POV Ally

–Piper... - Repeti o nome tentando entender o porque de eu ter ficado tão nervosa ao ouvi-lo.

– Sim querida, ela ficará aqui em casa, não sabemos por quanto tempo ainda, ela estudava fora do país e agora está de férias. O Zack ficou preocupado em deixá-la sozinha logo quando ela vinha chegando da França, mas era inevitável a viagem dele. E por sermos amigos a muito tempo eu ofereci minha casa para hospedagem dela. - Meu pai falou.

Ah que ótimo. Eu só posso ficar com o Austin aqui em casa, e agora com essa garota aqui vai ser difícil.

O pior é que eu nem a conheço e sinto algo estranho em relação a ela.

–Bom, ela vai ficar no quarto de hóspedes, e vocês vão se dar muito bem. Querido, vamos jantar fora hoje? Estou muito cansada e queria esparecer. O que acha?- minha mãe disse.

–Claro, vão se arrumar, eu vou perguntar ao Mike se eles também querem ir. -Meu pai falou e minha mãe assentiu sorrindo, pegando em minha mãe e me guiando para cima.

–Então meu amor, nunca mais nós tivemos tempo de conversar, como andam as coisas com o Elliot? -Minha mãe indagou. Eu fiquei um pouco nervosa mas não demonstrei.

–Eu disse que não queria ser sua namorada. -Falei fazendo-a ficar ssurpresa.

–E porquê meu amor? Você até estava saindo com ele, pensei que ele seria seu namorado. -Ela disse

–Ele não é o certo para mim mamãe, eu gosto dele apenas como amigo. -Vi um olhar de cúmplice nela, um olhar sobre mim como se naquele momento ela tivesse descoberto tudo o que eu sentia.

–E Austin? O que diz sobre isso? - Ela perguntou encruzando os braços e com um ar de riso. Engoli em seco, eu estava me sentindo horrível em mentir para ela.

–Porque ele teria que dizer algo? - Eu Tossi.

De repente ela me abraçou e eu relaxei em seus braços.

–Eu sou sua mãe Ally, trabalho muito e não ando tão presente como antigamente, mas ainda assim sou sua mãe. Eu conheço você, - Ela afagava meus cabelos enquanto falava ainda abraçada comigo - E sei que você mudou, e não estou falando apenas da aparência. Você mudou, está mais alegre e confiante, finalmente está feliz, e eu sei o motivo e a quem essa mudança se refere. - Eu gelei - Mas não precisa me contar nada se não quiser, no tempo certo e quando estiver pronta pode se abrir comigo. Saiba que eu sempre te apoiarei e que você é o que eu tenho de mais importante nessa vida. Eu me orgulho eternamente da incrível mulher que se tornou. Te amo meu bebê. - Eu já estava com os olhos cheios de lágrimas por escutar ela falar assim. Eu a apertei mais e ela correspondeu.

–Obrigada mãe. - Ela piscou beijando minha bochecha.

– Agora vá, fique mais linda do que já é. - Eu ri e ela riu também, caminhando para o quarto e eu entrei no meu.

Fui diretamente ao meu gguarda-roupa procurar algo para vestir. Peguei uma calça preta justa de cintura alta que definia bem o meu corpo e um lindo top vermelho, deixando uma pequena parte da minha barriga de fora, calcei um salto alto vermelho e peguei meu casaco de couro preto. Me maquiei, pondo uma leve sombra e um batom vermelho e cacheei meus cabelos. Coloquei algumas jóias e me perfumei.

Depois de pronta me olhei no espelho e sorri ao ver o resultado. Acho que Austin irá gostar.

Decidi tirar uma foto, eu gostei daquela roupa. Eu ainda não tinha usado. E sim eu mudei muito, porque tirar foto, não é a minha praia. Com o meu IPhone comecei a tirar algumas no espelho e o loiro mais lindo entrou em meu quarto.

