POV – Dominique Weasley

– Brooke! – gritei pulando no pescoço da garota a minha frente que me abraçou com força.

– Domi!

– Como você está? – perguntei sorrindo quando nos separamos e ela deu de ombros.

– Bem, e ai, quais são as novidades? – perguntou enquanto eu entrelaçava nossos braços e a puxava escada a cima.

– Ahn... não tem novidades – disse bufando – Ah! Mas tem uma festinha hoje à noite! Quer dizer, não é bem uma festinha, é a inauguração de uma casa de shows ou sei lá o que. Mas vão algumas pessoas do colégio, nós podemos dar uma passada lá, se você quiser e você já conhece algumas pessoas.

– Huum, como eu não posso dizer não! – falou sorrindo e eu concordei com a cabeça.

– Ainda bem que você sabe – concordei sorrindo – Vamos lá, quero te apresentar para algumas amigas minha!

– Eu tenho que desfazer minhas malas, Domi – ela disse fazendo uma careta engraçada.

– Para que? – perguntei confusa – Vamos para Hogwarts daqui a três dias e vamos comprar nossos materiais amanhã, não tem necessidade nenhuma de você desfazer sua mala hoje para refazer depois de amanhã.

– Por que você tem que ser sempre tão convincente? – perguntou ela bufando e eu pisquei.

– É um dos dons de ser veela.

– Você é muito engraçadinha – disse ironicamente e eu sorri.

– Brooke! – disse minha mãe aparecendo na porta e esticando os braços, Brooke prontamente correu para abraçá-la.

– Tia Fleur! – ela disse sorrindo – Que saudades!

– Também senti sua falta, querida! – disse e se separou dela – Minha filha já lhe perturbou o suficiente?

– Já, acredite – disse me olhando e eu lhe amostrei a língua.

– Bom, vou descer, qualquer coisa que precisarem me avisem, okay? – ela disse e nós assentimos.

– O que vamos fazer hoje? – perguntei sorrindo.

– Eu sou nova aqui, diga-me você – falou dando de ombros e eu mordi os lábios pensando um pouco.

– Primeiro deveríamos ir atrás das meninas para eu apresentar vocês – disse e ela assentiu – Depois vamos vir todas para cá nos arrumar.

– Não sei se eu tenho roupa – ela disse e eu dei de ombros.

– Vamos dar uma olhada, se você não tiver, eu tenho e te empresto – falei e ela concordou abrindo a mala.

*****

– Sim Domi, eu comprei um vestido – garantiu a minha amiga mais cabeça oca, Alícia Longbottom.

– Me diz que ele é descente! – implorei meio chorosa e tive quase certeza que ela queria me xingar ou me bater.

– Ele é descente – disse ela bufando do outro lado da linha.

– Ótimo, é bom que seja, graças a Merlin não preciso me preocupar com as roupas de Rose – disse e olhei para garota a minha frente que procurava um vestido descente em sua mala – A Brooke chegou, quero que vocês a conheçam.

– Traz ela aqui, oras – falou como se fosse óbvio.

– Tudo bem, vou ligar para Rose.

– Beijos Domi – se despediu e desligou o telefone.

– Ela falou para irmos para casa dela – disse e Brooke deu de ombros.

– Beleza, acha que elas vão gostar de mim? – perguntou e eu revirei os olhos.

– Todos gostam de você, agradeça por ter sangue veela.

– Tudo bem – concordou sorrindo e eu pisquei para ela.

*****

POV – Rose Weasley

– Domi, eu já disse que não posso, tenho que esperar meus pais chegarem de seja lá onde estiverem para sair – disse e suspirei.

– Hugo já está bem grandinho para você ficar cuidando dele! – disse minha prima meio irada do outro lado da linha e eu encarei meu irmão que estava emburrado, provavelmente pensando o mesmo que ela.

– Eu seu, olha, vocês vem para cá se arrumar, okay? Traga a Brooke, estou louca para conhecê-la, e eu vou ligar para Alícia.

– Não precisa, estou na casa dela, estamos indo para ai e levando nossos vestidos, beijos! – ela disse animada.

– Beijos.

– Vocês vão fazer a casa toda se Salão de Beleza? – perguntou Hugo fazendo uma careta e eu neguei com a cabeça rindo.

– Não, só o meu quarto – disse e ele assentiu aliviado.

– Não sei porque você tem que ficar cuidando de mim, fala sério, já tenho 15 anos, não sou nenhum bebezinho!

