Depois de tanto sofrimento, de tantos impedimentos e de tantos anos na solidão ele finalmente se sentia feliz de verdade.

Estava recordando de cada momento que o trouxera até ali...cada pequeno momento feliz e todo sofrimento, mas esse sofrimento era totalmente esquecido e colocado de lado quando recordava do sorriso dela.

Do seu único e verdadeiro amor.

Era o dia de seu casamento! Finalmente havia chegado...aqueles três meses pareceram uma eternidade.

Ele estava no mesmo quarto onde havia ficado quando veio resgatá-la do Slade. Fariam o casamento na propriedade dela no campo. Era especial para os dois...

Uma batida na porta o trouxe a realidade, era Ray e John. Quando viu os dois ele parou com a vigésima tentativa de ajeitar a gravata, que sempre parecia torta.

– Nervoso? – John perguntou quando viu o amigo tirar a gravata do pescoço num gesto de impaciência.

– Sim, é bem pior do que o primeiro dia em Eton...

Os dois amigos riram.

– Ela já está pronta?

– Claro que não!!! Sarah, Thea, sua mãe e Lyla estão com ela...Há algo misterioso nisso...elas devem ter algum ritual desconhecido para nós na hora de arrumar uma noiva!

Ray sempre achou tudo aquilo estranho demais!!

– Por mim a gente teria fugido e se casado na Escócia...

Felicity já havia chorado e já havia rido muitas vezes...o dia mais feliz da sua vida tinha chegado...e ela só conseguia pensar nele. No seu Oliver...no seu amor!

Estava nervosa, ansiosa...por ela teria fugido e se casado na Escócia!!

Mas por outro lado àquele era um sonho se realizando, se olhou mais uma vez no espelho. O vestido simples, delicado e maravilhoso!

Por vezes não acreditava que aquela imagem era ela. Sentia-se linda!

O vestido era branco, com o busto recortado e detalhes abertos nas mangas, ele tinha pequenos bordados na barra. Um véu com uma tiara completava o vestido.

Moira estava do seu lado, muito emocionada. Thea, Sarah e Lyla a olhavam encantadas. A mãe de Oliver lhe entregou uma caixinha.

– Algo azul... Felicity abriu a caixinha e encontrou ali um broche que forma de flor, com pequenos brilhantes em azul.

– Usei em meu casamento...

Emocionada Felicity abraçou a sogra.

– Agora algo antigo – Sarah lhe estendeu outra caixa – você vai reconhecer...

Quando abriu a caixa ela se deparou com um par de brincos que havia sido da avó delas. Olhou para Sarah e murmurou um obrigada emocionado.

– Minha vez!!! – disse Thea – algo novo! Mas eu estou sendo só a mensageira...Oliver pediu que eu lhe entregasse...

– Assim eu vou chegar ao meu casamento horrorosa, com a cara inchada de tanto chorar! - com um sorriso ela pegou a caixa das mãos de Thea.

Era uma gargantilha de ouro com um pequeno pingente em forma de coração. Dentro da caixa, um bilhete.

Meu coração...para sempre seu.

Oliver

Ela começou a chorar de novo!

O que estava acontecendo com ela, afinal?? Bom, era o dia do seu casamento era normal se emocionar...

No jardim tudo estava pronto! Flores de todas as cores estavam espalhadas em arranjos dos dois lados do tapete por onde ela entraria.

As cadeiras para os convidados estavam ao lado dos arranjos e no final do tapete um pequeno altar foi montado para que todos pudessem ver os noivos.

O sol brilhava com toda sua beleza transformando aquele dia num dia perfeito para o casamento.

Oliver já estava esperando por ela. Se ela demorasse mais um pouco ele mesmo iria buscá-la.

Já estava indo quando Sarah apareceu e fez sinal que ela estava vindo.

Ao lado de John ele aguardou...quando finalmente ela apareceu no final do tapete ele paralisou.

Felicity parecia um anjo. Tinha um sorriso tímido nos lábios, mas seus passos eram confiantes.

Ele pensou que não existia no mundo homem mais feliz que ele. Ray a estava conduzindo e ele a sentia tremer, para acalmá-la ele sussurrou:

– Você está linda...vai dar tudo certo!

Ela sorriu para ele.

Oliver era a imagem da beleza masculina. Estava perfeito, seu sorriso, seu olhar!

