Persecutor escrita por Emi AK


Capítulo 8
Bonnie e Clyde


Notas iniciais do capítulo

♦ Olá a todos, me desculpem a demora para postar esse capítulo, os motivos da demora são: bloqueio criativo e semana de provas.
♦ As metas de 150 visualizações, e 10 pessoas acompanhando foram alcançadas! Temos 18 leitores e mais de 450 visualizações! Obrigada a todos vocês!
♦ Um obrigada especial e carinhoso para: KentinCookie, Micka e GeoSS. Vocês me motivaram e me libertaram do bloqueio criativo



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● Lis Fontaine ●

Sai imediatamente da sala de aula, aquele garoto me deixava nos nervos. Levantei os olhos e vi Castiel encostado em uma parede me esperando. Fui em sua direção e percebi um pequeno sorriso despontando em seus lábios.

– Alguma novidade?

– Nenhuma…Hm, então estávamos falando sobre?

– Sobre como arruinar a vida escolar do Nathaniel. Acredito que...você tem algo pra me contar, certo?

Meu coração palpitou, me lembrei de Nathaniel me dizer que já estava sofrendo o suficiente e que a vida estava dando o troco. Varri os olhos pelo corredor pensativa. Eu me vingaria ou não de Nathaniel? Ele merecia, mas não era o certo a fazer. No fim eu havia mentido e dito que Castiel já sabia de tudo, sendo que a única coisa que eu tinha mencionado sobre Nathaniel era que ele pegava muito no meu pé.

– Eu estou planejando algo, mas por enquanto vou esperar.

Castiel se inclinou para mim:

– Qual é? Não vai me ajudar? Sabe, poderíamos fazer uma bela dupla.

Levantei uma das sobrancelhas desconfiada.

– Tipo Bonnie e Clyde.

– Bandidos? - perguntei em deboche.

– E amantes. - ele pronunciou baixo demais. A ponto de que eu identifiquei as palavras pelo movimento de seus lábios. - Sim, bandidos. Bandidos muito inteligentes por sinal. - em seguida piscou para mim.

Dei de ombros e me apoiei na parede ao seu lado.

– Tem alguma coisa legal nesse colégio? Digo, festival, feira, sei lá?

– Só no inicio e fim do ano letivo. Mas ao longo dele o pessoal costuma dar umas festas iradas!

– Não curto muito festas.

– Eu vou, mas as vezes prefiro ficar em casa.

– Eu nunca ia nas festas que o pessoal dava em Dreux. Eram todas chatas. - menti, a verdade é que eu nunca havia sido convidada.

– O povo de lá...Parecem ser uns babacas.

– E são!

O sinal tocou e eu me separei de Castiel para ir ao armário checar meu horário e separar o material. Eu iria rever Castiel, afinal eramos da mesma turma, peguei meus livros e coloquei-os dentro da bolsa, olhei rapidamente para tela do meu celular e havia uma mensagem da operadora, bufei com isso, odiava essas mensagens irritantes que lotavam minha caixa de entrada para nada. Fechei meu armário e fui para a sala de aula, encontrei Castiel conversando com um garoto alto e de cabelos platinados, suas roupas eram um tanto exóticas e seu olhar estava fixo em algo que eu não poderia decifrar o que. Conforme me aproximava eu podia ouvir a conversa cada vez mais nítida.

– ...acredito que a melhor opção seria arranjar um baterista que estude aqui no colégio.

– Ahh, pelo amor Lysandre. A única pessoa que conhecemos é…

“Nathaniel”. Completei mentalmente.

– ...Nathaniel. - continuou Castiel com a voz baixa.

– Olá Castiel. Voltei.

– Oi Lis.

O garoto alto levantou as sobrancelhas, e pronunciou em voz baixa:

– Lis?

– Eu estava falando com ela, relaxa Lysandre, somente eu, você e Rosalya sabemos de seu apelido. - o garoto corou com o comentário. - A propósito, esse é o Lysandre, um grande amigo meu.

Lysandre fechou os olhos lentamente e curvou sua cabeça levemente em um cumprimento educado. Sorri em resposta e abaixei a cabeça.

