Persecutor escrita por Emi AK


Capítulo 4
Quelqu'Un M'a Dit


Notas iniciais do capítulo

♦ Caso encontrem algum erro seja ortográfico ou quando a história me enviem uma MP que eu venho aqui rapidinho e ajeito.
♦ Se possível ouçam a música que será citada nesse capítulo :3



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● Lis Fontaine ●

Acordei com o celular despertando. Na tela dele estava escrito: “Primeiro dia de aula, se apresse”. Minha vontade era de dormir, mas eu não podia e nem iria. Peguei minha toalha e fui direto para o banho, testei algumas roupas mas nenhuma delas ficava legal. Minha tia bateu a porta do quarto e perguntou se eu precisava de ajuda:

– Sim, eu vou precisar. - eu disse enquanto abria a porta do quarto.

– Mas você já testou tudo isso? - ela disse fitando a pilha de roupas bagunçadas sobre a minha cama.

– Sim.

– Hmm.. - ela dava leves batidas com dedo indicador em seu queixo enquanto pensava. - Sabe, eu não conheço muito de moda e o que eu acho é o seguinte: vista-se do jeito que quiser, minha querida. Não tente passar boas impressões. Seja você mesma.

Eu fiquei encarando o monte de roupas.

– Eu sei que meu conselho não ajudou. Mas enfim, as pessoas se sentem atraídas quando encontram coisas que a interessam em outras pessoas, só que não importa o que você vista…

– Sempre terá alguém criticando. - completei.

– Exato. Então, decidiu o que vestir?

– Sim.

– Vou arrumar a mesa para o café, desça em meia hora, ok?

– Obrigada tia, irei descer assim que ficar pronta.

Ela sorriu e saiu do quarto enquanto cantarolava uma música. Escolhi um jeans simples, uma camiseta preta lisa e um casaco também jeans por cima, para completar uma botinha de cadarço. Desci as escadas e descobri qual música minha tia estava cantarolando era Quelqu'Un M'a Dit, de uma cantora francesa, a música era doce e invadia a cozinha.

– Eu adoro essa música. - ela disse enquanto colocava geleia em um pão.

– Gostei dela.

Minha tira sorriu. - Vai querer comer o quê?

– Um croassaint.

– Hmm, pode pegar minha querida.

• ● •

Assim que terminei de tomar o cafe da manhã fui escovar os dentes, peguei minha bolsa e desci as escadas para a garagem onde minha tia me esperava dentro do carro.

– Não é muito cedo para o colégio?

– Não. Quero chegar cedo pra conhecer as salas de aula e não me perder.

– Boa ideia.

Em minutos chegamos ao colégio, minha tia fez questão de estacionar o carro bem na frente da escola, e dar partida somente quando eu entrasse pelo portão. Antes de entrar acenei para ela, em resposta ela me mandou um beijo e saiu com o carro. Peguei meu celular e enviei uma mensagem para minha mãe avisando que já estava no colégio. Decidimos que esse era o melhor e mais rápido meio de comunicação entre a gente, meu pai não concordou muito, mas eu e minha mãe nos armamos de argumentos e no fim ele aceitou e desistiu de fazer ligações todos os dias para checar se eu estava bem. Mas ele prometeu ligar no mínimo uma vez por semana.

Terminei de digitar e guardei o celular na mochila, aproveitei e peguei um papel com algumas das regras básicas da escola, e comecei a ler enquanto ia à diretoria. Havia poucas pessoas nos corredores, elas estavam todas com cara de tristeza e sono, afinal era o primeiro dia de aula depois de semanas descansando em casa. Eu era um raio de empolgação no meio dos “zumbis”. Entrei na secretaria e uma mulher me barrou:

– Alunos não são permitidos aqui, por favor vá ao Grêmio.

– Mas eu queria…

Ela fez uma cara de “não vou avisar de novo”. - É novata?

– Sim.

Em segundos a expressão da mulher mudou para um sorriso radiante.

– O Grêmio fica nesse corredor pelo qual você veio, será fácil de encontrar.

– Obrigada.

– Por nada, e seja muito bem vinda.

Voltei ao corredor e comecei a procurar pelo Grêmio, foi realmente fácil de encontrar, era a primeira porta da direita. Dei duas batidas antes de entrar e me esforcei para olhar através do pequeno vidro. Tudo o que vi foi o topo de uma cabeleira loira e bem penteada. Logo em seguida um pedido para entrar no local, girei a maçaneta da porta com o coração transbordando de felicidade, meus olhos se levantaram e eu pude ver o dono da cabeleira loira. Era um garoto alto (se comparado a mim), de olhos caramelados e cabelos loiros como trigo. Seus traços faciais eram bonitos e sutis, eu poderia considera-lo lindo, se não fosse pelo fato de ele ser totalmente familiar para mim.


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Notas finais do capítulo

♦ Espero que tenham gostado, se possível comentem, gostaria de saber a opinião de vocês.



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