–All você já...- E parou na varanda quando me viu -Meu pai. -Falou e suspirou me olhando. Eu ri.

–O que foi? - Perguntei e ele me olhava de cima a baixo, e de baixo a cima.

–O que foi?! VOCÊ TÁ LINDA! -Ele gritou e correu em minha direção rodeando os braços em minha cintura e beijando meu pescoço. -Definitivamente a garota mais linda que eu já Vi. - Ele falou e eu ri, olhei pro espelho e Vi nós dois abraçados, então peguei meu celular e tirei uma foto. O loiro gostou e fez algumas poses: Beijou minha bochecha, se escondeu em meu pescoço, afastou meus cabelos e mordiscou minha orelha. E em todas elas ele me abraçava por trás.

–Eu amei! -Falei fazendo-o sorrir e me pedir o celular pra ver.

–Ficaram incríveis, eu quero todas. Agora vamos seu pai está chamando, e eu tenho que ficar de olho. -Franzi o cenho confusa.

–Em quê? -Ele me olhou estreitando os olhos.

–Em você! Acha que vai chamar pouca atenção estando tão atraente e sexy desse jeito? Eu nem deveria deixar você sair assim. -Ele falou emburrado e eu gargalhei.

–Meu bem vamos, quero ver se essa sua teoria é verdadeira. - Ele me olhou com raiva e eu ri- Estou brincando! Vamos Loirinho! - Ele resmungou algo, enquanto eu fechava a porta da varanda e o empurrava para descer.

Meus pais nos esperavam na porta da casa, e sorriram ao me ver.

–Uau! Que gata! -Meu pai falou e eu sorri tímida.

–Está maravilhosa! -Minha mãe falou.

–Obrigada. -Falei e eles deram espaço para que eu e Austin passassem. E nós caminhamos para fora da casa.

Entrei no carro dos meus pais e Austin correu quando sua mãe o chamou.

Meu pai dirigiu por uns 20 minutos e nós chegamos ao restaurante. O lugar era muito aconchegante. Nós sempre íamos ali. Tanto que nossa família já conhecia os empregados. Entramos na recepção e o senhor James sorriu ao nos ver chegar, mas seu olhar focou em mim.

–S-senhora Ally? -Ele gaguejou surpreso.

–Já disse para não me chamar de senhora Jamie! - O senhor de mais ou menos uns cinquenta anos sorriu ao ouvir minha voz e eu o abracei.

–Oh está magnífica! Brilhante Allycia! Brilhante! - Ele falou com o seu sotaque italiano, me fazendo ficar um pouco vermelha de vergonha. -Prepararei a mesa para os senhores. -Ele disse.

–Obrigada James! - Meu pais falou e o nosso querido recepcionista nos guiou por dentro do restaurante, para a mesa que na maioria das vezes quando vamos lá, sentamos.

Eu me sentei, Austin ao meu lado, nossas mães à nossa frente e nossos pais nas cabeçeiras com suas mulheres próximas a eles.

Começamos a conversar enquanto o nosso pedido não chegava, pra falar a verdade nossos pais conversavam animadamente sobre a vinda da tal Piper. Austin me olhou de soslaio, e falou em meu ouvido sem que eles se importassem.

–Tá tudo bem? -Ele indagou e eu me inclinei para respondê-lo.

–Está sim. - Ele meneou a cabeça mostrando não ter acreditado em minha resposta.

Continuamos conversando sobre outros assuntos e nossos pedidos chegaram. Um garçon que eu nunca timha visto ali trouxe nossos pratos, ele me fitou por alguns segundos e eu desviei o olhar para minha mãe que tinha percebido o quanto o garçon estava me paquerando. Austin estava falando com o pai dele, mas quando o rapaz bem jovem e bonito chegou perto de mim, ele o encarou sério.

–A senhorita deseja mais alguma coisa? -Ele falou a mim, chamando apenas a minha atenção e a de Austin.

–Não obrigada. - Falei e sorri cordialmente.

