Secrets ll - O Retorno escrita por Myla Oliveira


Capítulo 9
Isso não, Alí!


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à: Mrs Potter, PaulaAlmeida e Nanda Weasley; obrigada por comentarem!



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POV - Rose Weasley

As meninas saíram daqui algum tempo depois e eu fiquei encarando o teto completamente entediada, me sentei e olhei ao redor.

– Jura que eu não posso sair daqui? Quer dizer, eu estou realmente melhor - digo a enfermeira que me encara por alguns segundos como se pensasse - Eu vou andar com essa bombinha idiota 24 hrs por dia! Prometo! E se eu esquecer, bom...

– Eu posso trazê-la para cá de novo - disse alguém da porta e eu me virei para lá. Scorpius. Sorri para ele que retribuiu e se aproximou.

– Tudo bem, tudo bem! Mas eu quero essa bombinha com a srta o tempo inteiro, ouviu bem? - ela disse e eu assenti sorrindo.

– Obrigada - disse pegando a bombinha ao lado e calçando as sapatilhas.

– E aí, ruivinha, tudo bem? - perguntou ele se aproximando e eu assenti.

– Tudo, já disse que não foi nada demais.

– Eu fiquei apavorado, você desmaiou do nada. Foi maior mancada, a primeira vez que eu tomo coragem para falar com você, você acaba desmaiando - ele diz e eu coro um pouco, e então desço da cama e saímos da Ala Hospitalar.

– Como foram as aulas de hoje?

– Chatas. Ah, esqueci que estou falando com a nerd que ama aulas - ele disse e eu revirei os olhos.

– Amo mesmo, e não me envergonho disso!

– Tudo bem, Rosie.

– Gosto quando me chama assim - digo sorrindo e ele me encara.

– Gosto quando sorri.

– Obrigada - digo num sussurro e ele dá de ombros.

– Não há de que.

Andamos em silêncio até a Sala Comunal da Grifinória e eu me viro para ele.

– Ahn... eu devia entrar, boa noite - dou um abraço rápido e sem jeito nele e digo a senha.

– Boa noite, Rosie - ele diz e eu sorrio ainda de costas e entro.

POV - Dominique Weasley

– Dá para explicar com calma? - diz Alícia irritada enquanto eu chorava e me odiava por estar chorando por James.

– O que aconteceu? - perguntou Rose entrando no dormitório - Ah Merlin! Domi, o que houve?

– Eu sou uma estúpida, Rosie - disse e ela nega com a cabeça e me abraça com força.

– Não, não é.

– Se acalma, Domi - diz Brooke apertando minha mão.

– O que o James fez? - pergunta Rose, obviamente era a mais inteligente dali.

– Eu fui procurar ele e... quando estava chegando aqui o vi aos beijos com aquela vadia sonserina da Amanda Black!

– Tem certeza? - perguntou Rose com uma careta - Ela é legal.

– Eu nunca gostei dela - disse Alícia e eu assenti.

– Nem eu!

– Mentira, você gostava dela até ontem - disse Rose e eu a fuzilei com os olhos - Desculpa.

– Você ao menos o deixou se explicar? - perguntou Brooke e eu a encarei boquiaberta.

– Não há nada a se explicar, eu vi eles se beijando depois que ele me disse que eu seria diferente!

– As vezes as pessoas tem algo a explicar, só estou dizendo que deveria ouvi-lo - ela diz e Alícia da um sorriso gentil para ela. Rose franze as sobrancelhas e trocamos um olhar confusas.

– O que quer dizer com isso?

– Eu ainda não estou pronta para falar sobre isso.

– Tá bom...

– Domi, talvez, você devesse ouvi-lo - diz Rose depois de alguns segundos de silêncio.

– Até você?!

– Só estou dizendo que James sempre correu atrás de você igual a um cachorrinho, não iria querer te levar para cama uma vez e te largar em seguida! E outra, ele nunca fica com duas meninas no mesmo dia, a não ser que seja uma festa e que ele não as conheça - continua Rose e eu bufo rolando os olhos - Confia em mim, Domi, eu sou a inteligente, lembra?

– Como se desse para esquecer - digo com uma careta e todas riem.

– Vamos lá, lave esse rosto, empine esse nariz e vá atrás de seu homem - diz Alícia me puxando pelas mãos para ficar em pé e me empurrando para o banheiro.

Eu me encaro por alguns segundos e lavo o rosto, e então saio do quarto.

– Vai lá e arrasa!

Sorrio para minhas amigas e saio dali, descendo as escadas do Salão Comunal, James era o único ali e tinha a cabeça enterrada nas mãos. Era tão lindo... Pigarreio e ele me encara, então se levanta rapidamente.

– Por favor, me escuta Domi! - ele diz exasperado e eu termino de descer as escadas me sentando numa poltrona. Ele me encara por alguns segundos e se senta a minha frente - Em primeiro lugar, eu não estava falando de boca para fora quando disse que você era a única.

– Por isso que estava aos beijos com outra, após dizer isso?

– Não, ela me agarrou do nada - ele diz e eu arqueio as sobrancelhas - Não era a Amanda! Era a Lety Dolohov, ela tomou poção polissuco. Pode perguntar à Roxanne e a Lucy se quiser, elas viram quando ela se transformou na Lety.

