Diário de Viagens de uma Semideusa especial escrita por Fernanda Di Angelo


Capítulo 11
Bônus Time Duplo: Confuso, descontrolado e por fim morto.


Notas iniciais do capítulo

Hey desculpem a demora, dedico esse capitulo a todos vocês, amo muito



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Música do Capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=B-pQBDE5Gbg

Pov. Drake

Quando eu deixei Jules e Verô para ver o que havia no convés, pensei que ficaria tudo bem, mas não havia nada tudo bem. Cheguei lá fora e me deparei com uma frota de fantasmas, não apenas isso, mas eram fantasmas da guerra, questão é que eles não podem descansar, são obrigados a passar a eternidade lutando, e dessa vez, lutavam com meus amigos. Por incrível que pareça, a situação era controlada pela Cathy, que tinha uma aura vermelha em volta do seu contorno, era a benção de Ares, e ela os espantava ferozmente, e os repelia como um veneno, April era rápida, e cortava eles no meio com facilidade, pois Simon utilizava luz para tornar eles sólidos. Decidi ajudar, juntei toda a força que eu tinha, invoquei as sombras, era meio complicado por eu ser neto de Zeus também, mas consegui torná-los sólidos para que Simon e April os cortassem ao meio, com Cathy me ajudando, tudo ficou mais fácil, ela era a semideusa mais poderosa que eu já havia conhecido, principalmente por ser uma deusa menor. Acabado de destruir os fantasmas fiquei curioso para saber quem teria enviado eles, e por quê. Enviei uma mensagem ao meu avô, Hades, sobre que fomos atacados, senti minha força se esvaindo e cai levemente no chão do convés. Vi Cathy sentada, respirando com falhas, tentando recuperar a energia.

Recuperado, me levantei meio cambaleante, animado para contar o que havia descoberto sobre a Cathy, mas me deparei com uma cena que não veria nunca, nem em meus piores pesadelos: Jules estava beijando a Verô, ele tinha as mãos enroladas na cintura dela, mas o pior era que ela correspondia. Eu não entendia, todo esse tempo, ela dizia que me amava, q-que.... Será que tudo isso era mentira, ou... Meu cérebro dava voltas e voltas, mas não absorvia a cena. Ela abriu os lindos olhos, e os arregalou, empurrou Jules um pouco para o lado, enquanto ele não entendia nada, apenas me olhou, nos tínhamos os mesmos olhos herdados do nosso avô, mas os dele tinham a íris que mudava de cor, enquanto as minhas eram meio escuras. Senti meu corpo todo cedendo a emoção do momento, minhas pernas tremiam e eu senti que iria perder a consciência. Quando ele finalmente me notou, já era tarde. Eu cedi, deixei a escuridão me levar, mas Jules correu e me segurou.

“ Eu estava de volta a Nápoles, a cidade onde eu nasci. Na varanda de casa, minha mãe arrumava as roupas no varal, o vento batendo no seu rosto e desarrumando seu cabelo preto, as mechas azuis estavam meio desbotadas, mas continuavam lá. Meu pai vinha ao lado de uma menina sorridente, parecia ter seis anos, ela tinha cabelos pretos lisos, com os olhos da mesma cor, tinha as bochechas salpicadas de sardas, e sua pele era muito branca. Sorria fraternalmente para mim, eu senti algo diferente, de repente, todos os meus problemas desapareceram... Meu pai sorriu, minha mãe pegou a menina no colo e disse:

– Venham, vamos entrar, Bianca e eu preparamos um piquenique. – Eu assenti, e entramos, a casa permanecia igual, Bianca me olhou curiosa e perguntou:

– Maninho, porque você está com essa cara, voltamos para casa lembra ?? – Eu sorri, era impossível não sorrir conforme se conversava com ela, finalmente percebi, “ maninho “, ela era a filha que minha mãe está esperando, Bianca, um nome lindo. Percebi que ela batia levemente o pé, como se estivesse impaciente pela minha resposta, ela era muito fofa, resondi:

– É sobre o que aconteceu com... a Verônica. – Ela me olhou, compreensiva, e enfim falou:

– Mas ontem mesmo você disse que queria casar com ela, aconteceu alguma coisa ?? – Me impressionei, talvez eu estivesse num futuro distante, mas ao mesmo tempo que percebi isso, comecei a me sentir indo embora, abracei minha irmãzinha antes de sentir me acordando no tempo atual... “