–Prazer meu nome é Noah, caso precise de qualquer coisa... -Ele falava sorrindo galanteador e Austin o interrompeu.

–Se ela precisar de algo eu provindencio, Muito obrigada. -Falou frio e encarando o garoto com seu melhor sorriso sarcástico. O tal Noah forçou um sorriso e saiu. Apenas minha mãe tinha visto tudo, os outros presentes na mesa conversavam tão animados sobre algumas melhorias no escritório que não viram o garçon chegar perto de mim.

Austin me olhou dos pés a cabeça com os olhos semicerrados e se aproximou do meu ouvido.

–Eu falei. - Disse somente e eu tentei não rir, mas foi em vão.

Começamos a comer e a conversar tranquilamente, e um tempo depois a mãe de Austin quis ir ao Toalete, eu e minha mãe fomos com ela.

Quando elas entraram rindo meu celular tocou. Fiquei do lado de fora e atendi.

–Ally? - Conheci rapidamente a voz, era a minha professora de artes cênicas.

–Dona Clarissa! - Ela riu do outro lado da linha. -Como vai? Aconteceu algo? -Perguntei

–Que bom que me conhece logo. -Ela disse me fazendo sorrir -Está tudo bem querida, maravilhosamente bem na verdade. Lembra-se do projeto que eu comentei com você? -Ela indagou.

–Claro, o de dar aulas de Teatro e de música na escola das crianças? -Exatamente esse, bom ele foi aceito. E Ally eu gostaria que você me ajudasse. O que acha de ser minha assistente? - Eu estava pasma.

–Nossa! Eu... Eu não sei nem o que dizer. - Ela riu.

–Amanhã na escola me diga. Resolvi ligar hoje para dar a notícia, te fazer o convite e te dar esse tempo para pensar. Até amanhã querida.

–Obrigada, até. -Falei e sorri ao desligar a ligação. Uma voz atrás de mim me assustou.

–Oi. -O tal Noah falou me assustando -Ah me desculpe. -Ele deu um passo se aproximando e eu recuei.

–Tudo bem, -Falei já caminhando para entrar no banheiro, mas ele se pôs em meu caminho.

–Sabe, eu não sou de pegar muito no pé, mas eu gostei de você. Será que você não toparia sair comigo? Um jantar? -Ele perguntou sorrindo galanteador. Nesse momento minha mãe e minha secreta sogra sairam do banheiro com expressões divertidas, com certeza ouviram tudo.

–Não, eu tenho namorado. -Falei e saí sendo acompanhada pelas as mulheres, e deixando o garoto para trás.

–Novidade pessoal! Ally está namorando! -Mimi falou assim que nós nos aproximamos da mesa. Conclusão? Ainda bem que elas ainda não tinham sentado na frente de Austin. Ele se engasgou com o suco, e cuspiu assustado assim que ouviu o que a sua mãe tinha dito.

Ele me olhou e apenas com o olhar pediu uma explicação e eu quis rir, mas me contive.

–Não é isso, eu apenas menti pra aquele garoto me deixar em paz. - Meu pai e Mike riram depois de aliviados do "susto", e Vi Austin com o maxilar firme, e expressão séria.

POV Austin

Eu estava em tempos de invadir aquela cozinha e dizer aquele idiota quem era o namorado dela.

Me rrecuperei e elas se sentaram, logo depois eles conversavam sobre outras coisas. Mas me mantive quieto, fingi estar mexendo no celular. Recebi uma mensagem de Ally.

"Não foi nada demais, por favor, não fique com essa cara de bravo. Eu te amo loirinho, ah e pra constar, eu amei o visual hoje."

–Sua All.

Mesmo sem querer eu sorri. Ela riu vitoriosa e senti sua mão sobre a minha por debaixo da mesa. A olhei e ela piscou.

Eu vestia uma calça preta simples e uma blusa de gola V branca, de mangas totalmente longas, calçava meu famoso all star. E meu cabelo? Bagunçado como sempre.

