I See Fire escrita por Diana Vieira


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Novooooooo capítulo! Mas antes, por favor leiam:
Eu sei que já falei muitas vezes que tinha um capítulo favorito... mas esse é definitivamente o favorito dos favoritos. Acabei agora mesmo de o escrever e estou quase chorando. Não é o último, mas o próximo será. A fic terá ainda um epílogo que eu já estou imaginando desde que a comecei. Não sei o que falar, espero que gostem tanto desse como eu!
Muuuuuuuuuuito obrigado a quem comentou no capítulo passado: Mary Andrade, Gi, HookedGirl, Karen de Avalon, Fabio Scofield, Nati, Rebeca Woset, Rhasnah SwanJonesMills, Cristina e Mrs Jones. Vocês fizeram esse capítulo acontecer!
Boa leitura!



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Eu devia adivinhar que do outro lado ia estar um Killian sorridente como uma criança.

– Killian. – preciso referir que me desfiz em sorrisos?

– Swan. Bem vinda a casa.

Me deu a passagem e fechou a porta atrás de mim, regressando para o meu lado instantes depois. Olhei em volta. O apartamento estava repleto de velas. Velas por todo o lado. Aliás, a iluminação era toda originada através delas.

E o cheirinho. Um cheiro estranhamente gostoso a alguma comida que trouxe água à minha boca se fazia sentir fortemente. A mesa estava lindamente pronta para o jantar.

Estava confusa. Eles não tinham estado a jogar consola? Como diabos era possível eu chegar a casa e encontrá-la tão arrumada, iluminada e cheirosa? Olhei Killian a meu lado, de braços cruzados, com o sorriso mais orgulhoso que eu alguma vez vira na minha vida.

– O que é isso tudo?

– Eu e o meu companheiro achámos por bem compensá-la por ter disponibilizado a casa para o nosso campeonato de FIFA. - o seu sorriso parecia aumentar a cada palavra. – E eu quis preparar alguma coisa para você, Swan. Espero que goste da minha especialidade.

Não tive tempo de pensar nas suas palavras, Henry, também sorrindo, apareceu da cozinha com uma travessa cheia de alguma coisa com um aspeto divinal.

– Mamãe! – correu para mim. – Gostou do que nós fizemos?

Me abaixei à sua altura e beijei a sua testa. Olhei novamente a meu redor. Tudo estava simplesmente perfeito. Tudo. As velas. O jantar preparado por Henry e Killian. A felicidade estampada na cara dos dois ao mostrar o trabalho.

O ambiente não era romântico, apesar das velas. Eu me sentia num espaço familiar, confortável e acolhedor. E não podia estar mais surpreendida e feliz com o que os dois preparam para mim. Para mim.

– Eu adoro, filho. Obrigada. – beijei a sua bochecha e olhei de relance para Killian, ainda sorridente.

– Sugiro um ataque ao jantar, caso contrário vai esfriar e perder o saber. – Jones se pronunciou.

Me ergui, pousei as minhas coisas e fui até à mesa. Os dois me seguiram, animados. Assim que nos servimos e eu me preparei para provar a comida, Killian me olhou com atenção. Confesso que fiquei ainda mais surpreendida com o sabor que senti.

– Uau! Vocês homens estão de parabéns. – falei de boca cheia. – Está muito bom!

Os dois se entreolharam e riram, cúmplices.

– O Killian preparou o jantar, mamãe. Ele perdeu a aposta comigo no jogo. – Henry se gabou.

– É verdade, companheiro. Perdi por um golo mas quase empatei.

– Quase. Para empatar você tem mesmo que marcar o gol!

– Falhei porque o Cristiano Ronaldo joga tão bem quanto eu dormindo.

– Pfft! Ele é o melhor do mundo!

Só dei conta que estava completamente parada na vida a assisti-los conversar quando os dois se viraram para me encarar. Me perdi na amizade deles.

– Você gosta, Swan? – Killian perguntou.

– Eu adoro!

– Então eu fico feliz por o Ronaldo ter falhado o gol.

As nossas risadas entoaram pela casa.

Eu estava tão feliz.

Tudo parecia estar bem no mundo. Ou melhor, ali. Porque o mundo parecia não existir lá fora. Éramos os três e tudo estava bem.

O jantar estava a ser provavelmente o melhor da minha vida. O ambiente que os dois proporcionaram tornou tudo muito mais significativo. Eu estava com o meu filho: a pessoa mais importante do mundo para mim; e com Killian: o homem por quem eu estava inquestionavelmente apaixonada.

Tudo estava bem. O ambiente era calmo e confortável.
Porém, as coisas mudaram ligeiramente quando estava a conversar com Henry sobre um assunto da escola e senti um toque na perna, por baixo da mesa. Encarei Killian, sentado ao meu lado, e o seu olhar foi demasiado sugestivo para ter sido um acidente.

Ele não ia fazer o que eu achava que ele ia fazer.

