*Ah mas olha só o que você fez comigo cupido burro!

Continuação...

Gabriel...

Ah, se eu te pego cupido estúpido! Eu não sabia o que estava acontecendo comigo. Foi só aquela loirinha entrar na minha vida e tudo virou de cabeça pra baixo! Acho que era esse o efeito Emely nas pessoas. Como um tsunami ou um terremoto.

E ainda tinha meus pais! Meu Deus! Eles simplesmente amaram a Emely desde daquele jantar que parecia ter acontecido a mil anos atrás! Eu inventei que nós terminamos depois. E minha mãe ficou muito irritada dizendo que a Emely "era uma garota boa diferente das outras que eu pegava sem compromisso". Mal sabe ela que a Emely é a confusão em pessoa.

È na minha antiga cidade eu pegava algumas garotas, mas aí eu vim pra cá e conheci Emely Watson e não me interessei por mais ninguém, nem temporariamente, como eu costumava. Era evidente que Emely Watson virou a minha vida de cabeça pra baixo. Foi só ela chegar e puff! Adeus controle! Também era evidente que eu gostava da loirinha.

Eu preciso pensar. Então saí andando por aí e acabei me sentando na calçada de uma rua que eu não fazia a mínima ideia de qual era. Me lembro de quando ela bebeu. Ela dormiu no meu peito abraçado comigo. Eu queria poder dormir todas as noites assim com ela. Queria poder agarra-la e beija-la, mas ela me mataria. Afinal, ela ainda era Emely Watson, a garota da confusão.

Também me lembro de quando nos beijamos na festa da Melaine! Ela beija tão bem! Mas ela disse que foi um erro e que não ia mais acontecer, e isso me decepcionou. E muito. Acho que sempre vou reviver aquele momento varias e varias vezes na minha mente.

Mas talvez eu pudesse conquista-la. Fazer ela se apaixonar por mim! Não é uma má ideia. Me levantei e continuei andando. Encontrei uma sorveteria e me sentei numa mesa e pedi um sorvete de chocolate. O preferido da Emely.

—Gabriel? -Uma voz me chamou e quando eu olhei pra cima vi Melaine e Ethan.

—Oi. -Eu respondi surpreso.

—Que bom que te encontramos aqui! Precisamos conversar! -Melaine exclamou animada e logo depois sentou na mesa junto com Ethan.

Eles me contaram as novidades e sobre o namoro deles. Eu fiquei feliz pelos dois. Faz um casal até que bonito. A patricinha e o playboy. Agora eu até posso me dar melhor com o Ethan, já que ele esta namorando e não vai dar em cima da Emely.

O casalzinho feliz foi embora e uma garota se sentou na minha frente. Olhos azuis cabelos castanhos ondulados. Vestido florido. Delicada. Bonita. Só havia um problema: ela não era a Emely.

—Oi, bom eu sei que pode parecer loucura mas eu sou nova na cidade... E aí eu vi você aqui parado e pensei: "por que não fazer um novo amigo?" -Ela começou sorrindo. -Meu nome é Alice. Alice Cooper. -Ela estendeu a mão e eu apertei.

—Gabriel Johnson.

—E então Gabriel, você estuda na onde? -Ela perguntou.

Eu falei pra ela o nome da escola e por coincidência ela também começaria a estudar lá. A partir de amanhã. Nós continuamos a conversar até que uma cabeleira loira entrou na minha visão. Emely e Vicky tinham acabado de entrar na sorveteria.

Vicky quando me viu abriu um enorme sorriso e veio arrastando Emely pra minha direção. Emely veio bufando e revirando os olhos.

—Hey Gabriel! -Vicky encarou Alice. -Quem é a sua amiga?

—Ah, Alice essa são Vicky e Emely. Vicky, Emely essa é Alice. -Alice forçou um sorriso enquanto Emely revirava os olhos e Vick sorria simpaticamente. -Alice é nova na cidade e a partir de amanhã vai começar a estudar na nossa escola.

—Legal. Seja bem vinda Alice! -Vicky se sentou ao lado de Alice animada. Emely puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado ainda revirando os olhos.

—Obrigada. -Alice agradeceu Vicky.

Alice e Vicky engataram em uma conversa animada e Emely começou uma conversa baixinha comigo.

—Bonita, delicada. Mas se eu fosse você não investia. Ela não é o seu tipo. -Emely observou Alice.

—Você nem sabe qual é o meu tipo. -Eu sorri. Ela estava com ciúmes da Alice?

—Eu agradeceria se você falasse qual é, então. -Ela deu um sorriso de lado evitando o meu olhar. Isso era um flerte, Emely?

O meu tipo é uma certa loirinha baixinha que vive se metendo em confusão. Você é o meu tipo, Emely! Droga, você ainda não percebeu?! Eu pensei em como eu responderia aquela pergunta quando Vicky e Alice pararam de conversar e voltaram com a atenção em mim.

—Então, cadê o Pedro? -Decidi perguntar.

—Em casa, jogando videogame provavelmente. -Emely respondeu ainda evitando o meu olhar. -Acho melhor a gente ir Vicky. -Emely anunciou se levantando e Vicky se levantou também. -A gente se vê por aí. -Ela forçou um sorriso pra Alice e saiu com Vicky.

Depois que elas foram embora eu me despedi de Alice, e fui embora também. Quando cheguei em casa tive uma ideia. Talvez fosse uma boa chamar Emely pra jogar videogame aqui em casa amanhã. Era isso! Eu pediria pro Luccas chamar ela.

Aí depois dava um jeito de me livrar do Luccas e ficar a sós com ela. E aí talvez eu pudesse descobrir o que ela pensa de mim. Se tenho chances ou não.