Caroline

Estávamos finalmente chegando perto da cabana. Stefan caminhava apoiado em mim, pois quase todo seu sangue fora drenado dele. Eu tinha o deixado sentado e tentei caçar algo para ajudá-lo. É para mim também já que estava faminta e fraca depois e Enzo tentar me matar. Me afastei dele receosa, não queria deixá-lo nem por um segundo. Ele estava com os olhos fechados encostado em uma árvore. Não consegui evitar de me lembrar daquela noite no ferro velho, fora naquele dia, que tudo começou a mudar… Bem pelo menos os meus sentimentos por ele que não tinha ideias quais eram agora.

Por que agora a única certeza que eu tinha era que não sabia de nada. Nem sobre meus próprios sentimentos e muito menos dos deles. Demorou quase meia hora até achar um esquilo velho. É quando voltei sorridente por ter conseguido algo, não o encontrei. Fiquei desesperada com medo dele ter sido pego novamente, sai gritando seu nome sem me importar se isso chamaria atenção.

Stefan apareceu atrás de mim com olhar preocupado, eles estava prestes a dizer algo quando corri até ele sem pensar o abraçando. Ele pareceu surpreso com minha atitude, mas logo seus braços circundaram minha cintura, podia sentir sua respiração fazendo cócegas em minha nuca.

— Hein o que ouve? — ele tomou meu rosto entre as mãos, eu não consegui responder, voltei a abraçá-lo, sentindo seu perfume. Não queria soltá-lo.

— Eu pensei que… Eu pensei…— ele beijou minha testa sorrindo

— Está tudo bem, eu estou aqui — ele sussurrou em meu ouvido, com tom tranquilizador, mesmo sem olhá-lo sabia que o mesmo sorria, eu por outro lado irrompia em lágrimas

— Nunca mas faz isso de novo, eu achei que tinham pego você — dei um tapa no seu peito, ele riu puxando me para o abraço novamente

— Me desculpe, eu prometo — ele me forçou a olhá-lo, pegando em meu queixo — Por que está chorando?— não consegui dizer nada, senti um nó na garganta somente em pensar, pensar que ele podia morrer, ele sorriu me abraçando.

— Onde você foi? — questionei irritada, ele riu

— Atrás de você fiquei preocupado, porque você demorou muito — acabei sorrindo e me dei conta de ainda estar em seus braços me afastei rapidamente

— Eu estava caçado o seu jantar – justifiquei fazendo bico, ele se aproximou com braços cruzados.

— Ah é… Então cadê ele?— me dei conta de ter corrido e deixado o esquilo cair. Bati a mão na testa constatando minha estupidez, Stefan riu.

— É você acha graça né? Saiba que culpa e toda sua, fiquei desesperada quando não te encontrei e sai correndo feito louca atrás de você.

Stefan sorriu, puxando minha mão apertando afetuosamente, ele entrelaçou os dedos com o meu.

— Me desculpe… Eu não queria te assustar.

Fiquei presa em seus olhos, sentindo aquela vontade de abraçá-lo, de beijá-lo crescer dentro de mim, eu não precisei fazê-lo. Stefan me puxou me abraçando mais uma vez. É por mais que estar em seus braços me preenche-se, também me deixava confusa, com medo. Nem mesmo conseguia entender aquele medo, aquele aperto no peito quando ele se afastava, ou aquele desejo incontrolável de que ele me manter-se em seus braços e me beija-se de novo. Me afastei a custo, forçando minha mente a dar uma boa desculpa por meu gesto brusco.

— Eu vou procurar outro esquilo.

— Eu vou com você

— Não, você fica e dessa vez não saia daqui! – Ordenei ele sorriu e fez um sinal de desistência com as mãos e se sentou no chão.

Dessa vez não demorei a encontrar outro animalzinho indefeso. Mas quando voltei Stefan não estava ali novamente.

— Stefan — gritei ele apareceu logo em seguida mas com o rosto sério — Serio você tem que parar de fazer isso, tem viajantes querendo te matar…

Parei de falar ao notar alguém atrás dele. Era Tyler… Quer dizer, Julian.

— Você deveria ouvir sua namorada — Stefan veio até se colando na minha frente apertei seu braço olhando nos olhos, ele não tinha condição de proteger nem a si mesmo quem dirá me proteger.

— O que você quer?

— Não é obvio, levar seu amiguinho comigo — me coloquei na frente de Stefan o surpreendendo. Ele tentou rebater, mas não dei atenção

— Vai ter que me matar antes — Julian ficou sério e veio em minha direção. Estremeci quando ele se aproximou, ele acariciou meu rosto

— Você deve ser muito corajosa, ou muito burra. Querer irritar um híbrido — ele riu secamente ela abriu as mãos em desistência — Você vai mesmo ter coragem de matar seu ex?

Stefan apertou meu braço, mas não me movi, me mantive parada tentando não demostrar o medo, ou quando eu tremia olhando para o rosto de Tyler, meu ex namorado. O que até pouco tempo eu dizia que amava. Fechei os olhos me lembrando de Tom, olhei pra trás me recordando que falhei em salvá-lo. Por minha causa Stefan estava em perigo. Não ia permitir que aquilo acontecesse de novo.

X

— Muito bem, eu pensei que não conseguira trazê-la.

