I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá! :)
Capítulo novo com a chegada do sedutor Killian Jones. Espero que gostem!
E muito obrigada, novamente, a quem comentou. :D
Boa leitura.



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Fechei os olhos para pensar. Quando os abri, era já de manhã.

Arrumei meu garotão entusiasmado para o primeiro dia de escola e fui para o café. Granny me esperava.

– Bom dia Emma! - cumprimentou de dentro do balcão. - Pronta para começar?
– Bom dia - ri. - Sempre pronta!

As duas primeiras horas foram destinadas a aprender o que era necessário. Demoraria mais tempo se eu não tivesse experiência e quando eu dei por mim já estava atrás do balcão, sorrindo e atendendo pedidos.

– Granny! Vejo que finalmente arranjou uma ajuda. - um homem alto, loiro e com os olhos mais azuis que eu vira, me encarou sorrindo abertamente. - Bem vinda...
– Emma - completei.
– Emma. Bonito nome. Sou David.

Apertei a sua mão. Era uma sensação boa sentir a simpatia e boa receção das pessoas que entravam no café.

– Obrigado David.
– Não agradeça já Emma. - David ocupou a cadeira junto do balcão. - Sou bastante rigoroso com o café. - piscou o olho.

Gargalhei. A sensação de que conhecia David de algum lado me atingiu. Interessante como a simpatia e um simples sorriso causam tamanha impressão.

***

Gostava de ter decorado o nome de todas as pessoas que se apresentaram a mim com tanta hospitalidade. Infelizmente, não era possível. Ao fim do dia, rastejando de dores nas pernas e praticamente sozinha no café visto que não entrava ninguém e Granny estava preparando o seu jantar na cozinha, o meu maior desejo era chegar em casa, deitar com Henry no sofá e ficar conversando até dormir.

Faltavam cerca de 15 minutos para fecharmos. As xícaras pareciam não ter fim e isso era uma das poucas coisas que eu esquecera da minha outra experiência como empregada de café.

Um copo de rum.

Meu coração falhou por uma batida e um grito sufocado ficou preso na minha garganta. A voz grossa, àspera e rouca que eu ouvira atrás de mim me assustou tanto que além das dores, minhas pernas ficaram tremendo.

Não ouvi a porta abrir!

Mas que merda é essa?! Pensei, voltando-me para o balcão.

O homem que vi, de cabeça baixa encarando o chão, me assustou ainda mais.

Senti o meu estômago enrolar. Pude quase sentir o milésimo de segundo que a informação dos meus olhos levou para chegar à minha memória.

Aquele rosto!

Como podia esquecer a cara de um dos mais difíceis criminosos que já procurei?

– Você. - acusou, apontando o dedo para mim.
– Killian Jones. - retorqui, incrédula.

Eu tinha apanhado Killian! Depois de quase três meses trabalhando só no caso dele, noites e noites seguindo esse sujeito que parecia pensar em tudo primeiro do que eu, o peguei.
Eu o peguei!
E ele devia estar preso ainda.

– Eu mesmo, love.

Filho de uma vaca. Killian Jones era o típico mafioso, com olhar mafioso, sorriso mafioso, tudo mafioso.

Mas demasiado bonito. Playboy. Sedutor. Bonito. Diabolicamente bonito. Um perigo.

– Como? - a pergunta saiu da minha boca sem eu ter tempo de a travar.
– Me surpreende que duvide dos meus poderes, Swan.

Continuava sem conseguir vocifrar alguma coisa coerente. Eu lembrava claramente o momento em que finalmente o tinha pego.

FlashBack On

– Você!

Killian gritou, arrastado pela polícia, olhando para trás, para mim. Me aproximei, sorridente, vitoriosa. Era tão bom finalizar um trabalho!

– Pois é, Killian. - o abordei, aproveitando para tirar algum sarro. - Pode parar de fugir, docinho. Te peguei.

Gargalhou, levantando a sobrancelha de um jeito que eu não sabia descrever. Incrivelmente sexy?

– Oh não, Swan. Não pegou. - me encarou. - Essas algemas, consegue vê-las? - virou o corpo ligeiramente para eu vislumbrar suas mãos algemadas. - Vou guardá-las especialmente para você. - Levou a língua a humedecer os lábios, me olhando.

Oh. oh. oh. Bastardo. Como ele tinha a audácia de me provocar dessa maneira?

O polícia sucou sua nuca e o levou até ao carro.

Fechei os olhos e mordi o lábio. Killian Jones...

– Bom trabalho Emma. Esse vai ver o sol aos quadrados por 5 anos. - Frank deu uma palmada nas minhas costas e eu sorri, pensando noutras coisas.

FlashBack Off

Bem, 2 anos tinham passado. Como ele tinha escapado?

– Como? - perguntei novamente.

Voltou a rir, sarcástico.

