Fiquei confusa com atitude repentina de Enzo, em do nada decidir não apenas me salvar mais salvar Stefan também. Não acreditei em nada que ele me disse, mas o segui mesmo assim, era a única maneira de encontrar Stefan. Caminhamos por alguns minutos, eu podia ver a fumaça ao longe, pisei num graveto fazendo barulho e Enzo me fuzilou com os olhos, ia pedir desculpas pela minha estabanação quando encontrei Stefan não muito longe de onde eu estava agora amarrado na cadeira inconsciente, ia correr em sua direção mas Enzo me deteve me segurando com força.

— Me solta!!

— Espera! — ele retrucou me silenciando colando o dedo em meus lábios eu o empurrei impaciente.

— Esperar o que? Fritarei o cérebro dele de vez?

— Calminha Goldilocks, eu não vou deixar que matei seu namoradinho — Enzo zombou com risinho desdenhoso, fiquei vermelha com aquele comentário.

— Nos não somos namorados – neguei sem encará-lo, Enzo olhou para mim dando uma piscadela.

— Sei!? — manei a cabeça irritada pelo sorriso de deboche que o mesmo me lançou, olhei para Stefan querendo correr em sua direção, aflita para correr até ele e tentei me soltar do braço de Enzo novamente mas ele me segurou com força.

— Me larga, acha mesmo que acredito que quer salvar o Stefan, você estava tentando matar ele…

— Sim eu estava, mas não estou mais.

— Claro, porque você percebeu a diferença entre certo e errado — zombei

— Não! Apenas descobri que não foi ele.

— O que? Não foi o Stefan....

— Chega de papo loirinha, vamos — ele me soltou eu corri até Stefan me abaixando tocando eu rosto verificando se ele estava bem. Senti uma vontade enorme de abraçá-lo, de beijá-lo mas me contive.

— Stefan… Por favor acorda — supliquei aflita ainda com a mão em seu rosto

— Elena — ele murmurou ainda com os olhos semiabertos, e foi como levar um soco no estômago, ouvi-lo chamando por ela. Mesmo que eu soubesse que sempre seria ela, provavelmente enquanto ele me beijava ele estava pensando nela. Engoli a dor e decepção tentando despertá-lo

— Stefan, acorda por favor — supliquei novamente e o mesmo abriu os olhos

— Caroline — mesmo sendo um momento errado eu sorri e o abracei apertado. Enzo revirou os olhos bufando.

— Hein podem deixar essa melação pra depois, tem alguns viajantes que querem seu… Amiguinho morto.

Enzo se corrigiu para não me constranger, eu ficava cada vez mais confusa em relação a ele, apesar de não ter um pingo de confiança no mesmo, ele estava certo. Ajudei Stefan a se levantar o mesmo se apoiou em meu ombro, quando se levantou seus olhos se encontraram com os meus.

— Caroline por que voltou pra cá? Deveria estar longe agora.

— Eu não podia ir embora e te deixar aqui Stefan

— Mesmo assim não deveria, eles podem…

— Eu não me importo nem um pouco com isso — rebati fomos em direção a floresta quando caminhamos para longe e nos afastamos me dei conta que Enzo não estava logo atrás

— Enzo — chamei mais não havia sinal do mesmo.

— Enzo? — ajudei Stefan se sentar, ele parecia um pouco fraco, ele me fitou confuso — Como assim Enzo?

— Ele me ajudou a chegar até você — expliquei com uma fitando o chão, seu tom de voz deixou claro que não gostou nenhum pouco do nosso aliado inesperado.

— O Enzo, aquele mesmo que estava tentando matar você, para se vingar de mim, te ajudou?

— Sim — respondi sem olhá-lo, olhei um sorriso nervoso se formar no rosto de Stefan, ele suspirou exasperado notei seus ombros ficarei tensos seu maxilar trincou.

— E por que ele fez isso Caroline?— inquiriu num tom acusatório

— Não sei! — me abaixei tocando sua testa para verificar sua temperatura — Isso não tem importância, eu te achei, agora temos que fugir daqui.

Me levantei para ajudá-lo, mas ele segurou meu pulso com firmeza, quando seus olhos se encontraram com meus engoli seco, tentei quebrar o contado visual ou me soltar dele mais ele não parecia disposto a isso.

— Não adianta fugir Caroline, eles vão nós achar

Ele suspirou com olhar distante, ele soltou meu pulso. Juntando as mãos como se estivesse num tipo de oração olhando para céu entristecido.

— O que aconteceu Stefan? — ele demorou a me responder mais eu tomei seu rosto nas mão forçando a me encarar — Por favor confia em mim, me conta o que ouve.

Ele pegou minha mãos forçando um sorriso

— Caroline… Quando vai perceber que você é pessoa que eu mais confio no mundo — Ele rebateu fechando os olhos por um momento.

Fui tomando por uma onda de felicidade, mas me lembrei que momentos antes ele chamava por Elena não por mim… Mas confiar em alguém não era sinônimo de amor, ele confiava em mim mas não me amava, e mesmo não sendo aquele o momento aquele pensamento me entristeceu.

— Eu estive do outro lado, por milésimos de segundo…

— O que? Como? O que o Markos te fez?— ele respirou fundo apertando minha mão, seus olhos me pediam calma ao mesmo tempo que estavam inquietos e vagos.

