Luna Confessions escrita por Mrs Horan


Capítulo 20
Where do broken hearts go?


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez, eu nem demorei tanto pra postar, né gente? Eu não sabia que colocar no título do capítulo e coloquei isso aí, é o nome de uma música, mas tudo bem. Eu espero que vocês gostem do capítulo ;3
aproveitem



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P.O.V Luna ON.

Primeiro, eu entrei em choque. Não conseguia acreditar que aquele Lysandre tão gentil pudesse dizer essas coisas. Depois, apenas recuperei a postura e olhei pra ele do mesmo jeito que ele me olhava. Frio.

– Você tem razão. Não somos comprometidos.

Em um mísero segundo, Lysandre perde aquela postura confiante. Mesmo que ele tenha se esforçado para que isso não acontecesse, minhas palavras o atingiram.

Caminho de volta ao hotel, procuro por Ana e a encontro conversando com Rosalya com um grande sorriso no rosto, vou até elas com um sorriso no rosto embora eu queira chorar.

– Vocês já sabem aonde vão ficar? - Pergunto.

– Sim. - Rosalya diz, alegre. - Nós três vamos ficar juntas.

– Ótimo. - Digo, eu tinha a intenção de contar a elas o que tinha acontecido. - Já pode ir pro quarto?

– Já, estávamos te esperando. - Ana diz e nós começamos a procurar pelo quarto.

Quando chegamos, me joguei na cama mais próxima que havia de mim e respirei fundo, sentindo o agradável aroma do quarto.

– Quero banhar nas fontes termais. - Aviso. - O mais rápido possível, por favor.

– Calma, apressada. - Ana ri. - Eu quero me encontrar com o Castiel.

– Eu queria que o Leigh tivesse vindo. - Diz Rosalya, angustiada.

– Eu quero que ouçam minhas mágoas. - No mesmo instante, elas viram o rosto preocupado em minha direção.

– O que aconteceu?

Explico o ocorrido desde o começo, quando eu fui pra festa com o pessoal, até a minha conversa com o Lysandre. Eu comecei a chorar compulsivamente.

– Eu sou uma idiota. - Balbucio, entre lágrimas. - Eu sei o tanto que amar dói e mesmo assim insisto em amar. Eu não sei se o que sinto por Lysandre é assim, mas dói. Dói muito.

– O Lysandre tem aquela postura calma, mas ele é muito ciumento. - Rosalya me encara. - Isso é só ciúmes, quer dizer que ele se importa com você.

– Luna, te levanta. - Faço o que Ana pede e fico na frente dela. - Escuta, você não veio aqui pra chorar pelos cantos, você veio pra se divertir e relaxar. Eu não permito que um garoto estrague seus dias aqui, não permito de jeito nenhum.

– Obrigada, Ana. - Abraço-a, mas ela logo me empurra levemente.

– Ouça o mais importante: Se Lysandre vai pegar todas, você vai pegar todos. - Ana fala com uma voz firme. - E na frente dele, que é pra mostrar que tu não está nem aí para o que ele acha de você. Você vai curtir esses dias o máximo possível.

– T-tudo bem. - Gaguejo, ela estava me assustando.

– Eu tenho pena do Castiel caso vocês briguem. - Comenta Rosalya.

– Tenha mesmo. - Ela diz, apontando para a amiga.

Aquilo conseguiu arrancar um riso de mim, as palavras de Ana ecoavam na minha cabeça e eu devia seguí-las, eu quero me divertir.

– Vamos esquecer de mim. - Falo, secando o rosto que já não tinha lágrimas. - Como está seu namoro com o Castiel?

– Bem, ele sabe ser fofo, assim como sabe ser irritante. - Ela ri, certamente pensando nele. - Já passamos bons momentos juntos e ainda não tivemos nenhuma briga séria.

– Que bom. - Fico feliz por ela.

Continuamos conversando até que a fome bateu e almoçamos no hotel mesmo. Alguns alunos haviam saído para ir até as fontes , que ficavam incrivelmente perto do hotel, dava para ir andando.

Voltamos para o quarto e Ana diz que iria se encontrar com o Castiel. Eu e Rosalya ficamos conversando por um tempo até que Alexy aparece e nos convida para ir até as fontes, eu recuso, mas Rosalya aceitou.

Tomo um banho, coloco uma roupa confortável, deito na cama e durmo.

P.O.V Ana ON.

Caminho até a saída do hotel e encontro Castiel encostado em uma árvore, com uma expressão impaciente, vou até ele com um sorriso brincalhão no rosto e paro na sua frente.

