I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Noooooooovo capítulo!
Mais cedo do que o costume, eu não consigo deixar a história como ficou no capítulo passado hahaha!
Espero, de coração, que vocês gostem! Esse é o meu favorito até agora e aquele em que eu pus mais esforço, tempo e carinho!
Boa leitura!



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Levei as mãos à sua jaqueta e o puxei para mim. Os nossos lábios colidiram violentamente e logo se abriram, num beijo desesperado, incerto, sedento.

Precisava dele mais do que algum dia precisara de qualquer outro homem.

A sua barba arranhava a minha pele por entre beijos, mordidas e chupões. As suas mãos ganharam uma vida perfeita e urgente pelo meu corpo. Despi o seu couro, mordi os seus lábios carnudos com força e descobri o seu peitoral com as minhas unhas. Arrancou a minha blusa e beijou a minha pele como se eu fosse a água no deserto, deixando marcas que eu aprovei com gemidos altos.

Um arrepio passou por meu corpo. Ele sabia exatamente o que fazer comigo.

E estava tão desesperado por mim quanto eu por ele.

Arrumou a bancada da cozinha com violência e me ergueu para cima dela.

Quem disse que é preciso uma cama? O meu gemido ecoou pelo espaço quando lembrei as suas palavras.

Em poucos minutos as nossas roupas estavam perdidas pelo chão e o frio da mármore me deixou mais quente.

Os seus toques fortes estavam por todo o lado no meu corpo. As minhas mãos e os meus lábios arrancaram dos seus os gemidos mais eróticos que eu já ouvira.

Eu sabia que Killian era intenso. E másculo. E sensual. Mas nunca fizera uma pequena ideia do que ia sentir quando estivesse com ele. Quando tivesse o corpo dele, suado, quente, divinamente esculpido, colado ao meu. Os seus toques, os sons roucos e abafados que saiam da sua garganta me deixavam cada vez mais louca. Como eu conseguira resistir tanto?

Nós compúnhamos uma sincronia desesperada, urgente, carente, sôfrega, esfomeada. A luz fraca iluminava o seu rosto suado e eu tive a certeza, nesse momento, que essa visão me assombraria.

Os seus braços rodeavam a minha cintura com força e ajudavam aos nossos movimentos intensos, fortes e rápidos.

O nosso desejo era urgente, louco.

As minhas unhas fizeram marcas nas suas costas que o fariam lembrar de mim por algum tempo. Os gemidos altos pedindo por mais. Sempre mais. Eu queria tanto dele quanto fosse possível ter.

Estávamos no céu.

Emma...

Abraçou o meu corpo arqueado quando explodiu de prazer. Ofegante, respiração pesada e boca entreaberta, completamente suado e vermelho, o cabelo completamente desgrenhado, as marcas das minhas unhas pelo seu peito.

Foi a última coisa que vi antes de descansar a cabeça no seu ombro, também marcado por mim.

Não tenho a noção de quanto tempo durou aquele momento. As respirações estavam mais controladas e eu bloqueava a minha mente de pensar sobre alguma coisa. Estava mole, sem forças para fazer o que quer que fosse. Não queria sair dali. Queria continuar esquecida do mundo lá fora e permanecer ali.

Killian afastou a cabeça e me encarou. O seu olhar tinha um brilho, alguma coisa que fez todo o meu corpo aquecer e eu me senti, naquele momento, mais confortável do que nunca. Não queria me mexer. Não queria sair dali.

Killian Jones acabara de me proporcionar o melhor sexo da minha vida.

E com esse pensamento a realidade foi caindo aos poucos. Estava nua sobre a bancada da cozinha do meu trabalho depois de fazer sexo com o homem que jurara nunca aceitar.

E tinha Henry.

Levantei a cabeça e Killian, percebendo que o tempo passara, largou o meu corpo e me encarou.

– Precisamos - pigarreei para compor a minha voz ainda rouca e intensa. - arrumar isso.

Era a única coisa que eu conseguia dizer. Além disso, nenhum de nós esperava que outra coisa fosse dita. Pelo menos por enquanto.

Killian assentiu. Não desviou o olhar quando agarrou a minha cintura com as duas mãos e me colocou no chão com cuidado. Depois virou costas e pescou a roupa na bagunça.

Pouco depois estavamos vestidos e com tudo arrumado.

– As panelas podem ser esfregadas amanhã. - comentei, ocasionalmente.
– Granny falou que a bancada também precisa de uma limpeza.

Não pude deixar de acompanhar a sua risada. Idiota!

– Só falta fazer a conta do dia.