Respondi sua mensagem.

"Eu não estou tão bem assim. E nem venha com " Não é nada demais"... Já basta um me tirando a paciência.

Vou fazer um cartaz:

"Todos querem roubar a minha garota,

Todos querem seu coração,

Há bilhões de pessoas no mundo todo,

ENCONTREM OUTRA, PORQUE ELA É MINHA!"

–Seu loiro.

Mandei a letra de Steal my girl e ela comecou a rir me fazendo rir também.

Nossos pais nos olharam e reviraram os olhos relevando.

.......................

Chegamos em casa e fui ao banheiro quando sai tinha uma morena me encarando divertida em meu quarto, ela tinha apenas tirado os sapatos.

–Steal my Girl? Sério? -Ela pôs a mão na boca tentando abafar o riso.

–Claro, estou pensando seriamente em fazer esse cartaz. O que acha? -Perguntei e ela riu mais.

– Que se isso acontecesse mesmo eu provavelmente não ia conseguir parar de rir. -Eu pisquei e me aproximei, a abraçando pela cintura e sentindo seus braços ao redor do meu pescoço cono resposta.

–O que ele fez? -Perguntei lembrando do indivíduo do restaurante.

–Me chamou para jantar. Ainda fiquei tentada a aceitar sabe, mas preferi não. -Ela disse brincando e eu a encarei estreitando os olhos.

–Você ama me provocar. -Falei e ela riu.

–É que você não tem noção do quanto consegue ficar mais lindo quando está com ciúmes. -Ela disse me roubando um selinho. Resolvi brincar também.

–Você também fica, aliás eu não vejo muito você assim, é uma pena... - Ela me deu um leve tapa e eu ri.

–Nem me fale disso, eu... -Ela começou e eu franzi a testa confuso.

–O que houve? -Perguntei.

–Essa tal Piper... Não sei porque, pensar nessa menina não me trás boas sensações. -ela confessou.

–Eu nem lembrava mais dela, não gostei, pois agora não vamos poder ficar tão colados o dia todo. -Ru reclamei e ela riu.

–Que grudento Moon. -Eu estirei a língua para ela fazendo-a rir mais.

Sentamos na cama e ela me contou sobre o tal projeto com a professora s Clarissa. Eu gostei do projeto, mas a ideia de que ela poderia ficar mais tempo longe de mim não me agradou. Mas guardei apenas para mim, não quero ser eu um impecilho, já que ela se mostrou muito feliz com isso.

–Isso me lembra que esse ano terminamos a escola, e ano que vem começamos a faculdade. Tem ideia do que quer fazer? - Eu perguntei a ela.

–Não sei, lembra que qusando crianças nós dizíamos que íamos fazer música? -Eu ri assentindo.

–Não é uma má ideia, eu gosto muito. Sei tocar muitos instrumentos e sempre me senti conectado. Essa é minha opção no momento, não parei pra pensar em outra. -Eu falei e ela sorriu.

–E Direito? Não deseja seguir como seu pai? -Eu menei a cabeça negando.

–Não sou tão estudioso e certinho demais para ser advogado. - Ela riu.

–OK. -Ela concordou -Só tenho medo dessas bruscas mudanças.

–Não precisa ter, eu estarei aqui com você. - Puxei-a para meu colo e a beijei. Ela sorriu entre o beijo e correspondia do jeito que só ela sabia. Só ela sabia como me satisfazer e me fazer ficar a cada dia mais apaixonado.

Quando ela diz ter medo, eu entendo.

Afinal, medo de perdê-la é o meu maior pesadelo.

Tendo ela ali tão linda em meus braços, seu perfume me deixando extasiado, seu corpo delicado e definido sobre o meu, a temperatura de sua pele e o gosto da sua boca carnuda, eu soube. Eu definitivamente, sem sombras de dúvida, não conseguiria viver sem a minha Allycia Dawson