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– Uni duni duni tê, ô ô ô ô

– Ah inferno! – Coloquei a mão na cabeça. Ela estava cantarolando essa musiquinha desde o inicio da aula.

– Salame minguê, ô ô ô ô

– Mari faz alguma coisa. – Implorei virando minha atenção para Amy que balançava os braços freneticamente e saltitava.

– Tanto faz. – Falou calmamente.

– Como assim tanto faz? – Coloquei as mãos em seus ombros. – Você não está se irritando com isso? – Apontei em direção a rosada que agora começava a mexer os quadris.

– Tanto faz.

– Sorvete colorê, sonho encantado onde está você?

– Cala boca Amy. – Gritei. Ela me mostrou a língua.

– Uni duni duni tê, ô ô ô ô

Respirei fundo, tentando não avançar no pescoço dela, que nesse momento já estava puxando até um unicórnio de outra dimensão para dançar com ela.

– Seria tão bom se você calasse a boca. – Murmurei chorosa.

– Já deu Aruha. – Mari se pronunciou, fazendo Amy parar de cantar imediatamente.

– Mari sua linda. – Abracei sua cintura.

– Você também Glenstid. – Fechou o olho azul deixando apenas o vermelho sangue a mostra.

– Você consegue ser bem macabra quando quer. – Resmunguei retirando os braços de sua cintura.

Fomos em direção ao refeitório, Amy estava emburrada, porém, não deixava de cantarolar aquela musiquinha.

– Tentem manter a calma, ok? – Mari falou parando em frente à porta do refeitório – Vocês adoram se meter em confusões.

– Até porque fui eu que quase matei um menino no primeiro dia de aula. – Deixei um risinho escapar com a ironia da moranguinho. Mari me observou.

– Se comportem. – Mari ignorou completamente o comentário de Amy.

– Pode deixar mamãe! – A azulada ignorou novamente o comentário da moranguinho. Empurrou a porta levemente para o lado entrando no refeitório.

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Assim que entramos no refeitório, Mari apontou em direção à mesa que o moreno estava, tinha mais dois meninos com ele um albino e o... Sasori?

– Aquele ruivo parece o Sasori, tirando a cor dos olhos. – Arme comparou a semelhança dos dois ruivos.

– Não ouse comparar meu marido com... com esse moleque! – Cruzei os braços inflando as bochechas. Virei minha atenção para o outro menino dos cabelos brancos. – Ei, aquele ali não é o Kakashi? – Arme bufou.

–... Você quer mesmo discutir? - Semicerrou os olhos.

– Ninguém mandou você provocar. – Dei a língua e depois fiz bico.

– Vamos logo. – Mari suspirou pesadamente enquanto nos empurrava em direção aos novatos.

–... Eu falei que ele era parecido com o Sasori! – Arme praticamente gritou enquanto apontava freneticamente para o ruivo. Bati com a mão no rosto.

O ruivo que estava sorrindo até então, fechou a cara colocando a mão direita na testa.

– Não me compare com aquele inútil. – Respondeu irritado.

– Quem é o inútil? – Bati com a mão na mesa, fazendo eles se assustarem.

– O Sasori. – Me desafiou colocando as duas mãos na mesa.

– Catar lixo você não quer. – Coloquei a outra mão sobre a mesa, ficando centímetros do rosto do ruivo.

– Catadora de lixo aqui só você! – Uma veia soltou em minha testa.

– Você sabe com quem esta falando, seu tomate ambulante? – As meninas começaram a rir.

– Sei. Estou falando com uma metidinha, que acha que pode mandar em todos. Porém, para a sua infelicidade, eu não recebo ordens de ninguém.

– Ainda. Porque aqui é a minha área. – Momento: Eu que mando nessa porra. – E você vai ter que respeitar as minhas regras.

–... Como eu disse, eu não recebo ordens de ninguém, muito menos de uma coisa “pomposa”. – Respirei fundo, contei até dez mais de cem vezes, e acabei soqueando seu rosto sem querer.

– Que problemática. – O albino que estava sentado ao lado do moreno comentou. Tirei as mãos da mesa me preparando para soquear ele também, porém Mari me interrompeu.

– Quem tem problema aqui é você, seu projeto de velhinho! – Arme me defendeu. Ele gargalhou.

– Desculpe criança, eu ainda não havia notado a sua “grande” presença. – Provocou mexendo no canudinho do refrigerante que estava tomando.

Arme pegou o refrigerante que o albino estava tomando, tocou o canudinho em cima da mesa, sorriu, e por fim virou a latinha em cima da cabeça do albino, fazendo o liquido encharcar o cabelo e a camiseta do menino.

– Ela fez de novo! – Os murmúrios começaram a aparecer junto com as pessoas, que nessa altura já rodeavam nossa mesa.

–... E lá vamos nós outra vez. – Sussurrei, prevendo que até o final da manhã todos nós estaríamos na diretoria.

– Chega! – Mari gritou fazendo todos do refeitório se assustarem. – Eu avisei que não queria confusão. – Ajeitou os óculos de uma maneira irritada.

– Nosso Avatar já pode virar diretora. – Fechei os olhos temendo o pior. Apenas um grito foi ouvido. Mari havia soqueado o tal Sieghart.

– Eu já avisei para você não se meter comigo. – Bufou. – Fica na sua Ercnard! – Espera... Não era Sieghart...

– Sieghart, Ming! Sieghart! – Gritou irritado enquanto levantava do chão.

– Que seja seu emo! – Cruzou os braços impaciente virando o rosto para o lado. Ela não gostava do sobrenome Ming.

–... Gente, eu tenho uma leve impressão de que estamos ferradas. – Soltei um risinho nervoso vendo a Diretora Ming passar rapidamente pela porta do refeitório, a cada passo que ela dava parecia que iria destruir o piso.

– Todos para a sala! – Ela olhou para nós. Os alunos começaram a correr desesperados. – E vocês... Na minha sala agora!

A única coisa que veio em minha cabeça foi:

“Sonho encantado onde está você?”