– Eles só ficam preocupados, Hugo – disse dando de ombros.

– Deveriam ficar preocupados com você! – ele disse bufando e eu suspirei – Desculpe.

– Tudo bem, vou subir, fale para as meninas que estarei lá em cima, okay? – disse dando um beijo estalado na bochecha dele e subindo as escadas para o meu quarto.

Fui até o meu armário caçar alguma coisa para vestir hoje a noite e constatei que precisava de compras o mais rápido possível, mas acabei por pegar um vestido preto tomara-que-caia que ia até o meio da coxa.

– Rose! – disse Alícia abrindo a porta do meu quarto com força e vindo me abraçar.

– Parece que você não me vê a anos – impliquei rindo e a abracei de volta.

– Então ruivinha, essa é a Brooke, Brooke essa é a ruivinha – disse Domi apontando para uma menina de cabelos castanhos parada ao seu lado.

– Oi, meu nome é Rose – disse me apressando até a garota e a abraçando.

– Oi, elas falaram de você o dia inteiro – disse sorrindo.

– Domi está falando de você a um mês, acredite!

– Pronto, se tornaram amigas, agora vão me abandonar e me vender para comprar um hipogrifo cor-de-rosa – disse e se jogou na minha cama de forma dramática.

– Domi querida, não existem hipogrifos cor-de-rosa! – disse com uma careta.

– E não te trocaríamos por um – concordou Brooke e eu concordei com a cabeça.

– Falem por vocês! – disse Alícia e nós rimos.

– Tudo bem, chega de me perturbarem, vamos nos arrumar para festa – disse a loira se levantando – Cadê seu vestido?

– Só achei esse – disse bufando e o colocando em frente ao meu corpo.

– Nada mal – disse dando de ombro.

– Vindo de você não tenho certeza que isso é um elogio, sem ofensas – completei rapidamente ao vê-la me encarar mortalmente – O que achou do vestido, Brooke? – perguntei tentando incluí-la na conversa.

– Eu gostei – disse sorrindo e eu retribuí.

– Já são oito horas, deveríamos nos arrumar logo – disse Alícia com uma careta ao ver a tela de seu celular.

– Okay, vamos trocar de roupa – disse Domi, rapidamente as calças e camisetas foram substituídas por vestidos e saltos altos – Estamos lindas.

– Claro que estamos – concordou Alícia dando de ombros.

– Vocês são tão modéstias – disse pegando um lápis de olho.

– Chama-se amor próprio.

– Para qual casa que ir? – perguntei a Brooke.

– Grifinória. Ou lufa-lufa – disse sem nem pensar muito, certamente já tinha essa resposta em mente a um bom tempo para quando perguntassem.

– Tomara que você fique na Grifinória, somos de lá – disse Alícia.

– Domi disse, acham que Sonserina seria muito ruim? – perguntou com uma careta.

– Não, meu primo é de lá – disse me virando para ela – Você vai conhecer ele hoje, ou amanhã se ele não for a festa.

– Alvo Potter não perde uma boa festa – disse Alícia piscando um dos olhos e todas rimos.

– Bom, na Corvinal tem os gêmeos Scamander – disse pensativa – E na Lufa-lufa tem o Louis e a Lílian, que é irmã do Al.

– Certo, bom, pelo menos irei conhecer alguém em cada casa – disse dando de ombros.

– Pare de nervosismo, você vai se dar bem – disse Dominique a cutucando.

*****

POV – Alícia Longbottom

Chegamos na festa e vimos vários rostos conhecidos.

– Vem, deixa eu te apresentar algumas pessoas – disse Domi puxando Brooke pelo braço e sumindo de vista.

– Eu vou ver se Fred já chegou, ta legal? – disse Rose e eu assenti, Fred era seu primo e melhor amigo- Vai sobreviver até lá?

– Acho que sim – disse sorrindo.

– Tudo bem – ela disse me dando um beijo rápido na bochecha e sumindo no meio da multidão.

Fiquei zanzando por ai, tentando inutilmente achar Alvo.

– Cadê você? – resmunguei e peguei meu celular, mandando uma mensagem para ela.

Não me diga que você não vai vir para festa!

Bloqueei a tela e continuei o procurando pela pista, até sentir meu celular vibrar.

Desculpe, vou comprar meu material amanhã cedo.

– Ele só pode estar brincando – gemi baixinho e suspirei, antes de digitar a resposta.

Tudo bem, traíra.