Ele a buscou aos pés do altar e beijou suas mãos. Os dois tinham as mãos um pouco tremulas, mas um sorriso no rosto.

O padre iniciou a cerimônia, mas eles não registraram muito bem as palavras dele, estavam concentrados um no outro.

Antes da troca das alianças Oliver começou a falar. Não haviam combinado nada, mas ele precisava que ela soubesse o que estava sentindo. Surpresa ela olhou para ele.

Oliver segurou as mãos dela e com o olhar fixo no seu...

– Felicity, hoje é o dia mais feliz e importante da minha vida. Nada do que eu pensei e planejei para mim durante todo esse tempo me prepararam para a emoção que eu estou sentindo hoje...

Ela o olhava já sentindo as lágrimas aflorarem.

– Desde aquele primeiro dia, daquele primeiro olhar eu soube que só seria feliz de verdade quando pudesse ter você do meu lado. Hoje você toma meu sobrenome, mas meu coração e minha alma já eram seus...Te amo!

Felicity já não continha as lágrimas e o abraçou declarando também o seu amor.

Ela o beijou e de repente o padre clareou a garganta chamando a atenção dos dois...

– Vamos continuar...Felicity Smoack, você aceita este homem como seu esposo e promete amá-lo e respeitá-lo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de sua vida até que a morte os separe?

– Sim!

– Oliver Queen, você aceita esta mulher como sua esposa e promete amá-la e respeitá-la na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias de sua vida até que a morte os separe?

– Sim, aceito!

E nesse momento os dois pensaram que por ações já estavam casados há tempos...na alegria dos sorrisos, na doença quando Oliver levou o tiro, quando ele a resgatou, quando os dois sofreram pela separação, quando enfrentaram juntos a ameaça à suas vidas e de quem amavam...

– Pode beijar a noiva! – sorrindo o padre completa – de novo!

Oliver a abraçou e a levantou no ar, girando e a beijando com seus corações cheios de felicidade!

A essa altura todos estavam emocionados e aplaudindo os noivos.

À noite, depois que todos foram embora ou dormir, Oliver e Felicity estavam na varanda do quarto dos dois.

Ali havia sido espalhadas almofadas e cobertores, a noite estava agradável e nenhum dos dois tinha vontade de dormir.

Ela estava apoiada com as costas no peito nu dele que lhe acariciava os braços.

– Às vezes me pergunto se não estou sonhando...se não vou acordar e me ver no meu quarto na casa da Sarah...

– Não é um sonho, amor...eu te garanto!

– Sra. Queen.... – rindo ela repetiu o nome – soa tão pretensioso!

– Não em você, em você fica perfeito! – ele olhou para ela e não resistindo mais lhe beijou com ardor...

Duas semanas depois Oliver encontra uma Felicity chorosa e pálida em seu quarto no meio da manhã.

– Amor, o que houve?

Fazendo biquinho ela responde:

– Não sei....mas provavelmente a culpa é sua!

Rindo ele senta e a puxa para seu colo....

– O que eu fiz? Porque minha culpa? – ele já desconfiava, a criada pessoal da esposa havia lhe confidenciado que ela havia passado mal algumas vezes pela manhã – me conte, vamos...

Suspirando ruidosamente ela explicou:

– Desde o casamento estou chorando por qualquer coisa...e me sinto uma tola por isso....tenho sono e agora esses enjoos horríveis... – ela mesma parou e no mesmo minuto abriu um sorriso enorme – Uouu...é mesmo culpa sua!!!

Ela o abraçou e...chorou...de alegria...

Oliver sorria feito um bobo embalando-a no colo!

Ela se afastou:

– Amor, vamos ter um bebe!!

– Vamos sim...e vai ser lindo como você!

– Sim....e prematuro!!! – se referindo ao fato de que provavelmente o primogênito do ducado de Starling fora gerado antes do casamento.

Oliver deu uma risada e acariciou a barriga da esposa.

– Isso realmente não importa...o que importa é que mais uma vez você me faz o homem mais feliz do mundo e realmente nunca houve a menor possibilidade de eu não te amar com todas as forças do meu coração...você é e sempre vai ser a mulher certa para mim...a mulher que eu amo e a mãe do meu filho!

Ainda emocionada ela o abraça e sussurra em seu ouvido...

– Não existe a menor possibilidade de eu não te amar. Não existe a menor possibilidade de eu não te fazer feliz. Porque eu nasci pra te amar...

Fim