– Até que enfim. - Resmunga. - Eu tô te esperando há um bom tempo.

– Exagerado. - Riu.

– Você acha graça? - Ele pergunta, arqueando as sobrancelhas. - Um dia, vou te fazer esperar também.

– Eu corto seu pescoço, atomatado. - Tento parecer ameaçadora.

– Tábua. - Ele coloca a língua pra fora.

Nós rimos e ele segura minha mão enquanto começa a caminhar. Começamos a conversar sobre coisas que gostamos de fazer, tentando escolher um lugar para que pudéssemos nos divertir. Eu queria ir ao parque de diversões e ele queria apenas caminhar em alguma praça, acabei cedendo e fomos a uma praça vazia.

– O Lysandre falou alguma coisa com você sobre a Luna? - Pergunto, apoiando minha cabeça em seu ombro.

– Ele disse que tinha sido frio com ela e ela o tratou da mesma forma, mas não disse que estava arrependido. No fundo, eu sei que ele está. Lysandre odeia machucar as pessoas.

– Entendo. - Eu não estou convencida disso, quero mais informação. - E porque ele fez isso, então?

– Ciúmes, claro. - Ele me encara.

– Ele estava errado em jogar aquilo na cara dela. - Resmungo, cruzando os braços.

– Talvez, ela tenha merecido. - O encaro, com raiva. - Pare de falar sobre isso. Vamos acabar brigando por causa deles.

– Tudo bem. - Digo. Ele pega minha mão e a acaricia.

O encaro, ele sorri e sela seus lábios no meu várias vezes. Aproximo-me mais de Castiel e ele passa um braço sobre a minha cintura, colando nossos corpos, enquanto a outra mão acariciava minha bochecha. Nossos lábios se chocam um contra um outro e eu sentia meu estômago revirar, eu sorria entre um beijo e outro. Aquilo não era um beijo doce, era quente. Castiel dava leves mordidas no meu lábio inferior e isso me fazia delirar e querer mais.

Depois de um tempo, nos afastamos e sorrimos um para o outro. Ele segura meus rostos com as mãos e sela meus lábios, mais uma vez. Encaro seus olhos cinzentos que tanto me lembravam dias de tempestade. Ele me olhava intensamente e eu acabei desviando o olhar e dando um sorriso discreto.

– Vamos continuar caminhando ou você vai ficar me olhando com essa cara de predador? - Pergunto, rindo.

– Estou apenas avaliando minha presa. - Ele me olha de cima a baixo e eu ergo uma sobrancelha, embora eu esteja queimando de vergonha por dentro.

– Você é um pervertido. - Dou um tapa em seu ombro. - Vamos, quero ir em todos os lugares possíveis dessa cidade.

– Você que começou, abestada. - Encaro-o, erguendo as sobrancelhas.

– Atomatado! - Mostro o dedo do meio pra ele.

– Como você manda o dedo do meio pro seu namorado? - Pergunta Castiel, revirando os olhos.

– O fato de você ser meu namorado não faz com que eu seja delicada com você, tomate. - Começo a saltitar na frente dele.

– Para com isso, tábua. - Ele segura minha mão e me puxa pro seu lado. - Você é uma boba.

– Eu sei disso. - Sorrio para ele. - E você é o bobão supremo!

Caminhamos até o centro da cidade e eu obriguei Castiel a entrar em algumas lojas fofas comigo, tudo ali era bonito. As pessoas eram alegres e as ruas eram arrumadas, não havia muita gente aonde estávamos. Depois, Castiel disse que queria tomar sorvete e eu o acompanhei.

Castiel estava me surpreendendo a cada dia, ele conseguia ser legal quando queria.

P.O.V Luna ON.

Meu celular começa a tocar e eu desperto assustada. Atendo o telefone sem nem olhar na tela para saber quem interrompia meu sono.

– Alô? - Pergunto, com a voz sonolenta.

– Nossa, você estava dormindo? - Pergunta Armin. - Me desculpe.

– Eu estava, mas pode falar.

– Eu pensei que você estivesse no tédio e ia te chamar para fazermos alguma coisa legal. - Um pensamento impuro invade minha mente e eu coro, mas logo trato de afastá-lo.

– O-oque você quer fazer? - Pergunto.

– Não sei, o que você quer?

Penso um pouco e lembro de uma conversa que tive com Lysandre em que ele disse que me levaria ao parque de diversões que estava há um tempo na cidade, como estamos brigados, ele certamente não me levará.