Fui até o bar e pedi uma cerveja amanteigada, sim o proprietário do lugar era bruxo e pelo que eu saiba o trouxa que o visse veria como PARA DEMOLIÇÃO! e NÃO SE APROXIME!

– Identidade – disse alguém atrás de mim e eu me virei.

– Aaaah, não acredito! – disse pulando no pescoço de Alvo que riu e me abraçou com força.

– Ah, garota! Você não vive sem mim! – ele disse sorrindo e eu bati no ombro dele.

– Até parece, você que não vive sem mim! – disse me sentando de volta no balcão e ele se sentou ao meu lado.

– Talvez, mas não sege tão convencida – ele disse esbarrando em meu ombro e eu ri.

– Outra cerveja amanteigada, por favor – pedi ao barman.

– Você vai com a gente amanhã? – ele perguntou e eu dei um gole na minha cerveja.

– Já comprei meu material, esqueceu?

– Claro que não, afinal você ficou se gabando de ter material novo e eu não o dia inteiro – ele falou e eu ri – Vem comigo, para me fazer companhia! Por favor, princesa!

– Eu já disse que odeio esse apelido, não já? – perguntei com uma careta e ele riu enquanto pegava sua cerveja amanteigada que havia chego.

– Já, umas quinhentas vezes no mínimo! Mas eu não me importo, vou continuar de chamando assim – ele disse dando de ombros e eu bufei.

– Porque você é insuportável.

– Não, porque você é uma princesinha – ele provocou e eu lhe amostrei a língua – Certo, vamos para pista.

*****

POV – Brooke Alison

Dominique me largou sozinha meia hora depois, o que foi um recorde mundial para ela, Rose e Alícia não estavam a minha vista, então tive que me virar sozinha.

– Brooke, certo? – perguntou um garoto loiro que estava do lado de outro garoto loiro que era claramente seu irmão gêmeo.

– Certo – disse sorrindo.

– Somos Lorcan e Lysander Scamander, filhos da Luna e do Rolf, você vai conhecê-los depois de amanhã do jantar d’A Toca.

– Ahn... tudo bem, parece legal – disse dando de ombros e sorrindo.

– Acredite, não é, um bando de gente velha falando de velhice – disse um dos dois bufando – Mas daí vai todos para o quarto da tia Gina ou para o Jardim e fica legal, você vai se enturmar rápido, é bem simpática.

– Obrigada – falei sorrindo.

– Se você for para Corvinal a gente cuida de você – prometeu o outro e os dois saíram, fiquei meio desnorteada por alguns segundos e então fui até o bar que estava praticamente vazio, a maioria das pessoas ou estava num canto escuro da boate fazendo você sabe o que ou na pista de dança.

– Uma cerveja amanteigada – pedi e o barman sumiu para pegar a cerveja, ele voltou e a colocou na frente dela. Brooke analisou a cerveja por alguns momentos e então tomou um gole e cuspiu de volta no copo logo em seguida – Mas que droga!

– Você está bem?

Brooke se virou e se deparou com um cara a uns dois bancos de distância, ele a encarava com certa curiosidade.

– Sim, sim, eu estou bem – disse rapidamente e afastou a cerveja – Um pouco diferente do gosto que eu imaginei, eu nasci na França e morei lá por todos esses anos.

– Jura? – perguntou ele sorrindo, seus olhos brilhavam.

– Sim – ela sorriu de volta – Já foi na França?

– Não, sempre foi meu sonho morar lá, mas nunca fui – ele disse – Estuda em Beauxbatons?

– Sim claro! – disse e só então me toquei que não estudava mais lá, mais o que importa se eu não o veria mais – Estou passando as férias aqui, na casa de uma prima.

– Ah sim – concordou com a cabeça – Um uísque de fogo, por favor. Quer um?

– Claro – concordei sorrindo.

– Eu gosto aqui de Londres, acho um lugar incrível! – ele disse se aproximando e eu assenti – Você está gostando?

– Sim, bastante, é um lugar e tanto, gostaria de estudar aqui algum dia.

– É... – ele assentiu e riu.

– O que? – perguntei confusa.

– Você é a primeira francesa com quem converso – disse dando de ombros.

– Qual o problema nisso?

– Acho que prefiro francesas de hoje em diante – ele disse e eu pisquei duas vezes.

– Está blefando comigo – disse por fim e ele arqueou as sobrancelhas.

– Sim, eu estou – disse sorrindo e eu retribui por pura insanidade – Acho que vou te beijar.

– Faça isso antes que eu me arrependa – disse suspirando e ele aproximou seus lábios dos meus.