— Mas consegui, agora cumpra a sua parte do trato — Markos sorriu, fez um gesto para um de seus amigos levassem o balde com sangue de Elena que estava fraca olhando para Enzo.

— Enzo por favor — supliquei — Ele quer acabar com todos os vampiros inclusive você

— Cala boca — Enzo rosnou, se voltou para Markos — Anda, traga ela de volta. Você já tem o sangue das duplicatas

— Calminha, eu preciso começar o feitiço antes — Enzo correu até Markos o apertando seu pescoço

— Eu quero que traga ela agora! — Markos suspirou pesadamente e olhou fixamente para Enzo, seus lábios se moviam, ele estendeu a mão na direção dele que caiu no chão gritando de dor que o soltou caindo no chão com as mãos na cabeça

— Nunca mais me ameace de novo — Markos arrumou a gola da blusa — Sempre pensei que vampiros fossem mas espertos, mas eu estava realmente enganado.

— Você prometeu — Enzo murmurou fraco,

— Sim eu prometi que você reencontraria sua amada, eu vou cumprir. Quando fizer o feitiço e acabar com toda magia que te manteei vivo. Você vai encontrar sua doce Meg no inferno.

Markos saiu deixando Enzo no chão. Eu tentei me levantar mais não conseguia. Olhei para Enzo que estava desolado no chão, olhando na direção que Markos tinha sumido.

— Eu te avisei — consegui murmurar fraca, Enzo me lançou um olhar raivoso se arrastou porta fora, gritei para que ele não me deixa-se ali, mas foi em vão, ele sumiu da minha vista e todas as minhas esperanças se esgotaram, era meu fim.

Luke

— Ela está ali, vamos antes que o Markos volte

— Liv tem certeza disso.

— Luke, chega tá legal. Não há outro modo, ou é Elena ou nos o que você prefere?

— Prefiro ir pra bem longe daqui, eu nunca gostei dessa cidade mesmo.

— Então por que não vai logo de uma vez? — Luke suspirou olhando sério pra irmã

— Porque eu tive que ter logo uma gêmea burra, que quer matar alguém e nem se quer sabe o porquê.

— Pra que o nosso clã volte pra cá, pra que a magia não acabe etc

— Corrigindo: porque você não quer deixar o Jeremy — Liv revirou os olhos

— Faz o seguinte Luke, vai embora eu me viro sozinha — Liv o deixou parado atrás dos arbustos. A segui relutante, não conseguia entender o porquê estava fazendo tudo aquilo. Colocar minha vida em risco, matar uma pessoa por um clã minusculo que nem se quer teve coragem de voltar aquela cidade maldita e lutar contra os viajantes, em vez disso mandaram os dois irmãos para matar uma garota, pra impedir o apocalipse. Ele caminhou ate sua irmã derrotado, ele sabia que algo ruim aconteceria, ele só rezava para que não fossem com eles um pressentimento ruim.

Elena estava presa a uma cadeira. Eu achei estranho não ter ninguém protegendo, mas Liv… Ela nunca ligava pra isso ou melhor para nada. Ela foi até Elena a mesma ergueu a cabeça e sorriu quando viu minha irmã, mal sabia ela que estava perdida.

— Liv — Elena murmurou com voz fraca, um sorriso de alívio escapou dos lábios pálidos — Você tem que me soltar.

Liv não se moveu então eu a soltei, mas Elena mau conseguia ficar em pé. Ela agradeceu, mas logo seus olhos se escureceram com as veias saltando ao redor, seus olhos fixos no meu pescoço.

— Você se importaria se eu…

— Claro que sim, você quer se alimentar do meu irmãozinho. Eu acho que não vai a dar. Elena abaixou a cabeça envergonhada. Luke olhou pra Liv, mas a mesma permanecia seria.

— Liv por favor — ele suplicou

— Por favor o que? — Elena questionou confusa

— O meu irmão, está me implorando pra não fazer algo, mas eu tenho certeza que você vai entender.

— Entender o que?

— Não é nada pessoal Elena — Liv disse com sorriso triste — Mas o único meio de impedir os viajantes e matando uma das duplicatas

— Não… Não faz isso Liv — Elena suplicou — Eles já drenaram meu sangue…

— Eu sei, e exatamente por isso. Se você morrer seu sangue não vai ter valor nenhum.

Liv se aproximou, eu fechei os olhos não querendo ver, nunca tinha matado ninguém. E nem conseguiria fazer algo assim, por um motivo tão idiota.

— Larga ela — Damon gritou aflito. Liv parou quando seus olhos pararam em Jeremy que estava estático

— Liv por favor não — Jeremy suplicou

— Eu sinto muito Jeremy, mas e único meio de parar Markos — Liv tirou a estaca mirando no coração de Elena e quando olhei para lado, e namorado de Elena correu até mim furioso eu constatei que meu persentimento não estava errado, eu tentei murmurar um feitiço mas ele foi mais rápido, ficando atrás de mim, olhei para Liv que estava em pânico com estaca nas mãos, fechei os olhos esperando o pior.

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Aconteceu tudo muito rápido, num momento Liv mantinha uma estaca prestes atingir o coração de Elena e no outro Damon correu quebrando o pescoço de Luke, o grito de Liv ecou sobriamente pelo lugar, o som da estaca caindo no chão era o único som que podia ser ouvido. Ela correu ate seu irmão colocando sua cabeça sobre seu colo, chorando desesperada, pedindo perdão a ele. Mesmo não sendo próxima a ela, meus olhos arderam pelas lágrimas se formando quando olhei para lado e encontrei Luke olhando para irmã desolado. Damon não deu a mínima por ter tirado a vida dele, correu ate Elena abraçando-a

— Você está bem Elena? — Damon tomou o rosto de Elena entre as mãos a mesma assentiu sorrindo.

