Síndrome de Estocolmo escrita por Babs


Capítulo 22
Não era isso que eu esperava


Notas iniciais do capítulo

Escrever meu TCC para que né?



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Capítulo 21 – Não era isso que eu esperava

Ouvi vozes falando e me movi na cama desconfortável 

Queria dormir mais cinco minutos 

—Hora de acordar ruivinha – Ouvi Tony dizer sendo seguido por um choque entre metais fazendo um barulho horrível 

—Caralho – Pulei na cama em susto dando tempo de distinguir Clint e Tony colocando uma das armaduras em cima da ilha no quinjet 

—Que bom que acordou, temos que partir – Anunciou Tony fechando a porta 

—Onde está Harley 

—Já dei um jeito no garoto 

Tony começou a descarregar um monte de objeto em cima da ilha, objetos que eu não entendia por que estavam ali 

Como fertilizantes e bolas de natal 

Apenas me encaminhei para cadeira do co-piloto e me sentei ao lado de Clint 

Tinha horas que era melhor deixar o homem de ferro inventando suas artes sozinho 

—Preparada? - Perguntou Clint me olhando carinhoso 

—Depois de quase 9h voando nessa coisa estou perdendo o medo – Admiti colocando os cintos. 

—Então se prepare para mais 4h até Miami 

—Por que todas essas coisas tinham que ocorrer tão longes uma da outra? 

—Não faça perguntas difíceis para mim 

Clint apertou alguns botões e logo o quinjet começou a subir em direção ao céu azul límpido claro 

Já tinha amanhecido e tínhamos apenas 24h para deter Mandarim 

Quando Clint finalmente estabilizou o quinjet resolvi ver o que Tony estava aprontando 

—Onde você foi Tony? 

—Precisava construir alguma coisa para usar enquanto a Mark 42 recarrega 

—42? 

—Tenho bastante tempo livre 

—Estou vendo Tony – Respirei fundo e me apoiei na ilha de frente pra Tony – Tony o que aconteceu mais cedo você... 

—Não quero falar isso – Cortou Tony irritado 

—Tudo bem, mas vamos ter que falar disso 

—Não vejo por que 

—Jura? - Perguntei o olhando irônica 

Tony largou tudo o que fazia e deu um suspiro longo e me olhou cansado 

E pela primeira vez em muito tempo eu via o quanto Tony estava esgotado, seus 30 e poucos anos estavam nítidos em suas feições, agora eu percebi que as rugas já se formavam no canto dos seus olhos e sua pele parecia maltratada 

Tony estava no limite. 

—Tudo o que passei naquele buraco... Naquele dia, eu não sei como expressar muito bem – Tony pela primeira vez em muito tempo demonstrava fraqueza e eu podia não o entender completamente mas com certeza eu queria ajudá-lo 

Peguei sua mão e a apartei com força 

—Se só quiser colocar pra fora e falar, eu estou aqui. Também estive naquele dia, todos nós estivemos. Você não está sozinho 

Tony me olhou durante alguns minutos e senti como se ele entendesse realmente que eu estava ali para ele também, ele não tinha que me proteger apenas 

Ouvi sua boca se mover num obrigado silêncio e apenas sorri realmente agradecida 

E eu tinha uma coisa que com certeza tiraria de Tony o peso de cuidar de mim 

—Vem quero te mostrar algo 

Fui até o lado de Tony e peguei a chave de fenda que estava ao seu lado e entreguei a ele 

—Fura minha mão - Ouvi a risada de Clint e Tony me olhar assustado 

—Você enlouqueceu? Você está vendo isso Barton? 

Ouvi apenas Clint rir mais alto e apressei Tony  

—Anda! 

—Você não... - Peguei a mão de Tony que segurando-a com força e fazendo-o enfiar a chave de fenda em minha mão a transpassando 

Nesse momento eu vi estrelas de dor 

—PUTA QUE ME PARIU – Gritei me afastando de Tony que realmente me olhava apavorado sem entender nada 

Clint agora gargalhava 

—Em nenhum momento alguém falou que você não ia sentir a dor 

—Obrigada por me lembrar disso agora - Rosnei tirando a chave de minha mão fazendo pingar sangue pelo chão 

—Rápido onde está o kit de primeiros socorros Barton – Perguntou Tony visivelmente nervoso e apressado 

Clint apenas se levantou ainda rindo e jogou um pedaço de pano para mim 

—Ela não vai precisar Tony – Ele respondeu se divertindo com a reação de Tony – E limpa esse sangue ai por favor, podemos escorregar 

Olhei Clint irritada mas fiz o que ele pediu, enrolei um pedaço do pano em minha mão e no outro eu sequei o sangue que tinha escorrido do sangue 

—Alguém me explica o que está acontecendo – Pediu Tony visivelmente irritado 

—É isso – Respondi terminando de secar minha mão e mostrando a Tony 

Antes onde estava o furo da chave de fenda agora parecia diminuir a cada instante, víamos minha pele se curando num fator razoavelmente bom 

Mas como Clint me lembrará, tardiamente, isso não me impedia de sentir dor. 

