha mencionado sobre Nathaniel era que ele pegava muito no meu pé.
– Eu estou planejando algo, mas por enquanto vou esperar.
Castiel se inclinou para mim:
– Qual é? Não vai me ajudar? Sabe, poderíamos fazer uma bela dupla.
Levantei uma das sobrancelhas desconfiada.
– Tipo Bonnie e Clyde.
– Bandidos? - perguntei em deboche.
– E amantes. - ele pronunciou baixo demais. A ponto de que eu identifiquei as palavras pelo movimento de seus lábios. - Sim, bandidos. Bandidos muito inteligentes por sinal. - em seguida piscou para mim.
Dei de ombros e me apoiei na parede ao seu lado.
– Tem alguma coisa legal nesse colégio? Digo, festival, feira, sei lá?
– Só no inicio e fim do ano letivo. Mas ao longo dele o pessoal costuma dar umas festas iradas!
– Não curto muito festas.
– Eu vou, mas as vezes prefiro ficar em casa.
– Eu nunca ia nas festas que o pessoal dava em Dreux. Eram todas chatas. - menti, a verdade é que eu nunca havia sido convidada.
– O povo de lá...Parecem ser uns babacas.
– E são!
O sinal tocou e eu me separei de Castiel para ir ao armário checar meu horário e separar o material. Eu iria rever Castiel, afinal eramos da mesma turma, peguei meus livros e coloquei-os dentro da bolsa, olhei rapidamente para tela do meu celular e havia uma mensagem da operadora, bufei com isso, odiava essas mensagens irritantes que lotavam minha caixa de entrada para nada. Fechei meu armário e fui para a sala de aula, encontrei Castiel conversando com um garoto alto e de cabelos platinados, suas roupas eram um tanto exóticas e seu olhar estava fixo em algo que eu não poderia decifrar o que. Conforme me aproximava eu podia ouvir a conversa cada vez mais nítida.
– ...acredito que a melhor opção seria arranjar um baterista que estude aqui no colégio.
– Ahh, pelo amor Lysandre. A única pessoa que conhecemos é…
“Nathaniel”. Completei mentalmente.
– ...Nathaniel. - continuou Castiel com a voz baixa.
– Olá Castiel. Voltei.
– Oi Lis.
O garoto alto levantou as sobrancelhas, e pronunciou em voz baixa:
– Lis?
– Eu estava falando com ela, relaxa Lysandre, somente eu, você e Rosalya sabemos de seu apelido. - o garoto corou com o comentário. - A propósito, esse é o Lysandre, um grande amigo meu.
Lysandre fechou os olhos lentamente e curvou sua cabeça levemente em um cumprimento educado. Sorri em resposta e abaixei a cabeça.
“Céus, como esse garoto sabe se portar”. Pensei.
– Que droga o professor já chegou. - bradou Castiel.
Lysandre sorriu destraidamente e falou baixinho para mim:
– Hoje ele está mais agitado que o normal. Por favor, não faça-o explodir no fim do dia. - depois terminou a frase em um riso travesso.
– Vamos Lis, me dê sua bolsa. - Castiel estava com a mão na alça livre de minha bolsa.
– O quê? Como assim?
– Mê dê logo! - o ruivo disse tomando a bolsa de minhas mão.
Lysandre se divertia com toda a cena que estava se formando.
– Mas que coisa! Pegue logo! - disse revirando os olhos e desprendendo os dedos da bolsa.
Lysandre sorriu ainda mais. Eu já havia entendido como ele imaginava essa cena dentro de sua cabeça. O garoto se despediu e foi para sua sala de aula, enquanto Castiel ajeitava minha bolsa em seu ombro livre. O ruivo se direcionou para uma mesa no fundo e deixou sua bolsa nela, quando uma garota ia colocando sua bolsa cor de rosa na mesa ao lado ele foi mais rápido e jogou a minha fazendo uma careta para a garota. Ela se afastou e foi procurar outro assento. Me aproximei e pendurei a bolsa na cadeira, quando me virei para pegar o estojo e o caderno agradeci ao ruivo que sorriu de imediato.
A próximas aulas passaram depressa, mas eu já estava exausta, não via a hora de chegar em casa, almoçar e tomar um banho. Me despedi depressa de Castiel e Lysandre, e atravessei a rua de encontro ao carro de minha tia. Joguei a bolsa no banco de trás e me sentei na frente. Foi só eu encostar minhas costas no banco que ela começou a fazer perguntas:
– E aí? Como foi? Gostou do colégio?
– Sim, foi tudo ótimo!
– Ví que já fez amizade, com dois rapazes.
– É…
– Huhum.
Minha tia acelerou o carro, e fomos para casa.
• ● •
A semana passou depressa, minhas companhias no recreio variavam entre Castiel acompanhado de Lysandre ou Iris e algumas de suas amigas.
Iris foi a primeira garota que veio falar comigo, foi em uma aula de química, onde eu cheguei antes de Castiel e me sentei sozinha em uma das pias, assim que o ruivo entrou na sala de aula, Iris correu e sentou no banquinho de madeira oscilante.
– Oi. - um sorriso em seu rosto era mais que evidente.
– Oi.
– Você é a Lis, certo?
– Sim…
– Meu nome é Iris. Queria saber se você não quer passar o recreio comigo e com mais algumas meninas. Sabe, o Castiel é muito legal, mas não é a melhor companhia do mundo.
– Além de você, ele foi a única pessoa que veio falar comigo.
– Você já conhece todo o colégio, certo?
– Sim, Nathaniel me ajudou com isso.
O professor apareceu na sala de aula segurando uma caixa de papelão desbotada.
Iris assentiu e tirou seu caderno da bolsa. A caixa prendeu minha atenção por alguns minutos. Ele encarava os alunos com uma expressão plácida e monótoma, colocou a caixa sobre sua pia, que ficava de frente para as dos alunos, e logo atrás de si havia um quadro esverdeado pronto para ser usado.
– Bom dia crianças. Hoje vocês vão aprender alguns truques de química. Esqueçam a apostila, vamos começar nossa primeira aula de química após um longo descanso com uma experiência muito divertida e simples. Tinta invisível.
O professor começou a tirar óculos e luvas de dentro da caixa e distribuir para os alunos que radiavam ansiedade.
– Bom, agora que todos estão equipados de maneira correta, vamos começar o trabalho. - ele esfregou as mãos que estavam embaladas em luvas de latéx e pegou um frasco contendo um líquido colorido. - Antes de começarmos eu quase me esqueci, essa tinta pode ser usada em tudo ou qualquer tipo de coisa, e pra removê-la é preciso paciência, conforme o tempo ela desbota, o processo demora até 5 dias. Agora sim, podemos prosseguir. Espero que não usem isso para fazerem travessuras.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quanto a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.