— Então vocês pretendem ficar aqui? — Enzo perguntou, surgindo atrás de mim

— Seu desgraçado — Damon rosnou

— O que é, vai querer mesmo discutir o porquê fiz isso Damon, anda o Markos está voltando.

— Por que fez isso Liv?— Jeremy perguntou a Liv, mas ela não ergueu a cabeça, ficou olhando para o corpo de Luke, os olhos verdes antes cheio de vida, agora opacos sem brilho. Ela os fechou lentamente com suas lágrimas caindo no rosto do irmão morto. Era impossível não lembrar de quanto era Jeremy na mesma situação, olhei para Elena me perguntando se ela se lembrava disso, mas ela estaca ocupada demais extasiada em estar nos braços de Damon para se importar com a vida tirada em sua frente. Jeremy tocou em seu ombro, ela pensou por um momento em jogar um encantamento, mas não conseguiu — Liv…

— Porque eu precisava, porque vai acabar a magia nesse lugar. Era o que tinha que fazer…Jeremy ficou calado não saber o que dizer —Era pra ser eu…Não ele… Ele não queria, ele nunca quis machucar ninguém.

Jeremy tocou o ombro de Liv apertando afetuosamente com olhar de pesar, o queixo de Liv tremeu as lágrimas voltando com força. Luke saiu de lá sem passar por mim, não aguentando mais ficar ali. Fiquei consternada com Luke, respirei fundo antes de dar um passo na direção de Liv

— Você pode fazer o que ele queria Liv, nos ajudar a acabar com isso — Liv não se moveu, permaneceu olhando pra o irmão — É eu prometo que vou ajudar a trazer seu irmão de volta. Liv balançou a cabeça

— Ele não pode voltar, está morto.

— Eu também estava até pouco tempo atrás, Liv por favor, nos precisamos da sua ajuda, seu irmão… Ele ia querer isso.

Liv olhou pra o irmão e suspirou pesadamente

— O que quer que eu faça, eu faço. Mas tem que prometer que vai trazê-lo de volta

— Eu prometo – engoli seco, temendo minha não conseguir cumprir aquela promessa, mais não pude me conter vendo o sofrimento dela. Jeremy sorriu pra mim, dando leve aperto em minha mão.

Stefan

Caroline se colocou em minha frente protetoralmente assim que Julian aparecera. Eu estava fraco demais para tentar combatê-lo para proteger Caroline. É estava disposto a ir com ele, afinal não tinha muita esperança de fugir de Mystic Falls.

— Já que vai ser por mau — Julian deixou as pressas saírem olhando Caroline com sorriso sombrio. Notei sua expressão de pânico surgir, suas mãos tremia, e vi o quando aquela situação era difícil e confusa pra ela, até pouco tempo aquele era seu namorado… Pelo menos o corpo dele era.

— Não precisa disso, eu vou.

— O que? Não, ele não vai! — Caroline encarou indignada — Você ficou louco?

— Não Caroline — me afastei dela me colocando em sua frente.

— Você só pode estar brincando? — Caroline foi até Julian, visivelmente irritada — Eles já drenaram o Stefan, o que ainda podem querer?— Julian ficou pensativo, Caroline ficou grata por invasor do corpo do ex ser completamente burro.

— Se ele não é tão importante, por que estão fugindo?

— Porque… Porque… — Caroline me olhou procurando auxílio.

— Porque em pouco tempo seu mestre, vai destruir a magia, que por acaso nos matei vivos, incluindo você que é um híbrido no momento – Caroline sorriu, parecendo surpresa com ironia em minha voz.

— Por que mesmo você está nisso? — Caroline se aproximou de Julian com braços cruzados — Você sabe todos os planos de Markos, já que e companheiro dele… Ele deve ter te contado né? Julian ficou novamente confuso

— Claro que eu sei. Mas se acham que vou contar vocês estão enganados — Caroline eu nos entreolhamos, ela riu balançando a cabeça — Do que está rindo?

— Eu acho que você não e tão importante assim — Caroline zombou — Afinal você tomou um corpo, e nem sabe o que fazer com ele, ou que seu “mestre” pretende fazer com vocês

— Eles nos trara de volta com feitiço — ele deixou escapar agora irritado.

— Ah um feitiço das duplicatas e para trazê-los de volta? — questionei, Julian parecia em conflito, era obvio que ele não tinha ideia, alias nem ele e nenhum dos pobres seguidores que entraram em combustão para trazer Markos a vida.

— Isso mesmo, eu vou voltar a meu corpo e achar minha esposa — Julian confidenciou, mas sem convicção agora.

— Você realmente acredita que Markos, vai usar o último sangue de duplicata existente no mundo, apenas para trazer você e seus companheiros de volta?— Julian coçou os cabelos e maneou a cabeça

— Você não faz ideia do que ele pretende não é? — Caroline questionou parecendo ter pena do mesmo

— Não, na verdade nem eu nem nenhum deles tem. Alias eu nem tenho ideia do porque fiz isso — confidenciou parecendo realmente refletir os seus atos. Caroline e eu nos entreolhamos novamente, eu sabia o que ela pensava. Tínhamos conseguido confundi-lo.