—Como isso é possível? 

—Ela tem um fator cura acelerado – Respondeu Clint sorrindo de canto – Mais rápido que o do Steve 

Tony alternou os olhares entre nós dois compreendendo o que havíamos acabado de falar 

 -Isso significa que... 

—Eu sou bem difícil de se matar. 

—Como você pode ter tantos poderes dentro de um? - Perguntou Tony visivelmente curioso - Já vi mutantes com apenas UM poder, mas você... Parece ter uma legião dentro de você 

—Acontece com vários mutantes, o caso mais comum são mutantes que possuem telepatia e telecinese, muitos consideram uma habilidade só mas são duas – Explicou Clint fazendo-nos olhar surpreso para ele – O que foi eu fiz meu dever de casa 

Tony apenas balançou a cabeça meio desacreditado 

—Isso é ótimo realmente, e com certeza vamos falar disso depois. - Falou Tony ainda olhando desconfiado pra minha mão - Principalmente com você Barton 

—Pode deixar – Falou Clint levantando as mãos em ato de rendição 

—Você precisa de ajuda com algo Tony? 

—Você não vai mais se machucar com nada? - Perguntou Tony me olhando curioso – Se não uma ajuda seria bem vinda 

—Como Clint lembrou, dói muito para mim também viu – Admiti rindo 

Tony rio levemente e concordou com a cabeça 

—Com certeza você é doida 

—x-x 

O local que Tony havia indicado era um condomínio de mansões bem espaçados, e fazia sentido Mandarim estar ali, luxo, segurança e privacidade 

Com Tony Stark a bordo não foi difícil autorizar que pousássemos no seu heliporto particular 

—Acho que ter o Stark no nome tem suas vantagens – Admitiu Clint já pegando seu arco 

—Hey Elfo, o que está fazendo? 

—Me preparando para ir com você 

—Você não vai comigo 

—Concordo com Tony – Falei carregando minhas glock – Acho que você nem tem mais costelas no seu corpo que possam ser quebradas. Você está muito machucado 

—Na verdade estava me referindo a vocês dois – Tony falou me olhando sério - Essa luta é minha 

—Concordo completamente – Falei antes que Tony pudesse argumentar algo mais - Porém dizer que meus poderes não vão te ajudar seria uma mentira, nós dois cobriríamos uma área maior. Além que a armadura ficará aqui, se precisar de qualquer reforço antes dela estar pronta posso te ajudar 

Tony tentou falar algo mas Clint logo cortou-o abrindo a porta do quinjet 

—Poderíamos ficar nessa discussão por horas de vingança pessoal, proteção, cuidar um do outro. Mas estamos sem tempo para o cavalherismo, então vamos logo? 

Eu e Tony olhamos um pro outro confusos mas Clint já havia nos deixado 

—Bem, o elfo tem razão - Resmungou Tony a contra gosto já o seguindo 

Apenas dei os ombros e realmente concordei, aquela discussão não ia acabar em nada e no final nós três faríamos o que queríamos 

Uma boa luta 

Foram pouco minutos caminhando até encontrarmos a casa que desejávamos 

—Vejo alguns guardas aqui fora 

—Conseguimos dar conta – Falei verificando que não passava de uns 10, daria 3 para cada. Uma média melhor que Nova Iorque 

—Vocês dois vasculham a ala da esquerda e eu da direta – Ordenou Tony já escalando uma árvore 

—O que ele está fazendo? - Sussurrei para Clint vendo Tony se pendurar pelos galhos para alcançar o muro da mansão 

—Ele vai pular – Falou Clint rindo 

—Ele sabe que posso abrir esse portão sem disparar o alarme ne 

—Eu acho que ele esqueceu  

Nós dois rimos e enquanto Tony pulava o muro com um leve aceno de mão fiz o portão se abrir para nós sem disparar nenhum alarme, afinal eu não estava arrombando, estava apenas fazendo suas engrenagens girarem como se eles estivessem sendo abertos da forma manual, como quando o motor tem defeitos 

Assim que Tony finalmente pulou o muro com um certo esforço encontrou e Clint com os braços cruzados no peito o olhando divertido 

—Como vocês entraram? 

