Ohana escrita por Miss FleurDeLouis


Capítulo 10
Quente e fria


Notas iniciais do capítulo

Bem, só posso dizer que estou pra lá de atrasada. E que já devia ter respondido as reviews de vocês. Mas o tempo é curto e eu resolvi priorizar o capítulo mesmo.
Sorry...

Maaaaas... Quero agradecer imensamente a Lari pela segunda recomendação, a Isa pelos reviews atrasados e por estrelar uma saga em busca do novo capítulo (te amo muito), a Glorinha pelo review e apoio, a Dany pelo review, a MayoNessyMoon pelo review, a todas as Najas pelas piadinhas motivacionais (vocês são as melhores pragas da minha vida), aos leitores fantasmas também, por que não?

Eeeeeeeee... Ao comeback do SuJu porque sim! (Aliás, até recomendo a leitura do capítulo ouvindo Devil do SuJu...)



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Honestamente, Sasuke sequer sabia com propriedade o quanto queria se envolver com sua espevitada vizinha, Haruno Sakura. Haruno Sakura sim, porque era ridículo que a representação humana da cerejeira quisesse ser chamada de Elouisie Blanchard.
A Miss Cerejeira era a coisa mais interessante que lhe ocorreu desde sua partida de Nova York, até a sua chegada no Havaí. Os Uchiha sempre foram muito nômades, saíram de Tóquio quando Sasuke tinha tenros seis anos, moraram em Londres, depois na Ilha de Manhattan e finalmente, o contrato de longo prazo com os Hyuugas prometia, uma longa estabilidade em Wahiawa, Honolulu.
Sabia que só estava se deixando levar pelos joguinhos de Sakura por causa dessa estabilidade, jamais se envolveria com ela se tivesse que partir em breve. A garota merecia mais e ele sabia.
Sakura era o mais bonito monstrinho que já viu na sua vida. Uma boneca russa viva, uma personagem de um livro de alta-fantasia e mesmo que que fosse tachado de piegas, era a mais pura verdade. Mas Sasuke não sabia até que ponto queria se afundar nos dramas da jovem intensa.
Mas queria beber dela. Beber e comer. Comer e saborear. Saborear e devorar.
Ela só não podia saber que ele a tinha em tão alta conta.
Antes ficasse achando que ele era um desafio, que brincava com ela sem querer. Que a enlouquecia com gestos mínimos.

◆◆◆ < /p>

E lá vinha ela, de sabe Deus onde, com aquele jeans que fazia caras como ele sentirem-se miseráveis só de olhar tamanha musa de dezessete anos. Ela o encara com seu sorrisinho mais cretino enquanto acenava escorada no jeep lilás. Uma diaba cor de rosa, de fato.
– Quer sair comigo, Uchiha?
– Não está cansada, Haruno?
– Só de gente problemática, você é alguém assim? - O sorrisinho se espandiu até que ele pudesse ver seus dentes.
– Não mais do que você, eu garanto - apoiou-se no batente da varanda para flertar com ela.
– É o suficiente para mim. Eu vou tomar um banho, tive um dia cheio, já volto pra te pegar, donzela.
Sasuke apenas riu caminhando para dentro de sua casa.