— Julian — Caroline se aproximou cautelosamente é o tocou no ombro, eu conhecia aquele tom de voz, doce e gentil, no momento em que ele a encarou eu manei a cabeça com pena do pobre homem.

— Nos ajude a descobrir e acabar com o que quer que seja que ele planeja, nos vamos ajudar a encontrar sua esposa. Você não quer realmente ser um soldado e se sacrificar de novo não é?

Ele suspirou olhando para os lados, e finalmente concordou com a cabeça. Caroline me deu sorriso brilhante em resposta, não culpei Julian por ficar atordoado com tapinhas nas costas felizes que ela deu nele. Era impossível dizer não a Caroline Forbes.

X

Carreguei Elena no colo, agora estávamos m suficientemente longe do acampamento dos viajantes e agora que os viajantes tinham o sangue de Elena e Stefan não precisariam mas dela, pelo menos era o que queríamos acreditar. Elena estava fraca, seus lábios ficando roxos. Ela abriu os olhos por um instante, e murmurou algumas palavras desconexas, entre elas, entendi um tímido pedido de desculpas. O estranho é que mesmo preocupado aquelas palavras não surtiram o efeito imaginado.

Refleti durante todo o caminho, com medo de perdê-la, que ao reencontra Elena ele esqueceria, conseguira apagar tudo, alias como Alaric bem tinha diro “Você já fez coisas bem piores e ela sempre o perdoou” mas nunca em nenhum momento ele a feriu, não a ela. Pois ele não conseguia, tocar em fio que seja de Elena para machucá-la. Ele era frio e inconsequente e até mesmo cruel. Mas quando a mesma o beijou apenas para distrai-lo e o apunhalou de surpresa ele se assustou com que viu em seus olhos castanhos.

Ele encontrou uma certa frieza familiar nos olhos da mesma. Aquela mesma frieza que sugira nele a quase cem anos. Ele sabia que era responsável por aquilo. Por aquela mudança, pela frieza dela. É mesmo amando aquela mulher loucamente, não conseguia esquecer aquilo. Principalmente ao fato que a mesma o apunhalou por seu irmão.

— Acho que por aqui está bom — Bonnie sugeriu parecendo exausta a mesma matinha os olhos volta e meia para trás

— O que tanto você olha?— Bonnie suspirou e notei que little Gilbert não estava nos seguindo

— Onde está o Jeremy?

Ela respondeu dando ombros e se sentando no chão emburrada. Alaric apareceu em seguida. Coloquei Elena em seu colo, e Bonnie ofereceu o pulso para alimentá-la. Elena não pensou um segundo em aceitar, Bonnie fechou os olhos com a dor.

— Elena — Alaric a reprendeu com seu tom gentil habitual, olhando para Bonnie que parecia pálida. Ela se afastou tonta, eu a segurei antes que caísse

— Me desculpa Bonnie, eu ainda estou com tanta sede — ela se justificou, Bonnie lhe deu um sorriso em resposta, dando um passo em direção a ela, mas eu a detive.

— Não. Se der mais um pouco de sangue você morre também, e eu não quero nem pensar em como esse inferno vai ficar se de repente a ancora… Puf morrer de novo — Bonnie suspirou resignada concordando.

Elena parecia muito mais desconcertada com o fato de não mais poder saciar sua sede com a melhor amiga, do que com a possível morte da mesma se continua-se. É aquilo não deveria me incomodar, porque eu era assim, daquele mesmo jeito. Sem escrúpulos, mas isso era um dos efeitos de Elena em minha vida, mesmo não querendo eu me afeiçoei algumas pessoas. Bonnie era uma delas, a ex bruxinha irritante que tinha a mesma mania que meu irmão de se sacrificar por todos. Elena tinha me mudado de alguma forma e infelizmente eu também havia mudado ela, mas agora realmente não sabia se era uma coisa boa.

— Então o que faremos agora? — Bonnie questionou sentada com a cabeça baixa

— Se você que é a ex bruxa inteligente não sabe quem dirá eu — Bonnie bufou desanimada.

— Temos que impedir Markos de algum jeito — Alaric disse, ficamos em silêncio. Elena com os olhos castanhos fixos em mim, desviei meus olhos para Bonnie esperando alguma ideia dela.

— Explodir — Jeremy sugeriu surgindo das sombras

— Explodir o que? — Bonnie questionou um tanto áspera com Jeremy

— Vamos atrair os viajantes e explodi-los — Respondeu com simplicidade.

— É por falta de ideia melhor… Vai essa mesma.

— Isso é idiotice, não precisam matar todos — Bonnie retrucou de má vontade Jeremy arqueou a sobrancelha confuso com a reação de Bonnie

— Só precisam matar mesmo é o Markos — Enzo sugeriu.

É tinha me esquecido completamente dele, minha furria cresceu ao lembra que o mesmo sequestrara Elena, mas me lembrei do motivo, eu tinha feito pior, com sua namorada a mesma que ele me enchera os ouvidos por anos contando que ela era sua única razão de estar vivo, resolvi me calar. Bonnie se levantou e suspirou

— Então como exatamente vamos prender o Markos e matá-lo, eu não sou mais uma bruxa.

