É Megan! escrita por HuannaSmith


Capítulo 37
"Sempre vou estar com você"


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um cap fresquinho pra vocês, espero que gostem do rumo que a história está tomando.



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Você mostrou a ele o seu melhor

Mas temo que o seu melhor

Não tenha sido bom o suficiente

E sei que ele nunca quis você

Pelo menos não da maneira

Que você queria ser amada

E você sente como se você fosse um erro

Ele não vale todas essas lágrimas que não cessam

Ele iria deixá-la sozinha

E deixaria você tão fria

Quando você era filha dele

Mas o sangue em suas veias

Conforme você leva o nome dele

Se torna mais fino que a água

Você é apenas um anjo despedaçado

Broken Angel - Boyce Avenue

– Mudanças? Que mudanças?

– Eu vou lançar o Júnior... do meu jeito

– Quando você diz do seu jeito, você tá querendo dizer... - me levantei

– Eu digo que a Marra visa o lucro - ele me interrompeu - eu não vou investir em um projeto com tecnologia aberta, Davi

– Mas esse projeto foi criado exatamente...

– Você apresentou o Júnior no MarraIdeia - me interrompeu novamente - agora eu faço com ele o que eu quiser

Todos na sala ficaram perplexos, eu não podia acreditar no que estava ouvindo, aquilo só podia ser brincadeira, de muito mau gosto mas só podia ser brincadeira, ele não pode simplesmente pegar o Júnior e fazer com ele o que quiser, eu criei o Júnior!

– Isso é brincadeira? Ta todo mundo acreditando, Jonas, fala que é brincadeira

– É verdade, aonde que você achou a graça? - engoli a seco - você apresentou um projeto e eu aprimorei

– Você não aprimorou, pelo contrário, destruiu o projeto da minha vida

– A sua vida é a Marra, garoto - ele aumentou o tom da voz - eu te chamei aqui pra dirigir minha empresa, e eu espero que você defenda os interesses dela

– No dia que o interesse da minha vida for lucro de empresa, você pode ter certeza que eu não tenho vida, que eu morri!

– Eu vou pedir um tempo pra vocês, porque eu vou conversar com o Davi no meu escritório

Ele cortou a cena na melhor parte, aliás como ele sempre faz, pra que sempre saia como o mocinho da história, mas agora todos viram do que ele é capaz, Herval tava certo o tempo todo, são todos patriotas, tem tudo mas sempre querem mais, nunca estão satisfeitos, isso me da nojo!

Jonas saiu sem dizer mais nada, um sinal claro para que eu o acompanhasse, joguei a cadeira para debaixo da mesa, fazendo um barulho relativamente alto, mas nada comparado a raiva que eu estava sentindo.

Ele entrou no escritório e começou a olhar pela janela como se nada tivesse acontecido, na maior cara dura, como se pudesse fazer comigo o que ele bem entende, mas se ele pensa assim está absolutamente enganado.

– Então é isso?! Você acha que pode fazer o que bem entender e que nada e nem ninguém pode descordar?!

– Chaga Davi! Eu já te dei corda demais, eu deixo você me desafiar na frente dos meus funcionários, desobedecer as minhas ordens, mas tudo tem um limite, chega! Eu te chamei aqui pra cuidar da minha empresa

– Chamou porque quis, né? Porque no concurso eu te mostrei quem eu era quando descordei das suas regras!

– É verdade, sabe o que eu deveria ter feito?! Deveria ter punido você, mas sabe porque eu não fiz isso? Porque você... - ele respirou fundo - você me instigava de uma certa forma, só que eu não vou repetir o erro, ou você aprende que tá aqui pra dançar conforme a música ou você tá fora!

– Tô fora do que?! Sabe qual a nossa diferença?! É que pra você nada mais importa do que ser o dono de uma das maiores empresas do mundo, com as suas ações na bolsa super valorizadas...

– Qual o problema? Eu faço isso desde que eu tinha vinte anos de idade!