—Tem um portão ali – Falei apontando com a cabeça enquanto fazia-o se fechar novamente – E todo portão tem o modo manual de abertura 

Tony olhou irritado para nós dois 

—Vocês podiam ter me avisado 

—É que foi divertido homem de lata – Provocou Clint rindo 

—Não temos tempo para isso Legolas – Zombou Tony visivelmente irritado – Nos encontramos no pátio principal  

Tony já saiu caminhando em direção a ala direita da mansão enquanto fomos pela esquerda 

—Você não pretende chamar a atenção de todos né - Perguntou Clint enquanto via que eu caminhava despreocupada pelo gramado 

—Eu posso evitar que levemos tiros 

—Eu acho que você está confiando demais nos poderes que você não aprendeu controlar totalmente? 

Fitei Clint duramente e eu queria dar uma boa resposta a ele, mas talvez aquele gavião tinha razão 

Dei um sorriso irônico pra ele e já tirei uma das glocks do meu bolso a segurando com as duas mãos e me coloquei em posição de defesa 

Clint deu um sorriso vitorioso que me fez revirar os olhos 

Eu queria mesmo era dar um soco nas costelas daquele gavião 

Subíamos as escadas em direção a ala da esquerda. Era uma escadaria dupla com uma fonte de Anjos no centro. No momento não caia água dos vasos dos anjos mas ela continuava cheia d’água 

Ouvi passos vindo em minha direção, me encostei na parede da fonte me escondendo e logo Clint que estava atrás de mim fez o mesmo. Percebi que um homem de terno descia em nossa direção com uma arma em mãos. Me agachei no chão pegando uma janela e a joguei com força no jardim acertando um vaso. 

O segurança imediatamente se virou para o jardim para verificar e quando ele ficou de lado para mim não hesitei e pulei em suas costas lhe dando um mata leão. 

Ele foi pego completamente de surpresa e tentou me bater com a sua arma mas me soltei rapidamente de seu tronco e lhe dei um chute na lombar o fazendo se ajoelhar com a dor e soltar um ganido enquanto eu ainda o mantinha no mata leão. E agora com ele ajoelhado e comigo em pude dar uma bicuda em sua mão o fazendo soltar sua arma enquanto a chutava pra longe 

—Shhhh você já vai dormir – Sussurrei enquanto ele tentava tirar meus braços do seu pescoço, mas ele já estava sem ar pra isso então nem senti a real força do segurança e em menos de um minuto ele caia desmaiado no chão 

—Olhem ali! - Ouvi um dos seguranças gritar, vindo em minha direção com a arma apontada 

Subi as escadas correndo e com um bloqueio tirei a arma da minha direção afastando seu braço para a direita fazendo-o atirar no jardim. Dei um chute em sua virilha pegando-o completamente desprevenido, retirei a glock do meu coldre e dei um tiro a queima roupa em seu peito 

Vi que mais dois vinham de encontro a mim e logo me joguei no chão fugindo dos tiros que se dispararam em seguida 

Eles não me matariam, mas realmente doíam para um inferno. 

Dei uma rasteira em um dos seguranças e quando ele caiu no chão acertei seu braço com um tiro 

Apoiei minhas mãos e me levantei num pulo mas isso não foi a melhor escolha, vi uma mão acertando em cheia meu rosto me fazendo ficar extremamente tonta e por alguns segundos não enxergar nada, percebi que tropecei algum corpo e cai de costas no chão 

Quando recuperei a visão foi a tempo de ver um careca com uma arma apontada para mim. Num momento de completo desespero fiz um aceno com a mão fazendo a cabeça do segurança rodar 180° graus o fazendo cair de costas/cara no chão. 