— Bem lembrado — Luke surgiu atrás de Bonnie a mesma se virou — Mas minha irmã é

— Eu sindo muito Luke…

— Não sinta, eu sabia que ia dar errado, os planos da Liv sempre deram. Agora eu posso ajudar, alias minha irmã pode

– Porque ela nos ajudaria afinal, você sabe que não posso trazê-lo de volta não é? — Luke assentiu resignado

— Sim eu sei, mas eu conheço minha irmã, e agora tudo que se passa nela e culpa por que pela milésima vez eu tinha razão. Então ela ira ajudar —Luke olhou para Jeremy sorrido — Ah é seu namorado já a convenceu. Bonnie olhou para Jeremy chateada — É se ela não ajudar eu conheço alguém que pode?

— Quem?

— Meu namorado Seth — Luke suspirou ao se lembrar dele — Seja gentil quando contar a ele Bonnie ele e tão temperamental ou mais do que eu… Ah… Eu sindo muito Bonnie, mas ainda…

— Eu sei… Pode vir — Luke encostou em Bonnie que grunhiu de dor

— O que está acontecendo? — Jeremy correu até Bonnie que demorou alguns instantes antes de responder

— Luke ele quer nos ajudar — Bonnie sorriu para o nada —Temos que achar a Liv

— Então vamos lá — Eu estava prestes a seguir Bonnie, Jeremy quando Elena segurou minha mão

— Damon, nós podemos conversar um minuto.

— Agora não dá Elena — retruquei tentando não ser ríspido, mas a julgar por sua expressão desconcertada eu falhei.

— Espera eu vou com vocês…

— Não, não vai. Eles ainda podem querer você, então você fica. Corri ate Jeremy e Bonnie, mas pude escutar os lamentos e choro de Elena, arrependida por me apunhalar pelas costas, eu deveria voltar e perdoá-la mas não consegui me concentrei na tensão e farpas que Bonnie soltava para seu namoradinho para não mais pensar na traição que sofri.

Caroline

Nos tínhamos conseguido convencer Julian a não levar Stefan que mais uma vez tinha se oferecido para morrer com resignação. As vezes tinha vontade de estapeá-lo por isso, essa fixação de super-homem que ele tinha. Mas aquilo não tinha importância pois tudo tinha dado certo.

Eu não precisei brigar com Julian e admito que as minhas chances eram nulas. Stefan se colocou do meu lado, olhando fixamente para Julian, eu conhecia aquele olhar e aquelas ruguinhas em cima da testa que o mesmo fazia quando estava preocupado.

— Por que essa cara? — Stefan desviou os olhos pra mim.

— Eu não confio nele.

— Eu também não Stefan, mas, pelo menos, ele não mordeu nenhum de nos, então estamos no lucro.

— Sabe o que é legal em ser um super-hibrido?— Julian disse em voz alta a nossa frente — Poder ouvir nitidamente quando alguém fala mau de mim. É só pra constar eu também não confio em vocês.

Eu e Stefan nós entreolhamos e não pude evitar de rir da situação, Stefan me lançou um olhar severo mas bate meu ombro no dele, dando língua pra ele deu um meio sorriso me olhando intensamente, pigarrei cortando a tensão que seus olhos sobre mim causou

— A sua mulher também está em outro corpo?

— Não, mas ela sumiu depois de fugir…

— Fugir de explodir? — Julian assentiu

— É você por que não fugiu?— Julian não responde parou bruscamente — O que foi? Ele apontou pra frente e seguimos em silêncio. Já estava preparada para o pior, mas reconheci aquela voz, mas mão podia acreditar em quem era.

— Alaric — Stefan se aproximou surpreso, Alaric se virou sorridente, Elena que estava sentada com ele, correu em nossa direção

— Stefan — ela correu até ele o abraçado, desviei os olhos dos dois, mas olhei de esguelha Stefan parecia desconfortável com abraço — Você está bem?

Stefan assentiu se desprendendo do abraço de Elena forçando um sorriso.

— Sim, quase sem sangue nenhum, mas estou bem. Alaric, como …

— Não tenho ideia — ele confessou — Mas eu tenho certeza que você tinha me visto. Stefan assentiu

— Sim, mas eu achei que fosse imaginação

— Como você conseguiu sair de lá? — Elena coçou a cabeça com atitude de Stefan de se distanciar dela, algo que admito fiquei feliz, mas tentei esconder.

— Enzo me soltou.

— Errado, eu libertei você — Julian retrucou mal-humorado

— Tyler? — Elena questionou agora confusa

— Não, ele é o Julian um viajante — Elena deu um passo pra trás receosa — Mas calma, ele está do nosso lado — Stefan explicou — Onde está o Damon? Elena abaixou a cabeça, e não respondeu

— Ele e Bonnie vão tentar matar o Markos — Alaric respondeu por ela.

— O que? Mas como?

— Vão matá-lo, pelo que entendi — Alaric explicou

— Então e melhor irmos atrás deles

— Não Stefan, você e Elena ainda estão fracos, e nem preciso lembrar que o foco dessa missão e mantê-los a salvo. Eu e Julian podemos ir atrás dele.

Stefan fez uma careta em reprovação, não disse nada apenas me encarou com seriedade ele nem precisou dizer em voz alta. Já sabia o que ele me dizia.

— Eu não vou — Julian respondeu alternando o olhar entre eu e Stefan — Eu não pretendo me sacrificar de novo.

