“Quanto mais eu tenho que perder até que o meu coração seja perdoado? Quanto mais eu tenho que sofrer até que eu possa te encontrar novamente? Mais uma vez, eu não quero que as estações mudem, quando nós brincávamos juntos...”

As folhas de cerejeira desprendiam-se lá fora, Sasuke sabia a primavera mais uma vez acabava. Ele fechou os olhos e tentou dormir, sabia que dormiria logo sempre fora assim e provavelmente sempre seria, cairia no sono rapidamente e então sonharia com ela, especialmente no momento quando ela partira...

Uma chuva torrencial caia sem parar, parecia que a qualquer momento o mundo se acabaria em um dilúvio, raios cortavam o céu a todo o momento. Abaixo daquela chuva, pela centésima vez dois garotos lutavam, fazia dois anos que Sasuke havia saído da vila e mesmo assim Naruto continuava a ir atrás dele. A guerra já havia acabado já estava tudo bem.

Mais uma vez Sasuke decidiu seguir seu caminho:

– Sasuke! – A voz do garoto cortou o silêncio que um raio impôs.

­– Naruto. – Volte para a vila.

– Porque continua a querer viver sozinho?

– Já tivemos essa conversa milhões de vezes, Naruto eu não voltarei. – Ele fez uma pequena pausa, encarando o loiro – Porque não se torna logo Hokage? Ouvi falar que você já está próximo disso, porque não para de vir atrás de mim e segue sua vida? O seu grande sonho?

– Por que... – O loiro não continuou, apenas fechou os olhos para que o moreno enfim desistisse.

Quantas vezes mais teriam que ter aquela maldita conversa? Na mente de Sasuke milhares de vezes.

– “Se eu não consigo salvar um amigo como virarei Hokage?” Ira tornar a repetir isso? – Naruto não falou nada, desde quando o loiro se tornou tão calado? Talvez ele pressentisse algo, por isso se contentava com poucas palavras.

Sasuke se remexeu sobre a cama dura e o seu sonho ou parte do passado foi para o momento que ele mais odiava...

“Mais uma chance, as memórias restringem meus passos, Mais uma chance, eu não posso escolher o meu destino...”

–Sakura! – A voz de Sasuke cortou o silêncio, seus olhos que antes eram vermelhos, agora eram os mesmos orbes escuros de sempre. Naruto balbuciou algumas palavras assim como o Uchiha ele não acreditava no que acontecia com eles, a garota estava alguns passos de Sasuke, porém pareciam distante demais. Seus passos eram lentos, o loiro já havia se colocado ao lado de Sakura que estava deitada no chão com um buraco próximo ao coração.

– Sasuke-kun... – Sua voz soou fraca. Os olhos verdes aos poucos pareciam está perdendo sua vida. – Me desculpe...

Foi a última palavra que ouviu antes de acordar ao escutar passos se aproximando, ele estava no subterrâneo, aquele lugar era apenas dele, aquele vão da prisão, o frio, a solidão que mesmo se impôs não pertencia a ninguém a não ser a ele mesmo. Os passos continuaram a ecoar pelo corredor até que a pessoa parou em frente a sua cela.

– Sasuke. – A voz de Naruto ecoou, ele era e sempre fora o único a ir lhe visitar, aliás, quem seria o outro a lhe visitar sem ser Sakura e Kakashi? Naruto fora o único que lhe restou. Ele virou para o loiro que lhe deu um pequeno sorriso.

–Naruto. – Mais uma vez o mesmo costumeiro cumprimento de sempre.

– Como está?

–Preso. – Uma risada seca ecoou pela prisão. Ele estivera assim enclausurado como um animal desde que ela partiu. O loiro riu, mas não da forma que sempre fazia e Sasuke se perguntou se assim como ele Naruto se culpava pela morte de Sakura, desde a partida dela tanto um como outro pareceu entristecer.

– Quis saber, se você estava bem. – Esclareceu apesar de Sasuke saber.