Vi que atrás dele tinha um segurança que olhava assustado para o que havia acabado de acontecer, tentando processar e antes que ele desse conta, peguei minha outra arma e acertei seu estômago o fazendo cair gritando de dor 

Apoiei meu braço direito no chão para me levantar e senti ele fraquejar e uma forte ardência o percorrer 

—Auuu – Gemi o olhando confusa, foi quando eu vi que tinha levado um tiro de raspão e tinha um ferimento razoável nele – Ainda bem que deixei o sobretudo branco no quinjet, senão mancharia  

Pensei alto enquanto me levantava com a ajuda do braço esquerdo. Alonguei meus braços e me agachei para pegar uma das minhas armas que estava no chão 

Ouvi um zumbindo passar por cima de mim seguido por um gemido. Me levantei confusa com a arma postas em mãos mas apenas vi Clint segurando seu arco em mãos, mas assim que me virei entendi. Vi que tinha um segurança vindo pelo lado oposto ao meu que Clint acertou em cheio 

—Resolveu me ajudar, agora - Perguntei irônica guardando as duas armas no coldre – Depois de eu derrubar cinco 

—Estou dodói - Falou Clint com uma voz infantil e fazendo bico 

O que me fez dar uma gargalhada 

—Você é muito trouxa e aproveitador  

Ele riu se aproximando de mim e limpou algo no meu rosto 

—Você vai ter um belo roxo nos olhos amanhã  

Clint limpou o sangue que escorria pelo meu rosto do soco que havia levado 

—Obrigada pela ajuda com o soco viu 

—Eu sabia que você daria conta 

—Você queria ver eu me virar fala a verdade – Falei dando um sorriso descontraído enquanto passava pelos corpos dos seguranças mortos 

Rir descontraída enquanto passeia num cemitério de corpos era bem irônico e isso me divertiu ainda mais. 

Acho que estava gostando de lutar contra bandidos 

—Queria ver o que a Nat e o Agente Ward te ensinaram – Ele admitiu me seguindo – E com certeza reconheci os movimentos da Nat em você.  

—Vou levar isso como um elogio – Sussurrei abrindo a porta da ala esquerda, a ala oeste. 

Entrei no Hall cuidadosamente com a arma em mãos não havia ninguém ali, ouvimos um barulho no fundo de música e acenei para Clint com a cabeça apontando para o lado esquerdo que era de onde vinha o barulho. Ele acenou concordando e me seguiu enquanto adentrávamos em um corredor repleto de portas, todas estavam fechadas, exceto uma que estava de frente para nós. 

De costas vi que havia um grande segurança sentado numa mesa e eu ouvia uma voz feminina falando com ele, mas não entendia muito. 

Guardei a arma no coldre e caminhei a passos leves em direção ao cara, que aparentemente nem percebeu minha chegada. Encaixei minhas mãos em seu pescoço e antes que ele tivesse qualquer reação eu torci seu pescoço finalizando com um grande “crack”.  

Soltei o segurança o fazendo cair com um baque na mesa, esperei a garota gritar mas ele não fez nada, ela apenas ria para mim e fazia sinais estranhos com a mão que eu não entendi 

—Está drogada – Avisou Clint percebendo minha confusão - Vamos temos mais uma porta aqui  

Clint apontou para minha direta e eu apenas o segui. Ali pareciam um quarto, mas um quarto extremamente bagunçado, haviam roupas jogadas, quadros jogados, objetos largados ao chão. Aquilo estava uma bagunça 

Clint apontou com a cabeça para cama no centro do quarto e eu entendi, ela se mexia, como se houvesse alguém por baixo das cobertas 

Empunhei a arma apontando para a cama e balancei a cabeça indicando para Clint, ele imediatamente tirou o cobertor se fazendo ouvir dois gritos femininos. Eram mulher 

—Saiam daqui, AGORA – Rosnei baixo para elas indicando a porta com a arma, elas rapidamente obedeceram em silêncio e saíram praticamente correndo do quarto sem nem ligar para roupa 

Olhei confusa para Clint mas ele acenou para duas grandes portas douradas de onde ouvimos uma descarga 

Suspirei irritada. Se fosse mais uma mulher eu atirei em algum objeto só de raiva mas para minha sorte quem saiu do banheiro era uma figura muito conhecida 

—Quem são você? - Falou Mandarim de um jeito NADA ameaçador 

O que me deixou terrivelmente confusa, ele não era um terrorista? 

Então por que ele tinha medo na voz? 

Clint me olhou exatamente surpreso como eu, parecia que compartilhávamos os mesmos pensamentos 

—Você o Mandarim certo? - Ele perguntou firme para o homem de roupão de seda e cara assustada 

Será que ele era o Mandarim certo? 

—Sou e não sou – Ele admitiu constrangido ainda com as mãos pra cima 

—Sente-se –Falei apontando com a arma para uma cadeira próxima de Clint. 