— Mas enquanto achar sua mulher

— Susan esperta, ela não concordou com isso. Fugiu antes de tudo acontecer.

— Então o grande plano e ficarmos aqui sentados? — questionei indignada e Elena e Alaric se entreolharam dando ombros ao mesmo tempo.

— É! — Elena e Alaric responderam em uníssono. Manei a cabeça em negação

Fiquei inquieta encostada numa árvore, queria sair e ajudar Bonnie a matar aquele desgraçado que queria nos expulsar da minha cidade, mas por outro lado. Eu não queria sair dali e deixar Stefan, tão fraco como ele estava e ainda mais não com Elena e toda aquela carência gritante em que ela estava. Stefan estava a minha frente e por um momento, seus olhos ficaram presos aos meus, desviei algumas vezes, porque tudo que me vinha a cabeça era seu beijo, era aquele gosto doce. Stefan não desviou os olhos nem por um segundo me deixando nervosa. Alaric se aproximou dele, eu bem tentei não ouvir o que eles diziam mas não resisti.

— Pelo visto muita coisa mudou desde que eu morri

– É eu acho que sim – Respondeu ainda distraído Alaric sorriu olhando para mim, que desviei os olhos disfarçando, ele riu despertando a curiosidade de Stefan — O que é engraçado?

— Nada e que estranho estar aqui de novo olhando vocês. Vocês não mudaram em nada.

— Isso e uma critica?

— Não! De maneira alguma, mas você até que mudou um pouco.

— Mudei? — ele assentiu veemente

— Fico feliz por você

— Feliz por mim? – ele arqueou a sobrancelha confuso.

— Sobre você e ela — Demorei alguns instantes pra entender que ele não se referia a Elena.

— O que tem ela? — Alaric riu deu um tapa amistoso em no ombro dele se afastou sem dizer nada. Fique um tanto paralisada tentando entender o que Alaric quis dizer, Stefan parecia no mesmo estado que eu, mas ele logo sorriu olhando para chão depois pra mim, ele fez menção de vir até mim então pensei rápido, sentando-me com Elena para evitá-lo, ele fez uma careta de descontentamento metendo as mãos no bolso de seu casaco encostando se a uma árvore, seus olhos nunca deixando de me seguir

(...)

— O que você tem? — Elena me questionou, fiquei surpresa pela pergunta

— Eu? — ela assentiu rindo — Nada! Por que a pergunta?

— Porque esta cinco minutos sentada ao meu lado e não disse se quer uma palavra. Acabei rindo — Não parece você

— Eu sei! Mas não é nada. É você também me parece…

— Triste — ela completou — eu estou mais para arrasada no momento — ela confidenciou

— O que aconteceu?

— Nos podemos perder nossas casas pra sempre, drenaram meu sangue para fazer alguma bruxaria maligna, eu apunhalei meu namorado ou ex…

— Você o que? — Elena suspirou coçando a nuca, envergonhada.

— Fiz uma coisa horrível Caroline — ela abaixou a cabeça — Eu apunhalei o Damon.

— Por que fez isso?

— Eu não sei, o que me deu… Mas eu senti que precisava…

— Tá eu entendo que tenha vontade de apimentar essa relação de vocês… Elena riu batendo me meu ombro com o dela.

— Não é nada disso – ela me censurou com olhar — Eu só não podia fugir de novo Care, deixar ele pra trás

— Ele? Ele quem?

— O Stefan — ela respondeu olhando pra trás, senti um aperto com aquilo. Queria me levantar e tapar os ouvidos para não escultá-la, mas ela continuou — Eu não podia fugir e me salvar e deixar ele. Então eu apunhalei o Damon e agora… É agora eu sinto como se eu tivesse…

— Estragado tudo — completei, mas não sobre ela e Damon.

Olhei pra trás e Stefan estava com seu olhar pensativo de sempre, com aquela melancolia que me fazia querer correr ate ele e abraçá-lo. Senti meus olhos arderem pelas lágrimas se formando. Desviei os olhos para o lado para que Elena não visse, mas o que ela tinha feito por ele… Era exatamente tudo o que eu não consegui fazer.

De alguma maneira estranha Elena era forte quando queria proteger quem amava. Balancei a cabeça com as mãos nos lábios, fechei os olhos quase podendo sentir aquela sensação dos lábios de Stefan nos meus, aquele gosto… Me dei conta de que eles estavam destinados, sempre se amariam de alguma forma. Eu não tinha chance e nem direito de sentir aquilo por ele de me colocar no meio.

— Care… Elena apertou minha mãe, eu sequei as lágrimas teimosas e sorri

— Está tudo bem Elena — menti. Ela encostou a cabeça em meu ombro

— Sabe as vezes eu queria poder voltar no tempo e fazer tudo diferente. Eu queria que tudo volta-se a ser como antes — olhei para ele mas uma vez e concordei

— Eu também.

Bonnie

Não demorou muito até Liv surgir com o rosto inchado e olhos vermelhos de tanto chorar. Ela veio logo em seguida que Jeremy ligou pra ela trazendo Seth o namorado de Luke que chorava alto. Tentei me focar na situação perigosa, para não notar as trocas de olhares entre Jeremy e ela. Mas estava difícil esconder o quando aquilo estava me machucando. Me sentia como um brinquedo quebrado, mesmo sabendo que talvez fosse exagero, mesmo repetindo mentalmente que Jeremy me amava do mesmo modo que eu o amava.