–Estou normal. – Respondeu, sem ter com quem falar, o moreno aproveitava ao máximo suas conversas com Naruto, ouvir a voz de alguém conhecido às vezes fazia bem.

– Você parece horrível. – O silêncio de Sasuke fez com que o loiro continuasse - Não vem conseguido dormir? – Ele novamente não respondeu, o motivo de sua insônia era sempre o mesmo pesadelo de sempre, a memória que mais lhe doía nessa vida, mais do que ver sua família ser assassinada, mais do que lembrar a morte do irmão, a memória dela morrendo lhe doía mais pelo simples fato da morte dela ser culpa dele.

– Não. – Ele sentou-se. – Você sabe, é o mesmo pesadelo de sempre. Não, não é um pesadelo por que se fosse um pesadelo eu saberia que quando abrisse os olhos ela estaria viva algo que ela não está não é um pesadelo, por que... É a verdade.

"Estou sempre procurando pela sua imagem em qualquer lugar Na plataforma oposta, nas janelas, pela rua... Embora eu saiba que você não poderia estar em tal lugar. Se o meu desejo se tornasse realidade, eu estaria ao seu lado agora mesmo, Não haveria nada que eu não conseguisse fazer Eu arriscaria tudo e te seguraria forte..."

Naruto não falou nada, a única reação que Sasuke conseguiu dele foi que seus olhos alcançaram o chão e o moreno se perguntou o que diabos o amigo pensava, tentava arrumar uma solução para Sasuke parar com seus pesadelos? Ou talvez assim como ele fazia em seus sonhos Naruto naquele momento relembrava o passado parte por parte?

Depois de um tempo os olhos do loiro encontraram com o do Uchiha, os olhos do Uzumaki eram vazios e tristes e Sasuke teve certeza, ele acabará de relembrar o passado.

– Eu tenho algo para te dizer na verdade já faz um tempo que deveria ter te contado, mas... – Anunciou o loiro depois de um tempo, pelo tom de voz e expressão deveria ser algo sério, talvez a sentença de morte do moreno enfim havia chegado seus dias de solidão e culpa chegariam ao fim, para parar de lembrar da morte dela, a sua morte seria sua única escolha, a voz de Naruto cortou os pensamentos de Sasuke.

– Eu falei com os anciões da vila sobre te liberarem da prisão e você logo estará solto, eu novamente contei toda a história e hoje eles me deram a respostas de que estão pensando seriamente sobre isso, sobre você não ter culpa da morte da Sakura-chan.

– Ser solto? – A voz do Uchiha soou indignada – Você está me dizendo que eu posso ser solto? E que eu não tenho culpa pela morte dela? Acha que devo acreditar nisso só por que um bando de velhos está começando a me considerar inocente? – Ele levantou-se.Sua esperança de morrer esvaiu-se ao perceber que teria a sua liberdade, uma liberdade que Sasuke se achava incapaz merecer. – Eu pensei que você viria aqui com a incrível notícia de que eu em breve seria sentenciado a morte e eu serei solto? – Ele sorriu, mas não de felicidade e sim da ironia que a frase lhe causava.

– A última coisa que acontecerá com você Sasuke será morrer. Eu não deixaria que isso acontecesse.

– Eu a matei, Naruto! - Confessou, dizer aquilo em voz alta parecia torná-la mais verdade. - Eu sei disso, você sabe, então porque não me culpa? Já que se acha incapaz disso, porque não me deixa morrer aqui?

–Sasuke não acha que está na hora de parar de se culpar? Se você tem culpa disso, eu também tenho. E acho que a Sakura-chan...

– Não fale dela, a Sakura não sabe nada, porque ela não está mais aqui. – Ele tornou a sentar-se e fechou os olhos.

– Se a Sakura ainda estivesse aqui ela não ficaria feliz em te ver preso feito um cão enjaulado, ela ficaria feliz em ter ver na vila, tendo uma vida normal.

– Pode me fazer um favor?

– Sim. – Naruto concordou apesar de parecer desconfiado.

­– Senhor futuro Hokage me deixe preso aqui para sempre.