– Eu paguei o que devia pagar, Swan. - explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. - Não sou quem pensa.

Não conseguia compreender. Era impossível. Não o conhecia intimamente, mas Killian Jones tinha sido provavelmente um dos casos mais difíceis entre os que trabalhei. Ele me deixava dicas por todo o lado e fugia. Até um maldito cartão de despedida ele deixou!

Flashback On

Sentia a adrenalina a correr pelo meu corpo. Meus passos eram largos e rápidos, músculos tensos. Eu estava preparada, oh, se estava! Ia pegar, finalmente, Jones. Dessa vez eu tinha toda a certeza de que ele estaria dormindo em seu apartamento.

Noite passada ele esteve em um bar bebendo e bebendo. Eu estava sentada a algumas mesas de distância, observando o seu comportamento. Ele devia estar com bastante dinheiro, pelo que já tinha bebido e oferecido a beber à mulher do seu lado.

Sairam juntos e eu estava pouco me importando se veria cenas não tão desejadas.

Deixei a polícia na entrada. Não gostava que eles me seguissem, não quando sabia que não corria perigo. Tinha apenas um microfone e auriculares para manter o contato. E a certeza de que Killian não era do tipo perigoso.

Subi as escadas do edifício rapidamente e assim que encarei a sua porta, bati com toda a força e raiva que sentia. Estava cansada de o seguir. Duas batidas. Três.

– Ah, foda-se.

Olhei a fechadura e verifiquei se estava trancada com chave. Não. Ótimo.
Dei dois passos atrás e concentrei toda a minha força contra a porta que abriu imediatamente. Adorava fazer isso!

Olhei em volta. Alguns móveis, aparentemente sem bens pessoais. Aparentemente vazio, o que não me surpreendia. Killian não podia ter esse luxo.
Andei lentamente pela pequena sala. Ninguém. Uma porta para a cozinha aberta. Ninguém. Uma porta para o banheiro, também aberta. Ninguém. Tinha apenas mais uma porta e eu estava ansiosa por a abrir e apanhar Killian.

Empurrei a porta violentamente. Ninguém.

Completamente vazio, como se ninguém vivesse lá por anos. Rangi os dentes, cerrei as mãos e pontapiei a porta.

Emma? Está tudo bem? – ouvi alguém gritando no meu ouvido.

Tirei o auscultador dos ouvidos e os joguei para longe. Eu estava quase chorando de nervos e raiva. E de frustração. Como ele pôde?!

Olhei em redor, procurando por alguma coisa que indicasse o seu paradeiro. A cor rosa sobressaiu nos meus olhos. Era alguma coisa na cama... me aproximei e encontrei um bilhete.

– Esse filho de uma... - murmurei entre dentes.

Não podia crer! A merda de um bilhete!

Ele estava brincando comigo.

Swan, espero que controle seus nervos
já estou longe do seu alcance agora
fico esperando um novo reencontro.
Ps: Belo vestido vermelho de ontem à noite, love.

Esmaguei o papel.

Flashback Off.

Peguei um copo, na garrafa de rum e pousei com força no balcão. Ele me encarou, com o sorrisinho provocador. Despejei a bebida para o copo, pousei a garrafa e me voltei para as xícaras, fingindo que não estava ninguém atrás de mim.

– Obrigado, love. - deu um gole que foi provavelmente audível em todo o café.

Ignorei o “love” saído da sua boca suja.

– Não tem curiosidade? - quebrou o silêncio após alguns minutos.

Cerrei os dentes. Se não fosse o meu primeiro dia e eu não quisesse tanto aquele trabalho, jogaria as xícaras na sua direção. Talvez um caco prefurasse seu olho e fizesse todo o seu sangue drenar até morrer.

A verdade é que eu não me importava mais. Já não era colecionadora. Se ele realmente tinha pago, eu não tinha nada que ver com a sua existência.

A porta do café abriu e eu aumaticamente olhei. Henry.

– Mamãe! - correu para dentro do balcão e me abraçou.
– Oi garotão! - beijei sua testa.

Finalmente alguma coisa boa nos últimos 15 minutos do meu dia. Ver Henry era como chegar ao paraíso depois de ver o inferno.

– Como foi trabalhar aqui mamãe? - perguntou, olhando em volta e parando por segundos em Killian, que observava a cena atento, com o sorriso já desfeito.
– Estou certo que sua mãe gostou, rapaz.

Meu olhar alcançou Killian no momento em que sua boca se abriu para falar com o meu filho.

– Foi bom, Henry. - respondi ignorando Jones.

O que era difícil de fazer porque além de sentir o seu olhar perturbador em nós os dois, reparei que Henry o encarava como se o conhecesse.

***

– Eu conheço o homem do café. - Henry comentou enquanto eu puxava os lençóis da sua cama para cima.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero que sim!
Quero saber opiniões de vocês, por favor! :)



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