“Céus, como esse garoto sabe se portar”. Pensei.

– Que droga o professor já chegou. - bradou Castiel.

Lysandre sorriu destraidamente e falou baixinho para mim:

– Hoje ele está mais agitado que o normal. Por favor, não faça-o explodir no fim do dia. - depois terminou a frase em um riso travesso.

– Vamos Lis, me dê sua bolsa. - Castiel estava com a mão na alça livre de minha bolsa.

– O quê? Como assim?

– Mê dê logo! - o ruivo disse tomando a bolsa de minhas mão.

Lysandre se divertia com toda a cena que estava se formando.

– Mas que coisa! Pegue logo! - disse revirando os olhos e desprendendo os dedos da bolsa.

Lysandre sorriu ainda mais. Eu já havia entendido como ele imaginava essa cena dentro de sua cabeça. O garoto se despediu e foi para sua sala de aula, enquanto Castiel ajeitava minha bolsa em seu ombro livre. O ruivo se direcionou para uma mesa no fundo e deixou sua bolsa nela, quando uma garota ia colocando sua bolsa cor de rosa na mesa ao lado ele foi mais rápido e jogou a minha fazendo uma careta para a garota. Ela se afastou e foi procurar outro assento. Me aproximei e pendurei a bolsa na cadeira, quando me virei para pegar o estojo e o caderno agradeci ao ruivo que sorriu de imediato.

A próximas aulas passaram depressa, mas eu já estava exausta, não via a hora de chegar em casa, almoçar e tomar um banho. Me despedi depressa de Castiel e Lysandre, e atravessei a rua de encontro ao carro de minha tia. Joguei a bolsa no banco de trás e me sentei na frente. Foi só eu encostar minhas costas no banco que ela começou a fazer perguntas:

– E aí? Como foi? Gostou do colégio?

– Sim, foi tudo ótimo!

– Ví que já fez amizade, com dois rapazes.

– É…

– Huhum.

Minha tia acelerou o carro, e fomos para casa.

• ● •

A semana passou depressa, minhas companhias no recreio variavam entre Castiel acompanhado de Lysandre ou Iris e algumas de suas amigas.

Iris foi a primeira garota que veio falar comigo, foi em uma aula de química, onde eu cheguei antes de Castiel e me sentei sozinha em uma das pias, assim que o ruivo entrou na sala de aula, Iris correu e sentou no banquinho de madeira oscilante.

– Oi. - um sorriso em seu rosto era mais que evidente.

– Oi.

– Você é a Lis, certo?

– Sim…

– Meu nome é Iris. Queria saber se você não quer passar o recreio comigo e com mais algumas meninas. Sabe, o Castiel é muito legal, mas não é a melhor companhia do mundo.

– Além de você, ele foi a única pessoa que veio falar comigo.

– Você já conhece todo o colégio, certo?

– Sim, Nathaniel me ajudou com isso.

O professor apareceu na sala de aula segurando uma caixa de papelão desbotada.

Iris assentiu e tirou seu caderno da bolsa. A caixa prendeu minha atenção por alguns minutos. Ele encarava os alunos com uma expressão plácida e monótoma, colocou a caixa sobre sua pia, que ficava de frente para as dos alunos, e logo atrás de si havia um quadro esverdeado pronto para ser usado.

– Bom dia crianças. Hoje vocês vão aprender alguns truques de química. Esqueçam a apostila, vamos começar nossa primeira aula de química após um longo descanso com uma experiência muito divertida e simples. Tinta invisível.

O professor começou a tirar óculos e luvas de dentro da caixa e distribuir para os alunos que radiavam ansiedade.

– Bom, agora que todos estão equipados de maneira correta, vamos começar o trabalho. - ele esfregou as mãos que estavam embaladas em luvas de latéx e pegou um frasco contendo um líquido colorido. - Antes de começarmos eu quase me esqueci, essa tinta pode ser usada em tudo ou qualquer tipo de coisa, e pra removê-la é preciso paciência, conforme o tempo ela desbota, o processo demora até 5 dias. Agora sim, podemos prosseguir. Espero que não usem isso para fazerem travessuras.


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Notas finais do capítulo

♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.
♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quanto a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.



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