Algo na maneira que o mesmo olhava Liv e se preocupava com ela me dizia o contrário. Mas eu já deveria me acostumar, eu era ancora entre os dois mundos. Quase a todo momento eu sentia dor, e temia que um dia ficasse louca por isso. Jeremy merecia uma namorada comum, algo que eu jamais seria e mesmo me despedaçando no fundo eu sabia que eu não teria um final feliz, quase ninguém naquela cidade teria.

— Bonnie — Damon tocou meu ombro sem muita sutileza — Hein dá pra prestar atenção nesse mundo.

— O que foi? — perguntei desviando meus olhos dos dois que conversam afastados de mim. Damon olhou na direção em que olhava e suspirou

— Não faça drama, ele e louco por você não vai te trocar pela nova bruxa.

— Eu não estava pensando isso… Damon franziu a testa duvidando abaixei a cabeça envergonhada, ele apenas sorriu balançando a cabeça.

— Mulheres, com o mundo acabando e vocês pensando em relacionamento.

— Como se você não tivesse pensando na Elena agora — retruquei o seu sorriso se desmanchou, e notei que geralmente aquela não era a reação que o nome da Elena causava nele. Mas nos não eramos amigos para eu perguntar algo sobre o assunto

— Por que não paramos de conversar sobre coisas e inúteis e nos focamos no plano de matar aquele maníaco, acho mais divertido — ele retrucou áspero. Ele ia se afastar mas segurei seu braço

— Damon, eu não acho que esse plano dê certo — murmurei para que apenas ele ouvisse

— Tem uma ideia melhor?

— Não, mas explodir a cidade não e uma opção pra mim — Damon revirou os olhos

— Pois e a única ideia no momento, então até ter uma melhor…

— Eu tenho na verdade

— Qual?

— Não precisamos fazer uma chacina para pegar o Markos, eu posso prendê-lo… Quer dizer a Liv pode e assim nos o matamos

— Sem ferir nenhum inocente, que tédio — ele retrucou, revirei os olhos impaciente ele riu — Okay Judgy então vamos dizer seu grande plano para eles

Damon contou o plano para eles. E Enzo se ofereceu a voltar lá, ele atrair atenção. Ficamos a espreita olhando ele fez algo melhor do que imaginava. Furtando o balde com sangue de Elena que por alguma razão ainda não tinha sido usado completamente.

— Se ele não tiver todo o sangue....

— Não tem como completar o feitiço — Luke completou ao meu lado sorrindo

— Ótimo agora ele tem que ser atraído para a igreja

— Por que na igreja? — Liv questionou com aquele tom arrogante

— Porque sim, tem como prendê-lo lá para eu entrar?

— Sim — ala respondeu asperamente

— Mas esse feitiço não vai exigir muito de você – Jeremy questionou a ela me fazendo enjoar com aquela preocupação em sua voz. Damon balançou a cabeça quando olhou para mim, com aquele tipo de olhar que dizia “Não surte agora”

— Que seja, ela e bruxa tem que fazer.

— Eu ajudo — Seth se ofereceu, com a voz ainda embargada.

(…)

Seth explicava-me o feitiço detalhadamente, não entendi de início. Mas ele e Liv trocaram um olhar quando ele entregou um punhal enferrujado

— O que isso? — Enzo olhou para o punhal — Pretendem matar o cara de tétano? — Enzo ironizou

— Esse punhal está enfeitiçado — Seth explicou pacientemente.

— Ah que ótimo, porque não entregou isso pra mim para eu matá-lo de vez de fazer esse plano mirabolante

— Porque Markos e poderoso, tem que empunhá-la em seu peito ao amanhecer. Isso e nossa única chance e último punhal, nem mesmo Markos sabe disso.

— Deveriam ter usado isso antes que eu morresse — Luke disse com amargura na voz, lhe dei um olhar de solidariedade pois somente eu conseguia ouvi-lo ele deu ombros

Faltava meia hora para o dia amanhecer, não tinha ideia do que eles fariam para atrai-los. Fiquei na igreja esperando que Markos aparecesse, Jeremy não aprovou a ideia que eu mata-se Markos, o que me deixou um pouco feliz admito. Mas novamente sua atenção se voltou pra ela o que me irritou eu segui para igreja. Fiquei imersa em pensamentos, quando escutei a movimentação atrás de mim. Me virei me preparando mas era apenas Damon

— O que faz aqui?

— O que você faz aqui? — suspirei sem saber o que responder — Por que escolheram você pra matar ele? Ele se sentou ao meu lado no banco. Fiquei algum tempo em silêncio olhando a luz alaranjada que amanava das velas.

— Porque eu sou ancora, ele desequilibrou o outro lado, e obvio que tem que ser eu — Damon bufou

— Ou é isso que você quer…

— Matar alguém? — o cortei incrédula — Você realmente não me conhece Damon, eu não tenho prazer nenhum em matar alguém, não sou como você. Damon não disse nada, agora mantinha o olhar nas velas como eu — Por que está aqui?

— Porque matar.... É o que eu faço de melhor — disse sem qualquer resquício de emoção na voz, fiquei fitando por um tempo realmente intrigada com sua expressão desanimada beirando a tristeza.

— Hummm — deixei escapar em voz alta ele franziu a testa me olhando

— O que significa esse Hummm?