— Eu não sei como, talvez seja todo esse feitiço acontecendo… A Lexi Caroline ela…

Ele não precisou me contar, liguei os pontos e me senti culpada por pensar tanto em mim ou em meus sentimentos egoístas e confusos. Stefan estava com peso da morte nas costas, temendo por sua vida, pela vida de Elena e ainda tinha que presenciar a melhor amiga sendo sugada para o inferno. Mesmo querendo consolá-lo, ouvi uma movimentação ao longe e ajudei Stefan a se levantar tínhamos que ir sair dali.

— Eu sinto muito Stefan — ele forçou um sorriso assentindo com cabeça — Mas agora temos que fugir daqui… – ele pensou em rebater — Nem adianta me dizer que e em vão!

— Mas é!

— Ah é? Então se eu estivesse na mesma situação, você me deixaria pra trás?

Ele respirou fundo desistindo de debater comigo pegou minha mão se levantando por um momento, nossos rostos ficaram próximos e toda a lembrança do seu beijo me veio a mente, podia sentir nitidamente seu gosto nos meus lábios e estremeci. Stefan soltou minha mão tocando em meu rosto, sorrindo me olhando intensamente.

— Você e incrível sabia? — engoli seco tentando voltar a raciocinar

— Para vai!– rebati envergonhada — Eu sou sua amiga, você faria o mesmo por mim não faria?

— Eu faria qualquer coisa por você — confessou com aquele sorriso que me derretia por inteiro, retribui o sorriso sem jeito e peguei sua mão guiando para longe dali, mesmo querendo justamente o contrário, o mais importante agora era protegê-lo.

xXx

Alaric e Damon ficaram se fitando sorrindo, quando meus olhos se encontraram com os dele eu não sabia se era decepção ou irritação, seu olhar gélido sobre mim me deu calafrios.

— Como conseguiu sair de lá? — Alaric deu ombros.

— Não faço ideia, pura sorte.

— Você tem que me explicar essa sua sorte — Damon ironizou olhando para os lados — O Stefan temos que ir atrás dele.

Naquele momento, um sorriso involutório se formou, Damon me encarou sem esboçar reação e me senti horrível pelo que fiz.

— Acho que não vai ser preciso ele não está mais lá — me virei e Enzo estava ali com olhar fixo em Damon.

— Enzo!?

— Quem é esse?

— O melhor amigo do Damon, ou melhor ex melhor amigo — rebateu com sorriso sinistro encarando Alaric, que franzia a testa confuso.

— Tá legal chega de apresentações, cadê meu irmão?

— O que você fez com ele? — questionei aflita.

— Nada! — ele fez um gesto de desistência — Eu juro, agora nesse momento se ele for esperto estará bem longe daqui com a Barbie de companhia.

— Então você soltou meu irmão e Caroline porque…—Damon questionou desconfiado.

— Ora pelo que? Pela nossa antiga amizade Damon, percebi que ela meio que acabaria se um de nos matássemos alguém que amamos — Damon franziu a testa pensativo

— Ótimo ver que arrumou um novo amigo Damon, mas não querendo ser alarmista… — Alaric apontou para uma luz atrás de Enzo que deu um sorrisinho

— Vocês os atraiu até aqui? — Damon acusou Enzo que maneou a cabeça negando.

— Eu? Não! Foi o Stefan que ajudou achar vocês, duas últimas duplicatas existentes… Lembram-se?

— Vamos embora daqui.

Damon passou diretamente por mim sem ao menos me olhar senti o peso da minha decisão estúpida me abater. A tristeza me inundou pelo seu desprezo, mas sabia que merecia aquilo. Damon foi na frente com Alaric.

— Então pelo visto sua sorte não mudou muito desde da última vez que nos vimos.— Alaric disse rindo.

— Só te lembrando um detalhe importante… Eu sou o irmão malvado, o vilão, porque mesmo minha sorte mudaria?

— Por que a Elena te ama e vice-versa — Alaric retrucou como se fosse obvio.

— Ama tanto que me apunhalou pelas costas

— Qual problema nisso Damon, ela feriu seus sentimentos? — Alaric ironizou — Ela já te perdoou por coisa muito pior.

— Sabe que agora eu já estou com saudade do tempo que os mortos ficavam só mortos. Damon seguiu andando e Alaric sorriu vendo que o amigo continuava o mesmo idiota de sempre.

xXx

— Pelo visto há problemas no paraíso — Enzo me disse olhando para Damon

— Isso não é da sua conta!

— Desculpe, mas e que achei bastante cruel o que você fez contra o meu amiguinho.

— Falou o cara, que estava tentando matar o irmão dele — o cortei, sem paciência de ser julgada. Principalmente porque já estava me sentindo culpada demais no momento.

— Falou bem, o irmão dele não ele. Mas sabe que olhando agora vocês dois são bem parecidos, feitos um para outro igual ao Stefan e loirinha — fiquei calada com aquela comparação, fiquei mais atordoada do que quis demostrar — Sabe que quando ele me contava no cativeiro que a vida dele, sempre foi na sombra do irmão eu não acreditava. Ele sabe que você ainda pensa…

— Cala boca, você não sabe nada sobre mim, nada sobre o Damon.

— Você está enganada, eu conheço muito bem o Damon. Tanto que me dei conta que eu posso fazer melhor do que torturar o irmãozinho dele, alias ele nem se importa tanto assim com ele....

— Do que está falando?

— De que eu vou me vingar da morte da Meg — Enzo sorriu me dei conta de estar parada com ele e Damon e Alaric terem sumido de vista

— De você — ele sorriu acariciando meu rosto — Matar o amor da vida do Damon, acho justo tirar você dele, já que ele tirou a Meg de mim, o que e justo é justo! Não tive tempo para correr ele colocou a mão envolta do meu pescoço quebrando-o.