– …mas a professora gosta muito de mim! – Henry acabou de dizer alguma coisa que eu não ouvi totalmente.

– É verdade. – concordei.

Outro toque. Desta vez a sua mão se fez sentir delicadamente no meu joelho. Ele não podia fazer aquilo. Eu não tinha como me defender. Não com Henry ali.

– E aquela vez que eu não fiz o dever de casa ela não…

Não consegui ouvir tudo o que o garoto falou. Prendi a respiração quando senti novamente a sua mão, agora passeando na minha coxa. Eu ia mata-lo. Discretamente levei a mão à sua e a parei. Aproveitei para o olhar: ouvia Henry como se nada fosse e tinha um sorriso tão provocador nos lábios que me deixou ainda mais incomodada. Mexeu a mão, roçando o interior da minha coxa e eu simplesmente deixei.

Arfei baixinho. Eu estava a ficar muito incomodada, se é que você me entende. A temperatura estava a aumentar a uma velocidade extraordinária. Mas eu não podia deixar que Killian Jones me tocasse por baixo de uma mesa quando o meu filho estava sentado nela.

Mas foda-se, não queria que ele parasse.

Apertei a sua mão com força. Ele estava a centímetros de tornar a situação muito mais difícil do que já estava. Olhei Henry a meu lado, comendo arroz. Fechei os olhos e respirei fundo. Precisava arrumar coragem para tirar a mão forte e quente de Killian de mim.

– Killian o vinho acabou. Pode vir na cozinha me ajudar a escolher outro? Não quero mais desse.

A risada sensual que saiu dos seus lábios piorou a minha situação. Me levantei e a sua mão escorregou, me fazendo sentir frio.

– Claro, senhorita.

Me seguiu até à cozinha. O deixei entrar e encostei a porta para ter a certeza que Henry não veria o que ia acontecer.

– Swan isso é…

Não o deixei acabar. O empurrei contra a parede e o beijei com toda a irritação, tensão e vontade que sentia. Killian Jones devia saber que eu nunca ficaria quieta e calada depois de me provocar daquela maneira.

Talvez por isso o beijo tenha sido tão sedento e selvagem. Eu queria puni-lo pelo que ele tinha feito e saciar os meus desejos, ele queria terminar o que tinha começado. Tanto que me pegou de um jeito tão forte e desesperado que os meus pés saíram do chão.

Meu Deus do Céu. Eu ia parar ao inferno.

Tinha fugido para a cozinha para pegar Killian. E Henry estava sozinho.

Esse pensamento me fez deixar os lábios famintos de Jones.

– Não é o lugar, a hora, nem a situação certa para fazermos isso. – disse ofegante.

Killian me levou novamente ao chão e se afastou, concordando com a cabeça. O estado da roupa dele me fez rir. Ele se apercebeu e riu junto.

– Acredito que as cozinhas se tornarão uma espécie de ritual para nós. – comentou, me fazendo gargalhar.

Idiota! Lindo e engraçado e sensual e quente e a barba… ugh, a barba.

Me aproximei dele e voltei a beija-lo rapidamente.

– Não volte a me provocar daquele jeito, Jones. – sussurrei contra os seus lábios.

Me afastei, arrumei o melhor que pude a minha roupa e cabelo e voltei para junto de Henry, que estava entretido com a tv e alheio a tudo.

– Tanta indecisão a escolher que acabou por esquecer o vinho, Swan.

Killian voltou da cozinha com uma garrafa de vinho qualquer na mão. As minhas bochechas devem ter ficado tão vermelhas quanto o vinho tinto.

– Claro, que burrice da minha parte. – comentei casualmente.

– Mamãe sempre se esquece das coisas, é normal.

Não consegui conter o riso e aparentemente Jones também não. Abriu a garrafa, encheu o meu copo e se sentou do meu lado. Nos olhamos e o idiota piscou o olho.

Ugh.

***

Fechei a porta com cuidado e fui até ao sofá, onde Killian estava. Henry já estava em seu quarto, quase dormindo. O jantar tinha se passado em um abrir e fechar de olhos e a brincadeira a lavar a loiça entre nós os três foi tão grande que ninguém deu conta do tempo.

Não tinha palavras para descrever a sensação que tinha. Eu me sentia completa. De alguma forma, passar a noite com Henry e Killian tinha feito alguma coisa comigo. Fazia muito tempo que não me sentia tão bem.

Mas a noite ainda não tinha acabado.

(Ouçam a música que deu o título à fic por favooor: https://www.youtube.com/watch?v=2fngvQS_PmQ)

– Já está dormindo? – Killian perguntou.

– Quase. Ainda estava muito animado com tanta brincadeira. – sorri.

– É normal. – Jones riu. - Ele é uma criança especial. Parece um homem crescido.

– E você tem um jeito enorme para cuidar dele. – a frase saiu mais rápido que o meu pensamento.

– Eu realmente gosto dele. Henry é o meu companheiro.