– Mas eu não quero fazer isso da minha vida! Posso te contar um segredo? Eu não quero ser o novo Jonas Marra, o que você vai fazer com alguém que quer ser diferente de você? Você não pode me impedir de não ser o novo Jonas Marra! Porque eu não quero ser igual você, e ai? Tá se sentindo estranho? - ele me encarava - Sem as armas que você usou a vida inteira pra conseguir exatamente o que você queria das pessoas?! O que você vai fazer com as suas ordens? Decisões determinantes, com as suas demissões irrevogáveis, com seus prêmios milionários? Pra alguém que tá pouco se lixando?! Pra sua empresa, pro seu império, pro seu dinheiro, pro seu suposto poder...

– Suposto poder? - ele riu

– Claro! Porque você não pode tirar as garras de cima de nada! Não pode dividir com ninguém, tudo pra crescer, pra ficar maior, até quando? Até explodir?!

– Quem não luta pra crescer diminui e acaba, essa é a regra, e se nada disso aqui faz sentido pra você, o que você quer?! Fazer da vida?!

– Quero ser o que eu já sou, Davi Reis, melhor do que ser o novo Jonas Marra - ele passou a mão no rosto e se sentou em uma poltrona - olhar pro mundo sem pensar em conta de lucro e de despesas de uma empresa que eu não tenho e nem quero ter - ele me olhava fixamente - você começou a construir seu império com vinte anos, tenho vinte e três só, eu não quero chegar no final da minha vida só com império em busca de herdeiro, eu quero ter deixado alguma coisa, melhorado a vida das pessoas

– Você acha que o Bro piorou a vida das pessoas, quando possibilitou que milhões tivessem o seu computador pessoal á baixo custo?! Davi, você se acha melhor do que eu porque defende a tecnologia aberta? Deixa eu te contar uma coisa, não é só a tecnologia aberta que vai mudar o mundo

– Jonas é que a tecnologia aberta também da lucro, eu já te falei isso - o interrompi - é muito doido, as pessoas como você só conseguem pensar em propriedade, né? Em guardar tudo na mão até onde não cabe mais nada, pra levar pra onde? Pro túmulo?! - fiz uma pausa, ele ainda me observava - você é velho Jonas, nunca mais vai existir Jonas Marra, sabe porque? Porque o Jonas Marra é velho, passado e ultrapassado

– Eu vou te mostrar o que é ultrapassado, e você vai ver isso de fora da empresa porque você tá fora da Marra, o tempo vai mostrar quem é ultrapassado e quem é o futuro - ele fez o gesto de sair, mas eu o interrompi

– O tempo já mostrou Jonas - ele voltou - o mundo mudou e só você não percebeu, você sempre se pergunta porque a Megan faz tantas confusões, ela grita o tempo todo por um pouco de atenção e só você não percebe

– O que você sabe sobre ela? Não duvido que você esteja com ela só pra me atingir

– Não se preocupe com isso, sé é que a sua preocupação é mesmo com ela, mas o tempo vai fazer o favor de te mostrar de novo, quem é passado e quem é futuro aqui, e eu vou te provar isso de fora da Marra

– Tá me desafiando?

– Eu entrei aqui te desafiando, e vou sair te desafiando

Sai do escritório sem olhar pra trás, mas com a certeza de que Jonas estava o fazendo, não me dei ao trabalho nem de bater a porta, não queria sujar minhas mãos com mais nada em relação aquele lugar.

Herval tava certo o tempo todo, eu me iludi com o concurso, achando que realmente ia poder mudar alguma coisa, no mundo, mas foi só ilusão, tudo o que eu consegui foi perder tempo, um tempo no qual eu poderia estar escrevendo o meu futuro.

Mas o lado bom é que eu acordei á tempo, de sacudir a cabeça e ver aonde eu tava me metendo, ver as pessoas com as quais eu tava me misturando, pessoas que eu sempre abominei e que por algum motivo eu achei que pudessem ser diferentes, mas não são, são todos iguais.

Incrédulos, patriotas, egoístas, isso é pouco para definir pessoas como o Jonas, eles só se importam com o lucro, com o que vão ganhar se fizerem isso ou aquilo, não se importam com as pessoas que vão ter que pisar para chegarem ao seu objetivo, com tanto que recebam aquilo que lhes foi prometido.