– Não posso fazer isso. – Anunciou Naruto e logo começou a andar - Tenho que fazer algumas coisas, amanhã voltarei. E logo Sasuke você estará solto.

A única resposta do Uchiha foi um suspiro, sabia que não poderia fazer muita coisa em relação a isso, quando Naruto coloca algo na cabeça não há como tirar, há um tempo quando Sasuke foi preso ele jurou que o soltaria e agora depois de pouco menos de um ano da morte da companheira de time o Uchiha logo estará livre. Mas o que fará com sua liberdade? Sabe que ao colocar o primeiro pé para fora daquela cela tudo a lembrará, uma simples pétala de cerejeira, qualquer coisa com os verdes de seus olhos, qualquer coisa... Ele sabe que o fará lembrar-se de Sakura...

“Estou sempre procurando pela sua imagem em qualquer lugar Em um cruzamento, no meio dos meus sonhos, Embora eu saiba que você não poderia estar em tal lugar...”

Sasuke voltou a deita-se e fechou os olhos, naquele dia estava mais nostálgico que nunca, ele sabia que ao menos algumas vezes por dia ele sempre se lembrava dela, mas hoje... Era diferente, estava a todo o momento com ela em sua mente, hoje era um dia importante? Seu aniversário ou algo do tipo? O Uchiha tremeu ao pensar na possibilidade de que talvez ele tenha mais algo para ser lembrado em relação a ela, além do seu aniversário também teria que se lembrar do dia em que ela morreu... Do dia em que ela partiu... Do dia em que ele cego acabou matando-a com suas próprias mãos, com seu próprio Chidori...

Se ele tivesse o poder de mudar tudo... O que ele faria? Se tivesse mais uma chance, se pudesse ter-la de volta... O que faria?

– Ah... – O Uchiha suspirou, sempre que acabava sozinho depois da visita do Naruto pensava demais, se questionava demais sobre sua vida, seu caminho, sobre a morte de Sakura – Desde quando me tornei tão questionador? Desde quando falo sozinho? – Ele suspirou novamente, tentando cessar seus pensamentos mais uma vez fechou os olhos e o que veio em sua mente foi o dia quando ele disse que ia sair da vila.

Novamente encontraram-se por acaso no inicio da vila, Sasuke viu-a arquear a sobrancelha ao vê-lo se aproximando, a lua continuava com a mesma fase da despedida de quando eles tinham 12 anos, Sasuke passou pela rosada e ele estranhou quando ela não disse uma única palavra.

– Está saindo da vila? – Perguntou e Sasuke sequer se virou para ela, não queria dá explicação a ela, ou melhor, Sasuke temia que se ela falasse as mesmas coisas que há alguns anos atrás ele acabasse desistindo.

– Sim. – Por quê?

– Por quê? – Repetiu e se perguntou se a resposta não era clara.

– Sakura eu tenho meu próprio caminho.

– Mas pensei que... – Ele a interrompeu.

– Pensou errado. Não ache que só por que ajudei na guerra que... – Sasuke fez uma pausa, mas ao lutar ao lado deles na guerra era isso o que ele queria voltar para a vila, voltar ao time sete, aos amigos e reconstruir seu clã, se era isso que desejava, então por que agora ia embora? Se aquele era o lugar que podia chamar de lar, porque fugia? Talvez o Uchiha estivesse com medo, mas de que? Ele não sabia. - Aqui não é o lugar ao qual pertenço. – Finalizou.

Mas ele sabia que aquilo era uma grande mentira, porém fingiu acreditar. Sakura ficou em silêncio e o Uchiha teve que se virar para ela para saber o que acontecia, a garota não estava tão barulhenta assim como quando tinha 12 anos, a garota que se encontrava em sua frente era forte o suficiente para aguentar seu adeus.

Sakura apenas o encarava parecia que os olhos verdes tentavam descobrir o que ele pensava.

– Pensei que queria ficar ao nosso lado novamente. Todos nós confiamos em você e você irá embora de novo? Sem pensar em...