Olhei os seus olhos azuis. Todas as defesas que eu podia ter para ele, estavam completamente destruídas. Killian era definitivamente das melhores coisas que aconteceram na minha vida e na de Henry. E quem diria, uns meses atrás, que eu acabaria dizendo essas palavras?

– Ele também gosta de você. – afirmei sorrindo.

Jones saltou um lugar no sofá, ficando muito próximo a mim.

– E você?

– Eu?

– Você gosta de mim?

Não respondi. Sorri, pousei a minha mão na lateral do seu rosto e beijei os seus lábios suave e lentamente. Não conseguiria dizer a alta voz que sim, mas queria que ele tivesse a certeza disso.

– Não, nada. – disse contra os seus lábios.

Ele riu. Com o som da sua risada me lembrei de uma coisa que queria fazer.

– Espere aqui.

Me levantei do sofá e fui até à mala que levara para Nova Iorque. Peguei o colar da sua mãe e guardei-o no bolso. Estava na hora de Killian saber o que eu tinha feito para o tirar da cadeia. Voltei para o seu lado sob um olhar atento. Antes de dizer qualquer coisa, sorri. Sorri porque ainda me sentia orgulhosa por ter feito o que fiz.

– Você ainda quer saber como eu consegui te livrar da cadeia?

– Claro, Swan.

– Depois de te perguntar como encontrar o seu tio, fui até ele. Foi uma conversa difícil e eu achei que não ia conseguir fazer nada para te ajudar. – respirei fundo. – Rumple me pediu uma prova em como você não voltaria a fazer o mesmo e eu não tinha nada. – a expressão confusa e ansiosa de Jones quase me fez rir. – Até que eu me lembrei que podia fazer uma coisa sim.

Me senti surpreendentemente nervosa ao tirar o colar do bolso. Não sabia qual seria a reação de Killian e isso me preocupava.

O que os seus olhos denunciaram quando percebeu o que estava nas minhas mãos me deixou ainda mais ansiosa. Não sabia ao certo como ler a expressão do seu rosto. Parecia que tudo tinha desaparecido da sua frente.

– Comprar o colar da sua mãe foi o único jeito que eu arranjei, Killian. Eu não sei se você queria isso mas eu realmente achei o correto a fazer e…

Parei de falar quando Killian tirou o colar das minhas mãos. Estava cada vez mais preocupada. Parecia que ele estava num transe, tocando no colar com cuidado e carinho e com um brilho nos olhos.

– Killian?

– Não sei o que dizer, Emma. Esse colar é… - finalmente me olhou. – muito importante. Você sabe. É a única coisa que eu tenho da minha mãe e que ela prometeu me dar. – voltou a encarar o colar. – Por isso eu nunca quis pagar para o ter. É meu por direito.

– Então você está chateado por eu o ter feito?

Jones tirou a atenção do colar e bastou o olhar que me dirigiu para eu perceber que ele não estava de todo chateado. Pelo contrário. Nos seus lábios se formou um pequeno sorriso.

– Emma eu pensei que nunca voltaria a ter esse colar nas minhas mãos. – alargou o sorriso. – Obrigada por fazer isso. Eu juro que vou te pagar tudo o quevocê gastou comigo e…

Calei a sua voz com um beijo.

A maneira como Killian me agarrou foi tão forte, poderoso e seguro que o meu corpo ganhou autonomia. As coisas aqueceram à velocidade da luz. Nenhum dos dois tinha esquecido o episódio do jantar e depois da conversa, tudo ficou muito, muito intenso.

Quando dei por mim estava em seu colo, agarrados como se fossemos um só.

O quarto, Killian. – disse entre beijos.

Pegou em mim e me levou até à cama, ainda entre beijos desesperados por mais, chupões que deixariam marcas e mordidas fortes.

Os momentos seguintes ficam gravados na minha memória. Não existem palavras ou expressões. Killian Jones tomou o meu corpo, a minha mente e o meu coração de assalto. Me levou a um extremo de prazer que ninguém antes levara. Beijou cada canto da minha pele, descobriu cada ponto fraco e me fez dar a conhecer às quatro paredes que nos cercavam o seu nome e sobrenome.

E eu tomei a liberdade de explorar o seu corpo tão forte, atraente, quente, suado, tenso, perfeito. Voltei a marcá-lo, sabendo que ele gostava tanto daquilo como eu. Fiz com que ele tivesse a certeza da minha paixão arrebatadora e do desejo irracional que sentia por ele.

O que eu senti no meu coração quando Killian Jones me olhou, sorriu e fechou os olhos para dormir, ficará para sempre guardado em mim. A sensação de adormecer com os nossos corpos nus misturados, entrelaçados, unidos, também ficará para mim.

Era muito mais que felicidade.


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Notas finais do capítulo

MEU DEUS
EU VOU CHORAR NOVAMENTE
Esse final... eu estava tão inspirada que eu nem sei... e a música é tão linda! t.t
to chorando
o que vocês acharam? por favor digam, é muito, muito importante para mim!
beijos



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