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A manhã estava incrível, o sol milagrosamente agradável, e um vento que refrescava fracamente, as crianças já haviam aprendido tudo que estava programado para três dias, mais espertas do que eu pensava.
– Agora eu quero todo mundo desenhando a dog! Todo mundo já sabe o que é, right? Puxem pela memória

Todos os pequenos pegaram suas folhas e avançaram na latinha cheia de lápis de cor, os sorrisos e olhinhos curiosos no desenho do vizinho fluíram naturalmente, os risos que invadiram o campinho só me fez ter mais certeza de que eu deveria estar fazendo isso a mais tempo.

Herval observava minha aula ao longe, de dentro da Plugar, encostado na parede de madeira, sorriu quando o meu olhar encontrou o seu, ele estava feliz por eu ter aceitado a idéia de dar as aulas, e eu mais ainda.

Samuel, que estava sentado um pouco distante de toda a turma, levantou e veio em minha direção, com muita atenção nos pequenos pés para não pisar na mão de ninguém, sentou ao meu lado, dobrando as perninhas, e me entregou seu desenho.

– Seu desenho ficou muito lindo, Samuel - ele sorriu - qual o nome dele?

– Samuel

– Samuel? Realy? - eu ri

Ele pegou mais uma folha e voltou para o seu lugar, de costas para todos, e começou a desenhar novamente, alguma outra coisa ou talvez um outro cachorro, wearever! Pelo menos está se divertindo, well... pelo menos eu acho que está.

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– Tomorrow is the big day, Baylee! I need you here, prepared to win

– I will stay here

Baylee se despediu do seu produtor e se dirigiu aos pequenos armários posicionados na parede, girou o cadeado alguma vezes até abrir a tranca, tirou sua bolça e colocou um pequeno caderno lá dentro, mas antes que a fechasse, o MarraPhone tocou.

Ela pegou o celular rapidamente, que pulava e tocava em sua mão como alguém desesperado, ela conseguiu o firmar entre os dedos e ver na tela quem seria, "Dani" brilhava ao lado da foto do mesmo, ela atendeu na mesma hora.

– Dani? How are you? Tudo bem?

Tudo, tudo bem - ele respondeu - como foi o ensaio?

– Amazing! Acho que estou preparada, mas preciso de você lá e... você vai estar, right?

Eu não perco isso por nada, prety woman! - ele falou com um péssimo inglês

– Dani - ela riu

Danilo respondeu, do outro lado na linha, ao riso de Baylee, e um pequeno silêncio se formou, durou por alguns segundos, até que um dos dois falasse alguma coisa.

– Eu te amo

– Eu também te amo, Baylee

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Subi os pequenos degraus mas fui interrompido na metade do caminho, uma música relativamente alta, vinda do campinho, me chamou a atenção, abri o velho portão enferrujado para ver o que era, era Megan.

– One little, two little, three little Indians, four little, five little, six little Indians, seven little, eight little, nine little Indians, ten little Indian boys!

Ela cantava uma música infantil em inglês, e todas as crianças a acompanhavam perfeitamente, fez com que eu me perguntasse como ela tinha conseguido tal proeza, caminhei na direção da turminha e sentei ao lado dela.

– Agora é o indiozinho atrás da indiazinha, one, two, tree, go!

As crianças saíram antes mesmo que Megan terminasse de falar, começaram a correr umas atrás das outras e as risadas invadiram o ambiente, com certeza ela queria conversar, se não fosse isso, não teria mandado as crianças brincarem.

– Você não tá legal, não é Davi? Dá pra ver na sua cara que não tá - não respondi - como foi a reunião?

– Horrível! Tô fora da Marra

– What?! Dad demitiu você?!

– De qualquer formar eu já ia sair mesmo, Megan - expliquei - achei que a reunião fosse sobre o projetor 4D da Manu, mas não, ele chegou dizendo que ia produzir o Júnior

– Mas isso não é bom? Não era o que você queria? - ela tava confusa

– Era Megan, só que não assim, Jonas modificou o Júnior, de uma forma que não sei nem mais se posso chama-lo de Júnior, destruiu tudo o que ele significa e transformou em uma maquina de dinheiro, é claro que eu não aceitei!