– Já tomei minha decisão. - Suas mãos foram para os bolsos da calça preta – Não tente me impedir.

– Eu não iria. – Ela deu um triste sorriso que Sasuke não entendeu o porquê. Era porque ele partia ou porque ela não o faria ficar?

– Sei que não importa o que eu diga você partirá e se eu falar demais quem sabe me deixará inconsciente mais uma vez nesse banco. – Ela desviou o olhar para o banco ao lado deles, ele começou a andar, um vento frio soprou, junto com as palavras da rosada. – Adeus, Sasuke-kun... – A sua voz se tornou rouca e quase chorosa, mas Sasuke continuou e sabia que se naquele momento ela pedisse para ele ficar, ele ficaria, porque até que tinha motivos partir, mas muitos mais para permanecer.

Sakura não disse nada, porém ele sabia que ela o observou até perdê-lo de vista, o Uchiha partiu tentando encontrar motivos para sua existência, mal sabendo que seus motivos se encontravam na vila e quando percebeu já era tarde demais, já havia perdido o mais importante deles.

“Se um milagre acontecesse, eu mostraria a você. Um novo amanhã, quem estou me tornando E as palavras que nunca disse...”

“Eu te amo...” Sasuke novamente havia caído no sono e mais uma vez o seu sonho seguiu o mesmo trajeto: Encontro com Naruto, conversa, uma pequena luta, a chuva torrencial que insistia em cair, uma Kunai que voou da mão do loiro e um Chidori que iria acertá-lo em cheio no coração, porém nesse momento o sonho de Sasuke torna-se seu costumeiro pesadelo... Tudo que vê e Sakura entrar na frente e tomar o golpe, os olhos do Uchiha conseguiram seguir bem tudo o que aconteceu, gravar em sua memória cada expressão principalmente o sorriso que Sakura mostrou ao perceber que havia protegido o amigo.

E quando Sasuke enfim havia entendido o que aconteceu se sentiu vazio, triste, morto... Sentiu que estava prestes a morrer, porém estava bem vivo o que doía não era seu corpo, era sua alma, seu coração... Ele se sentiria assim se fosse Naruto que estivesse caído no chão e não Sakura? Enquanto encarava a rosada e dava seus minúsculos passos para encontrá-la, Sasuke tentou imaginar o que iria sentir se fosse o outro amigo ali.

Mas jamais imaginou que seria ela naquele estado perdendo sua vida. Afinal ele em nenhum momento quis machucá-la, feri-la. O que Sakura fazia ali? Ela deveria estar cuidando de seus pacientes, vivendo sua vida, tentado esquecê-lo... Mas então por que estava ali assim com Naruto tentado trazê-lo de volta? Sasuke se amaldiçoou por antes de partir não pedir para os dois esquecê-lo? Talvez assim, Aquilo não teria acontecido.

– Sasuke-kun... – Ela pronunciou quando o viu se aproximar. – Me desculpe... – Seu sonho continuou não tendo mais passos para acordá-lo. – Me desculpe... De verdade, eu não quero que você se sinta mal, não quero que se sinta culpado por minha morte... – Naruto se ajoelhou ao lado de Sakura assim como o moreno, a chuva continuava a cair se algum dos três estava chorando seria impossível saber.

– Sakura-chan tente se curar, talvez... – A voz do loiro enfraqueceu. – Talvez não tenha sido tão grave, pode haver uma... - Um chakra verde começou a sair da ferida, mas logo enfraqueceu então todos souberam que não havia mais solução. – Sakura-chan...

– T-tudo bem - Ela deu um sorriso fraco, Sasuke não dissera nada estava destroçado demais para isso. – Vocês podem me prometer uma coisa? – Os garotos concordaram com a cabeça – N-Não briguem mais, apesar de tudo ver vocês brigando é triste. – Os olhos de Sakura foram se fechando aos poucos, mas logo tornaram a abrir como se ver a resposta deles fosse sua última missão. – Tudo bem? – Os dois concordaram com a cabeça. – E Naruto... Torne-se um Hokage... Queria ver você se torna o melhor de todos... Mas eu não poderei ver... Porém eu sei que será o melhor...