– Tem um parque de diversões que eu queria muito ir. - Digo.

– Vamos nos encontrar na entrada do hotel.

– Tudo bem. - Desligo o telefone.

Visto uma blusa verde de manga longa e as puxo até o cotovelo, um short jeans escuro com algumas tachinhas, calço um all star e ponho uma faixa no meu cabelo solto. Pego uma bolsa, coloco alguns pertences dentro e vou ao encontro de Armin.

Quando chego, caminho até Armin que carrega uma expressão preocupada e impaciente no rosto. Nos cumprimentamos e começamos a caminhar até o parque de diversões que não era tão longe do hotel.

– Você está triste? - Pergunta.

– Claro que não. Porque estaria?

– Porque um cara chamado Lysandre falou na sua cara que vocês não tem nada juntos.

– Nem fiquei triste com aquilo. - Dou de ombros.

– Por quanto tempo vai ficar mentindo assim pra mim?

– Eu não estou mentindo. - Rebato.

– E o que você está fazendo, então? - Armin arqueia as sobrancelhas e eu percebo que não tenho mais nenhum argumento.

– Tudo bem, aquilo me deixou um pouco triste. - Apesar de ter confessado, a expressão de Armin assumiu um semblante triste. - Mas, não quero falar sobre isso. Vai passar.

– Não esconda nada de mim, eu quero te ajudar. - Ele fala.

– Eu sei. Obrigada. - Olho pra baixo. - Mas, estou falando a verdade quando digo que tudo vai passar.

Continuamos conversando e aos poucos, Armin fazia com que eu me sentisse mais leve e alegre, esquecendo completamente Lysandre. O moreno tinha esse poder sobre mim que ninguém mais tinha, ele conseguia me fazer esquecer os meus problemas e me fazer sorrir sem nenhuma dificuldade, sem nenhum esforço. Ele apenas conseguia.

Quando chegamos no parque, arrastei Armin para vários brinquedos que eu sempre tive vontade de ir. Ele reclamou no começo, mas depois ficou tão alegre quanto eu, parecia uma criança quando recebe um doce.

Eu não queria ir na montanha-russa, mas como eu já tinha arrastado Armin para quase todos os brinquedos que eu queria, o deixei me levar na montanha-russa. Em um momento, quase vomito no carrinho e isso fez Armin rir demais de mim.

Saio do brinquedo e me apoio em Armin que ria e pedia para irmos de novo. Eu ri de sua ansiedade.

– Eu tô quase morrendo, Armin. - Falo. - Vou infartar se formos de novo.

– Vou comprar uma água para nós. - Ele se afasta.

Minha respiração volta ao normal e percebo que Armin está voltando com duas garrafas de água na mão, ele me entrega uma e eu abro a garrafa com rapidez, a fim de saciar minha sede.

– Quem diria que um alienado como você sairia para um parque de diversões. - Digo e ele ri.

– Eu gosto de parques, só que prefiro ficar em casa, na frente do computador.

– Oh, sim. - O Sol já estava quase se pondo e eu tive uma ideia. - Que tal irmos no último brinquedo para fechar a tarde com chave de ouro?

– Claro, em qual iremos?

Puxo Armin pelo braço em direção ao único brinquedo que não tínhamos ido ainda. A roda-gigante.

A cabine do brinquedo só cabia duas pessoas e era fechada. Quando entramos, Armin senta do meu lado e o pego olhando a paisagem com um sorriso pequeno nos lábios.

– Pelo visto, você está adorando. - Sorrio.

– A vista daqui é bem bonita, porém eu não dispenso meu computador e meu videogame. - Rimos. - Mas, quem não adoraria com uma companhia dessas?

– O-obrigada. - Coro.

– Você fica bem fofa quando está com vergonha. - Armin se diverte com meu embaraço.

– Você é uma companhia divertida também. - Sorrio e ele cora.

O céu parecia uma grande obra de arte, com tons de laranja, rosa e um pouco de azul. Eu e Armin estávamos calados, apreciando a paisagem até que nossas mãos se chocam e nossos olhares se encontram, eu nunca tinha percebido como seus olhos eram de um azul diferente, eu nunca tinha visto uma tonalidade daquela, era extremante atraente.

Meus olhos descem até seus lábios e percebo que Armin fez o mesmo enquanto se aproximava devagar. Meu estômago revirava dentro de mim, eu estava nervosa embora esse não seja meu primeiro beijo com o Armin, ele estava calmo como se tivesse feito aquilo milhões milhões de vezes.