◆◆◆

Haviam comido em um quiosque da praia pertencente a um tal de Shikamaru. Sakura afirmou que era funcionária dele, mas Sasuke duvidou bastante, considerando que tratava o cara como se fosse um garotinho com quem ela interagia na fila de um supermercado.
Era bastante engraçado como independente da forma malcriada que a menina rosácea agisse, as pessoas pareciam amá-la. Sakura detinha a atenção de quem quer que fosse, inclusive a dele. Ela era sarcástica, maldosa, terrível, mas ao mesmo tempo conseguia ser bem-humorada, gentil e inteligente. Não era o tipo de garota com quem costumava sair, certamente. Por isso, gostaria de se colocar à altura dela.
Agarrou a mão dela e levou-a de volta ao carro, ao invés de entrar, sentou-se no capô e chamou-a.
– O que pretende? - ela arqueou uma sobrancelha.
– Apenas descansar. Vem?
Ela sacudiu os ombros e sentou entre as pernas dele. Escorou o corpo esguio contra o dele e relaxou
– Você costuma ver as estrelas, Sakura?
– Todas as noites. Quando elas estão presentes, é claro.
– Sério? Jurava que você não tinha tempo com tantas atividades... - aquilo certamente era uma reprimenda.
– Você mora aqui há uma semana e já está reparando nos meus hábitos? Devo tomar cuidado, Sr. Stalker?
– Talvez... Mas você já sabe disso, certo? - Beijou-a na bochecha.
– Sim, eu sei... - Falou preguiçosamente - E para sua informação, eu vejo as estrelas pela madrugada.
– Madrugada?
– É... Os Blanchard tem problemas para dormir, ou apenas Gaara e eu. Você tem que ver as olheiras dele. Não que tire a beleza do meu mano mais velho, mas ainda sim...
Sasuke achou que ela não completaria a frase, mas depois de engolir seco, retomou:
– São preocupantes. O caso dele é crônico, o meu é loucura mesmo.
Virou-se para fitá-lo de frente:
– Não me julgue, Sasuke, mas eu deixo muitas preocupações tomarem conta dos meus pensamentos e fico rangendo os dentes.
O Uchiha a fitou em dúvida:
– Range os dentes?
– É... Na verdade, eu os aperto uns contra os outros. É um tique nervoso. Quando chega no final do dia, eu os apertei tanto que minhas têmporas doem e eu não consigo dormir.
– Você está tentando parar?
– Estou. Junto com o hábito de apertar o chaveiro do carro, de estalar os dedos com força, de criar compulsivamente impérios em jogos online só para vendê-los depois, de julgar as pessoas, de não confiar em ninguém, de querer controlar a vida de todos, de não segurar a língua... Como você pode ver, são muitos demônios...
– Sim, são Mas não se preocupe, ainda te acho um demônio bem charmoso.
Sakura riu. E Sasuke sabia que havia mais por trás de tudo aquilo, mas queria que ela dissesse espontaneamente, queria que tudo fosse natural entre eles dois, embora ela não tivesse nada de natural.
Puxou-a de volta para o seu peito, abraçou-a e ficou beijando devagar o seu pescoço enquanto a mesma adormecia. Deixaria estar. Enquanto ela pudesse descansar, ele estaria bem.
Não eram namorados e sua relação estava longe de significar amizade. Parecia que andavam por cima da linha tênue que separa esses dois status, um passo de cada vez. Mas Sasuke não se importava. Porque ainda era ele e Sakura adormecida nos seus braços, algo que gostaria que se repetisse mais vezes.

◆◆◆

Chegaram em suas casas às duas e meia da madrugada. Não estava preocupado com sua família, sua mãe faria um discurso sobre segurança, seu pai resmungaria qualquer coisa e Itachi faria qualquer comentário infame e inútil, normal. Mas e Sakura? Ela teria problemas?
Viu um homem alto de feições duras se fazer presente sob à luz da rua e temeu que a menina estivesse encrencada.
– Já é madrugada, Sakura.
– Oi, Gaara, meu irmão pessimamente educado. Esse aqui é Sasuke Uchiha, nosso vizinho - Sakura parecia tão alheia à tensão no rosto dos dois homens. - Sasuke, esse é meu irmão, Gaara.
– Olá e me desculpe o horário, eu realmente devia ser mais cuidadoso com a sua irmã.
Sakura revirou os olhos e gargalhou.
– Não peça desculpas, Sasuke!
– Ela tem razão. Conheço minha irmã e sei que se ela quisesse, vocês passariam o final de semana inteiro fora - virou-se de costas e meneou uma das mãos. - Apenas não se meta em confusões por causa dela.
– Sim... - enquanto Sasuke ficava surpreso pelo comportamento do ruivo, a garota mostrava-lhe a língua.
Gaara parou à porta da casa:
– Sakura, esse é o cara do café da manhã?
A jovem o encarou estranha e disse:
– Ele é.
– Hum... - o ruivo desapareceu no meio da escuridão da casa.
– Cara do café da manhã?
– Nada de mais, Sasuke. Preciso ir, me agradeça pelo passeio agora.
Sasuke a olhou cético:
– Obrigado?
– De nada! - Beijou nas duas bochechas e saiu correndo.

Agora entendia. Sakura não se metia em problemas. Sakura era o problema.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
E do final do Gaiden?
E dos spoilers do filme do Boruto?
E do comeback do SuJu, caso tenha alguma Elf aqui?
Me mandem uma review.
Aliás, vou tentar responder as reviews do capítulo anterior hoje mesmo e as desse também, caso tenha. XD
Se a formatação do Nyah para cel continuar assim, ê provável que eu não demore muito a postar de novo. Eeeeeeee... No caso de algum erro, de digitação ou formatação, irei corrigir em breve.
Beijos!



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