– O que está falando, Sakura-chan? Você não me verá tornando Hokage? – A voz de Naruto era chorosa, por trás daqueles grossos pingos Naruto chorava, era o choro mais silencioso que Sasuke já viu.

– Que falta de consideração com seu amigo, Sakura-chan... Você ficará bem, E terá que estar lá, com certeza.

– É eu preciso ver você se tornar o Hokage... – Suas palavras eram baixas, ela parou por um tempo com se pensasse em algo talvez no futuro que ela não teria. – Sasuke-kun... – Sakura já não enxergava nada, sua mão procurou a do Uchiha que a segurou se não podia dizer, ao menos com suas mãos mostraria que estava ali. – Desculpe.

– Pelo que se desculpa?

–Desculpa... Eu não fui sincera quando você foi embora. Eu queria que você ficasse... Queria mais uma vez implorar e chorar para que você ficasse... – Ela fez uma pausa e no buraco próximo ao peito algo brilhou, ela tentava curar para poder falar um pouco mais com ele, mas Sasuke sabia que aquilo não duraria muito tempo. – Eu fiquei com medo de que... Você me chamasse de irritante mais uma vez e me achasse ridícula por continuar a amar você...

Ela deu um último suspiro e sua cabeça tombou para o lado, um trovão caiu e o barulho ensurdeceu os dois garotos que apesar de parecerem diferentes estavam iguais naquele momento, estavam tão vazios que não sabiam o que fazer além de ficar na chuva esperando que aqueles grossos pingos lavassem suas almas e que assim dispersasse o tremendo vazio e dor de ver alguém querido morrer...

“Estou sempre procurando por um pedaço de você Em uma banca de jornal, em um pedaço do jornal Embora eu saiba que você não poderia estar lá...”

Sasuke abriu os olhos, acordou com um gosto amargo na boca, talvez fosse a dor que renascia em seu peito, ele levantou-se e deu alguns passos pela cela ao lado onde havia uma pequena janela fixou seus olhos negros além dela e notou que já era noite, mais uma vez o pesadelo lhe perseguiu o dia inteiro no céu a mesma lua da despedida estava presente, ele fechou os olhos e o sorriso de Sakura veio em sua mente, se ela ainda estivesse viva, sorriria da mesma forma? Ainda o amaria? Se ela estivesse viva... Tudo seria muito mais simples, se a rosada soubesse o que ele desejou em sua mente... Que ela o esquecesse, seguisse em frente, encontrasse outro amor, se Sakura soubesse que ele sempre desejou isso a ela e que principalmente fosse feliz, ela seria?

Nunca saberia, não teria sua resposta, mas conseguiu responder uma de suas dúvidas. Se ele tivesse mais uma chance faria o possível para fazê-la feliz, mas não poderá, essa chance escapou de suas mãos, ou melhor, ele deixou que ela escapasse por isso quer ficar acostumado com sua própria solidão e continuará pensando, relembrando e tendo seus sonhos com o passado que hoje pesam mais que o presente onde os dias passam lentamente desejando silenciosamente que os anos, meses, dias voltem para quando ela estava ali com seus sorrisos, sua presença e seus “Sasuke-kun...”

Com as coisas que ele nunca mais poderá ver ou ouvir, a não ser em seus sonhos e em suas memórias que são os únicos momentos em que poderá encontrar com Sakura, ela é a única que com suas memórias pode levá-lo do céu ao inferno, que apesar lembrar-se delas o fizesse sofrer, ele não quer esquecê-la com seus sorrisos, palavras e quer continuar se lembrando dela eternamente enquanto suas memórias existirem...

“Eu acabo sempre procurando seu sorriso em algum lugar No cruzamento dos trens, esperando o expresso chegar. Embora eu saiba que você não poderia estar em tal lugar Se as nossas vidas pudessem ser repetidas, eu estaria ao seu lado o tempo todo Eu não iria querer nada mais Nada importaria além de você...”