Meus olhos abriram devagar, me deparei com Verô debruçada sobre mim, Jules ao seu lado, mas não conseguiu me encarar nos olhos. Eu tentei falar, apesar da voz enfraquecida:

– V-vocês estavam se... beijando.... – Olhei para a Verô, ela parecia a beira de lágrimas, arrasava meu coração ver ela assim, Jules apenas concordou com a cabeça, minha mente girava. Verô tocou levemente minha mão e disse:

– Vai ficar tudo bem. Apenas não se mova, Joe e Cathy foram até Creta buscar suprimentos, você vai ficar bem, apenas não se mova e não fale nada... Eu não falei, apenas senti uma lágrima fria escorrer pelo meu rosto...

Pov. Joe

Eu e a Cathy saímos do Argo II, pousado na costa sul, e seguimos em direção ao lugar com mais influencias gregas para ter uma pista de quem havia enviado o fantasmas, Cathy tinha o pressentimento que a força vinha dali, e eu a segui. Estava ventando muito, seu cabelo moreno batia no rosto belo sem parar. Eu nunca pensei que pudesse estar tão apaixonado quanto por ela, mas ela não poderia saber do meu segredo, se não, aposto que ela me deixaria, ou coisa pior. Estávamos passando por perto de uma fazenda, os campos de trigo se estendiam até onde a vista alcançava, me sentia mais poderoso em contato com a plantação, mas eu não poderia ter essa sensação, poderia ser um perigo iminente, eu não deixaria que voltasse a acontecer. Cathy percebeu o quão tenso eu estava, e segurou minha mão, levantou e a beijou, nesse momento, era bom ter uma namorada, mas pensando, quando completasse vinte e um anos poderia se tornar deusa, ganhar a imortalidade, será que Catherine deixaria de lado a imortalidade por mim, um semideus normal, ou pelo menos, quase normal. Continuávamos andando, quando vimos uma velha andando pelos campos, passando a mão pelos trios e sarças, do nada, eu parei ao perceber que se tratava da minha vó Deméter, com seus cabelos loiros cor de trigo, e olhos azuis penetrantes. Ela se aproximou de mim, e eu a olhei, Cathy fez uma breve reverência, mas Deméter recusou, e falou a mim:

– Meu neto querido, vão embora o mais rápido possível, o gigante que se opõe a caça vem vindo, e ele vem se vingar dos gêmeos, ele quer os netos de Hefesto, além da semideusa de Ártemis, a única. – Senti a mão de Cathy ficar mais firme e agarrada a minha, eu senti sua tensão. Me virei para minha avó e perguntei:

– Qual é o nome dele ?? – Ela me olhou, suspirou e respondeu:

– Eu tenho pouco tempo aqui com vocês, o nome dele é Gration. – Cathy se assustou e murmurou:

– O anti – Ártemis... Eu deveria saber, não podemos deixar que alcancem ela e a Melody, mas antes, temos que salvar o Drake. – Concordei, minha avó me puxou e sussurrou no meu ouvido:

– Cuidado, o tempo está passando, e precisa ser recuperado... – E sumiu em névoa, o relógio batia cada vez mais rápido no meu pulso, senti que algo estava vindo, uma quimera colossal, cuspindo fogo pelas narinas em nossa direção, algo estava errado, quimeras não atacam dessa jeito, ela vinha em nossa direção Cathy tentou afastar ela com o charme, o que não deu certo, percebi que não tinha escolha, deixaria as horas rolarem, meus poderes fluírem, apenas torcendo para não matar Cathy e nem a mim mesmo. Girei os botões do meu relógio e o girei. O relógio começou tremer, os grãos enrolados ao redor começaram a morrer, e eu ouvi a voz da minha vó em minha mente, dizendo que eu estava pronto, uma dor latejante passou pelo meu corpo, senti como se fosse cair, tentei me concentrar, me focar nos meus poderes, mas não funcionava, utilizei todo rastro de força possível. Todos os grãos de trigo e as sarças começaram a se mexer, se enrolaram nas patas da quimera, em seu pescoço por tudo, e começaram a apertar, como uma serpente gigante enrolando a quimera. Até esmagar ela, transformando a quimera em pó, senti tudo se normalizar dentro de mim, mas a dor latejante só aumentava, soltei um grito alto de dor antes de desmaiar.

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Notas finais do capítulo

Mhahahaha quem diria do Joe ser tão poderoso !! Beijos e até terça !!



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