– Mas não viram quando ela te beijou a "força" - digo fazendo aspas no força e ele passa as mãos no cabelo.

– Por favor, acredite em mim, pergunte a ela se quiser! Eu faço qualquer coisa, Domi! Mas eu não posso te perder logo agora, por favor!

– Por quê?

– Porque você é única e especial, e eu não quero ter um relacionamento sério com outra pessoa que não seja você.

– Relacionamento sério? - perguntou com as sobrancelhas erguidas.

– Eu disse que você era única - ele diz e eu abaixo a cabeça corando um pouco - Então, aceita namorar comigo?

– Eu terei que pensar no seu caso - digo com um sorriso maroto e ele sorri se aproximando e deixando nossos rostos a centímetros de distância, me pedindo permissão com os olhos - Me beija logo.

POV - Alícia Longhbotoom

Fiquei rolando de um lado para o outro na cama, sem conseguir dormir. Olhei para o relógio e já eram 2:45 da manhã, bufei e afastei as cobertas saindo do dormitório.

A mulher gorda reclamou por eu tê-la acordado, mas eu a ignorei, o que a deixou ainda mais irritada.

Andei até a cozinha e peguei bombas de chocolate, e então fui para a Torre de Astronomia e fiquei ali, por um bom tempo.

– Você não devia estar aqui - disse uma voz conhecida da porta e eu sorri me virando para trás.

– Nem você.

– Eu sou monitor - disse Alvo rindo e se aproximando.

– Sua ronda já acabou - digo com as sobrancelhas erguidas e ele dá de ombros.

– Eu sou um monitor muito competente - ele diz e eu rio. Era muito fácil rir com ele.

– Claro que é, então vai me dar uma detenção, não é? - digo com as sobrancelhas erguidas novamente.

– Não, tenho uma ideia melhor - ele diz e me toma a última bomba de chocolate.

– Alvo! - reclamo e ele se levanta, eu o imito - Isso não tem a menor graça.

– Para mim, tem! E muita! - ele diz erguendo doce e eu pulo tentando alcançar.

– POTTER!

– Oi baixinha - ele responde rindo, chuto a canela dele que se curva e pulo para pegar a bomba, mas me desequilibro e caio o puxando pela camisa por reflexo - Ai, eu ia te devolver.

– Não ia não - digo com uma careta e o empurro de cima de mim.

– Você está certa, eu não ia - ele diz se levantando e me estendendo as mãos para me ajudar a levantar.

– Morde um pedaço - digo revirando os olhos e ele sorri conseguindo seu objetivo, ele morde a metade e eu como a outra metade.

– Por que está aqui? - ele diz depois de algum tempo.

– Não consegui dormir.

– Pensando em mim? - ele brinca e eu sorrio.

– É claro que sim, com esse corpo escultural e essa pegada inesquecível, quem não pensaria?

– Pois é, eu sou o máximo - ele concorda e nós rimos.

– Por que está aqui? - pergunto e ele tira o mapa do maroto do bolso - AHA! Então, era você que estava pensando em mim!

– Claro, ninguém consegue parar de pensar em você - ele diz e eu concordo - Mas agora é sério só queria saber se estava bem e tinha quase certeza que se estava aqui tinha passado na cozinha primeiro e pego bombas de chocolate, então...

– Esfomeado!

– Sempre - ele diz e rimos de novo - Eu vou ir dormir, você também deveria, se quiser te deixo lá.

– Pode ser - concordo e nós saímos dali.

– Lembra quando nos tornamos amigos? - ele perguntou.

– Eu ralei os joelhos quando caí no primeiro ano e todo mundo riu de mim, e você veio e me ajudou a pegar todos os livros e disse que eles eram uns "zé-manés"! - digo e ele assente rindo - Você era muito mal!

– Com certeza, eu sou cruel! - ele fala e eu paro em frente ao Salão Comunal da Grifinória.

– E agora o Sr Cruel, vai ter que voltar para as masmorras sozinho! - digo zombando da cara dele que dá de ombros.

– Valeu a pena - ele se curva para me dar um beijo na bochecha e eu sem querer viro o rosto, também com a intenção de dar um beijo na bochecha dele, nossos lábios se tocam por uma fração de segundos e nos separamos rapidamente, ambos corados

– Desculpa - dizemos ao mesmo tempo.

– Tudo bem - digo e ele me abraça antes de se afastar.

Entro no Salão Comunal e levo a ponta dos dedos aos lábios debilmente, então balanço a cabeça como se pudesse afastar tais pensamentos e subo para o dormitório. Levo um susto quando vejo uma coruja parada na minha cama.

– Oi - sussurro para ela que pia de volta e estende a carta - Obrigada.

Ela sai voando pela janela, que eu fecho em seguida.

Me deito e pego a carta, a abrindo.

Isso não Alí! Você acha mesmo que pode tê-lo assim tão fácil?

Você nem é tão boa assim!

Se até a mamãe a abandonou, quem garante que o pequeno Potter, não fará o mesmo?

Beijinhos,

–A.


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Notas finais do capítulo

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