Em um piscar de olhos, seus lábios encontram os meus, era um beijo calmo, tínhamos todo o tempo do mundo e ninguém iria nos atrapalhar ali, afinal nossa cabine estava no topo da roda-gigante. Eu precisava de mais e Armin também, então ele pediu passagem com a língua e eu deixei, ele explorava cada canto da minha boca.

Ele agarrou minha cintura com força e eu o puxava pela nuca, estava claro que não queríamos distância entre nós ali. Quando a roda-gigante estava quase parando, nos separamos e lançamos um sorriso um pro outro. Saímos do brinquedo e fomos pro hotel, conversando e rindo e sempre que não havia ninguém pela rua, Armin me puxava pra dentro de um beco e dávamos alguns amassos, sem vergonha. Esses momentos foram acabando aos poucos, pois a noite estava chegando, as ruas estavam lotando.

Quando chegamos no hotel, nos despedimos com um aceno, pois havia algumas pessoas da escola e do hotel por ali. Fiquei um tempo conversando com algumas pessoas da escola e depois que elas foram embora, decidi comer algo. Na cantina, só havia eu e o atendente frustado por estar me atendendo aquela hora da noite.

– Você por aqui, gata? - Uma voz conhecida invade meus ouvisos e eu gelo da cabeça aos pés.

– O que você está fazendo aqui? - Pergunto com a voz seca e me viro automaticamente para o dono da voz.

– Não está feliz em me ver, ruiva?

– Você não respondeu minha pergunta, Nicholas.

– Eu vim passar uns dias por aqui, mas não sabia que você estava aqui. - Ele diz, com um sorriso irônico nos lábios. - Eu sou muito sortudo.

– Eu já estou de saída. - Falo, me levantando. - E não me chama mais de gata ou ruiva, você não tem mais esse direito.

Me viro e começo a andar em direção à porta, mas ele segura meu braco e me puxa para si, selando seus lábios asquerosos nos meus, começo a empurrá-lo com força, mas não adiantava. Ele tentava invadir minha boca com a língua, mas não conseguia. Ouço alguém abrir a porta e Nicholas me solta e me lança um sorriso malicioso, me viro para ver quem é. Armin estava na minha frente com uma expressão triste no rosto.

– Não é o que você está pensando. - Falo, caminhando rápido até ele.

– Claro que é, nós estávamos nos beijando e você estava adorando. - Interrompe Nicholas.

– Cale a boca. - Solto.

Explico minha história com o Nicholas desde o começo para Armin, mas ele não acreditava.

– Você me usou para esquecer ele, não é? - Pergunta Armin.

– Depois que ele me traiu, eu não sentia mais nada por ele, então não precisava usar ninguém para esquecer o Nicholas. Eu nunca faria isso com você, Armin.

– Então, porque vocês estavam se beijando?

– Ele me beijou à força.

– Eu preciso ir. - Armin diz, se virando e caminhando em direção a saída.

– Por favor, Armin. - Sinto meus olhos marejarem. - Acredite em mim.

Ele não se virou, só continuou andando. Eu não iria atrás dele, não imploraria perdão, apesar de querer fazer isso. Eu respeitaria seu espaço, embora isso me machucasse profundamente.

– Eu sempre soube que você era uma ótima atriz. - Me viro para Nicholas, fuzilando-o com o olhar. - Mas, dessa vez você me surpreendeu.

– Eu te odeio.

– Nos vemos por aí, ruiva.

Eu fiquei ali, passando o que acabou de acontecer na minha cabeça. Não sabia o que fazer, queria contar o que aconteceu para a Ana e a Rosalya, mas não queria preocupá-las com os meus problemas e idiotices.

Eu sempre soube resolver meus problemas sozinha e racionalmente. Eu era experiente quando precisava resolver os assuntos com a mente, mas eu nunca soube resolver problemas que envolviam o coração, sempre acabava magoando alguém, como agora.

Eu quero correr até Armin e implorar perdão, quero enchê-lo de beijos e carinhos como hoje à tarde. Não quero que Armin e Lysandre fiquem brigados assim comigo, eu não sei o que sinto em relação aos dois. Meu coração está confuso e a única válvula de escape para uma inexperiente no assunto amor é o tempo. Apenas ele vai me mostrar o que fazer.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do final? Eu não sabia como finalizar o capítulo e ficou assim, não sei se ficou muito legal, mas tudo bem.
Beijos e até o próximo capítulo, meus amores.



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