Killian me ajudou e eu agradeci a Deus por ele ter entendido que eu precisava de espaço, não tocando no assunto nem me tocando a mim. Em 10 minutos estavamos a sair do café. Depois de trancar a porta girei o corpo para o encarar. O seu cabelo ainda estava exatamente do jeito que eu deixara. Os seus olhos pareciam duas lanternas, apontadas para mim. O seu rosto ainda meio rosado.

Precisava fugir da sua frente.

– Então boa noite. - mandei para o ar, não sabendo o que dizer.

Existe algum manual que explique o dizer nessas alturas?

– Boa noite, love. - sorriu torto.

Seguiu o seu caminho a pé, contrário ao meu. Abanei a cabeça e fui até o meu fusca amarelo, o único homem da minha vida. Antes de arrancar olhei pelo espelho, só para checar se Killian estava indo no caminho correto, claro.

Passei pela casa de Mary para pegar Henry. Provavelmente o único motivo pelo qual eu me arrependia do que tinha acabado de fazer.

– O que aconteceu? Estava preocupada... - Mary perguntou.
– Granny me pediu para limpar a cozinha inteira hoje, desculpa. Você é um anjo.

A desculpa não me soava tão má. Eles pareceram acreditar. E eu tinha estado na cozinha. O tempo todo.

– Como correu o dia mãe? - Henry perguntou quando já estavamos chegando a casa.
– Foi bom, garoto. – bom é ser meiga...– E o seu?
– Também. Hoje ganhei do David na Playstation!

Agradeci a Deus por Henry não duvidar. Mentir era a pior coisa que eu podia fazer mas não tinha outra solução.

E quando deitei o meu corpo na cama senti os meus músculos a latejar. Fechei os olhos com força e a imagem de Killian surgiu, clara como a água.

Eu sabia.

***

Girei o corpo na cama, incomodada com alguma coisa que fazia o barulho mais irritante que eu já ouvira. Que horas eram? Onde eu estava? Que dia era? Há quantos meses seguidos eu estava a dormir? O meu corpo estava pesado e dorido. Claro, claro que estava.

Imagens da noite passada apareceram na minha cabeça como um filme. Uns olhos azuis, um peitoral forte, uma pegada mais ainda... Deus, eu estava de ressaca. Killian era tão...

Abri os olhos muito lentamente em busca de alguma luz que me indicasse o que estava fazendo a merda do barulho. Estava no criado mudo. O celular, claro. Peguei nele e o toque parou. Vi as horas, 5:35. Eu devia ter dormido umas três horas. E estava provavelmente sonhando. Era impossível alguém querer me ligar de madrugada. Assim que esse pensamento cruzou a minha mente o aparelho acendeu de novo, com o som estridente. Foquei os olhos para ver o nome na tela: Frank.

Isso sim era impossível! Ele só podia ter ficado louco... ou então era algo grave.

– Me dê um bom motivo para me ligar a essa hora, Frank. – atendi ríspida, e ouvi a sua risada velha.
– O dia começa pela manhã, Emma! – pela sua felicidade ao falar comigo, alguma coisa estava errada.
– Vá se foder. – fechei os olhos. Ele ia falar ou eu ia ter tempo de adormecer novamente?
– Estou carregado de boas notícias e uma proposta! – bocejei. Só podia ser filho do capeta para estar de tão bom humor.
– Fala Frank...
– A primeira notícia é a de que Charles se despediu ontem... – não entendi porque isso era uma boa notícia. – Uma vaga está de novo livre. A proposta está relacionada, Emma. Eu sei que te dispensei em más circunstâncias e que ignorei o fato de você ter um filho para cuidar sozinha mas eu quero te oferecer o teu emprego de volta. Você sempre foi das minhas melhores funcionárias e eu te devo muito.

A minha cabeça estava demasiado sonolenta para pensar mas eu ganhei uma vontade do tamanho do mundo de o mandar ir cagar. Me deve muito e me despediu? Ah, puta que o pariu.

– Hm. – foi o que consegui vocifrar.
– Não precisa me responder agora, querida. Eu te dou todo o tempo. E tenho outra notícia. – riu sozinho feito maluco. – Pegamos Killian Jones essa madrugada! Ele está chegando com Graham.


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Notas finais do capítulo

Meu Deus que eu nem sei o que dizer!
Finalmente Emma se deixou levar por Killian! :D
Preciso muito, muito da vossa opinião nesse capítulo! Ficou bom? Ficou demasiado leve? Pesado?
Espero ter feito justiça à relação de Emma e Killian.
E esse final? Não vou nem dizer nada, deixo isso para vocês!