— Nada! — rebati ele continuou me olhando desconfiado — Você está assim por ela não é?

— Assim como?— ele se fez de desentendido

— Não que eu me importe, porque não me importo — frisei, ele balançou a cabeça rindo — Mas você parece.... Triste.

— Eu? Triste… — negou com cabeça — Por que eu estaria triste, daqui a pouco vou matar aquele megalomaníaco — franzi a testa olhando pra ele que suspirou dando ombros — Tá e por ela, satisfeita? Eu assenti rindo

— O que ouve dessa vez?— ele ficou pensativo e depois sorriu

— Como vocês pensam sobre mim e ela?

— Como duas pessoas loucamente apaixonadas, num relacionamento saudável — menti, ele franziu a testa — Quer a verdade ou uma mentira piedosa?

— A mentira!

— Como duas pessoas apaixonadas — acabamos rindo

— Agora sério, a verdade — dessa vez eu franzi a testa

— Desde quando você liga pra opinião dos outros?

— Desde quando eu estou confuso, e não tenho mas certeza sobre nada — ele confessou eu fiquei confusa por ele estar me contando aquilo.

Ele ia continuar a falar, mas um movimento atrás de nos no interrompeu. Damon foi jogado contra parede como se fosse feito de papel. Markos adentrou a igreja furioso.

— Cadê o sangue que roubaram?

— Não deveria deixar dando tanta sopa, se era tão valioso assim — Damon zombou se levantando do chão. Logo em seguida a porta se fechou Markos suspirou desanimado

— É sério que vão tentar me prender aqui, eu não sou um tipo de satã pra ficar intimidado com uma igreja, um vampiro imbecil e uma ancora inútil.

— Não, mas mesmo assim foi suficientemente burro, pra que roubássemos o único ingrediente indispensável para o seu grande feitiço e ainda ser trancado aqui. Markos sorriu sobriamente

— Vocês são tão tolos, não podem me impedir, eu vou tomar essa cidade e acabar com vocês. Essa cidade vai ficar livre dessa escória, ela será minha outra vez.

Damon se aproximou, me lançou um olhar rápido que entendi por ser o sinal, ele distrairia Markos. Olhei pela janela e o dia começava a clarear

— Digamos que não tão tolos assim, já que podemos te matar — Markos gargalhou olhando para Damon.

Que se aproximou o pegando pela gola. Markos recitou um feitiço mental fazendo Damon cair de dor. Aproveitei o momento e mesmo com as mãos trêmulas cravei o punhal em seu peito, por trás. O que não surtiu efeito, mas sua atenção voltou pra mim. Joguei o verdadeiro punhal para Damon, Markos tentou tirar o punhal irritado

— Acha que isso vai me matar?— ele fez um gesto em minha direção, comecei a sufocar

— Não, mas isso vai — Damon se colocou na minha frente acertando o coração de Markos em cheio, seus olhos passaram de dor para incredulidade ele murmurou

— Não… Podem me matar — mas logo em seguida seu corpo caiu estatelado no chão ficando cinza. Damon me ajudou a levantar e olhamos para o corpo já em cinzas de Markos.

— Deu certo?! Eu murmurei descrente em estar bem realmente bem ou que aquele plano maluco dera certo, o que eu tinha dificuldade de acreditar.

De repente Markos estava no altar olhando incrédulo para seu corpo. Ele olhou para mim furioso e tudo em volta começou a tremer

— O que está acontecendo? - Damon perguntou assustado. Ele estava prestes a passar por mim quando minha avó apareceu sussurrando algo para Luke que correu para dizer a Seth, que do lado de fora começou a murmurar um feitiço. Senti uma dor aguda no peito, ia cair no chão se Damon não tivesse me segurado. Um vento forte começou a surgir do nada, eu já sabia que outro lado estava sugando de novo. Markos se aproximou de mim que recuei com medo. Damon não entendia nada que se passava, mas não consegui correr dele. Ele pegou em meus braços e tudo parecia girar, ele não conseguiu passar por mim assim como Katherine. Eu podia ver o terror em seus olhos agora. Logo o vento ficou mais forte sugando ele para o esquecimento. Cai no chão exausta, limpei o suor da minha testa e minha avó surgiu no altar sorriso.

— Vovó?

— Está terminado Bonnie. O feitiço que seu amigo fez, selou novamente Markos do outro lado, ele

— Mas e eu… O outro lado não foi destruído?

— Você ficara bem agora Bonnie, Markos está preso num lugar sem volta. E outro lado não foi destruído completamente, então você vai ficar bem — ela explicou sorrindo e logo desapareceu. Comecei a rir com notícia, Damon franziu a testa me ajudando a levantar

— Dá pra me explicar o que foi tudo isso? — Antes que pudesse respondê-lo Enzo surgiu na porta ansioso

— É ai deu certo? — Damon nos entreolhamos ele assentiu. Jeremy veio em minha direção me abraçando tomou meu rosto entre as mãos

— Você está bem? — assenti, mesmo estando trêmula ele me beijou nos lábios e me abraçou em seguida, olhei para Damon por cima do ombro, ele me deu um sorriso torto e foi embora sendo seguido por Enzo, aquela noite tinha finalmente acabado. Sorri para Jeremy que me estendeu a mão, e fomos embora dali felizes por tudo ter acabado bem… Pelo menos uma vez.