– E por isso ele te demitiu? - aquilo estava mais para uma conclusão

– Herval tinha razão, eu nunca deveria ter me metido na Marra, desculpa mas essa empresa vai contra tudo que eu sempre idealizei, tudo que eu sempre defendi

– Tudo que Herval sempre fez com que você defendesse, right?

– O que?

Algumas crianças pararam de brincar e estavam observando nossa conversa, Megan me chamou para conversar dentro da Plugar, eu aceitei e ela permitiu que os pequenos brincassem mais um pouco.

Me sentei no sofá colorido e ela me trouxe um pouco de água do velho amigo que rangia no canto da parede, bebi a mesma rapidamente, Megan se sentou ao meu lado e colocou a mão na minha perna, coloquei a minha sobre a sua, entrelaçando nossos dedos.

– Eu falo com ele, ok? Peço que ele...

– Não - a interrompi - isso até que foi bom, me fez acordar, aquilo não é o que eu quero Megan, nunca foi, agora eu vejo

– Você tem certeza?

– Tenho, eu quero deixar alguma coisa que tenha melhorado a vida das pessoas, achar que a Marra poderia me ajudar nisso foi um erro, só que agora eu não sei como a Plugar vai ficar, ela depende do salário que eu ganhava

– Do you know what Davi?... Eu passei a minha vida inteira achando que nunca conseguiria nada sem que meu dad proporcionasse, achando que nunca iria construir nada sozinha, porque ele sempre foi o melhor - ela fez uma pausa - mas quando eu te conheci, descobri que não, pode até parecer pouco comparado a uma das melhores empresas do mundo mas.... essas aulas aqui na Plugar, estão sendo incríveis, e o melhor de tudo é que não tem uma gota de Jonas Marra - ela deu um meio sorriso - e não se preocupe com a Plugar, nós damos um jeito

– Você gosta de fazer coisas independente dele, né?

– Gosto, e é por isso que te digo com toda a certeza do mundo, que você não precisa dele, Davi - ela segurou meu queixo com a ponta do dedos - você consegue sozinho

– Se você tá falando em produzir o Júnior fora da Marra, é eu já tinha pensado nisso

– E você pode contar comigo sempre, ok? Sempre vou estar aqui pra te ajudar

Aquela declaração da Megan, ou melhor, toda aquela conversa, me fez perceber o quanto eu sou importante pra ela, ela não defendeu em nenhum momento o que Jonas fez, mesmo estando brigados, ele continua sendo pai dela.

Me fez perceber o quanto Megan é diferente dele, o quanto ela é mau interpretada por tudo e por todos, ela não se encaixa no gênero "Marra", ela é... diferente, e eu não vejo outra forma de isso ser mais incrível.

– Eu te amo, sabia? - ela fez que sim com a cabeça - você nem parece que tem Marra no nome

– Meu nome é Megan, Megan Lily, esquece o Marra, ok? Me prometa que vamos pensar agora só no futuro, em uma forma de produzir o Júnior sem nenhuma intervenção de Jonas Marra

– Você vai voltar pra Marra?

– Davi!

– Ah é! A promessa... desculpa

Ela sorriu e eu a puxei para um beijo, o qual foi retribuído com prazer. Depois de toda a briga com Jonas, depois de ser demitido da Marra, tudo parecia cair aos pedaços, mas a Megan sempre faz tudo melhorar, eu não sei como ela consegue... mas faz.

Desde que a conheci as coisas foram melhorando em uma velocidade tão grande que eu não consegui acompanhar, e agora, por algum motivo, tudo veio abaixo, mas sacudir a poeira, olhar para cima e ver que ela ainda está ali, segurando minha mão, não tem nada no mundo que compre sensação igual.

Megan e Jonas são o oposto um do outro, acho que é por isso que brigam tanto, ele manda e ela desobedece, ele estabelece e ela reclama, como o sinônimo e antônimo, nunca concordando, acho que isso é o que me faz gostar tanto dela, mesmo sendo filha de Jonas, ela não deixa passar suas opiniões.