Ele fez exatamente o que eu mandei sem questionar, o que era estranho por que as pessoas amavam questionar minhas decisões 

—Olha se vocês querem dinheiro eu... - Ele foi em direção a mesa de canto que estava ao lado da poltrona mas dei um tiro nela fazendo-a cair no chão tirando um grito bem agudo para o homem 

—Você fica quieto, só responde o que ele mandar – Falei acenando para Clint 

—Quem é você? - Perguntou Clint curioso – Um ator? Um sósia? Um atendente de supermercado? 

Parece que Clint já havia decidido que aquele não era nosso Mandarim e eu realmente concordava com ele 

—Eu sou isso e muito mais, posso ser... 

Como eu já estava sem paciência e aquele cara falava com uma voz mole que realmente me dava sono, resolvi o cortar atirando em seus pés o fazendo quase cair pra trás com a poltrona 

Clint me olhou surpresa, mas apenas relaxei os ombros tranquilas 

—Respostas objetivas, não temos tempo 

—Eu sou um ator – Ele gritou desesperado colocando as mãos em seu rosto pra se proteger – Meu nome é Trevor Slattery. 

—Agora está melhorando – Admiti me sentando no chão e deixando Clint fazer a mágica, afinal ele era o agente não? 

E sinceramente eu achava que não ia ser muito difícil dele arrancar qualquer informação dele 

—E quem é o Mandarim? 

—Eu não sei... - Clint olhou para mim e entendi o recado e apontei a arma de Trevor fazendo-o ficar desesperado – Eles me dão um roteiro e eu sigo é tudo atuação é tudo mentira 

—E quem faz os roteiros 

—Killian e um outro cara 

Eu e Clint trocamos olhares curiosos, parecia que estávamos chegando onde queríamos 

—E esse outro cara? Ele está sempre presente? 

—Não, o vi apenas uma vez. Quando trouxeram aquela cara do Roxxon - Dei um tiro no braço da poltrona fazendo Trevor literalmente molhar as calças 

Clint me olhou irritado 

—Ele matou uma pessoa ao vivo, mereceu essa – Falei levantando as mãos em ato de rendição 

—Eu não vi a cara, não sei quem é. Ele tinha anéis na mão, vários anéis, parecidos com o que o Killian tem, eles devem valer muito se é o que querem 

Revirei os olhos, quem ia querer anéis? Eu comprava um monte na Target, não precisava roubar de ninguém. 

—E esse cara, ele que manda no Killian? 

—Não sei! - Ele tratou de responder logo olhando desesperado pra mim já chorando – Killian ficou irritado com a visita dele e fez... aquilo, comigo – Percebi que Trevor tremeu ao mencionar o episódio 

—Aquilo o quê - Perguntou Clint firme se aproximando ameaçadoramente do falso Mandarim 

—Aqueles raios, ele estourou uma parede com aqueles raios de impacto dele 

Me levantei balançando a cabeça confusa? 

Killian era um mutante? Como isso, Tony não havia mencionado nada ao citá-lo para nós 

—Que tipo de raio? 

—EU NÃO SEI – Gritou Trevor visivelmente desesperado – Killian faz isso quando ele está estressado ele solta... Essas coisas e destrói os aparelhos eletrônicos. AQUELE LOUCO DESTRUI MEU CELULAR! 

Percebi que Trevor havia chegado no limite do medo quando um odor começou a se misturar com sua urina, Clint me olhou impaciente, mas qualquer coisa que ele pudesse dizer foi cortada por um alarme que ressoou pela casa 

Atenção a todos! Tony Stark escapou e está a solto no complexo. Repito! Tony Stark escapou e está no complexo” 

—Está na hora de ir – Falei olhando para Clint séria 

—Apenas uma coisa antes – Clint pegou seu arco com uma rapidez e apontou uma flecha entre os olhos de Mandarim – Quais os próximos planos de Killian? 

—Tem algo acontecendo na costa, com um grande barco e o presidente. Ele falou algo que a próxima parte pode conter o vice presidente, ou qualquer coisa assim  

Trevor mal conseguia formar a frase sem gaguejar completamente, mas apesar de tudo conseguimos entender a mensagem. 

Como uma forma de agradecimento Clint guardou a flecha fazendo Trevor suspirar aliviado o que nem de Clint na cabeça o desmaiando 

O olhei confusa, mas ele apenas me segurou pela mão e saiu correndo me arrastando para fora da ala oeste 

—Vamos, temos que ajudar Tony. 


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