Pensar que a filha do maior magnata da tecnologia, criada a base do "você quer? É seu", rodeada de notícias maldosas e incoerentes, por quem inegavelmente me apaixonei, agora estava indo contra tudo que sempre viu, tudo aquilo que sempre lhe foi apresentado, só pra me fazer feliz, pode até parecer loucura, mas no momento, é a mais pura verdade.

Eu já estava decidido, e esse apoio da Megan em relação a tudo só me fez ter mais coragem, nunca ganhei nada de ninguém, tudo que sempre quis, consegui com esforço, porque agora eu achei que seria diferente?

Produzir o Júnior fora da Marra vai ser uma luta, mas eu não estou sozinho, tenho a Megan, e futuramente mais pessoas interessadas, vou mostrar pro Jonas que consigo sem ele, mostrar que não precisa ser Jonas Marra pra alcançar seus objetivos.

Vou marcar com todos os pontos, como uma potência marca seu território, a linha do que é ou não ultrapassado, e obviamente que eu vou estar do lado recém pintado.

– Eu vou pegar uma roupa em casa, ok? Aproveitar que dad não está em casa, porque eu não posso ficar usando suas blusas o tempo todo

– Certo - eu ri - vou ficar aqui te esperando

Megan me deu mais um beijo e partiu na direção do seu carro, estacionado, não tão perfeitamente, em frente a Plugar, parou apenas para se despedir das crianças, que correram para abraça-la, mas explicou que logo voltaria.

Os pequenos correram para mim, se declararam "entediados", ou seja, traduzindo eu, o "tio Davi", iria ter que usar toda a minha criatividade para criar uma brincadeira que fosse "nova e empolgante", o velho futebol me salvou, o "novo" veio na parte dos pontos, eles aceitaram.

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No caminho pra casa, pensei em tudo o que Davi disse sobre meu pai, mas porque dad faria uma coisa dessas? Essa e outras perguntas me prenderam ao longo do trânsito até meu destino.

Será que tem haver com a doença? Ideias idiotas faz parte dos sintomas? O que ele fez foi terrível, aliás ele só tem feito coisas assim nos últimos dias, mesmo que já tenha perdoado o Marra Ideia, saber que ele foi capaz de fazer isso comigo, me mostra uma idéia que eu sempre tive mas ninguém nunca confiou em relação á ele.

Mas mesmo assim, ele é meu dad, mesmo vendo tudo isso que ele faz, não consigo enxerga-lo como uma pessoa ruim, acho que essa fantasia de "pai e filha" ainda permanece viva em algum lugar.

O portão abriu e eu dirigi até a garagem, a decepção veio quando eu vi o carro dele ao lado do de mom, o que ele está fazendo tão cedo em casa? Com sorte não vamos nos esbarrar, porque se isso acontecer não sei se consigo me segurar.

Respirei fundo e abri a maçaneta, a sala estava vazia, nem mom estava por ali, isso significava um caminho livre até o meu quarto, e foi o que eu fiz, este afinal estava vazio, o que foi um alívio.

Peguei uma das minhas bolças no closet e coloquei algumas roupas, depois fui até o banheiro pegar algumas coisas, quando sai peguei o último item, um dos meus porta-retratos, que estava no criado mudo, mas antes que colocasse este dentro da bolça, dad entrou no meu quarto.

– Eu já estou de saída

– Nem precisa me dizer aonde você vai, você vai encontrar com o Davi

– Algum problema nisso?

– Você não acha estranho esse menino que sempre te achou um peso esteja te namorando?

– Não estou entendendo aonde você quer chegar....

– Você está entendendo exatamente aonde eu quero chegar, eu não sabia o que ele queria no começo mas agora eu entendo, ele faz isso pra me atingir, principalmente agora que declarou guerra contra mim, eu não vou deixar ele te machucar, você vai terminar esse namoro hoje


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Notas finais do capítulo

Capítulo com muitas brigas! Será que o Davi vai conseguir produzir o Júnior? Como vai ser o desfile da Baylee no meio dessa guerra? Só faltou alguém gritar: "tochas e rifleis!" Será que a Megan vai escutar os conselhos do pai e perdoa-lo? Não se esqueçam de comentar, beijos e até a próxima!